Momentos de crise: oportunidades para inovação e crescimento
1.
2. 4 2015 Outubro Ed. 29
Caro leitor,
Nesta edição, vamos falar sobre Crise.
Em um momento em que especialmente o Brasil vive momentos
difíceis, esta palavra não sai dos noticiários.
O que fazer em momentos de crise?
O normal é a retração, o encolhimento, a paralisação. É com este
cenárioqueosconsultoresestãoacostumados.Averemosprogramas
de treinamento e capacitação cortados subitamente.
Entretanto, cada vez mais se fala sobre aproveitar o momento da
crise para rever, avaliar, capacitar, preparar e inovar. Quando a crise
passa, o que acontece é que a maior parte das organizações saem
da caverna, tal qual o bicho que hiberna para economizar reservas.
Só que, diferente dos bichinhos, as empresas que não hibernaram,
que utilizaram este momento para preparação, dão um grande salto
à frente das outras.
Com o Coaching acontece o mesmo. Para muitas pessoas, o Coaching
aparece como uma alternativa em um momento de crise, e elas fazem
deste momento um divisor de águas em suas vidas, conseguindo
alcançar resultados antes nem imaginados.
Para falar sobre crise convidamos um trio especial: Marco Ornelas,
que já frequentou nossas páginas e encantou os leitores com sua
competência, experiência e simpatia. Anibal Viegas, outro querido
amigoquecomsuavisãodiferenciadadoserhumano,cruzadisciplinas
pouco conhecidas para obter grandes resultados. E, Carolina Nalon,
uma jovem coach que vem encantando o mercado com seus vídeos
simples, autênticos e profundos. Por este posicionamento, a
convidamos para estrear em nossas páginas.
Tenha uma excelente leitura,
Luciano Lannes
Editor
Luciano Lannes
Editor
Editorial
3. 52015 Outubro Ed. 29
Expediente
Revista Coaching Brasil
Publicação mensal da
Editora Saraswati
ano III – num. 29 – Outubro 2015
Diretor e Publisher
Luciano S. Lannes
lannes@revistacoachingbrasil.com.br
Projeto gráfico e editoração
Estúdio Mulata
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Projeto de Site
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Editora Saraswati
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Coaching Brasil estarão disponíveis no site
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6 Um Outro Olhar - Cláudia MIranda Gonçalves
8 Papo Rápido - Coaching e o fato oculto - Eliana Dutra
10 Dossiê - CRISE: SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS - Marco Ornelas
16 Dossiê - 12 Segundos de Escuridão - Carolina Nalon
20 Dossiê - Crise abre espaço para muito Ruído e pouco Sinal - Anibal Viegas
24 Coaching Executivo - Conexão que leva ao empoderamento - Cristina Maia Mendes
28 Coaching de Carreira - Testes Vocacionais no processo de Coaching - Maurício Sampaio
32 FilosofiaeCoaching-Coaching,emoçãoeSpinoza ParteIII- MarcelloÁrias Danucalov
36 Para Refletir- Oquevouexperimentarhoje?-MarciaF.Yokota
38 Para Refletir - Storytelling Coaching - Telma Penteado
40 Eu, Cada Vez Melhor - A máquina do tempo parte I - Ana Paula Barros
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Eu, cada vez melhor
Não tenhamos pressa, mas
não percamos tempo.
José Saramago
Quem nunca imaginou viajar no tempo?
Voltar ao passado, consertar algumas coisinhas, reviver outras... Visitar o
futuro e ver como as coisas serão, como você estará daqui a 5, 10, 20 anos...
Pausar o tempo presente, para ter a oportunidade de avaliar melhor suas
ações e atitudes... E viver um hoje mais alinhado com a vida que você quer
ter, um hoje planejado em detalhes por ninguém menos que você, do jeito
que sempre sonhou! Já pensou?
Pois hoje eu convido você a conhecer a máquina do tempo.
E o melhor: a viajar nela!
Mas, para desfrutar de seus benefícios, há um preço a se pagar:
Ao optar por adquirir a passagem, você automaticamente aceita deixar de lado
seu lado crítico e olhar para tudo com olhos de criança, como se estivesse des-
cobrindo o mundo pela primeira vez.
Uma vez de posse do seu tíquete para a incrível viagem na máquina do tempo,
você também concorda em assumir o papel de observador da sua própria vida.
O que isto quer dizer? Que, pelo menos durante esta viagem, você se
compromete a desligar seus mecanismos de autojulgamento, autocen-
sura e autopiedade.
Ana Paula Barros
Coach de Autoconhecimento Criativo
As melhores viagens são aquelas que
se encontram na sua cabeça
ana@i9coaching.com
A máquina
do tempo
PARTE I
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Por quê? Porquê nossos julgamentos nos
tornam rígidos e céticos demais. E rou-
bam o que há de melhor na essência hu-
mana: a diversão e a criatividade.
Nossa censura nos desestimula a criar e
a seguir adiante, consolidando os inúme-
ros limites que impomos a nós mesmos. E
nossa autopiedade nos coloca numa po-
sição extremamente desprivilegiada de
vítima, como se não tivéssemos contro-
le das nossas escolhas, que determinam
nossas ações, que por fim determinam
nossos destinos.
Então, se você estiver disposto a pagar o
preço e deixar o peso extra mencionado
acima de lado, coloque seu passado, pre-
sente e futuro na mala, faça seu check-in
agora mesmo e dirija-se ao portão de em-
barque.
Ah, dispor de um caderninho para anotar
suas viagens mentais durante o passeio
não é imprescindível, mas poderá ser ex-
tremamente útil para que você possa re-
lembrar os roteiros, dicas e experiências
vividas.
E, um último aviso: ao embarcar na máqui-
na do tempo, solte o cinto, solte os om-
bros, solte a imaginação. Caso você se sin-
ta pressionado, as máscaras despencarão
de sua cabeça, e em caso de emergência
existem saídas sobre as asas: abra aque-
las contidas na sua imaginação e você fa-
cilmente será capaz de chegar a um des-
tino infinitamente melhor do que jamais
ousou idealizar.
Sua passagem o levará a um tour por ter-
ritórios distintos, todos muito instrutivos
e cuidadosamente pensados para que sua
viagem seja prazerosa e memorável, a sa-
ber:
REWIND (REW): passado
PAUSE (PSE): parada para conexão
FORWARD (FRD): futuro
PLAY (PLY): presente
Tanto seu ponto de partida como de che-
gada será o presente (PLY), no entanto
informamos que ao retornar da viagem
esperamos que você já não seja o mesmo.
Pronto? Então
vamos embarcar
nesta aventura, come-
çando com uma viagem…
ao passado!
Trecho: PLY-REW
Horário de embarque: imediato!
Você finalmente entra na máquina do
tempo por uma portinhola surreal, de tão
apertada. Pensa em reclamar, mas algo
sussurra em seus ouvidos que poucos são
os que passam pela porta estreita, então
você começa a se sentir sortudo. Há uma
névoa de cor azul royal no ar, um perfu-
me de infância que você não consegue
identificar ao certo. Ainda meio confuso,
você pensa avistar algumas bolhas de sa-
bão com desenhos de cenas da sua vida,
e quando se distrai e começa a apreciar
o brilho ofuscante das paredes metálicas
da embarcação, sente um impacto, segui-
do de um estrondo. E eis que uma voz pa-
recida com a do metrô, só que bem mais
familiar, conduz você à saída.
Bem-vindo a REW!
Este é um dos trechos mais especiais da
nossa viagem. Expedições ao passado
podem e costumam ser muito delicadas,
então sugiro que você revisite tudo com
calma, cuidado e carinho.
Não podemos mudar o passado, mas
podemos mudar a nossa interpretação
acerca dele. E esta é uma das faculdades
humanas mais sensacionais: a capacidade
de dar novos significados a fatos já ocor-
ridos, que até então nos enfraqueciam,
bloqueavam, desequilibravam ou entris-
teciam.
Neste trecho da viagem, você terá a
oportunidade de rever e reavaliar rotei-
ros não concluídos, passear pelos mu-
seus de suas obras inacabadas e jogar
fora os ingressos daqueles eventos que
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já não fazem mais sentido pra você.
Ao aterrissar no seu passado, avalie
atentamente o que deixou pra trás
e percorra aqueles pontos históricos
que ficaram em aberto, no intuito de
fechar ciclos para então poder seguir
adiante viagem.
Um bom roteiro para seus primeiros
dias de passagem pelo seu passado
(REW), seria:
- Avaliar quem você precisa perdoar,
- Perdoar a si mesmo por seus erros e
imperfeições, e aceitar-se,
- Procurar saldar dívidas com terceiros
que ficaram pendentes,
- Devolver pertences que você se es-
queceu de retornar,
- Passar a limpo promessas a terceiros
que não cumpriu, renovando-as ou
desobrigando-se delas,
- Libertar-se de promessas feitas a si
mesmo que quebrou,
- Doar, vender ou jogar fora objetos
que já não lhe servem mais,
- Declarar seus sentimentos a quem
sentir necessário.
Há também uma excursão comple-
mentar, muito divertida e indicada a
quem estiver de passa-
gem em
REW e busca mais aventura e emoção:
Revisite a criança que você foi quando
tinha cerca de 6, 7, 8 anos, perceba de
que gostava, como agia, quais eram as
coisas que mais lhe interessavam, o
que amava fazer, do que adorava brin-
car, como se expressava...
Depois, bata na porta do seu eu ado-
lescente e tente se lembrar destas
mesmas coisas.
Em seguida, vá atrás de você mesmo
ao adentrar a vida adulta e anote to-
das as suas recordações destas 3 fa-
ses da sua vida.
Busque similaridades, trace paralelos,
descubra padrões. Avalie quais eram
suas características mais marcantes
e originais e que acabou sufocando,
descartando ou reprimindo por conta
do que algumas pessoas lhe disseram,
além das limitações e barreiras que
você mesmo e o meio lhe impuseram.
Anotetudo,tudinho,noseucaderninho
de viagens. Você ficará perplexo com os
resultados e com as conexões que co-
meçará a fazer nos próximos dias.
É hora de voltar para a máquina do
tempo.
Você anseia pela próxima parada e
com tanta coisa vivida no primeiro
trecho, acaba se esquecendo de al-
guns pesos do passado em REW. Mas
tudo bem, você aprendeu que não
precisará mais deles.
Trecho: REW-PSE
Embarque: imediato
Já dentro da máqui-
na, desta vez você
se atém às bo-
lhas de sabão e
consegue vi-
sualizar sua
família, sua
casa, seu
m a i o r
desafio
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derninho de viagens.
Você realmente sente que
está no caminho certo?
Ou será que na ânsia de se manter
em movimento você acabou pegan-
do uma estrada qualquer e ainda não
se deu conta de que ela não o levará
onde você quer realmente chegar?
Pode ser que você até tenha percebi-
do que está indo na direção errada,
mas a esta altura seu GPS perdeu o si-
nal. E você não tem um mapa e já não
sabe mais como proceder.
Nestas horas, o melhor a se fazer é
realmente aproveitar ao máximo para
fazer uma reconexão consigo mesmo
no PAUSE. Para poupar tempo, com-
bustível, energia e reavaliar se a estra-
da o leva ao destino desejado, se seu
meio de transporte é o mais indicado:
talvez você esteja usando um trem-
-bala para chegar na esquina ou pode
ser que você esteja tentando atraves-
sar o continente de bicicleta. Ambos
os objetivos são válidos e justos, mas
sem avaliá-los friamente, dificilmen-
te serão alcançados se você estiver
usando recursos incompatíveis.
Assim, aproveite que você está em
PSE e analise seus objetivos, recursos,
planos e confronte tudo isso com seus
sonhos, com o que você realmente de-
seja pra você, com como você quer se
sentir e com a pessoa que você quer
se tornar.
Feito isto, você estará pronto para
seguir viagem, e visitar seu passado e
seu presente...
(continua na próxima edição)
no momento e até
aquela situação que
mais o atormenta, tudo
retratado nelas.
Mas, você pensa, não é possível! E
quando seu cérebro começa a proces-
sar toda aquela informação, o condu-
tor da máquina do tempo o convida a
desembarcar em PSE.
No primeiro trecho, lá em REW, você
teve a oportunidade de voltar ao pas-
sado, fechar alguns ciclos e também
acessar seu verdadeiro eu, quem você
verdadeiramente é, antes do mundo
lhe dizer quem você deveria ser.
Aqui em PSE você fará uma parada
para conexão, ou seja, terá a oportuni-
dade de simplesmente pausar a corre-
ria do seu dia a dia, desligar-se de sua
busca frenética por resultados, fugir
um pouco dos seus compromissos,
tarefas e obrigações, para atuar como
sujeito observador e avaliar de fora o
que você tem feito.
Como está sua vida? Boa, ruim, mais
ou menos?
Você está vivendo, de algum modo,
a vida que você sempre sonhou? Ou
pelo menos sente-se caminhando em
direção a ela?
Vamos supor que você fosse outra
pessoa, olhando de forma mais racio-
nal e objetiva a sua própria vida.
Quais seriam as percepções, os co-
mentários, os pontos de melhoria
apontados?
Desligue-se por alguns breves mo-
mentos e reflita sobre sua situação
atual, sobre onde gostaria de ter che-
gado até agora, sobre suas metas, pla-
nos, sonhos e objetivos.
Anote suas considerações no seu ca-
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