2.
Principais características:
- Choque de interesses políticos entre o presidente (autoritário) e o Congresso;
- Agravamento da crise política e econômica no país;
- Em 3 de novembro de 1891: Deodoro ordena o estabelecimento de estado de sítio,
fechamento do Congresso e prisão de políticos opositores.;
- Reação de setores da sociedade, militares e políticos às medidas autoritárias de
Deodoro da Fonseca;
- Com o agravamento da crise política e econômica, greve dos ferroviários e a
ameaça da Marinha de bombardear a capital, Deodoro da Fonseca renuncia em
novembro de 1891. Assumiu em seu lugar o vice-presidente, marechal Floriano
Peixoto.
O governo Deodoro da
Fonseca
3.
*Governo provisório.
O governo provisório foi instalado com o objetivo de
realizar a implantação das instituições republicanas e
resolver problemas originários com o final da
monarquia, até que houvesse a promulgação de uma
nova Constituição.
O governo Deodoro da
Fonseca
4.
A Constituição Brasileira de 1891 foi a primeira da
história da República no país.
Em 1889, chegou ao fim o Império do Brasil. Após uma
série de fatores que concorreram para o desgaste do
sistema monárquico de governo no Brasil e a definitiva
eliminação de Dom Pedro II, os militares se articularam
junto com outros grupos interessados na República para a
sua proclamação. Derrubado o regime então vigente, o
Brasil iniciou uma fase de reformulação com um governo
provisório do marechal Deodoro da Fonseca. Os dois
anos seguintes foram tomados de movimentações com o
objetivo de estabelecer novas diretrizes para o Estado
brasileiro.
Constituição de 1891
5.
-a existência dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário (extinguindo-se Poder Moderador, da época
do Império);
-o exercício do Poder Executivo pelo Presidente da
República, auxiliado por ministros de sua livre escolha;
-o exercício do Poder Judiciário pelo Supremo Tribunal
Federal;
-o Poder Legislativo, constituído pelo Congresso
Nacional: Senado Federal e Câmara dos Deputados;
Características
6.
Política do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas
Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação
e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das
elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo
sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite
(mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de
empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste
período.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu
o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por
outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do
país. As regiões Nordeste, Norte eCentro-Oeste ganharam pouca
atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais
agravados.
Café com leite
7.
Montada no governo do presidente paulista Campos
Salles, esta política visava manter no poder as
oligarquias. Em suma, era uma troca de favores
políticos entre governadores e presidente. O presidente
apoiava os candidatos dos partidos governistas nos
estados, enquanto estes políticos davam suporte a
candidatura presidencial e também durante a época do
governo.
Política dos
governadores
8.
O coronelismo
A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da
República, principalmente nas regiões do interior doBrasil. O
coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder
econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era
usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e
usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral
eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto
era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por
capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O
coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus
objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas,
troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
Coronelismo
9.
O Convênio de Taubaté
Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo
republicano para beneficiar os cafeicultores em
momentos de crise. Quando o preço do café abaixava
muito, o governo federal comprava o excedente de café
e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então
os estoques eram liberados. Esta política mantinha o
preço do café, principal produto de exportação, sempre
em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
Convênio de Taubaté
10.
A Greve Geral de 1917 é o nome pela qual ficou conhecida a
paralisação geral da indústria e do comércio do Brasil, em
Julho de 1917, como resultado da constituição de
organizações operárias de inspiração anarcosindicalista
aliada à imprensa libertária. Esta mobilização operária foi
uma das mais abrangentes e longas da história do Brasil. O
movimento operário mostrou como suas organizações
(Sindicatos e Federações) podiam lutar e defender seus
direitos de forma descentralizada e livre, mas de forte
impacto na sociedade. Esta greve mostrou não só a
capacidade de organização dos trabalhadores, mas também
que uma greve geral era possível.
Greve geral de 1917
12.
A campanha de vacinação obrigatória é colocada em
prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo
fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e
violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários
invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força,
provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser
vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não
conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus
efeitos.
Revoltas da Vacina
13.
Causas da revolta
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro
Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas,
por ter ferido um colega da Marinha, dentro do
encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo
para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na
presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o
comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da
Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos
marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou
tenso e perigoso.
Revolta da Chibata
14.
Reivindicações- O líder da revolta, João Cândido
(conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta
reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na
alimentação e anistia para todos que participaram da
revolta. Caso não fossem cumpridas as
reivindicações, os revoltosos ameaçavam
bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital
do Brasil).
Revolta da Chibata
15.
Introdução
O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu
no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das
Oligarquias. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do
exército.
O que defendiam
Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes
das oligarquias cafeeiras (coronelismo). Embora tivessem uma posição
conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais.
Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção.
O movimento tenentista defendia as seguintes mudanças: - Fim do voto de
cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava
os coronéis);
- Reforma no sistema educacional público do país;
- Mudança no sistema de voto aberto para secreto.
Tenentismo
16.
A chamada Guerra de Canudos, revolução de
Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto
entre um movimento popular de fundo sócio-
religioso e o Exército da República, que durou de
1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no
interior do estado da Bahia, no Brasil.
Canudos
17.
Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de "Antônio Conselheiro",
nascido em Quixeramobim (CE) a 13 de março de 1830, de tradicional
família que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, fora
comerciante, professor e advogado prático nos sertões de Ipu e Sobral.
Após a sua esposa tê-lo abandonado em favor de um sargento da força
pública, passou a vagar pelos sertões em uma andança de vinte e cinco
anos. Chegou a Canudos em 1893, tornando-se líder do arraial e
atraindo milhares de pessoas. Acreditava que era um enviado de Deus
para acabar com as diferenças sociais e com a cobrança de tributos.
Acreditava ainda que a "República" (então recém-implantada no país)
era a materialização do reino do "Anti-Cristo" na Terra, uma vez que o
governo laico seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica
para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada de
forma violenta, a celebração do casamento civil, a separação entre
Igreja e Estado eram provas cabais da proximidade do "fim do
mundo".
Antônio Conselheiro