O documento descreve como um menino chamado José Alves testemunhou a proclamação da República Portuguesa em 5 de outubro de 1910 em Lisboa. Ele observou uma multidão de militares e civis reunidos na rotunda debatendo se as tropas do rei seriam derrotadas. Mais tarde, na Câmara Municipal, José Relvas anunciou publicamente a vitória do Partido Republicano e o estabelecimento da república.

2. Certo dia, de manhã, um menino chamado José Alves indo a passar pela rotunda em Lisboa, avistou uma multidão de militares com armas que estavam a “combater” a monarquia .

3. José Alves era um menino Lisboeta com 11 anos. Tinha cabelo ruivo, um rosto oval com olhos azuis, era magro e alto. Era uma criança inteligente, simpática e curiosa.

4. José Alves, já se tinha apercebido que o seu tio, um escritor, não estava de acordo com a monarquia. Num dos muitos almoços que faziam na sua casa José Alves, tinha ouvido falar no Partido Republicano, embora não soubesse muito bem o que significava.

5. Também já tinha ouvido, nos tão afamados almoços, que nos últimos anos se sentia um descontentamento generalizado na população portuguesa; pois a maioria do povo vivia com grandes dificuldades. Os pobres estavam cada vez mais pobres e só os que já eram ricos conseguiam ficar mais ricos.

6. Todos falavam que esta situação provocava um grande mal estar geral e que a monarquia mostrava-se incapaz de melhorar as condições de vida das pessoas e do país. Um dia, quando o carteiro chegou, a sua curiosidade levou-o a espreitar uma revista (endereçada a seu tio) que continha um artigo sobre a politica portuguesa.

7. Portugal Monarquia ou república De alguns anos para cá o descontentamento da população portuguesa é notório. De tal forma, que em 1876 se formou um novo partido, o “partido republicano”. Este partido, como noutros países da Europa, acredita que a governar o país não deve de estar um rei mas sim um presidente eleito pelo povo e que governe só alguns anos. Pensam que a monarquia deve ser substituída por uma república.

8. Em 1890 o partido republicano organizou uma grande manifestação em Lisboa. Em 1891, no Porto, aconteceu a primeira revolta armada contra a monarquia. Mas os apoiantes do rei venceram os revoltosos. Em 1908 houve um atentado contra a família real no qual morreu o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro. D. Manuel II subiu ao trono mas não está a conseguir acalmar os ânimos da população. E os republicanos não estão com vontade de desistir. Que novos acontecimentos surgirão em Portugal?

9. Finalmente José Alves percebeu verdadeiramente o que se estava a passar no seu país. E passou a ficar cada vez mais atento a tudo o que se dizia nos almoços realizados em sua casa e, em tudo o que se passava e dizia nas ruas.

10. Foi por isso, que naquela manhã, 5 de Outubro do ano de 1910, ficou deveras curioso a contemplar aquele grupo de pessoas na rotunda. Era um grupo formado por militares, alguns dirigentes civis e muitos populares. Tal como, José Alves, havia muitos curiosos a espreitar e a querer saber o que se passava.

11. José Alves ouve muitos comentários em seu redor: “Será que as tropas do rei virão?”, “A República ganhará finalmente?”, “Os revoltosos ocupam já posições importantes!”

12. De repente, um homem jovem que descia do Parque Eduardo VII gritava : -As tropas do rei foram derrotadas! As tropas do rei foram derrotadas! Os reforços que viriam da província não conseguiram chegar a Lisboa!

13. José Alves ouviu outro senhor, de meia idade, a dizer que os barcos da armada portuguesa que se encontravam no Tejo também estavam com os revoltosos.

14. “ Tudo se estava a compor” pensou José Alves. Nesse momento, Machado dos Santos(um dos revoltosos do partido republicano que estava com os homens da rotunda) incentivou a multidão a dirigir-se à Câmara Municipal .

15. Perante todos, e na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, José Relvas anunciou a vitória do partido republicano, proclamando a república.

16. José Alves não mais há-de esquecer este dia… O dia em que a república venceu!

17. Trabalho realizado por turma do 4ºA, Baseado na história “A minha primeira República de José Jorge Letria”