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28mai20
Quadros de Referência
Econômico–Financeiros
para a Gestão
na e pós Coronacrise
Roy Martelanc
Paulo Tromboni do Nascimento
Hélio Janny Teixeira
João Maurício GamaBoaventura
Roy Martelanc
Paulo Tromboni do Nascimento
Hélio Janny Teixeira
João Maurício Gama Boaventura
Quadros de Referência
Econômico–Financeiros
para a Gestão
na e pós Coronacrise
2 28mai20
Contribuição
A Covid-19, causada pelo SARS-CoV-2, provocou uma intensa crise sanitária no Brasil e no mundo. Em
decorrência, temos uma das mais graves crises econômicas dos últimos séculos.
A FIA dá a sua contribuição para o entendimento da situação e de possíveis desdobramentos,
com a finalidade de apoiar as decisões empresariais e governamentais tanto durante a crise como após
ela[1].
Os quadros de referência são elaborados como metaestudo, que integra estudos disponíveis e
entrevistas com atores relevantes, sempre sob a curadoria dos profissionais da FIA. Eles procuram
ser abrangentes, reflexivos e técnicos, sem influência de posicionamento político, no setor público, ou
comercial, no privado.
Os quadros refletem o nosso entendimento da situação neste momento, a qual evolui diariamente. O
aprofundamento, atualização e contextualização deste conteúdo requer a sua apresentação oral.
1.BCG, How
Scenarios Can Help
Companies Win
the COVID-19
Battle. 23abr20.
3 28mai20
Fases da Coronacrise
Referências
Metodologia
Uma Oportunidade Histórica
As Oportunidades do Novo Normal
Fatores de Risco
Agenda
Nível de Atividade
Agenda
Fases da CoronacriseFases da Coronacrise
5 28mai20
Fases da Coronacrise
Recolhimento
• Físico, com isolamento, teletrabalho, ecommerce, entretenimento virtual, alimentação em casa.
• Econômico, com redução de despesas e pagamentos, além de obtenção de recursos, no possível.
• Preservação da liquidez, mesmo que com sacrifício de rentabilidade[1,2].
Replanejamento
• Reelaboração dos planos estratégicos, de negócio e orçamentos.
• Desafio VUCA[3]: passar de um estado de ambiguidade para um de incerteza.
• Estratégia de robustez com flexibilidade, sobreviver em boa situação funcional, aproveitando as
mudanças do ambiente e as oportunidades que surgirão.
Retomada
• Das operações, com testagem privada[4,5] e protocolos de trabalho[4] e de atendimento ao público.
• Das vendas[5], dependente da renda do consumidor e da segurança que sinta em voltar às compras.
• Dos investimentos, após esgotada a capacidade ociosa e para modernizar o parque.
Sustentação
• Monitoramento e medidas de ajuste, para sustentar o crescimento.
1.IBTC. 7abr20.
2.Planner
Redwood, Carta
Mensal. 8mai20.
3.Bennet et al.
Harvard Business
Review. Jan14.
4.Cadena,
McKinsey.
18mai20.
5.BCG, How to
React do Covid-19
Impacts? 30abr20.
6 28mai20
Modelagem Decisorial por Nível de
Previsibilidade e Complexidade,
com Exemplos.
Martelanc, Roy (2020).
− COMPLEXIDADE DO SISTEMA +
simples
minimalista,
1 objetivo,
quali ou quanti
integrado
propriedades
emergentes,
estrutura estática
complexo
adaptável,
multiobjetivo,
quali e quanti
−PREVISIBILIDADEDASITUAÇÃO+
determinista
causalidade direta,
ausência de variabilidade
mais dinheiro?
$$$ → felicidade
utilidade (CRRA)
u V = 𝑎𝑉 ൗ1
𝑎
lim. crescimento mitigação de risco
volátil
causalidade estocástica,
variabilidade quantificável,
histórico de dados
mov. browniano
𝑑𝑆𝑡 = 𝜇𝑆𝑡 𝑑𝑡 + 𝜎𝑆𝑡 𝑑𝑊𝑡
anl. sensibilidade
𝐺𝐴𝑂 =
∆%𝑁𝑂𝑃𝐴𝑇
∆%𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎
VPL de projeto
eficiência bancária
𝐷𝑖𝑡 = 𝛼𝑖 + ෍ 𝛽𝑖 𝑉𝑖𝑡 + 𝜀𝑖𝑡
crédito com IA
incerta
variáveis conhecidas,
causal. básica conhecida,
variabil. não quantificável
motivação barato sai caro reestruturação
ambigua
variáveis desconhecidas,
causalidade desconhecida,
ausência de precedentes
Bitcoin
valor intrínseco ?!?
→ preço ?!?
linguagem fuzzy
PMG, alto/baixo,
provável/possível/remoto
nova tecnologia Covid-19
VUCA
recursos
população
i
i
i
o
prejuízo baixo NS
perda de
clientes
−
+
+
+

GGG, integr., q/q,
multiobj., adaptável
?!?
variáveis?, causal.?,
precedentes?
 
 X
mercado ?
custos ? riscos ?
investimento ?
equipe ?
regulação ??
?
?
?
?
?
?
o
O diagrama apresenta uma versão da
abordagem VUCA[1], modificada para
melhor expressar a estratégia para lidar
com a atual crise.
O sistema está dentre os mais
complexos: o mundo é muito grande, ao
mesmo tempo qualitativo e quantitativo,
tem múltiplos objetivos, se adaptará.
A situação está dentre as mais
ambíguas: as variáveis e suas inter-
relações são pouco conhecidas, não
havendo precedentes válidos.
Nesses casos, o caminho é o aumento do
conhecimento sobre a crise econômica,
as suas possíveis consequências e as
soluções governamentais e empresariais.
A transformação de ambiguidade em
mera incerteza nos traz para um
ambiente com que sabemos lidar.
1. Bennet et al., Harvard Business Review. jan14.
Nível de AtividadeNível de Atividade
8 28mai20
Recuperação Parcial em 2 anos
As projeções de crescimento do PIB que os bancos
brasileiros apresentam ao Banco Central do Brasil[1]
são anormalmente díspares, indicando incerteza.
Na média, a queda projetada do PIB [1] é de 5,1%
em 2020, sem recuperação total até 2021, com
um CAGR de 1,1% em 5 anos. O banco mais
otimista projeta um CAGR de 2,8% e o mais
pessimista, um de -1,6%.
O gráfico traz a evolução do PIB (em escala log)[1,2],
além da projeção mínima, média e máxima dos
bancos. Vê-se que, por conta de crise de que
tentávamos sair, ainda estamos abaixo da linha de
tendência do período (CAGR 2,2%) e que mesmo a
projeção mais otimista ainda nos deixa abaixo dessa
linha.
O PIB per capita (em escala linear)[1,2], evidencia as
oscilações de curto prazo e o efeito do número de
consumidores, ambos de especial interesse das
pessoas físicas.
1.Dados de
bcb.gov.br/sgspub,
em 26mai20.
2.seculoxx.ibge.gov
.br/economicas/co
ntas-nacionais, em
3mai20.
média mínimo máximo
2020 -5,92% -11,00% -1,89%
CAGR 2 anos -1,33% -5,19% 2,22%
CAGR 5 anos 0,92% -1,62% 3,15%
Δ% do PIB
projeção de bancos brasileiros, 22mai20
[1]
9 28mai20
Projeções Internacionais
As projeções do FMI sugerem que todos os países do
G20[1]:
• Terão um produto substancialmente inferior
à base constituída pela média dos 3 anos
anteriores à crise.
• Verão as quedas mitigadas, porém não
eliminadas até 2021, quando o produto é
comparado com a mesma base.
O Brasil está em uma posição intermediária,
perdendo em dois anos 2,5% do crescimento do
produto que teria se mantida a média de crescimento
dos últimos 3 anos. A Argentina encabeça a lista pela
sua base ser baixa.
Há grande dispersão nas projeções dos principais
bancos de investimento, devido ao baixo nível de
consenso, portanto de conhecimento, quanto ao
futuro[2].
1.Dados de
imf.org/external/d
atamapper, em
20mai20.
2.BCG. 30abr20.
base 3 anos
(2017-19) 2020 2021 2020-21 ref/base
Argentina -0,7% -5,7% 4,4% -0,8% -0,1%
Arábia Saudita 0,7% -2,3% 2,9% 0,3% -0,4%
Indonésia 5,1% 0,5% 8,2% 4,3% -0,8%
Índia 5,8% 1,9% 7,4% 4,6% -1,1%
China 6,6% 1,2% 9,2% 5,1% -1,4%
Coréia 2,6% -1,2% 3,4% 1,1% -1,5%
África do Sul 0,8% -5,8% 4,0% -1,0% -1,8%
Japão 1,1% -5,2% 3,0% -1,2% -2,2%
Brasil 1,2% -5,3% 2,9% -1,3% -2,5%
Alemanha 1,5% -7,0% 5,2% -1,1% -2,6%
Austrália 2,3% -6,7% 6,1% -0,5% -2,8%
Reino Unido 1,5% -6,5% 4,0% -1,4% -2,9%
Rússia 1,9% -5,5% 3,5% -1,1% -2,9%
Estados Unidos 2,5% -5,9% 4,7% -0,7% -3,2%
França 1,8% -7,2% 4,5% -1,5% -3,2%
México 1,4% -6,6% 3,0% -1,9% -3,2%
Itália 0,9% -9,1% 4,8% -2,4% -3,3%
Canadá 2,3% -6,2% 4,2% -1,1% -3,3%
União Européia 2,3% -7,1% 4,8% -1,3% -3,5%
Turquia 3,7% -5,0% 5,0% -0,1% -3,7%
projeções
Projeções de Crescimento do GDP pelo FMI
[1]
G20
CAGR 2 anos
10 28mai20
Diferentes Impactos Setoriais
A crise traz um impacto setorial muito
variado, conforme fica claro pela utilização
de cartões de crédito e débito[1].
Os setores de hospedaria (turismo, bares
e restaurantes) sofreram mais e ainda não
mostram sinais de recuperação[1]. A
alimentação fora do domicílio e o
divertimento presencial deram lugar aos seus
congêneres domésticos.
O vestuário sofreu muito também[1,2], mas
pelo menos apresenta alguma recuperação.
1.Dados de
cielo.com.br/boleti
m-cielo-varejo,
26mai20.
2.Receita Federal,
Nota Informativa.
13mai20.
3.Fibra, Relatório
Semanal. 11mai20.
Confinadas, as pessoas estão gastando na reforma e manutenção da casa, que afeta os setores de
material de construção[1], móveis e eletrodomésticos[1]. Entretanto, reduziram fortemente a compra de
veículos novos[2], cuja produção caiu 95% em mar20[3].
As farmácias[1] e supermercados[1] tiveram picos de vendas, mas esse efeito cedeu diante da queda
na renda do consumidor.
Setor Impacto Evolução
Turismo, Transporte -89,7% catastrófico estável *******
Vestuário -71,4% catastrófico crescendo moderadamente (6m?)
Bar, Restaurante -70,7% catastrófico estável **
Demais serviços -43,0% muito grande estável **
Posto de gasolina -40,6% muito grande estável ***
Demais duráveis -37,7% muito grande crescendo moderadamente (3m?)
Demais não duráveis -25,1% grande estável ****
Serv. automotivo, Autopeça -17,0% grande estável ***
Móveis, Eletro, Lojas Dpto. -16,3% grande crescendo (1m?)
Drogaria, Farmácia -4,1% moderado estável **
Mat. Contrução +7,2% positivo estável **
Super, Hipermercado +8,6% positivo cresceu, retornando à normalidade (1m?)
Varejo total, cartões -31,6% grande estável ***
* nº de semanas de estabilidade, (m?) estimativa de meses até a normalização, se a tendência se mantiver
Variação
Uso de Cartões, Varejo, Brasil[1]
⇝
⇝
⇝
⇝
⇝
⇝
⇝
⇝
⇝
11 28mai20
Diferentes Impactos Regionais
Consumo
Todas as UFs foram severamente impactadas, com distribuição
regional do impacto muito variada[1], embora parte dela possa
decorrer de hábitos de uso de meios de pagamento em subgrupos
sociais. Não há correlação da redução no consumo com a renda per
capita da UF.
Informações de Arrecadação de Tributos
No Rio Grande do Sul, a queda nas vendas está estabilizada, sendo
que no varejo a queda oscila em torno de 15% (média de 2 semanas)[2]
e na indústria em torno de 18% (4 semanas)[2].
Quedas de arrecadação: Receita Federal prevê -10,6% em 2020[6], São
Paulo -19% em abril e espera -32% para maio e em junho[3], Minas
Gerais prevê[4] -20% em abril, Paraná relata[5] -20% em abril,
Pernambuco teve[7] -35% entre 21mar e 20abr.
Em São Paulo, a inadimplência tributária subiu do padrão histórico de
5% para 10% e estabilizou[3]; a queda de arrecadação restante decorre
de redução de vendas.
1.Augusto,
Santander. 6mai20.
2.Receita Estadual
RS, Impactos do
Covid-19. 6mai20.
3.Entrevistas.
4.SEF/MG.
23abr20.
5.Sefaz/PR.
30abr20.
6.Receita Federal,
Nota Informativa.
13mai20.
7.Sefaz/PE. abr20.
Impacto no Uso de Cartões[1]
menor
impacto
maior
impacto
12 28mai20
Prognóstico: Rápida recuperação em V?
A curva em V é o paradigma da recuperação após crises econômicas e vários cenários estudados
a colocam como possibilidade[1,2,4,6] ou como aposta principal[3,5]. O nível de atividade retorna ao ponto
em que estaria antes da crise, com a mesma taxa de crescimento anterior, pois, após uma crise
econômica curta, os fatores de produção são essencialmente os mesmos de antes e apenas devem ser
novamente postos em ação:
• Os recursos naturais (terra, jazidas) são os mesmos e continuam sendo prospectados no mesmo
ritmo.
• Em uma crise curta, o capital físico (infraestrutura, maquinário) pouco deprecia e pode se considerado
semelhante ao anterior.
• A tecnologia continua sendo desenvolvida como antes.
• O capital humano permanece essencialmente o mesmo e continua sendo formado no ritmo usual.
Seria altamente pernicioso se escolas e universidades parassem durante uma crise econômica ou
sanitária. A educação pode se tornar mais intensa e estimulante durante uma crise.
Este cenário exige um rápido retorno das atividades das pessoas, a rápida reorganização das
empresas e eficazes estímulos governamentais à demanda.
1.McKinsey,
COVID-19: Briefing
Materials.
13abr20.
2.Dweck, IE/UFRJ.
4mai20.
3.Mendes.
?abr2020.
4.BCG, A Cash
Management
Survival Guide.
24abr20.
5.Receita Federal,
Nota Informativa.
13mai20.
6.BCG, How to
React do Covid-19
Impacts? 30abr20.
V
13 28mai20
Prognóstico: Lenta Recuperação em U?
A retomada em U é um dos cenários mais citados[1,2,3,6,8]. A economia brasileira entrou no U ainda
em 2014, com impacto sobre o PIB a partir de 2015. A questão de se o PIB estaria saindo em 2020
tornou-se um entretenimento histórico. Neste cenário, a crise da Covid-19 aprofunda e alonga a curva
em U em que já estamos[4].
Uma curva de infectados achatada é uma curva alongada, e, se a resposta continuar sendo a
contenção das atividades das pessoas, torna a crise econômica duradoura[5] e amplifica a queda no
PIB[7]. A retomada da renda, portando das vendas, é lenta, apesar dos esperados estímulos
governamentais.
Um surto de recuperações judiciais, falências e fechamentos unilaterais de empresas reduz a capacidade
de resposta do sistema produtivo. A reorganização de parte da atividade produtiva pode levar um longo
período. Esses fechamentos e reestruturações de empresas prolongam e aprofundam a onda de
demissões em massa.
A redução de atividades profissionais e empresariais consome o caixa das famílias e as leva a reduzir as
despesas, consumir as reservas e vender ativos, como imóveis. Descapitalizadas e preocupadas
com o futuro as pessoas demoram a voltar a consumir.
1.McKinsey,
COVID-19: Briefing
Materials.
13abr20.
2.Dweck, IE/UFRJ.
4mai20.
3.BCG, A Cash
Management
Survival Guide.
24abr20.
4.Planner
Redwood, Carta
Mensal. 8mai20.
5.Itaú, Cenário
macro – Brasil.
11mai20.
6.Receita Federal,
Nota Informativa.
13mai20.
7.Cadena et al.,
McKinsey.
18mai20.
8.BCG, How to
React do Covid-19
Impacts? 30abr20.
U
14 28mai20
Prognóstico: Novo Patamar em L?
O terceiro cenário mais citado é em L[1,2,4]. Esse não passa de um U longo, que aparenta uma redução
permanente do nível de atividade.
Um dos fatores para este cenário é a incapacidade governamental de administrar a recessão
decorrente da pandemia[1]. Os estímulos podem ser insuficientes para compensar o desânimo de
consumidores e investidores. Podem ser excessivos e trazer inflação. Pode surgir uma percepção de risco
econômico ou político que recomende a transferência dos recursos financeiros a outras jurisdições.
As pessoas dos grupos de risco tendem a se manter isoladas por longos períodos, salvo se surgirem
tratamentos eficazes. A faixa de idade de muitas delas é a mesma das que dirigem a sociedade, inclusive
do ponto de vista econômico. Esse pode ser um fator de lentidão ou incompletude na reação.
Uma redução do nível de atividade global se propaga para o Brasil, pelo impacto sobre as exportações.
Um eventual conflito internacional também.
O timing eleitoral é um fator importante na definição do tempo de retomada de investimentos. O ano de
2020 é considerado economicamente perdido e o de 2021 está sendo projetado nacional e
internacionalmente como de recuperação parcial do consumo e da produção[3]. Em 2022 teremos uma
eleição federal, provavelmente difícil, em que não se esperam investimentos nem a elaboração de planos
firmes. Se nada for mudado, o primeiro ano em que grandes investimentos podem ser esperados é 2024,
naturalmente condicionados à situação da economia até lá.
1.McKinsey,
COVID-19: Briefing
Materials.
13abr20.
2.BCG, A Cash
Management
Survival Guide.
24abr20.
3.BCG. 30abr20.
4.BCG, How to
React do Covid-19
Impacts? 30abr20.
L
15 28mai20
Prognóstico: Ressurgências em W?
É possível que o nível de atividade da economia tenha ondas de recuperações e quedas, em razão de
ondas de contaminação[1,6,18]. A probabilidade de ressurgimentos reage:
• Ao desenvolvimento de um fármaco eficaz, com muita pesquisa em andamento[4,6], até agora pouco
frutífera[6]. Igualmente ao desenvolvimento de uma vacina, que dificilmente estará disponível antes
dos 12 meses[6].
• À imunidade de rebanho alcançada, hoje estimada em 5%[6], que é tanto menor quanto mais eficaz o
isolamento; à eficácia e duração da imunização naturalmente obtida; à gravidade das recaídas[6].
• À proliferação de novas cepas do vírus, cujo número está aumentando[2].
• À eficácia e disponibilidade dos tratamentos[5,6], com hospitais com capacidades diferenciadas,
seguindo muitos protocolos distintos[6,13,15], com resultados também díspares[6], o que é positivo para
a acumulação de conhecimento. À eficácia e disponibilidade de equipamentos hospitalares, como
leitos de UTI com respiradores[3,6,10,13]; de pessoal capacitado[6].
• À realização de testes em massa de qualidade[6,13,14,15], que não têm ocorrido[6,12]; ao efetivo
isolamento de pessoas contaminadas e sob risco; à eficácia dos protocolos de flexibilização do
isolamento[6,7,8,16,17].
1.McKinsey, 3abr20.
2.Li et al., British Journal of
Ophthalmology. 21fev20.
3.Yamamoto, Jornal da USP.
8mai20.
4.USP. 8abr20.
5.McKinsey, COVID-19:
Briefing Materials. 13abr20.
6.Entrevistas.
7.Pref. Santos. mai20.
8.Pref. Campinas. 27abr20.
9.Tess, Semeia, Fleury, IBOPE ,
Inquérito Domiciliar para
Estimar a Soroprevalência da
Infecção por SARS-CoV-2 no
Município de São Paulo.
mai20.
10.Simas et al., Easynvest
Modelo COVID Brasil v1.
Easynvest. 16abr20.
11.SCEC/GESP. Cronogramas
de Retomada das Atividades
Econômicas e Sociais e
Protocolos. mai20.
12.Mallapaty, Nature.
18abr20.
13.Cadena et al., McKinsey.
18mai20.
14.OECD, Testing for COVID-
19: A way to lift confinement
restrictions. 4mai20.
15.BCG, How to React do
Covid-19 Impacts? 30abr20.
16.Fiesp, Plano de Retomada
da Atividade Econômica após
a Quarentena. 18abr20.
17.Est. São Paulo, Plano SP.
26mai20.
18.Toledo, FAPESP. 28mai20.
W
16 28mai20
Prognóstico: Aceleração em J ?
O cenário positivo é o de aceleração da economia após a recuperação. Esse prognóstico não está sendo
muito citado, mas é um desfecho possível da crise. O primeiro passo é uma retomada vigorosa de
atividades, que depende de uma combinação de:
• Isolamento vertical, com uma estratégia TTT (testing, tracking, tracing)[1,5] em massa e tratamento
eficaz dos doentes. Pode haver implicações em relação à privacidade[1].
• Aquisição de resiliência pela comunidade[2,6], que aprende a conviver com a nova doença,
balanceando aspectos sanitários, econômicos e humanos.
• O surgimento, ainda que inesperado, de um tratamento médico altamente eficaz.
Além disso, são úteis medidas governamentais, como as adotadas na China[3]. São medidas de estímulo à
demanda, como vouchers para uso em setores mais atingidos, fornecimento de informação crível,
coordenação de cadeias de suprimento, subsídio para investimento em equipamentos e contratação de
empregados.
O efeito foi positivo na China, onde vários indicadores tendem à normalização[4]. Há notáveis diferenças
setoriais[3]: as grandes indústrias retomaram mais cedo, as PMEs e o setor de serviços depois. A
construção civil retornou bem. Entretanto, os restaurantes demoraram e muitos não reabriram.
1.OECD, Testing for
COVID-19: A way
to lift confinement
restrictions.
4mai20.
2.Sharifi, out16.
Ecological
Indicators.
3.McKinsey,
COVID-19: Briefing
Materials.
13abr20.
4.Barbosa,
Bradesco.
14abr20.
5.BCG, How to
React do Covid-19
Impacts? 30abr20.
6.Moon, Public
Administration
Review. 29abr20.
17 28mai20
Mudanças na curva do PIB ocorrem em eventos marcantes
No Brasil desde 1901, ocorreram 2 mudanças
estruturais na taxa de crescimento do PIB[1,2]:
• Antes de 1942, a taxa era de 3,9%. A depressão de
1929 fez o PIB flutuar, sem afetar o patamar de
crescimento.
• Com a 2ª Grande Guerra, o Brasil entrou em um
período de forte industrialização e o crescimento
do PIB passou a ser de 7,3%. Também houve
flutuações, como as de 1963 e 1973.
• A partir da crise da dívida externa, a taxa caiu a
2,2%, com importantes oscilações.
A atual crise tem o potencial de trazer nova
mudança estrutural, alterando a taxa de
crescimento no longo prazo.
1.Dados de
bcb.gov.br/sgspub,
em 26mai20.
2.Dados de IBGE,
seculoxx.ibge.gov.b
r/economicas/cont
as-nacionais, em
3mai20.
Fatores de RiscoFatores de Risco
19 28mai20
Falências, Recuperações Judiciais e Não Judiciais
Uma onda de falências, recuperações judiciais e não judiciais[1,2] pode desorganizar as empresas
e retardar severamente a retomada. Empresas em recuperação judicial levam anos para restabelecer
a capacidade plena de atuação, quando o conseguem. Normalmente perdem, pelo menos no
período, a capacidade de investir e obter capital, além de muitas vezes a credibilidade frente a clientes e
fornecedores. Se houver um grande número de empresas nessa situação, retomada do investimento, e
mesmo a das vendas, pode levar anos.
As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) são especialmente vulneráveis[3], por terem mais
oscilação de receita e maior dificuldade de acesso a capital, e por serem as grandes empregadoras do
país. As 6,8 milhões de MPMEs são as grandes empregadoras, tendo 20,5 milhões de donos de negócios
e 21,3 milhões de empregados formais, ou seja 69% do total de empregados[4]. As PMEs estão tendo
especial dificuldade em acessar crédito na crise, mesmo em linhas destinadas a mitigar os seus efeitos[5].
O mercado é herdado pelos sobreviventes. Como em crises anteriores, as empresas que se
mantiverem em razoáveis condições de atuação ocuparão o mercado das que forem saindo. Esse
movimento tende a aumentar a concentração da atividade produtiva. Na retomada, muitas das
empresas que se mantiverem funcionais estarão em melhor situação do que estavam antes da crise.
1.IBTC. 7abr20.
2.Planner
Redwood, Carta
Mensal. 8mai20.
3.Sebrae, Impactos
e tendências da
COVID-19 nos
pequenos
negócios, Edição 6.
8mai20.
4.Sebrae, Dieese,
Anuário do
Trabalho nos
Pequenos
Negócios. 2018.
5.Entrevistas
21 28mai20
Desemprego e Perda de Renda
O desemprego aumentou severamente[1,4,5], embora os dados do seguro desemprego ainda não
mostrem isso[3]. É esperado que a taxa de desemprego passe dos 20%[6]. As férias forçadas concedidas
por muitas empresas a parte dos empregados[2] estão vencendo nesta época, o que leva as empresas a
suspenderem os contratos de trabalho ou a demitir.
Por ora, os demitidos tendem a ser os menos qualificados, com trabalho mais padronizado e de
menor renda, o que agrava o problema social. As pessoas nesse perfil geralmente podem ser realocadas
com relativa rapidez quando o nível de atividade retornar. Os autônomos, pejotizados, autoempregados
e informais tendem a reduzir, mas não a cancelar a sua atividade profissional, podendo
rapidamente reativar as suas atividades.
Por enquanto, as demissões de pessoas de mais alta qualificação e renda tem sido menos frequentes.
Uma parte delas teve redução de carga, salário e remuneração variável, sem cancelamento da sua
atuação na empresa. A empresa que demitir as pessoas chave enfrentará maiores dificuldades
em operacionalizar a retomada. O empregado a preservar, mesmo que com custo, é o
simultaneamente capaz de operar a crise e de remobilizar a empresa na retomada subsequente, desde
que nela permaneça.
1.Barbosa,
Bradesco.
14abr20.
2.CNI, Consulta
Empresarial.
mar20.
3.ME, Estatísticas
do Seguro
Desemprego.
28anr20.
4.Planner
Redwood, Carta
Mensal. 8mai20.
5.Itaú, Cenário
macro – Brasil.
11mai20.
6.Entrevistas.
22 28mai20
Mitigação da Perda de Renda
A redução parcial da perda de renda de uma porcentagem da população por uma parte do período da crise é
obtida pelo auxílio financeiro do governo federal, pelo seguro desemprego e por cestas básicas e outros
auxílios em produtos, distribuídas por estados, municípios, empresas, igrejas e ONGs. Esses auxílios
mitigam consequências como aumentos de morbidade e mortalidade[1], violência doméstica[1], depressão e
perda de autoestima[1], convulsão social[1]. Esses auxílios serão gradualmente reduzidos, seja por força legal,
pela perda da capacidade financeira dos doadores[1] ou pelo seu esmorecimento[1].
O impacto econômico da crise está sendo diferente para os diversos grupos sociais. Uma parte das pessoas,
geralmente de classe média, está em teletrabalho ou em ociosidade, possivelmente com redução de renda,
possivelmente consumindo reservas financeiras. A maior parte das pessoas de classe baixa não tem poupança
significativa e continua prestando serviços de suporte à classe média ou está desempregada. O seu grau de
confinamento doméstico é relativamente baixo, seja por continuar trabalhando, seja porque a residência é
pouco espaçosa e inadequada para acomodar um número relativamente alto de indivíduos[1,4].
É natural que haja uma pressão pela perenização de alguns dos auxílios, convertidos em benefícios
permanentes ou direitos[2]. Essa perenização equivale à expansão do bolsa família, tanto em termos de número
de pessoas como de valor por pessoa, com impactos tanto sobre a mitigação da baixa renda crônica de largo
contingente da população como sobre o orçamento público.
Também é natural que haja oposição a essa perenização, pois na estabilidade, precisa ser financiada com
aumentos tributários[3]. Alternativamente, os benefícios perenizados serão financiados com emissão de
moeda[3], o que potencialmente traz desequilíbrio econômico, inclusive inflação. É esperado que as próximas
campanhas eleitorais tratem dessas questões.
1.Entrevistas.
2.Planner Redwood,
Carta Mensal.
8mai20.
3.Itaú, Cenário
macro – Brasil.
11mai20.
4.Fiesp, Plano de
Retomada da
Atividade Econômica
após a Quarentena.
18abr20.
23 28mai20
Lentidão na Retomada
Gradualismo na Produção
A retomada das atividades produtivas será gradual[1] seguindo um cronograma estabelecido em
protocolos de flexibilização da quarentena[2,3,5,6,7]. Pode haver desarranjo temporário em algumas cadeias
produtivas, o que pode exigir a coordenação do Estado[5].
Gradualismo do Consumo
Só é possível consumir o que foi produzido; por outro lado, só será produzido o que se espera venha a
ser consumido. O retorno do consumo, limitador superior da produção, depende de:
• Medo de contágio[4,5], especialmente diante da possível demora na mitigação da pandemia. Esse
temor é mitigado pela qualidade dos protocolos de flexibilização. As pessoas de maior idade correm
mais risco e geralmente têm maior renda, o que gradualiza o retorno do consumo[5].
• Perda de renda[4,5], por causa da supressão de boa parte da atividade. Esse fator cresce
gradualmente por ser cíclico: mais renda, mais consumo, mais produção, mais renda.
• Mudança de hábitos de consumo[4,5], no novo normal.
• Estímulos governamentais ao consumo[4], limitado pelo temor de um desequilíbrio fiscal.
• Estímulos privados ao consumo[5], como descontos e propaganda.
1.Bradesco,
Economia em Dia.
28abr20.
2.Pref. Santos.
mai20.
3.Pref. Campinas.
27abr20.
4.Bradesco,
Economia em Dia.
28abr20.
5.Entrevistas.
6.Fiesp, Plano de
Retomada da
Atividade
Econômica após a
Quarentena.
18abr20.
7.Est. São Paulo,
Plano SP. 26mai20.
24 28mai20
Inflação e Juros
Inflação
Na fase inicial e apesar da deterioração da situação fiscal[2], a inflação se mantem baixa, podendo haver deflação e
não mostra sinais de preocupação imediata[2,4,5]. Poderá ocorrer inflação setorial[11].
As medidas governamentais de combate aos impactos da crise são
expressivas[2,12], gerando um relevante déficit[2,3]. Por pressão eleitoral, as
despesas de combate à crise podem se perenizar, o que pressionaria as
despesas públicas especialmente após a recuperação.
Há pelo menos um município que emitiu equivalente de moeda, sob o
pretexto da crise[8]. Se essa prática se expandir, podemos ter um surto
inflacionário incontrolável, como o da Argentina em 2001[9].
Juros
A dívida bruta é elevada e pode ser limitante do desenvolvimento[2],
além do que crescerá significativamente por conta desta crise[2,5,6].
Os juros de curto prazo são baixos, para o padrão brasileiro, com
tendência de queda[5]. Os cenários predominantes internacionalmente são de redução ou de preservação de juros
baixos[7]. O expressivo volume da dívida pública brasileira torna cara a sustentação prolongada de uma taxa alta de
juros. Os juros de longo prazo para 15 e 25 anos, indexados pelo IPCA, estão em 4,2%[10], que é uma taxa
intermediária entre o pico de set18 (6,0%) e o vale de nov19 (2,9%)[10].
1.Dados de
bcb.gov.br/sgspub, em
26mai20.
2.Receita Federal,
Nota Informativa.
13mai20.
3.Planner Redwood,
Carta Mensal. 8mai20.
4.Bradesco, Economia
em Dia. 28abr20.
5.Itaú, Cenário macro
– Brasil. 11mai20.
6.FMI, Fiscal Monitor.
Abr20.
7.FED, Press Release.
29abr20.
8.Alfenas, Lei Nº
4.951/20. 2abr20.
9.Torre et al. World
Bank. 15jan03.
10.Dados de
tesourodireto.com.br/
titulos/precos-e-
taxas.htm, em
25mai20.
11.Entrevistas.
12.Ministério da
Economia. 17abr20.
média mínimo máximo
2020 1,63% 0,68% 2,75%
CAGR 2 anos 2,40% 1,38% 3,62%
CAGR 5 anos 3,01% 2,17% 3,94%
Δ% do IPCA
projeção de bancos brasileiros, 22mai20 [1]
média mínimo máximo
2020 0,60% 1,09% -0,02%
Média 2 anos -0,06% -0,02% 0,89%
Média 5 anos 0,52% -0,16% 1,65%
Selic Meta (média do ano, real liquida de IR20% e IPCA)
projeção de bancos brasileiros, 22mai20 [1]
25 28mai20
Aumento da Tributação
Na fase crítica da crise, os auxílios e despesas correntes governamentais estão sendo financiados com a
emissão de moeda. Após essa fase, havendo perpetuação de parte desses auxílios e demora no aumento
da arrecadação, é possível que haja um aumento de tributos.
Um aumento punitivo de tributos pode inibir os investimentos necessários à retomada econômica,
paralisando ou redirecionando a outros países o capital necessário. O período de incerteza durante
as negociação e votação da reforma tributária pode ter o mesmo efeito.
Imediatamente antes desta crise estava em discussão uma reforma tributária que pode vir a incluir
alterações como:
• A unificação de 5 tributos (ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS) e a extinção de outros[1,2], com simplificação,
aumento da tributação dos serviços[3] e redução da tributação da indústria.
• A tributação dos dividendos com redução da alíquota total sobre o lucro real, o fim dos JSCP, a revisão
do lucro presumido e do simples, a eliminação de outros benefícios fiscais.
• O retorno da CPMF.
Um possível aumento da tributação provavelmente partirá da retomada dessas propostas.
1.Senado. 27jan20.
2.Orair et al., IPEA.
Dez19.
3.Fecomércio.
13nov19.
26 28mai20
Câmbio
A moeda nacional está desvalorizada em razão do risco
fiscal[8], a redução da atividade econômica[8], dos baixos juros[8] e
do risco econômico. Temos um rating inferior ao de grau de
investimento[3] uma probabilidade de default implícita nos
CDS significativa[4]. Os bancos brasileiros projetam uma gradual
redução do dólar real (nominal-IPCA+CPI) já a partir de 2020[1,2].
Em uma crise econômico-financeira, deve ser contemplado um
cenário de rápida desvalorização cambial e fuga de capitais, como
aconteceu em eventos passados. Nesse caso, a defesa está na
substancial reserva cambial[5,6,7], grande quando comparada à
necessidade de moeda forte para sustentar importações, mas
moderada quando comparada com o PIB. A reserva pode, em
algum grau, ser usada para financiar a retomada de investimentos.
O dólar alto reflete um cenário pessimista de curto prazo, mas é
favorável à produção de bens e serviços exportáveis ou que
substituam importações.
1.Dados de
bcb.gov.br/sgspub, em
26mai20.
2.Dados de
data.oecd.org/price/in
flation-forecast.htm,
em 26mai20.
3.Dados de
capitaliq.com, em
26mai20.
4.Dados de
worldgovernmentbon
ds.com/sovereign-cds
em 26mai20.
5.Dados de
tradingeconomics.com
/country-list/foreign-
exchange-
reserves?continent=g2
0, em 14mai20.
6.Dados de
databank.worldbank.o
rg em 14mai20.
7.Dados de
gov.uk/government/p
ublications/hmrc-
exchange-rates-for-
2020-monthly, em
14mai20.
8.Itaú, Cenário macro
– Brasil. 11mai20.
média mínimo máximo
Final de 2020 5,39 4,36 6,26
Final de 2021 4,86 3,44 6,12
Final de 2024 4,23 3,25 5,15
projeção de bancos brasileiros, 22mai20
[1,2]
USD (real de IPCA e CPI/USD)
2020 dez18
Suiça AAA n/d abr20 216% 117% 112%
Holanda AAA 0,28% abr20 7% 5% 4%
Estados Unidos AA+ 0,31% mar20 4% 1% 2%
Cingapura AAA 0,34% abr20 54% 81% 80%
Alemanha AAA 0,36% abr20 15% 6% 5%
Japão A+ ↑ 0,44% abr20 151% 28% 26%
Coréia do Sul AA 0,46% abr20 64% 25% 25%
Reino Unido AA 0,54% abr20 20% 6% 6%
Canadá AAA 0,55% abr20 15% 5% 5%
França AA 0,64% mar20 26% 8% 6%
Austrália AAA ↓ n/d abr20 12% 3% 4%
China A+ 0,86% abr20 121% 23% 23%
Espanha A 1,67% abr20 17% 5% 5%
Arábia Saudita A- n/d mar20 226% 60% 65%
Rússia BBB- 2,12% abr20 164% 34% 28%
Índia BBB- 2,71% mai20 75% 18% 15%
Indonésia BBB ↓ 2,93% abr20 56% 12% 12%
México BBB ↓ 3,17% mar20 38% 16% 14%
Itália BBB ↓ 3,53% abr20 32% 9% 7%
Brasil BB- 5,03% abr20 127% 18% 20%
África do Sul BB- 5,85% abr20 49% 14% 14%
Turquia B+ 9,16% fev20 61% 19% 12%
Argentina SD 100% fev20 46% 8% 13%
data de
divulg.
Rating
S&P[3]País rel/ GDP18
Reservas Cambiais
[5,6,7]
rel/
imports
CDS
[4]
(probab.
default)
Indicadores de Risco Soberano (G20)
27 28mai20
Sistema Financeiro
O Ministério de Economia (ME), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (Bacen)
tomaram uma série de medidas, que têm sido elogiadas[1]. Não há informações de possível insolvência
bancária[4,5] e, se houver, a tendência é mais uma vez o tesouro resgatar o sistema financeiro nacional
(SFN). A função das medidas é manter líquido o SFN e mantê-lo com capacidade de emprestar[2,3,4]:
• Liquidez. Redução dos depósitos compulsórios, lastro para compra de debêntures, redução do
carregamento de outros títulos de qualidade, liquidez via compromissadas, Novo Depósito a Prazo
com Garantias Especiais (NDPGE), financeiras passam a emitir CDBs, não dedução do overhedge
cambial, aumento da possibilidade de recompra das letras financeiras (LF), vedação a dividendos.
• Crédito. Redução do provisionamento em repactuações de crédito, facilitação do crédito e PMEs,
fintechs com cartão de crédito e BNDES, LFs garantidas por operações de crédito, flexibilização da
letra de crédito ao agronegócio (LCA), menos capital regulatório para pequenos banco, financiamento
de folha de pagamento para PMEs.
• Câmbio. Atuação no mercado de câmbio, swaps cambiais, recompra de soberanos cambiais.
Algumas dessas soluções tem sido consideradas oportunas[1,5], mas também burocráticas e difíceis de
acessar[1,5]. Continua a postergação de pagamentos a fornecedores do início da crise[1,5].
1.IBTC. 7abr20.
2.Campos,
Medidas de
Combate aos
Efeitos da COVID-
19. 23mar20.
3.Bacen, Medidas
de Combate aos
Efeitos da COVID-
19. 13mai20.
4.Bacen, Relatório
de Estabilidade
Financeira. abr20.
5.Entrevistas.
As Oportunidades
do Novo Normal
As Oportunidades
do Novo Normal
29 28mai20
Explosão da Atividade Remota
O padrão inicial é um de falta de escolha, experimentação, crítica, ajuste de processos,
adaptação. A incorporação forçada de uma massa de usuários não entusiastas traz um consumidor com
novas necessidades.
O padrão subsequente é um de redesenho das plataformas utilizadas, que se mostraram insuficientes. O
objetivo é a busca de melhor experiência do usuário (UX). O estado final é um de integração de
atividades presenciais e a distância[2].
1.Sebrae, O
Impacto da
pandemia de
corona vírus nos
Pequenos
Negócios. 7abr20.
2.CNI. 1mai20.
3.BCG, How to
React do Covid-19
Impacts? 30abr20.
FALTA DE ESCOLHA
EXPERIMENTAÇÃO
CRÍTICA
AJUSTE DE
PROCESSOS
ADAPTAÇÃO
O confinamento acelerou uma série de mudanças de hábitos que já
estavam em curso.
• Ecommerce[1,3], negócio de alta escala e baixa margem.
• Teletrabalho[1], com revisão de processos e intolerância à inadaptação.
• Educação a distância (EAD), especialmente no ensino médio e
superior.
• Telemedicina [1], mas também atendimento psicológico e atividades
físicas.
• Entretenimento a distância, incluindo cultura, jogos, encontros de
amigos, namoros, &c., que tende a se tornar mais interativo.
30 28mai20
Adaptação na Educação
Para o ensino básico (infantil, fundamental, médio), a OECD apresenta 4 cenários[1]:
• Autonomia da escola. É a solução brasileira, para os colégios privados, predominantemente em EAD.
• Redefinição do currículo do período em EAD, para consolidar o conhecimento adquirido até agora nas
aulas presenciais (Espanha).
• Redução dos requisitos, com facilitação da progressão.
• Progressão automática, com reforço após o retorno às aulas (Itália).
Alguns países europeus estão retomando as aulas presenciais (Alemanha, Eslovênia).
Em relação aos exames de ingresso no ensino superior, os países farão avaliações orais (Itália), adiarão
os exames (Espanha), utilizarão os resultados escolares até a pandemia (Canadá, França, Reino Unido).
Muitos países ainda não tomaram a decisão.[2]
O ensino superior (graduação, pós-graduação) está sendo executado em EAD, muitas vezes em ritmo
reduzido e adiando a utilização de laboratórios (medicina, engenharia, &c.)[2]. A grande tendência em
educação é a aceleração do EAD.
1.Trujillo, in OECD,
Coronavirus special
edition: Back to
School. 5mai20.
2.OECD,
Coronavirus special
edition: Back to
School. 5mai20.
31 28mai20
Aprendizado Coletivo
O mundo está discutindo, intensamente e por semanas um problema que é simultaneamente:
• Complexo, com uma profusão de variáveis qualitativas e quantitativas, integradas não linearmente,
com muitas realidades alternativas no plano internacional, com múltiplos objetivos, que se adaptará à
nova situação.
• Ambíguo, com dificuldade em especificar as variáveis relevantes e suas relações de causa e efeito,
com informação fortemente imprecisa, com cenários difíceis de visualizar.
• De difícil solução, com muitas propostas de desfechos desconhecidos, com múltiplas perspectivas e
interesses, com variados exemplos internacionais, em ambiente de forte carga emocional.
Estamos vivendo um macro estudo de caso coletivo.
• É um amplo debate global, em todas as classes sociais, dentro de famílias, grupos de amigos,
igrejas, escolas, trabalho.
• Dispara o desenvolvimento de capacidade analítica nos participantes, que somos todos; foca nas
decisões individuais e coletivas a tomar, levando a uma valorização da objetividade; questiona a
qualidade da informação as tentativas de manipulação; integra a academia às necessidades reais da
sociedade; dispara a criatividade [1, 2].
Este é o melhor impacto educacional que a humanidade teve em muito tempo. A humanidade ficou
mais inteligente e esse aprendizado será muito útil mais tarde.
1.Reeves et al.,
Harvard Business
Review. 10abr20.
2.Ringer et al.,
BCG. 13abr20.
32 28mai20
Fortalecimento da Saúde
Há clara necessidade de fortalecer o sistema de saúde, especialmente na preparação para futuras
epidemias, que ocorrerão. Os países do Leste Asiático foram expostos a epidemias semelhantes
anteriores e desenvolveram a resiliência comunitária[1] correspondente. A sua reação relativamente
rápida e precisa se deveu, pelo menos em parte, a uma preparação prévia[2].
A preparação para a próxima epidemia, que poderá vir em anos ou décadas, recomenda uma série de
melhorias:
• A elaboração de planos de contingência que permitam uma resposta rápida e resolutiva.
• A coordenação interinstitucional, seja entre as esferas nacional, estaduais e municipais, seja
entre o governo, as empresas e o terceiro setor.
• O desenvolvimento de capacidade industrial local para o desenvolvimento e a produção de testes,
fármacos e equipamentos de saúde.
• As adaptações legais correspondentes.
• A capacitação dos envolvidos.
1.Sharifi, out16.
Ecological
Indicators.
2.Taleb, We Worry
about Terror, But
Disease is the
Black Swan of the
World. 13set16.
33 28mai20
Fortalecimento do Estado
Esta é uma crise econômica não atribuível ao Estado, embora ele seja responsável por uma série
de ações ou omissões que mitigam ou agravam o problema. Também não é atribuível ao mercado,
que se posiciona como coadjuvante por não ter os mecanismos de governança para lidar com esse tipo
de situação.
Com seus acertos e desacertos, coube aos Estados do mundo liderar os esforços de mitigação da
pandemia e de suas consequências econômicas. São esforços de restrição de contatos, tratamento de
saúde, auxílio financeiro, proatividade regulatória, coordenação de atividades empresariais. A União
Federal é a financiadora última dos esforços da sociedade.
Assumindo essas funções, a relevância da União, UFs e Municípios cresceu durante a fase aguda
da crise. Após essa fase aguda, a atuação do Estado será julgada pela sociedade, afetando o escopo
e a intensidade da sua influência na sociedade.
A retomada traz a necessidade e a oportunidade estruturante de reformar a gestão no setor público,
especialmente porque a sua agilidade e efetividade são necessárias à aceleração da
retomada[1]. A crise aumenta a importância de mitigar fragilidades históricas em compras e
contratações, gestão de pessoas e instrumentos de controle, dentre outros. O desafio, resolvido por meio
de princípios gerais e aplicações específicas, envolve o triplo balanceamento do custo das atividades
públicas, da mitigação de desvios como a corrupção e da obtenção de resultados na missão
do Estado.
1.Moon, Public
Administration
Review. 29abr20.
34 28mai20
Privatizações e Concessões
O governo federal propõe financiar a retomada com a privatização de estatais e da concessão onerosa de
serviços públicos[1], mantendo parcialmente os planos anteriores[2,8]. A depender da situação do mercado,
pode obter sucesso. A discussão é antiga e forte, havendo argumentos dos dois lados:
1.Receita Federal,
Nota Informativa.
13mai20.
2.M.Economia.
15jan20.
3.Rocha, CUT.
31out19.
4.Rocha, CUT.
20set19.
5.CUT. 15jan20.
6.CEPTRO, NIC,
COVID-19 Impactos
na Qualidade da
Internet no Brasil.
18mai20.
7.Entrevistas.
8.Reis, Polícia
Federal. 21mai20.
MANTER O STATUS QUO PRIVATIZAR / CONCEDER
Fazer caixa
para financiar
a retomada
É melhor sacrificar a renda das pessoas agora, na tentativa de
obter um melhor preço de venda em alguns anos. Ou de
preferência, nunca.
Vale a pena vender até pelo baixo preço desta fase crítica da
economia e, com o dinheiro, ajudar a recuperar a economia e a
renda das pessoas[1].
Qualidade do
serviço
A qualidade das estatais é muito maior porque não há
necessidade de manter os custos baixos[3].
A qualidade das empresas privadas é muito maior, até porque
elas não tem como se esquivar de uma regulação eficaz[7].
Produtividade Temos soluções de administração capazes de levar as estatais a
obterem produtividade equivalente à das empresas privadas[7].
A empresa privada presta os mesmos serviços a um custo muito
mais baixo[7], que é repassado ao consumidor.
Honestidade
do leilão
Privatizações e concessões transferem ganhos aos investidores e
aos intermediários políticos do governo[7].
Um processo de venda tecnicamente bem feito, isento e
competitivo assegura um VPL esperado nulo para o comprador.
Tarifa Sem a necessidade de ter lucro e sem as manipulações para
aumentá-lo, a tarifa ao consumidor é mais baixa[3,4].
Com produtividade muito mais alta e um leilão honesto, a tarifa
ao consumidor é mais baixa, mesmo com um lucro justo[7].
Proteção ao
empregado
Os empregados passaram em um concurso, portanto devem ser
protegidos contra o desemprego[4,5].
Não há porque subsidiar alguém que ganha bem. Melhor usar o
dinheiro para ajudar a quem realmente precisa[7].
Investimento Há relativamente pouco capital privado envolvido. O
financiamento da privatização e da expansão e modernização de
qualquer forma é do Estado, via BNDES, com taxa subsidiada.
O capital privado viabiliza a expansão e a modernização dos
serviços, portanto a prestação de mais e melhores serviços,
como é o atual caso da infraestrutura de comunicações[3].
35 28mai20
Mercado Imobiliário, Comercial
O escritório perdeu. A experiência forçada mostrou que o teletrabalho é viável e produtivo para o
largo contingente de pessoas que atuam em escritórios. Há dificuldades comportamentais, como a de
segregar o trabalho das atividades domésticas[1], inclusive em termos de horários[1], a da supressão de
encontros semiformais[1], a necessidade de melhorar as plataformas[1] e a simples inadaptação de parte
das pessoas[1]. Após o retorno às atividades presenciais, o trabalho terá se tornado parcial porém
permanentemente remoto[1]. Isso reduz substancialmente a necessidade de espaços de escritório[1].
A loja perdeu. Um grande contingente de pessoas foi levado a experimentar ou ampliar o uso do
comércio eletrônico[1], o que reduz a necessidade de espaço comercial[1]. Esta aceleração de uma
mudança no comportamento do consumidor é permanente[1], pelo menos em parte.
Imóveis comerciais, sejam escritórios ou lojas, estão tendo seus alugueis suspensos ou reduzidos durante
a fase aguda da crise[1], o que pode atingir até mesmo o condomínio e o IPTU[1]. Em muitos casos, os
locatários não podem arcar com a despesa; em outros, é mero oportunismo[1]. O efeito permanente é a
redução da área comercial necessária, dos aluguéis e da construção desse tipo de imóvel[1].
1.Entrevistas.
36 28mai20
Mercado Imobiliário, Residencial
A casa ganhou, pelo menos na classe média. As pessoas, confinadas, perceberam o valor de
instalações domésticas agradáveis, espaçosas e modernas[2]. As vendas de materiais de construção
no varejo estão normalizadas e crescendo[1]. Conflitos domésticos, mais frequentes com o confinamento,
são mitigados com um imóvel com mais espaços segregáveis.
Pequenos empresários precisando de liquidez estão vendendo imóveis de alto padrão[2], pressionando
os preços para baixo. Por outro lado, os potenciais compradores também preferem ter liquidez, estão
inseguros com o efetivo valor dos imóveis e aguardam que os preços caiam mais.
O preço dos imóveis adquiridos para locação têm relação com os juros, que estão baixos, e com os
alugueis, que acompanham a renda dos locatários e a oferta de unidades. A preservação de juros baixos
é um fator de alta do preço dos imóveis. Além disso, imóveis são um dos tradicionais instrumentos de
reserva de valor e podem atrair capitais em momentos de incerteza quanto à estabilidade da moeda.
1.Cielo, 6mai20.
2.Entrevistas.
37 28mai20
Substituição de Importações
Esta crise acelerou a tendência à desglobalização da atividade industrial[1,2,3,9], também aquecendo
as contraposições[4,5,6,7]. O risco de disrupção de cadeias de fornecimento recomenda a redução
da complexidade internacional das cadeias produtivas. A incapacidade de produzir os equipamentos
de saúde necessários trouxe a percepção de risco à sociedade. Há anos a pressão ambientalista tem
sido pela produção próxima ao local de consumo[3].
A maioria das empresas não consegue sustentar uma produção local mais cara, mesmo que lhe
reduza o risco, sob pena de perder mercado para concorrentes menos prudentes, portanto a
competitividade. Os governos podem adotar uma série de medidas de internalização da produção,
várias já em andamento:
• Protecionismo, com barreiras tarifárias e sanitárias.
• Uma moeda local desvalorizada.
• Incentivar a produção local, com medidas tributárias ou de financiamento.
• Incentivar o desenvolvimento local de tecnologia, apesar dessa medida somente ser eficaz no médio
prazo.
Um desfecho possível é o distanciamento entre países[7,8], incluindo a redução da presença da
Organização Mundial do Comércio (OMC) e a valorização de acordos bilaterais. Especificamente a China
pode ser escolhida como alvo, por ter se mostrado excessivamente competitiva nos últimos anos, mas
também por ter tido questionada no episódio do novo coronavírus.
1.Irwin, CEPR.
5mai20.
2.CNI, Nova
geografia industrial
depois da
pandemia? 6mai20
3.Stanton,
Greenpeace.
6mai20.
4.WTO, DDG Wolff:
Reliance on
international trade
for food security
likely to grow.
30abr20.
5.Stellinger, CEPR.
1mai20.
6.Receita Federal,
Nota Informativa.
13mai20.
7.Witt, Journal of
International
Business Studies.
4abr19.
8.Bouckaert et al,
Public
Administration
Review. 22mai20.
9.Roberts, Public
Administration
Review. 12mai20.
38 28mai20
Produção Local
Projetada para tornar mais seguras as cadeias de fornecimento, na maior parte dos países ou regiões, a
escala de produção é naturalmente menor. Em consequência, o custo de produção pode ser maior,
mitigado pelo uso das medidas de internalização.
A produção local em escala reduzida[1] tende a ser adaptada a cada mercado e a cada cliente, com
crescente grau de customização e maior valor agregado. O tamanho do mercado brasileiro e a sua
integração regional mitigam esse fator de escala. O risco de disrupção é claramente menor e o efeito
sobre o emprego é significativamente positivo. O efeito final são produtos mais adaptados ao mercado
local, geradores de mais e melhores empregos, porém mais caros.
O investimento necessário é grande, dado que o parque industrial foi reduzido ao longo de décadas.
De um lado isto é uma oportunidade de rápida modernização, posto que o novo investimento em
produção customizada utiliza tecnologia atualizada[2]. Por outro lado, a necessidade de investimento traz
o desafio de mobilizar o capital necessário, que exige demanda, rentabilidade e um risco
institucional sob controle.
1.Witt, Journal of
International
Business Studies.
4abr19.
2.Entrevistas.
Uma Oportunidade
Histórica
Uma Oportunidade
Histórica
40 28mai20
Reforma para a Retomada
A coronacrise traz uma oportunidade histórica. Se, motivado pela necessidade que surge da crise, o
Brasil fizer as mudanças estruturais necessárias, pode sair da crise com uma taxa de crescimento do
PIB de longo prazo substancialmente maior que a das 4 décadas passadas.
Mudanças que têm sido mencionadas como viabilizadoras desse cenário positivo incluem, sem esgotar as
possibilidades:
• A firme retomada de atividades presenciais, com os necessários recursos e protocolos de saúde.
• A gestão precisa das contas públicas, maximizando o estímulo à demanda sem gerar deflação ou
inflação.
• Um programa eficaz de qualidade, produtividade e reestruturação do setor público.
• A relocalização da produção, com importantes investimentos em plantas industriais e de serviços.
• A mobilização do capital necessário, a um custo razoável, portanto com modesto risco institucional.
• O investimento, público e privado, na expansão nos fatores de produção baseados em
conhecimento, como o capital humano, a tecnologia e a capacidade de gestão.
O cenário principal é de retomada lenta com possíveis oscilações. Entretanto, a mudança estrutural na
taxa de crescimento é possível, como já foi feito no passado.
41 28mai20
Aproveitamento e Gestão das Oportunidades
A pandemia diminui e eventualmente acaba, ou então nos adaptamos a ela. Já os seus efeitos sobre a
produção, o emprego, o consumo e o investimento levam alguns anos. Isso globalmente.
A crise atinge de forma diferente as pessoas, empresas, setores e regiões. Como sempre, há
oportunidades a serem prospectadas e implementadas.
Muitos aspectos da vida das pessoas e das empresas são afetadas, algumas definitivamente. O desafio é
tentar entender e se preparar para esse novo normal. Não se deixar confundir ou abater pela
ambiguidade dos cenários. Acompanhar as transformações que estão em curso, liderando-as quanto
possível. Manter a empresa em bom estado comercial, produtivo e financeiro, para poder
aproveitar o momento da retomada e as oportunidades que surgirão.
Afinal de contas, no Brasil temos muita experiência com crises econômicas que levavam algumas
empresas e davam a impressão de não terem fim. Já vimos muitas vezes que as crises são resolvidas
e o país retoma o crescimento vigorosamente. Sabemos que o mercado fica para as empresas e as
pessoas que souberam se manter funcionais e se preparar para a retomada que virá. O diferencial está
na competência da administração.
42 28mai20
FUNDAÇÃO
• Criação: 1980
• Coordenadores de Projetos: 77
professores doutores de administração
da FEA/USP.
• Governança: curadores, diretores,
comissões, comitês, todos eleitos pelos
Coordenadores de Projetos.
• Utilidade Pública: federal, estadual,
municipal.
CONSULTORIA
• Realização: mais de 8.000 projetos,
para mais de 2.000 organizações.
• Todas as Áreas de Administração:
estratégia, finanças, marketing, gestão
de pessoas, organização, operações,
TI, além de outras.
• Todos os Tipos de Projeto: estudos,
pesquisas, consultoria, avaliações,
pareceres, outros.
• Todos os Tipos de Organização:
empresas nacionais e multinacionais,
administração pública direta e indireta,
entidades da sociedade civil.
• Todos as Regiões do Brasil: projetos
realizados em 17 UFs, além de outros
6 países.
INFRAESTRUTURA
• Sede: São Paulo (Marginal Pinheiros).
• Outras Unidades: Paulista (2), Brasília,
além de outras conforme necessário.
EDUCAÇÃO
• MBA: início em 1993, com 27 cursos e
mais de 23 mil formados, sendo 70%
sócios, diretores e gerentes.
• Pós-Graduação: início em 2005, com 63
cursos e mais de 17 mil formados.
• Stricto sensu: mestrado profissional
(ênfase em estratégia) e graduação.
• In Company: cursos para empresas e
instituições públicas e privadas.
• Reconhecimento: credenciamentos
pela AMBA e ANAMBA, destaque em
avaliações independentes feitas pela
imprensa.
Mais informações
• www.fia.com.br.
MetodologiaMetodologia
44 28mai20
Metodologia
Os quadros são elaborados com um método de elaboração de cenários especificamente desenvolvido
para lidar com um problema complexo sob ambiguidade:
• Metaestudo, baseado em estudos disponíveis, selecionados pela relevância e contribuição dos autores.
• Interação, baseada em entrevistas recorrentes com pessoas chave com elevado potencial contributivo
e crítico.
• Inclusão, incorporando os sinais fracos captados e os múltiplos pontos de vista que poderão compor o
futuro.
• Foco nas decisões administrativas e econômico-financeiras que empresas e governos precisam tomar.
• Curadoria autoral, manifesta na seleção e ponderação das fontes, na mitigação de eventuais vieses de
posição, na responsabilidade e posições dos autores.
• Evolução, incorporando novas informações e posições, em uma sucessão de versões incrementais no
que é sempre um produto em elaboração.
45 28mai20
Quanto ao Uso dos Dados Epidemiológicos
A qualidade dos dados internacionais é baixa, no que tange a número de infectados, mortes e curados. As
metodologias para identificar os contaminados, mortos e mesmo curados, variaram muito com a geografia e
história da pandemia[1,7]. A qualidade dos testes é muito variável[6] e há acusações de sonegação intencional de
informações[1]. Os países com menos casos identificados são os que menos testam a população.
No Brasil, como em outros países, há muitos infectados que não foram testados[1], ou o foram com métodos
inadequados[6]. Há um número desconhecido de mortos pela epidemia que não foram reconhecidos e outro que
foram registrados como vítimas do SARS-CoV-2, mas não estavam infectados especificamente por este vírus[1].
A qualidade e quantidade dos testes realizados está aumentando nacional e internacionalmente[1,2]. Estudo em 6
bairros de São Paulo mostrou que 5,19% da população já foi contaminada[3], com letalidade de 0,95%[3].
É difícil o uso das curvas de infectados e mortos, a não ser como expressão qualitativa genérica do que
está ocorrendo. Por exemplo, a extrapolação simples do resultado do estudo preliminar para o Município de São
Paulo resulta em 636K contaminados[3,4], enquanto que o número oficial é de 40K[5].
1.Entrevistas
2.Craven et al.,
McKinsey. 13abr20.
3.Tess, Semeia,
Fleury, IBOPE ,
Inquérito Domiciliar
para Estimar a
Soroprevalência da
Infecção por SARS-
CoV-2 no Município
de São Paulo. mai20.
4.Dados de
ibge.gov.br/cidades-
e-estados/sp/sao-
paulo.html, em
20mai20.
5.São Paulo, Boletim
Diário Covid-19.
20mai20.
6.Mallapaty, Nature.
18abr20.
7.Toledo, FAPESP.
28mai20.
46 28mai20
Disclaimer
A situação gerada pela pandemia do Covid-19 está evoluindo rapidamente. Embora tenhamos tomado precauções na elaboração deste
material, ele representa o ponto de vista particular dos autores em um dado momento. As informações e posições foram consideradas
suficientemente fidedignas para inclusão neste texto à época de sua confecção, mas não foram auditadas ou verificadas
independentemente pela FIA. É nossa expectativa que o tempo traga informações mais atualizadas e precisas.
Este material foi produzido como instrumento de discussão na comunidade FIA. A apresentação oral personalizada é parte integrante do
conteúdo. Recomendamos que cada pessoa faça a sua própria análise e coleta de informações antes de tomar qualquer decisão.
Este relatório é oferecido à sociedade sem custo, não caracterizando uma relação de consumo. Este texto não deve ser considerado
suficiente ou seguro para a tomada de decisões sem informações e análises adicionais. Em especial, ele não serve enquanto
recomendação ou endosso médico, legal, de investimento, tributário, contábil, de políticas públicas ou de natureza eleitoral. A FIA não
pode ser responsabilizada pelo uso indevido deste material, uso contra o qual aconselha veementemente.
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wto.org/english/news_e/news20_e/ddgaw_30apr20_e.htm, em 7mai20.
Yamamoto, Érica (8mai20) USP e Marinha do Brasil se preparam para produzir ventiladores
pulmonares. Jornal da USP. jornal.usp.br/institucional/usp-e-marinha-do-brasil-se-preparam-
para-produzir-ventiladores-pulmonares, em 12mai20.

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FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coronacrise

  • 1. 28mai20 Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coronacrise Roy Martelanc Paulo Tromboni do Nascimento Hélio Janny Teixeira João Maurício GamaBoaventura Roy Martelanc Paulo Tromboni do Nascimento Hélio Janny Teixeira João Maurício Gama Boaventura Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coronacrise
  • 2. 2 28mai20 Contribuição A Covid-19, causada pelo SARS-CoV-2, provocou uma intensa crise sanitária no Brasil e no mundo. Em decorrência, temos uma das mais graves crises econômicas dos últimos séculos. A FIA dá a sua contribuição para o entendimento da situação e de possíveis desdobramentos, com a finalidade de apoiar as decisões empresariais e governamentais tanto durante a crise como após ela[1]. Os quadros de referência são elaborados como metaestudo, que integra estudos disponíveis e entrevistas com atores relevantes, sempre sob a curadoria dos profissionais da FIA. Eles procuram ser abrangentes, reflexivos e técnicos, sem influência de posicionamento político, no setor público, ou comercial, no privado. Os quadros refletem o nosso entendimento da situação neste momento, a qual evolui diariamente. O aprofundamento, atualização e contextualização deste conteúdo requer a sua apresentação oral. 1.BCG, How Scenarios Can Help Companies Win the COVID-19 Battle. 23abr20.
  • 3. 3 28mai20 Fases da Coronacrise Referências Metodologia Uma Oportunidade Histórica As Oportunidades do Novo Normal Fatores de Risco Agenda Nível de Atividade Agenda
  • 4. Fases da CoronacriseFases da Coronacrise
  • 5. 5 28mai20 Fases da Coronacrise Recolhimento • Físico, com isolamento, teletrabalho, ecommerce, entretenimento virtual, alimentação em casa. • Econômico, com redução de despesas e pagamentos, além de obtenção de recursos, no possível. • Preservação da liquidez, mesmo que com sacrifício de rentabilidade[1,2]. Replanejamento • Reelaboração dos planos estratégicos, de negócio e orçamentos. • Desafio VUCA[3]: passar de um estado de ambiguidade para um de incerteza. • Estratégia de robustez com flexibilidade, sobreviver em boa situação funcional, aproveitando as mudanças do ambiente e as oportunidades que surgirão. Retomada • Das operações, com testagem privada[4,5] e protocolos de trabalho[4] e de atendimento ao público. • Das vendas[5], dependente da renda do consumidor e da segurança que sinta em voltar às compras. • Dos investimentos, após esgotada a capacidade ociosa e para modernizar o parque. Sustentação • Monitoramento e medidas de ajuste, para sustentar o crescimento. 1.IBTC. 7abr20. 2.Planner Redwood, Carta Mensal. 8mai20. 3.Bennet et al. Harvard Business Review. Jan14. 4.Cadena, McKinsey. 18mai20. 5.BCG, How to React do Covid-19 Impacts? 30abr20.
  • 6. 6 28mai20 Modelagem Decisorial por Nível de Previsibilidade e Complexidade, com Exemplos. Martelanc, Roy (2020). − COMPLEXIDADE DO SISTEMA + simples minimalista, 1 objetivo, quali ou quanti integrado propriedades emergentes, estrutura estática complexo adaptável, multiobjetivo, quali e quanti −PREVISIBILIDADEDASITUAÇÃO+ determinista causalidade direta, ausência de variabilidade mais dinheiro? $$$ → felicidade utilidade (CRRA) u V = 𝑎𝑉 ൗ1 𝑎 lim. crescimento mitigação de risco volátil causalidade estocástica, variabilidade quantificável, histórico de dados mov. browniano 𝑑𝑆𝑡 = 𝜇𝑆𝑡 𝑑𝑡 + 𝜎𝑆𝑡 𝑑𝑊𝑡 anl. sensibilidade 𝐺𝐴𝑂 = ∆%𝑁𝑂𝑃𝐴𝑇 ∆%𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 VPL de projeto eficiência bancária 𝐷𝑖𝑡 = 𝛼𝑖 + ෍ 𝛽𝑖 𝑉𝑖𝑡 + 𝜀𝑖𝑡 crédito com IA incerta variáveis conhecidas, causal. básica conhecida, variabil. não quantificável motivação barato sai caro reestruturação ambigua variáveis desconhecidas, causalidade desconhecida, ausência de precedentes Bitcoin valor intrínseco ?!? → preço ?!? linguagem fuzzy PMG, alto/baixo, provável/possível/remoto nova tecnologia Covid-19 VUCA recursos população i i i o prejuízo baixo NS perda de clientes − + + +  GGG, integr., q/q, multiobj., adaptável ?!? variáveis?, causal.?, precedentes?    X mercado ? custos ? riscos ? investimento ? equipe ? regulação ?? ? ? ? ? ? ? o O diagrama apresenta uma versão da abordagem VUCA[1], modificada para melhor expressar a estratégia para lidar com a atual crise. O sistema está dentre os mais complexos: o mundo é muito grande, ao mesmo tempo qualitativo e quantitativo, tem múltiplos objetivos, se adaptará. A situação está dentre as mais ambíguas: as variáveis e suas inter- relações são pouco conhecidas, não havendo precedentes válidos. Nesses casos, o caminho é o aumento do conhecimento sobre a crise econômica, as suas possíveis consequências e as soluções governamentais e empresariais. A transformação de ambiguidade em mera incerteza nos traz para um ambiente com que sabemos lidar. 1. Bennet et al., Harvard Business Review. jan14.
  • 8. 8 28mai20 Recuperação Parcial em 2 anos As projeções de crescimento do PIB que os bancos brasileiros apresentam ao Banco Central do Brasil[1] são anormalmente díspares, indicando incerteza. Na média, a queda projetada do PIB [1] é de 5,1% em 2020, sem recuperação total até 2021, com um CAGR de 1,1% em 5 anos. O banco mais otimista projeta um CAGR de 2,8% e o mais pessimista, um de -1,6%. O gráfico traz a evolução do PIB (em escala log)[1,2], além da projeção mínima, média e máxima dos bancos. Vê-se que, por conta de crise de que tentávamos sair, ainda estamos abaixo da linha de tendência do período (CAGR 2,2%) e que mesmo a projeção mais otimista ainda nos deixa abaixo dessa linha. O PIB per capita (em escala linear)[1,2], evidencia as oscilações de curto prazo e o efeito do número de consumidores, ambos de especial interesse das pessoas físicas. 1.Dados de bcb.gov.br/sgspub, em 26mai20. 2.seculoxx.ibge.gov .br/economicas/co ntas-nacionais, em 3mai20. média mínimo máximo 2020 -5,92% -11,00% -1,89% CAGR 2 anos -1,33% -5,19% 2,22% CAGR 5 anos 0,92% -1,62% 3,15% Δ% do PIB projeção de bancos brasileiros, 22mai20 [1]
  • 9. 9 28mai20 Projeções Internacionais As projeções do FMI sugerem que todos os países do G20[1]: • Terão um produto substancialmente inferior à base constituída pela média dos 3 anos anteriores à crise. • Verão as quedas mitigadas, porém não eliminadas até 2021, quando o produto é comparado com a mesma base. O Brasil está em uma posição intermediária, perdendo em dois anos 2,5% do crescimento do produto que teria se mantida a média de crescimento dos últimos 3 anos. A Argentina encabeça a lista pela sua base ser baixa. Há grande dispersão nas projeções dos principais bancos de investimento, devido ao baixo nível de consenso, portanto de conhecimento, quanto ao futuro[2]. 1.Dados de imf.org/external/d atamapper, em 20mai20. 2.BCG. 30abr20. base 3 anos (2017-19) 2020 2021 2020-21 ref/base Argentina -0,7% -5,7% 4,4% -0,8% -0,1% Arábia Saudita 0,7% -2,3% 2,9% 0,3% -0,4% Indonésia 5,1% 0,5% 8,2% 4,3% -0,8% Índia 5,8% 1,9% 7,4% 4,6% -1,1% China 6,6% 1,2% 9,2% 5,1% -1,4% Coréia 2,6% -1,2% 3,4% 1,1% -1,5% África do Sul 0,8% -5,8% 4,0% -1,0% -1,8% Japão 1,1% -5,2% 3,0% -1,2% -2,2% Brasil 1,2% -5,3% 2,9% -1,3% -2,5% Alemanha 1,5% -7,0% 5,2% -1,1% -2,6% Austrália 2,3% -6,7% 6,1% -0,5% -2,8% Reino Unido 1,5% -6,5% 4,0% -1,4% -2,9% Rússia 1,9% -5,5% 3,5% -1,1% -2,9% Estados Unidos 2,5% -5,9% 4,7% -0,7% -3,2% França 1,8% -7,2% 4,5% -1,5% -3,2% México 1,4% -6,6% 3,0% -1,9% -3,2% Itália 0,9% -9,1% 4,8% -2,4% -3,3% Canadá 2,3% -6,2% 4,2% -1,1% -3,3% União Européia 2,3% -7,1% 4,8% -1,3% -3,5% Turquia 3,7% -5,0% 5,0% -0,1% -3,7% projeções Projeções de Crescimento do GDP pelo FMI [1] G20 CAGR 2 anos
  • 10. 10 28mai20 Diferentes Impactos Setoriais A crise traz um impacto setorial muito variado, conforme fica claro pela utilização de cartões de crédito e débito[1]. Os setores de hospedaria (turismo, bares e restaurantes) sofreram mais e ainda não mostram sinais de recuperação[1]. A alimentação fora do domicílio e o divertimento presencial deram lugar aos seus congêneres domésticos. O vestuário sofreu muito também[1,2], mas pelo menos apresenta alguma recuperação. 1.Dados de cielo.com.br/boleti m-cielo-varejo, 26mai20. 2.Receita Federal, Nota Informativa. 13mai20. 3.Fibra, Relatório Semanal. 11mai20. Confinadas, as pessoas estão gastando na reforma e manutenção da casa, que afeta os setores de material de construção[1], móveis e eletrodomésticos[1]. Entretanto, reduziram fortemente a compra de veículos novos[2], cuja produção caiu 95% em mar20[3]. As farmácias[1] e supermercados[1] tiveram picos de vendas, mas esse efeito cedeu diante da queda na renda do consumidor. Setor Impacto Evolução Turismo, Transporte -89,7% catastrófico estável ******* Vestuário -71,4% catastrófico crescendo moderadamente (6m?) Bar, Restaurante -70,7% catastrófico estável ** Demais serviços -43,0% muito grande estável ** Posto de gasolina -40,6% muito grande estável *** Demais duráveis -37,7% muito grande crescendo moderadamente (3m?) Demais não duráveis -25,1% grande estável **** Serv. automotivo, Autopeça -17,0% grande estável *** Móveis, Eletro, Lojas Dpto. -16,3% grande crescendo (1m?) Drogaria, Farmácia -4,1% moderado estável ** Mat. Contrução +7,2% positivo estável ** Super, Hipermercado +8,6% positivo cresceu, retornando à normalidade (1m?) Varejo total, cartões -31,6% grande estável *** * nº de semanas de estabilidade, (m?) estimativa de meses até a normalização, se a tendência se mantiver Variação Uso de Cartões, Varejo, Brasil[1] ⇝ ⇝ ⇝ ⇝ ⇝ ⇝ ⇝ ⇝ ⇝
  • 11. 11 28mai20 Diferentes Impactos Regionais Consumo Todas as UFs foram severamente impactadas, com distribuição regional do impacto muito variada[1], embora parte dela possa decorrer de hábitos de uso de meios de pagamento em subgrupos sociais. Não há correlação da redução no consumo com a renda per capita da UF. Informações de Arrecadação de Tributos No Rio Grande do Sul, a queda nas vendas está estabilizada, sendo que no varejo a queda oscila em torno de 15% (média de 2 semanas)[2] e na indústria em torno de 18% (4 semanas)[2]. Quedas de arrecadação: Receita Federal prevê -10,6% em 2020[6], São Paulo -19% em abril e espera -32% para maio e em junho[3], Minas Gerais prevê[4] -20% em abril, Paraná relata[5] -20% em abril, Pernambuco teve[7] -35% entre 21mar e 20abr. Em São Paulo, a inadimplência tributária subiu do padrão histórico de 5% para 10% e estabilizou[3]; a queda de arrecadação restante decorre de redução de vendas. 1.Augusto, Santander. 6mai20. 2.Receita Estadual RS, Impactos do Covid-19. 6mai20. 3.Entrevistas. 4.SEF/MG. 23abr20. 5.Sefaz/PR. 30abr20. 6.Receita Federal, Nota Informativa. 13mai20. 7.Sefaz/PE. abr20. Impacto no Uso de Cartões[1] menor impacto maior impacto
  • 12. 12 28mai20 Prognóstico: Rápida recuperação em V? A curva em V é o paradigma da recuperação após crises econômicas e vários cenários estudados a colocam como possibilidade[1,2,4,6] ou como aposta principal[3,5]. O nível de atividade retorna ao ponto em que estaria antes da crise, com a mesma taxa de crescimento anterior, pois, após uma crise econômica curta, os fatores de produção são essencialmente os mesmos de antes e apenas devem ser novamente postos em ação: • Os recursos naturais (terra, jazidas) são os mesmos e continuam sendo prospectados no mesmo ritmo. • Em uma crise curta, o capital físico (infraestrutura, maquinário) pouco deprecia e pode se considerado semelhante ao anterior. • A tecnologia continua sendo desenvolvida como antes. • O capital humano permanece essencialmente o mesmo e continua sendo formado no ritmo usual. Seria altamente pernicioso se escolas e universidades parassem durante uma crise econômica ou sanitária. A educação pode se tornar mais intensa e estimulante durante uma crise. Este cenário exige um rápido retorno das atividades das pessoas, a rápida reorganização das empresas e eficazes estímulos governamentais à demanda. 1.McKinsey, COVID-19: Briefing Materials. 13abr20. 2.Dweck, IE/UFRJ. 4mai20. 3.Mendes. ?abr2020. 4.BCG, A Cash Management Survival Guide. 24abr20. 5.Receita Federal, Nota Informativa. 13mai20. 6.BCG, How to React do Covid-19 Impacts? 30abr20. V
  • 13. 13 28mai20 Prognóstico: Lenta Recuperação em U? A retomada em U é um dos cenários mais citados[1,2,3,6,8]. A economia brasileira entrou no U ainda em 2014, com impacto sobre o PIB a partir de 2015. A questão de se o PIB estaria saindo em 2020 tornou-se um entretenimento histórico. Neste cenário, a crise da Covid-19 aprofunda e alonga a curva em U em que já estamos[4]. Uma curva de infectados achatada é uma curva alongada, e, se a resposta continuar sendo a contenção das atividades das pessoas, torna a crise econômica duradoura[5] e amplifica a queda no PIB[7]. A retomada da renda, portando das vendas, é lenta, apesar dos esperados estímulos governamentais. Um surto de recuperações judiciais, falências e fechamentos unilaterais de empresas reduz a capacidade de resposta do sistema produtivo. A reorganização de parte da atividade produtiva pode levar um longo período. Esses fechamentos e reestruturações de empresas prolongam e aprofundam a onda de demissões em massa. A redução de atividades profissionais e empresariais consome o caixa das famílias e as leva a reduzir as despesas, consumir as reservas e vender ativos, como imóveis. Descapitalizadas e preocupadas com o futuro as pessoas demoram a voltar a consumir. 1.McKinsey, COVID-19: Briefing Materials. 13abr20. 2.Dweck, IE/UFRJ. 4mai20. 3.BCG, A Cash Management Survival Guide. 24abr20. 4.Planner Redwood, Carta Mensal. 8mai20. 5.Itaú, Cenário macro – Brasil. 11mai20. 6.Receita Federal, Nota Informativa. 13mai20. 7.Cadena et al., McKinsey. 18mai20. 8.BCG, How to React do Covid-19 Impacts? 30abr20. U
  • 14. 14 28mai20 Prognóstico: Novo Patamar em L? O terceiro cenário mais citado é em L[1,2,4]. Esse não passa de um U longo, que aparenta uma redução permanente do nível de atividade. Um dos fatores para este cenário é a incapacidade governamental de administrar a recessão decorrente da pandemia[1]. Os estímulos podem ser insuficientes para compensar o desânimo de consumidores e investidores. Podem ser excessivos e trazer inflação. Pode surgir uma percepção de risco econômico ou político que recomende a transferência dos recursos financeiros a outras jurisdições. As pessoas dos grupos de risco tendem a se manter isoladas por longos períodos, salvo se surgirem tratamentos eficazes. A faixa de idade de muitas delas é a mesma das que dirigem a sociedade, inclusive do ponto de vista econômico. Esse pode ser um fator de lentidão ou incompletude na reação. Uma redução do nível de atividade global se propaga para o Brasil, pelo impacto sobre as exportações. Um eventual conflito internacional também. O timing eleitoral é um fator importante na definição do tempo de retomada de investimentos. O ano de 2020 é considerado economicamente perdido e o de 2021 está sendo projetado nacional e internacionalmente como de recuperação parcial do consumo e da produção[3]. Em 2022 teremos uma eleição federal, provavelmente difícil, em que não se esperam investimentos nem a elaboração de planos firmes. Se nada for mudado, o primeiro ano em que grandes investimentos podem ser esperados é 2024, naturalmente condicionados à situação da economia até lá. 1.McKinsey, COVID-19: Briefing Materials. 13abr20. 2.BCG, A Cash Management Survival Guide. 24abr20. 3.BCG. 30abr20. 4.BCG, How to React do Covid-19 Impacts? 30abr20. L
  • 15. 15 28mai20 Prognóstico: Ressurgências em W? É possível que o nível de atividade da economia tenha ondas de recuperações e quedas, em razão de ondas de contaminação[1,6,18]. A probabilidade de ressurgimentos reage: • Ao desenvolvimento de um fármaco eficaz, com muita pesquisa em andamento[4,6], até agora pouco frutífera[6]. Igualmente ao desenvolvimento de uma vacina, que dificilmente estará disponível antes dos 12 meses[6]. • À imunidade de rebanho alcançada, hoje estimada em 5%[6], que é tanto menor quanto mais eficaz o isolamento; à eficácia e duração da imunização naturalmente obtida; à gravidade das recaídas[6]. • À proliferação de novas cepas do vírus, cujo número está aumentando[2]. • À eficácia e disponibilidade dos tratamentos[5,6], com hospitais com capacidades diferenciadas, seguindo muitos protocolos distintos[6,13,15], com resultados também díspares[6], o que é positivo para a acumulação de conhecimento. À eficácia e disponibilidade de equipamentos hospitalares, como leitos de UTI com respiradores[3,6,10,13]; de pessoal capacitado[6]. • À realização de testes em massa de qualidade[6,13,14,15], que não têm ocorrido[6,12]; ao efetivo isolamento de pessoas contaminadas e sob risco; à eficácia dos protocolos de flexibilização do isolamento[6,7,8,16,17]. 1.McKinsey, 3abr20. 2.Li et al., British Journal of Ophthalmology. 21fev20. 3.Yamamoto, Jornal da USP. 8mai20. 4.USP. 8abr20. 5.McKinsey, COVID-19: Briefing Materials. 13abr20. 6.Entrevistas. 7.Pref. Santos. mai20. 8.Pref. Campinas. 27abr20. 9.Tess, Semeia, Fleury, IBOPE , Inquérito Domiciliar para Estimar a Soroprevalência da Infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo. mai20. 10.Simas et al., Easynvest Modelo COVID Brasil v1. Easynvest. 16abr20. 11.SCEC/GESP. Cronogramas de Retomada das Atividades Econômicas e Sociais e Protocolos. mai20. 12.Mallapaty, Nature. 18abr20. 13.Cadena et al., McKinsey. 18mai20. 14.OECD, Testing for COVID- 19: A way to lift confinement restrictions. 4mai20. 15.BCG, How to React do Covid-19 Impacts? 30abr20. 16.Fiesp, Plano de Retomada da Atividade Econômica após a Quarentena. 18abr20. 17.Est. São Paulo, Plano SP. 26mai20. 18.Toledo, FAPESP. 28mai20. W
  • 16. 16 28mai20 Prognóstico: Aceleração em J ? O cenário positivo é o de aceleração da economia após a recuperação. Esse prognóstico não está sendo muito citado, mas é um desfecho possível da crise. O primeiro passo é uma retomada vigorosa de atividades, que depende de uma combinação de: • Isolamento vertical, com uma estratégia TTT (testing, tracking, tracing)[1,5] em massa e tratamento eficaz dos doentes. Pode haver implicações em relação à privacidade[1]. • Aquisição de resiliência pela comunidade[2,6], que aprende a conviver com a nova doença, balanceando aspectos sanitários, econômicos e humanos. • O surgimento, ainda que inesperado, de um tratamento médico altamente eficaz. Além disso, são úteis medidas governamentais, como as adotadas na China[3]. São medidas de estímulo à demanda, como vouchers para uso em setores mais atingidos, fornecimento de informação crível, coordenação de cadeias de suprimento, subsídio para investimento em equipamentos e contratação de empregados. O efeito foi positivo na China, onde vários indicadores tendem à normalização[4]. Há notáveis diferenças setoriais[3]: as grandes indústrias retomaram mais cedo, as PMEs e o setor de serviços depois. A construção civil retornou bem. Entretanto, os restaurantes demoraram e muitos não reabriram. 1.OECD, Testing for COVID-19: A way to lift confinement restrictions. 4mai20. 2.Sharifi, out16. Ecological Indicators. 3.McKinsey, COVID-19: Briefing Materials. 13abr20. 4.Barbosa, Bradesco. 14abr20. 5.BCG, How to React do Covid-19 Impacts? 30abr20. 6.Moon, Public Administration Review. 29abr20.
  • 17. 17 28mai20 Mudanças na curva do PIB ocorrem em eventos marcantes No Brasil desde 1901, ocorreram 2 mudanças estruturais na taxa de crescimento do PIB[1,2]: • Antes de 1942, a taxa era de 3,9%. A depressão de 1929 fez o PIB flutuar, sem afetar o patamar de crescimento. • Com a 2ª Grande Guerra, o Brasil entrou em um período de forte industrialização e o crescimento do PIB passou a ser de 7,3%. Também houve flutuações, como as de 1963 e 1973. • A partir da crise da dívida externa, a taxa caiu a 2,2%, com importantes oscilações. A atual crise tem o potencial de trazer nova mudança estrutural, alterando a taxa de crescimento no longo prazo. 1.Dados de bcb.gov.br/sgspub, em 26mai20. 2.Dados de IBGE, seculoxx.ibge.gov.b r/economicas/cont as-nacionais, em 3mai20.
  • 19. 19 28mai20 Falências, Recuperações Judiciais e Não Judiciais Uma onda de falências, recuperações judiciais e não judiciais[1,2] pode desorganizar as empresas e retardar severamente a retomada. Empresas em recuperação judicial levam anos para restabelecer a capacidade plena de atuação, quando o conseguem. Normalmente perdem, pelo menos no período, a capacidade de investir e obter capital, além de muitas vezes a credibilidade frente a clientes e fornecedores. Se houver um grande número de empresas nessa situação, retomada do investimento, e mesmo a das vendas, pode levar anos. As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) são especialmente vulneráveis[3], por terem mais oscilação de receita e maior dificuldade de acesso a capital, e por serem as grandes empregadoras do país. As 6,8 milhões de MPMEs são as grandes empregadoras, tendo 20,5 milhões de donos de negócios e 21,3 milhões de empregados formais, ou seja 69% do total de empregados[4]. As PMEs estão tendo especial dificuldade em acessar crédito na crise, mesmo em linhas destinadas a mitigar os seus efeitos[5]. O mercado é herdado pelos sobreviventes. Como em crises anteriores, as empresas que se mantiverem em razoáveis condições de atuação ocuparão o mercado das que forem saindo. Esse movimento tende a aumentar a concentração da atividade produtiva. Na retomada, muitas das empresas que se mantiverem funcionais estarão em melhor situação do que estavam antes da crise. 1.IBTC. 7abr20. 2.Planner Redwood, Carta Mensal. 8mai20. 3.Sebrae, Impactos e tendências da COVID-19 nos pequenos negócios, Edição 6. 8mai20. 4.Sebrae, Dieese, Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios. 2018. 5.Entrevistas
  • 20. 21 28mai20 Desemprego e Perda de Renda O desemprego aumentou severamente[1,4,5], embora os dados do seguro desemprego ainda não mostrem isso[3]. É esperado que a taxa de desemprego passe dos 20%[6]. As férias forçadas concedidas por muitas empresas a parte dos empregados[2] estão vencendo nesta época, o que leva as empresas a suspenderem os contratos de trabalho ou a demitir. Por ora, os demitidos tendem a ser os menos qualificados, com trabalho mais padronizado e de menor renda, o que agrava o problema social. As pessoas nesse perfil geralmente podem ser realocadas com relativa rapidez quando o nível de atividade retornar. Os autônomos, pejotizados, autoempregados e informais tendem a reduzir, mas não a cancelar a sua atividade profissional, podendo rapidamente reativar as suas atividades. Por enquanto, as demissões de pessoas de mais alta qualificação e renda tem sido menos frequentes. Uma parte delas teve redução de carga, salário e remuneração variável, sem cancelamento da sua atuação na empresa. A empresa que demitir as pessoas chave enfrentará maiores dificuldades em operacionalizar a retomada. O empregado a preservar, mesmo que com custo, é o simultaneamente capaz de operar a crise e de remobilizar a empresa na retomada subsequente, desde que nela permaneça. 1.Barbosa, Bradesco. 14abr20. 2.CNI, Consulta Empresarial. mar20. 3.ME, Estatísticas do Seguro Desemprego. 28anr20. 4.Planner Redwood, Carta Mensal. 8mai20. 5.Itaú, Cenário macro – Brasil. 11mai20. 6.Entrevistas.
  • 21. 22 28mai20 Mitigação da Perda de Renda A redução parcial da perda de renda de uma porcentagem da população por uma parte do período da crise é obtida pelo auxílio financeiro do governo federal, pelo seguro desemprego e por cestas básicas e outros auxílios em produtos, distribuídas por estados, municípios, empresas, igrejas e ONGs. Esses auxílios mitigam consequências como aumentos de morbidade e mortalidade[1], violência doméstica[1], depressão e perda de autoestima[1], convulsão social[1]. Esses auxílios serão gradualmente reduzidos, seja por força legal, pela perda da capacidade financeira dos doadores[1] ou pelo seu esmorecimento[1]. O impacto econômico da crise está sendo diferente para os diversos grupos sociais. Uma parte das pessoas, geralmente de classe média, está em teletrabalho ou em ociosidade, possivelmente com redução de renda, possivelmente consumindo reservas financeiras. A maior parte das pessoas de classe baixa não tem poupança significativa e continua prestando serviços de suporte à classe média ou está desempregada. O seu grau de confinamento doméstico é relativamente baixo, seja por continuar trabalhando, seja porque a residência é pouco espaçosa e inadequada para acomodar um número relativamente alto de indivíduos[1,4]. É natural que haja uma pressão pela perenização de alguns dos auxílios, convertidos em benefícios permanentes ou direitos[2]. Essa perenização equivale à expansão do bolsa família, tanto em termos de número de pessoas como de valor por pessoa, com impactos tanto sobre a mitigação da baixa renda crônica de largo contingente da população como sobre o orçamento público. Também é natural que haja oposição a essa perenização, pois na estabilidade, precisa ser financiada com aumentos tributários[3]. Alternativamente, os benefícios perenizados serão financiados com emissão de moeda[3], o que potencialmente traz desequilíbrio econômico, inclusive inflação. É esperado que as próximas campanhas eleitorais tratem dessas questões. 1.Entrevistas. 2.Planner Redwood, Carta Mensal. 8mai20. 3.Itaú, Cenário macro – Brasil. 11mai20. 4.Fiesp, Plano de Retomada da Atividade Econômica após a Quarentena. 18abr20.
  • 22. 23 28mai20 Lentidão na Retomada Gradualismo na Produção A retomada das atividades produtivas será gradual[1] seguindo um cronograma estabelecido em protocolos de flexibilização da quarentena[2,3,5,6,7]. Pode haver desarranjo temporário em algumas cadeias produtivas, o que pode exigir a coordenação do Estado[5]. Gradualismo do Consumo Só é possível consumir o que foi produzido; por outro lado, só será produzido o que se espera venha a ser consumido. O retorno do consumo, limitador superior da produção, depende de: • Medo de contágio[4,5], especialmente diante da possível demora na mitigação da pandemia. Esse temor é mitigado pela qualidade dos protocolos de flexibilização. As pessoas de maior idade correm mais risco e geralmente têm maior renda, o que gradualiza o retorno do consumo[5]. • Perda de renda[4,5], por causa da supressão de boa parte da atividade. Esse fator cresce gradualmente por ser cíclico: mais renda, mais consumo, mais produção, mais renda. • Mudança de hábitos de consumo[4,5], no novo normal. • Estímulos governamentais ao consumo[4], limitado pelo temor de um desequilíbrio fiscal. • Estímulos privados ao consumo[5], como descontos e propaganda. 1.Bradesco, Economia em Dia. 28abr20. 2.Pref. Santos. mai20. 3.Pref. Campinas. 27abr20. 4.Bradesco, Economia em Dia. 28abr20. 5.Entrevistas. 6.Fiesp, Plano de Retomada da Atividade Econômica após a Quarentena. 18abr20. 7.Est. São Paulo, Plano SP. 26mai20.
  • 23. 24 28mai20 Inflação e Juros Inflação Na fase inicial e apesar da deterioração da situação fiscal[2], a inflação se mantem baixa, podendo haver deflação e não mostra sinais de preocupação imediata[2,4,5]. Poderá ocorrer inflação setorial[11]. As medidas governamentais de combate aos impactos da crise são expressivas[2,12], gerando um relevante déficit[2,3]. Por pressão eleitoral, as despesas de combate à crise podem se perenizar, o que pressionaria as despesas públicas especialmente após a recuperação. Há pelo menos um município que emitiu equivalente de moeda, sob o pretexto da crise[8]. Se essa prática se expandir, podemos ter um surto inflacionário incontrolável, como o da Argentina em 2001[9]. Juros A dívida bruta é elevada e pode ser limitante do desenvolvimento[2], além do que crescerá significativamente por conta desta crise[2,5,6]. Os juros de curto prazo são baixos, para o padrão brasileiro, com tendência de queda[5]. Os cenários predominantes internacionalmente são de redução ou de preservação de juros baixos[7]. O expressivo volume da dívida pública brasileira torna cara a sustentação prolongada de uma taxa alta de juros. Os juros de longo prazo para 15 e 25 anos, indexados pelo IPCA, estão em 4,2%[10], que é uma taxa intermediária entre o pico de set18 (6,0%) e o vale de nov19 (2,9%)[10]. 1.Dados de bcb.gov.br/sgspub, em 26mai20. 2.Receita Federal, Nota Informativa. 13mai20. 3.Planner Redwood, Carta Mensal. 8mai20. 4.Bradesco, Economia em Dia. 28abr20. 5.Itaú, Cenário macro – Brasil. 11mai20. 6.FMI, Fiscal Monitor. Abr20. 7.FED, Press Release. 29abr20. 8.Alfenas, Lei Nº 4.951/20. 2abr20. 9.Torre et al. World Bank. 15jan03. 10.Dados de tesourodireto.com.br/ titulos/precos-e- taxas.htm, em 25mai20. 11.Entrevistas. 12.Ministério da Economia. 17abr20. média mínimo máximo 2020 1,63% 0,68% 2,75% CAGR 2 anos 2,40% 1,38% 3,62% CAGR 5 anos 3,01% 2,17% 3,94% Δ% do IPCA projeção de bancos brasileiros, 22mai20 [1] média mínimo máximo 2020 0,60% 1,09% -0,02% Média 2 anos -0,06% -0,02% 0,89% Média 5 anos 0,52% -0,16% 1,65% Selic Meta (média do ano, real liquida de IR20% e IPCA) projeção de bancos brasileiros, 22mai20 [1]
  • 24. 25 28mai20 Aumento da Tributação Na fase crítica da crise, os auxílios e despesas correntes governamentais estão sendo financiados com a emissão de moeda. Após essa fase, havendo perpetuação de parte desses auxílios e demora no aumento da arrecadação, é possível que haja um aumento de tributos. Um aumento punitivo de tributos pode inibir os investimentos necessários à retomada econômica, paralisando ou redirecionando a outros países o capital necessário. O período de incerteza durante as negociação e votação da reforma tributária pode ter o mesmo efeito. Imediatamente antes desta crise estava em discussão uma reforma tributária que pode vir a incluir alterações como: • A unificação de 5 tributos (ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS) e a extinção de outros[1,2], com simplificação, aumento da tributação dos serviços[3] e redução da tributação da indústria. • A tributação dos dividendos com redução da alíquota total sobre o lucro real, o fim dos JSCP, a revisão do lucro presumido e do simples, a eliminação de outros benefícios fiscais. • O retorno da CPMF. Um possível aumento da tributação provavelmente partirá da retomada dessas propostas. 1.Senado. 27jan20. 2.Orair et al., IPEA. Dez19. 3.Fecomércio. 13nov19.
  • 25. 26 28mai20 Câmbio A moeda nacional está desvalorizada em razão do risco fiscal[8], a redução da atividade econômica[8], dos baixos juros[8] e do risco econômico. Temos um rating inferior ao de grau de investimento[3] uma probabilidade de default implícita nos CDS significativa[4]. Os bancos brasileiros projetam uma gradual redução do dólar real (nominal-IPCA+CPI) já a partir de 2020[1,2]. Em uma crise econômico-financeira, deve ser contemplado um cenário de rápida desvalorização cambial e fuga de capitais, como aconteceu em eventos passados. Nesse caso, a defesa está na substancial reserva cambial[5,6,7], grande quando comparada à necessidade de moeda forte para sustentar importações, mas moderada quando comparada com o PIB. A reserva pode, em algum grau, ser usada para financiar a retomada de investimentos. O dólar alto reflete um cenário pessimista de curto prazo, mas é favorável à produção de bens e serviços exportáveis ou que substituam importações. 1.Dados de bcb.gov.br/sgspub, em 26mai20. 2.Dados de data.oecd.org/price/in flation-forecast.htm, em 26mai20. 3.Dados de capitaliq.com, em 26mai20. 4.Dados de worldgovernmentbon ds.com/sovereign-cds em 26mai20. 5.Dados de tradingeconomics.com /country-list/foreign- exchange- reserves?continent=g2 0, em 14mai20. 6.Dados de databank.worldbank.o rg em 14mai20. 7.Dados de gov.uk/government/p ublications/hmrc- exchange-rates-for- 2020-monthly, em 14mai20. 8.Itaú, Cenário macro – Brasil. 11mai20. média mínimo máximo Final de 2020 5,39 4,36 6,26 Final de 2021 4,86 3,44 6,12 Final de 2024 4,23 3,25 5,15 projeção de bancos brasileiros, 22mai20 [1,2] USD (real de IPCA e CPI/USD) 2020 dez18 Suiça AAA n/d abr20 216% 117% 112% Holanda AAA 0,28% abr20 7% 5% 4% Estados Unidos AA+ 0,31% mar20 4% 1% 2% Cingapura AAA 0,34% abr20 54% 81% 80% Alemanha AAA 0,36% abr20 15% 6% 5% Japão A+ ↑ 0,44% abr20 151% 28% 26% Coréia do Sul AA 0,46% abr20 64% 25% 25% Reino Unido AA 0,54% abr20 20% 6% 6% Canadá AAA 0,55% abr20 15% 5% 5% França AA 0,64% mar20 26% 8% 6% Austrália AAA ↓ n/d abr20 12% 3% 4% China A+ 0,86% abr20 121% 23% 23% Espanha A 1,67% abr20 17% 5% 5% Arábia Saudita A- n/d mar20 226% 60% 65% Rússia BBB- 2,12% abr20 164% 34% 28% Índia BBB- 2,71% mai20 75% 18% 15% Indonésia BBB ↓ 2,93% abr20 56% 12% 12% México BBB ↓ 3,17% mar20 38% 16% 14% Itália BBB ↓ 3,53% abr20 32% 9% 7% Brasil BB- 5,03% abr20 127% 18% 20% África do Sul BB- 5,85% abr20 49% 14% 14% Turquia B+ 9,16% fev20 61% 19% 12% Argentina SD 100% fev20 46% 8% 13% data de divulg. Rating S&P[3]País rel/ GDP18 Reservas Cambiais [5,6,7] rel/ imports CDS [4] (probab. default) Indicadores de Risco Soberano (G20)
  • 26. 27 28mai20 Sistema Financeiro O Ministério de Economia (ME), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (Bacen) tomaram uma série de medidas, que têm sido elogiadas[1]. Não há informações de possível insolvência bancária[4,5] e, se houver, a tendência é mais uma vez o tesouro resgatar o sistema financeiro nacional (SFN). A função das medidas é manter líquido o SFN e mantê-lo com capacidade de emprestar[2,3,4]: • Liquidez. Redução dos depósitos compulsórios, lastro para compra de debêntures, redução do carregamento de outros títulos de qualidade, liquidez via compromissadas, Novo Depósito a Prazo com Garantias Especiais (NDPGE), financeiras passam a emitir CDBs, não dedução do overhedge cambial, aumento da possibilidade de recompra das letras financeiras (LF), vedação a dividendos. • Crédito. Redução do provisionamento em repactuações de crédito, facilitação do crédito e PMEs, fintechs com cartão de crédito e BNDES, LFs garantidas por operações de crédito, flexibilização da letra de crédito ao agronegócio (LCA), menos capital regulatório para pequenos banco, financiamento de folha de pagamento para PMEs. • Câmbio. Atuação no mercado de câmbio, swaps cambiais, recompra de soberanos cambiais. Algumas dessas soluções tem sido consideradas oportunas[1,5], mas também burocráticas e difíceis de acessar[1,5]. Continua a postergação de pagamentos a fornecedores do início da crise[1,5]. 1.IBTC. 7abr20. 2.Campos, Medidas de Combate aos Efeitos da COVID- 19. 23mar20. 3.Bacen, Medidas de Combate aos Efeitos da COVID- 19. 13mai20. 4.Bacen, Relatório de Estabilidade Financeira. abr20. 5.Entrevistas.
  • 27. As Oportunidades do Novo Normal As Oportunidades do Novo Normal
  • 28. 29 28mai20 Explosão da Atividade Remota O padrão inicial é um de falta de escolha, experimentação, crítica, ajuste de processos, adaptação. A incorporação forçada de uma massa de usuários não entusiastas traz um consumidor com novas necessidades. O padrão subsequente é um de redesenho das plataformas utilizadas, que se mostraram insuficientes. O objetivo é a busca de melhor experiência do usuário (UX). O estado final é um de integração de atividades presenciais e a distância[2]. 1.Sebrae, O Impacto da pandemia de corona vírus nos Pequenos Negócios. 7abr20. 2.CNI. 1mai20. 3.BCG, How to React do Covid-19 Impacts? 30abr20. FALTA DE ESCOLHA EXPERIMENTAÇÃO CRÍTICA AJUSTE DE PROCESSOS ADAPTAÇÃO O confinamento acelerou uma série de mudanças de hábitos que já estavam em curso. • Ecommerce[1,3], negócio de alta escala e baixa margem. • Teletrabalho[1], com revisão de processos e intolerância à inadaptação. • Educação a distância (EAD), especialmente no ensino médio e superior. • Telemedicina [1], mas também atendimento psicológico e atividades físicas. • Entretenimento a distância, incluindo cultura, jogos, encontros de amigos, namoros, &c., que tende a se tornar mais interativo.
  • 29. 30 28mai20 Adaptação na Educação Para o ensino básico (infantil, fundamental, médio), a OECD apresenta 4 cenários[1]: • Autonomia da escola. É a solução brasileira, para os colégios privados, predominantemente em EAD. • Redefinição do currículo do período em EAD, para consolidar o conhecimento adquirido até agora nas aulas presenciais (Espanha). • Redução dos requisitos, com facilitação da progressão. • Progressão automática, com reforço após o retorno às aulas (Itália). Alguns países europeus estão retomando as aulas presenciais (Alemanha, Eslovênia). Em relação aos exames de ingresso no ensino superior, os países farão avaliações orais (Itália), adiarão os exames (Espanha), utilizarão os resultados escolares até a pandemia (Canadá, França, Reino Unido). Muitos países ainda não tomaram a decisão.[2] O ensino superior (graduação, pós-graduação) está sendo executado em EAD, muitas vezes em ritmo reduzido e adiando a utilização de laboratórios (medicina, engenharia, &c.)[2]. A grande tendência em educação é a aceleração do EAD. 1.Trujillo, in OECD, Coronavirus special edition: Back to School. 5mai20. 2.OECD, Coronavirus special edition: Back to School. 5mai20.
  • 30. 31 28mai20 Aprendizado Coletivo O mundo está discutindo, intensamente e por semanas um problema que é simultaneamente: • Complexo, com uma profusão de variáveis qualitativas e quantitativas, integradas não linearmente, com muitas realidades alternativas no plano internacional, com múltiplos objetivos, que se adaptará à nova situação. • Ambíguo, com dificuldade em especificar as variáveis relevantes e suas relações de causa e efeito, com informação fortemente imprecisa, com cenários difíceis de visualizar. • De difícil solução, com muitas propostas de desfechos desconhecidos, com múltiplas perspectivas e interesses, com variados exemplos internacionais, em ambiente de forte carga emocional. Estamos vivendo um macro estudo de caso coletivo. • É um amplo debate global, em todas as classes sociais, dentro de famílias, grupos de amigos, igrejas, escolas, trabalho. • Dispara o desenvolvimento de capacidade analítica nos participantes, que somos todos; foca nas decisões individuais e coletivas a tomar, levando a uma valorização da objetividade; questiona a qualidade da informação as tentativas de manipulação; integra a academia às necessidades reais da sociedade; dispara a criatividade [1, 2]. Este é o melhor impacto educacional que a humanidade teve em muito tempo. A humanidade ficou mais inteligente e esse aprendizado será muito útil mais tarde. 1.Reeves et al., Harvard Business Review. 10abr20. 2.Ringer et al., BCG. 13abr20.
  • 31. 32 28mai20 Fortalecimento da Saúde Há clara necessidade de fortalecer o sistema de saúde, especialmente na preparação para futuras epidemias, que ocorrerão. Os países do Leste Asiático foram expostos a epidemias semelhantes anteriores e desenvolveram a resiliência comunitária[1] correspondente. A sua reação relativamente rápida e precisa se deveu, pelo menos em parte, a uma preparação prévia[2]. A preparação para a próxima epidemia, que poderá vir em anos ou décadas, recomenda uma série de melhorias: • A elaboração de planos de contingência que permitam uma resposta rápida e resolutiva. • A coordenação interinstitucional, seja entre as esferas nacional, estaduais e municipais, seja entre o governo, as empresas e o terceiro setor. • O desenvolvimento de capacidade industrial local para o desenvolvimento e a produção de testes, fármacos e equipamentos de saúde. • As adaptações legais correspondentes. • A capacitação dos envolvidos. 1.Sharifi, out16. Ecological Indicators. 2.Taleb, We Worry about Terror, But Disease is the Black Swan of the World. 13set16.
  • 32. 33 28mai20 Fortalecimento do Estado Esta é uma crise econômica não atribuível ao Estado, embora ele seja responsável por uma série de ações ou omissões que mitigam ou agravam o problema. Também não é atribuível ao mercado, que se posiciona como coadjuvante por não ter os mecanismos de governança para lidar com esse tipo de situação. Com seus acertos e desacertos, coube aos Estados do mundo liderar os esforços de mitigação da pandemia e de suas consequências econômicas. São esforços de restrição de contatos, tratamento de saúde, auxílio financeiro, proatividade regulatória, coordenação de atividades empresariais. A União Federal é a financiadora última dos esforços da sociedade. Assumindo essas funções, a relevância da União, UFs e Municípios cresceu durante a fase aguda da crise. Após essa fase aguda, a atuação do Estado será julgada pela sociedade, afetando o escopo e a intensidade da sua influência na sociedade. A retomada traz a necessidade e a oportunidade estruturante de reformar a gestão no setor público, especialmente porque a sua agilidade e efetividade são necessárias à aceleração da retomada[1]. A crise aumenta a importância de mitigar fragilidades históricas em compras e contratações, gestão de pessoas e instrumentos de controle, dentre outros. O desafio, resolvido por meio de princípios gerais e aplicações específicas, envolve o triplo balanceamento do custo das atividades públicas, da mitigação de desvios como a corrupção e da obtenção de resultados na missão do Estado. 1.Moon, Public Administration Review. 29abr20.
  • 33. 34 28mai20 Privatizações e Concessões O governo federal propõe financiar a retomada com a privatização de estatais e da concessão onerosa de serviços públicos[1], mantendo parcialmente os planos anteriores[2,8]. A depender da situação do mercado, pode obter sucesso. A discussão é antiga e forte, havendo argumentos dos dois lados: 1.Receita Federal, Nota Informativa. 13mai20. 2.M.Economia. 15jan20. 3.Rocha, CUT. 31out19. 4.Rocha, CUT. 20set19. 5.CUT. 15jan20. 6.CEPTRO, NIC, COVID-19 Impactos na Qualidade da Internet no Brasil. 18mai20. 7.Entrevistas. 8.Reis, Polícia Federal. 21mai20. MANTER O STATUS QUO PRIVATIZAR / CONCEDER Fazer caixa para financiar a retomada É melhor sacrificar a renda das pessoas agora, na tentativa de obter um melhor preço de venda em alguns anos. Ou de preferência, nunca. Vale a pena vender até pelo baixo preço desta fase crítica da economia e, com o dinheiro, ajudar a recuperar a economia e a renda das pessoas[1]. Qualidade do serviço A qualidade das estatais é muito maior porque não há necessidade de manter os custos baixos[3]. A qualidade das empresas privadas é muito maior, até porque elas não tem como se esquivar de uma regulação eficaz[7]. Produtividade Temos soluções de administração capazes de levar as estatais a obterem produtividade equivalente à das empresas privadas[7]. A empresa privada presta os mesmos serviços a um custo muito mais baixo[7], que é repassado ao consumidor. Honestidade do leilão Privatizações e concessões transferem ganhos aos investidores e aos intermediários políticos do governo[7]. Um processo de venda tecnicamente bem feito, isento e competitivo assegura um VPL esperado nulo para o comprador. Tarifa Sem a necessidade de ter lucro e sem as manipulações para aumentá-lo, a tarifa ao consumidor é mais baixa[3,4]. Com produtividade muito mais alta e um leilão honesto, a tarifa ao consumidor é mais baixa, mesmo com um lucro justo[7]. Proteção ao empregado Os empregados passaram em um concurso, portanto devem ser protegidos contra o desemprego[4,5]. Não há porque subsidiar alguém que ganha bem. Melhor usar o dinheiro para ajudar a quem realmente precisa[7]. Investimento Há relativamente pouco capital privado envolvido. O financiamento da privatização e da expansão e modernização de qualquer forma é do Estado, via BNDES, com taxa subsidiada. O capital privado viabiliza a expansão e a modernização dos serviços, portanto a prestação de mais e melhores serviços, como é o atual caso da infraestrutura de comunicações[3].
  • 34. 35 28mai20 Mercado Imobiliário, Comercial O escritório perdeu. A experiência forçada mostrou que o teletrabalho é viável e produtivo para o largo contingente de pessoas que atuam em escritórios. Há dificuldades comportamentais, como a de segregar o trabalho das atividades domésticas[1], inclusive em termos de horários[1], a da supressão de encontros semiformais[1], a necessidade de melhorar as plataformas[1] e a simples inadaptação de parte das pessoas[1]. Após o retorno às atividades presenciais, o trabalho terá se tornado parcial porém permanentemente remoto[1]. Isso reduz substancialmente a necessidade de espaços de escritório[1]. A loja perdeu. Um grande contingente de pessoas foi levado a experimentar ou ampliar o uso do comércio eletrônico[1], o que reduz a necessidade de espaço comercial[1]. Esta aceleração de uma mudança no comportamento do consumidor é permanente[1], pelo menos em parte. Imóveis comerciais, sejam escritórios ou lojas, estão tendo seus alugueis suspensos ou reduzidos durante a fase aguda da crise[1], o que pode atingir até mesmo o condomínio e o IPTU[1]. Em muitos casos, os locatários não podem arcar com a despesa; em outros, é mero oportunismo[1]. O efeito permanente é a redução da área comercial necessária, dos aluguéis e da construção desse tipo de imóvel[1]. 1.Entrevistas.
  • 35. 36 28mai20 Mercado Imobiliário, Residencial A casa ganhou, pelo menos na classe média. As pessoas, confinadas, perceberam o valor de instalações domésticas agradáveis, espaçosas e modernas[2]. As vendas de materiais de construção no varejo estão normalizadas e crescendo[1]. Conflitos domésticos, mais frequentes com o confinamento, são mitigados com um imóvel com mais espaços segregáveis. Pequenos empresários precisando de liquidez estão vendendo imóveis de alto padrão[2], pressionando os preços para baixo. Por outro lado, os potenciais compradores também preferem ter liquidez, estão inseguros com o efetivo valor dos imóveis e aguardam que os preços caiam mais. O preço dos imóveis adquiridos para locação têm relação com os juros, que estão baixos, e com os alugueis, que acompanham a renda dos locatários e a oferta de unidades. A preservação de juros baixos é um fator de alta do preço dos imóveis. Além disso, imóveis são um dos tradicionais instrumentos de reserva de valor e podem atrair capitais em momentos de incerteza quanto à estabilidade da moeda. 1.Cielo, 6mai20. 2.Entrevistas.
  • 36. 37 28mai20 Substituição de Importações Esta crise acelerou a tendência à desglobalização da atividade industrial[1,2,3,9], também aquecendo as contraposições[4,5,6,7]. O risco de disrupção de cadeias de fornecimento recomenda a redução da complexidade internacional das cadeias produtivas. A incapacidade de produzir os equipamentos de saúde necessários trouxe a percepção de risco à sociedade. Há anos a pressão ambientalista tem sido pela produção próxima ao local de consumo[3]. A maioria das empresas não consegue sustentar uma produção local mais cara, mesmo que lhe reduza o risco, sob pena de perder mercado para concorrentes menos prudentes, portanto a competitividade. Os governos podem adotar uma série de medidas de internalização da produção, várias já em andamento: • Protecionismo, com barreiras tarifárias e sanitárias. • Uma moeda local desvalorizada. • Incentivar a produção local, com medidas tributárias ou de financiamento. • Incentivar o desenvolvimento local de tecnologia, apesar dessa medida somente ser eficaz no médio prazo. Um desfecho possível é o distanciamento entre países[7,8], incluindo a redução da presença da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a valorização de acordos bilaterais. Especificamente a China pode ser escolhida como alvo, por ter se mostrado excessivamente competitiva nos últimos anos, mas também por ter tido questionada no episódio do novo coronavírus. 1.Irwin, CEPR. 5mai20. 2.CNI, Nova geografia industrial depois da pandemia? 6mai20 3.Stanton, Greenpeace. 6mai20. 4.WTO, DDG Wolff: Reliance on international trade for food security likely to grow. 30abr20. 5.Stellinger, CEPR. 1mai20. 6.Receita Federal, Nota Informativa. 13mai20. 7.Witt, Journal of International Business Studies. 4abr19. 8.Bouckaert et al, Public Administration Review. 22mai20. 9.Roberts, Public Administration Review. 12mai20.
  • 37. 38 28mai20 Produção Local Projetada para tornar mais seguras as cadeias de fornecimento, na maior parte dos países ou regiões, a escala de produção é naturalmente menor. Em consequência, o custo de produção pode ser maior, mitigado pelo uso das medidas de internalização. A produção local em escala reduzida[1] tende a ser adaptada a cada mercado e a cada cliente, com crescente grau de customização e maior valor agregado. O tamanho do mercado brasileiro e a sua integração regional mitigam esse fator de escala. O risco de disrupção é claramente menor e o efeito sobre o emprego é significativamente positivo. O efeito final são produtos mais adaptados ao mercado local, geradores de mais e melhores empregos, porém mais caros. O investimento necessário é grande, dado que o parque industrial foi reduzido ao longo de décadas. De um lado isto é uma oportunidade de rápida modernização, posto que o novo investimento em produção customizada utiliza tecnologia atualizada[2]. Por outro lado, a necessidade de investimento traz o desafio de mobilizar o capital necessário, que exige demanda, rentabilidade e um risco institucional sob controle. 1.Witt, Journal of International Business Studies. 4abr19. 2.Entrevistas.
  • 39. 40 28mai20 Reforma para a Retomada A coronacrise traz uma oportunidade histórica. Se, motivado pela necessidade que surge da crise, o Brasil fizer as mudanças estruturais necessárias, pode sair da crise com uma taxa de crescimento do PIB de longo prazo substancialmente maior que a das 4 décadas passadas. Mudanças que têm sido mencionadas como viabilizadoras desse cenário positivo incluem, sem esgotar as possibilidades: • A firme retomada de atividades presenciais, com os necessários recursos e protocolos de saúde. • A gestão precisa das contas públicas, maximizando o estímulo à demanda sem gerar deflação ou inflação. • Um programa eficaz de qualidade, produtividade e reestruturação do setor público. • A relocalização da produção, com importantes investimentos em plantas industriais e de serviços. • A mobilização do capital necessário, a um custo razoável, portanto com modesto risco institucional. • O investimento, público e privado, na expansão nos fatores de produção baseados em conhecimento, como o capital humano, a tecnologia e a capacidade de gestão. O cenário principal é de retomada lenta com possíveis oscilações. Entretanto, a mudança estrutural na taxa de crescimento é possível, como já foi feito no passado.
  • 40. 41 28mai20 Aproveitamento e Gestão das Oportunidades A pandemia diminui e eventualmente acaba, ou então nos adaptamos a ela. Já os seus efeitos sobre a produção, o emprego, o consumo e o investimento levam alguns anos. Isso globalmente. A crise atinge de forma diferente as pessoas, empresas, setores e regiões. Como sempre, há oportunidades a serem prospectadas e implementadas. Muitos aspectos da vida das pessoas e das empresas são afetadas, algumas definitivamente. O desafio é tentar entender e se preparar para esse novo normal. Não se deixar confundir ou abater pela ambiguidade dos cenários. Acompanhar as transformações que estão em curso, liderando-as quanto possível. Manter a empresa em bom estado comercial, produtivo e financeiro, para poder aproveitar o momento da retomada e as oportunidades que surgirão. Afinal de contas, no Brasil temos muita experiência com crises econômicas que levavam algumas empresas e davam a impressão de não terem fim. Já vimos muitas vezes que as crises são resolvidas e o país retoma o crescimento vigorosamente. Sabemos que o mercado fica para as empresas e as pessoas que souberam se manter funcionais e se preparar para a retomada que virá. O diferencial está na competência da administração.
  • 41. 42 28mai20 FUNDAÇÃO • Criação: 1980 • Coordenadores de Projetos: 77 professores doutores de administração da FEA/USP. • Governança: curadores, diretores, comissões, comitês, todos eleitos pelos Coordenadores de Projetos. • Utilidade Pública: federal, estadual, municipal. CONSULTORIA • Realização: mais de 8.000 projetos, para mais de 2.000 organizações. • Todas as Áreas de Administração: estratégia, finanças, marketing, gestão de pessoas, organização, operações, TI, além de outras. • Todos os Tipos de Projeto: estudos, pesquisas, consultoria, avaliações, pareceres, outros. • Todos os Tipos de Organização: empresas nacionais e multinacionais, administração pública direta e indireta, entidades da sociedade civil. • Todos as Regiões do Brasil: projetos realizados em 17 UFs, além de outros 6 países. INFRAESTRUTURA • Sede: São Paulo (Marginal Pinheiros). • Outras Unidades: Paulista (2), Brasília, além de outras conforme necessário. EDUCAÇÃO • MBA: início em 1993, com 27 cursos e mais de 23 mil formados, sendo 70% sócios, diretores e gerentes. • Pós-Graduação: início em 2005, com 63 cursos e mais de 17 mil formados. • Stricto sensu: mestrado profissional (ênfase em estratégia) e graduação. • In Company: cursos para empresas e instituições públicas e privadas. • Reconhecimento: credenciamentos pela AMBA e ANAMBA, destaque em avaliações independentes feitas pela imprensa. Mais informações • www.fia.com.br.
  • 43. 44 28mai20 Metodologia Os quadros são elaborados com um método de elaboração de cenários especificamente desenvolvido para lidar com um problema complexo sob ambiguidade: • Metaestudo, baseado em estudos disponíveis, selecionados pela relevância e contribuição dos autores. • Interação, baseada em entrevistas recorrentes com pessoas chave com elevado potencial contributivo e crítico. • Inclusão, incorporando os sinais fracos captados e os múltiplos pontos de vista que poderão compor o futuro. • Foco nas decisões administrativas e econômico-financeiras que empresas e governos precisam tomar. • Curadoria autoral, manifesta na seleção e ponderação das fontes, na mitigação de eventuais vieses de posição, na responsabilidade e posições dos autores. • Evolução, incorporando novas informações e posições, em uma sucessão de versões incrementais no que é sempre um produto em elaboração.
  • 44. 45 28mai20 Quanto ao Uso dos Dados Epidemiológicos A qualidade dos dados internacionais é baixa, no que tange a número de infectados, mortes e curados. As metodologias para identificar os contaminados, mortos e mesmo curados, variaram muito com a geografia e história da pandemia[1,7]. A qualidade dos testes é muito variável[6] e há acusações de sonegação intencional de informações[1]. Os países com menos casos identificados são os que menos testam a população. No Brasil, como em outros países, há muitos infectados que não foram testados[1], ou o foram com métodos inadequados[6]. Há um número desconhecido de mortos pela epidemia que não foram reconhecidos e outro que foram registrados como vítimas do SARS-CoV-2, mas não estavam infectados especificamente por este vírus[1]. A qualidade e quantidade dos testes realizados está aumentando nacional e internacionalmente[1,2]. Estudo em 6 bairros de São Paulo mostrou que 5,19% da população já foi contaminada[3], com letalidade de 0,95%[3]. É difícil o uso das curvas de infectados e mortos, a não ser como expressão qualitativa genérica do que está ocorrendo. Por exemplo, a extrapolação simples do resultado do estudo preliminar para o Município de São Paulo resulta em 636K contaminados[3,4], enquanto que o número oficial é de 40K[5]. 1.Entrevistas 2.Craven et al., McKinsey. 13abr20. 3.Tess, Semeia, Fleury, IBOPE , Inquérito Domiciliar para Estimar a Soroprevalência da Infecção por SARS- CoV-2 no Município de São Paulo. mai20. 4.Dados de ibge.gov.br/cidades- e-estados/sp/sao- paulo.html, em 20mai20. 5.São Paulo, Boletim Diário Covid-19. 20mai20. 6.Mallapaty, Nature. 18abr20. 7.Toledo, FAPESP. 28mai20.
  • 45. 46 28mai20 Disclaimer A situação gerada pela pandemia do Covid-19 está evoluindo rapidamente. Embora tenhamos tomado precauções na elaboração deste material, ele representa o ponto de vista particular dos autores em um dado momento. As informações e posições foram consideradas suficientemente fidedignas para inclusão neste texto à época de sua confecção, mas não foram auditadas ou verificadas independentemente pela FIA. É nossa expectativa que o tempo traga informações mais atualizadas e precisas. Este material foi produzido como instrumento de discussão na comunidade FIA. A apresentação oral personalizada é parte integrante do conteúdo. Recomendamos que cada pessoa faça a sua própria análise e coleta de informações antes de tomar qualquer decisão. Este relatório é oferecido à sociedade sem custo, não caracterizando uma relação de consumo. Este texto não deve ser considerado suficiente ou seguro para a tomada de decisões sem informações e análises adicionais. Em especial, ele não serve enquanto recomendação ou endosso médico, legal, de investimento, tributário, contábil, de políticas públicas ou de natureza eleitoral. A FIA não pode ser responsabilizada pelo uso indevido deste material, uso contra o qual aconselha veementemente.
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