SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  65
MICROBIOLOGIA GERAL
Profa. Lúcia Schuch Boeira
GENÉTICA MICROBIANA
1. Estrutura e função do material genético
 Genótipo e Fenótipo
 DNA e Cromossomos
2. O Fluxo da Informação Genética
 Replicação do DNA
 RNA e Síntese Protéica
3. A Regulação da Expressão Gênica Bacteriana
 Repressão e Indução
 O Modelo Operon de Expressão Gênica
4. Mutação: Alteração no Material Genético
 A Frequência de Mutação
 Identificando Mutantes
 Identificando Carcinógenos Químicos
5. Transferência Genética e Recombinação
 Transformação em Bactérias
 Conjugação em Bactérias
 Transdução em Bactérias
 Plasmídeos e Transposons
 Genes e Evolução
GENÉTICA MICROBIANA
BIOTECNOLOGIA E DNA
RECOMBINANTE
6. Tecnologia de DNA Recombinante
– Visão Geral da Metodologia do DNA Recombinante
– Ferramentas de Biotecnologia
• Seleção
• Mutação
• Enzimas de Restrição
• Vetores
• Reação em Cadeia da Polimerase
7. Técnicas de Engenharia Genética
– Introdução de DNA Exógeno nas Células
– Obtendo DNA
– Selecionando um Clone
– Fazendo um Produto Gênico
TECNOLOGIA DO DNA
RECOMBINANTE, MANIPULAÇÃO
GÊNICA
 O que é ?
 é o termo utilizado para descrever algumas técnicas modernas que estão
revolucionando o campo da Biotecnologia.
 consiste num conjunto de técnicas e ferramentas que permite identificar,
isolar, manipular e multiplicar os genes de organismos vivos.
 Estas técnicas incluem:
 a cultura de células,
 o uso de isótopos radioativos,
 a clonagem molecular,
 o aperfeiçoamento das técnicas de obtenção, purificação e manipulação de
enzimas.
TECHNOLOGIA DO DNA
RECOMBINANTE
• Refere-se a manipulação artificial de genes
• Objetivo:
• introduzir novas características ou atributos fisiológicos ou físicos
em seres vivos, como por exemplo:
– Tornar uma planta resistente a um herbicida
– Produção de insulina por bactérias
• Um gene de um animal vertebrado, inclusive do homem, pode ser inserido
no DNA de uma bactéria , o receptor pode expressar o gene e codificar um
produto comercialmente útil
TECHNOLOGIA DO DNA
RECOMBINANTE
 Refere-se a manipulação artificial de genes
 Utiliza várias ferramentas e técnicas
FERRAMENTAS
 Enzimas de restrição:
 Corta fragmentos de DNA em locais específicos
 Ligase:
 Unir os fragmentos de DNA
 Vetores:
 “Veículo” de transporte de DNA exógeno para um
organismo hospedeiro
 Reação da Cadeia da Polimerase (PCR)
 Processo que faz várias cópias de um fragmento de DNA
 Gel eletroforese
 Processo onde fragmentos de DNA são classificados de
acordo com o tamanho
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
 É uma das ferramentas essenciais em engenharia genética
 Apresentam a habilidade de cortar moléculas de DNA em
sequências bastante precisas de 4 a 8 pares de bases
 Sítios de restrição
 Utilizando um “kit” com mais de 400 enzimas de restrição que
reconhecem cerca de 100 sítios de restrição os geneticitas são
capazes de:
 Isolar DNA
 Sequenciar DNA
 Manipular gene individuais
Ferramentas
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
Ferramentas
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
Ferramentas
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
• Quando uma enzima de restrição digere o DNA, ela produz um
corte em cada fita, podendo resultar em:
– extremidades colantes ou adesivas
– extremidades cegas: sem bases despareadas.
• Cada vez que elas encontram um sítio de restrição que lhes é
próprio, clivam o sítio.
Ferramentas
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
 A enzima HaeIII reconhece uma sequência de 4 nucleótidos e
produz cortes simétricos ("blunt").
 A enzima BamHI reconhece uma sequência de 6 nucleótidos e
origina cortes assimétricos e coesivos (“sticky”).
Ferramentas
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
1. A enzima de restrição corta a molécula de DNA de fita
dupla nos sítios de restrição específicos
2. Os cortes produzem um fragmento de DNA com duas
extremidades adesivas
3. Quando dois fragmentos de DNA cortados pela mesma
enzima de restrição são colocados juntos, eles podem se
unir pelo pareamento de bases
Ferramentas
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
Ferramentas
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
• Tesouras moleculares
• Cortam DNA em sequências específicas
– Reconhece e cliva, ou digere, somente uma
determinada sequencia de bases nucleotídicas
no DNA
Ferramentas
LIGAÇÃO
• Fragmentos de DNA produzidos pelas enzimas de restrição podem ser unidos pelo
processo de ligação
– Os pedaços são unidos por uma enzima denominada DNA ligase
• DNA de origens diferentes produzidos desta maneira é chamado de DNA
recombinante
– DNA combinado de origens diferentes
• A utilização das ferramentas enzimas de restrição e ligação combinadas são
técnicas básicas da engenharia genética.
Ferramentas
LIGAÇÃO
1. Dois pedaços de DNA são cortados usando a mesma enzima de
restrição
Ferramentas
VETORES
• “Veículo” de transporte de DNA exógeno para um organismo hospedeiro
• Existe um grande número de tipos diferentes de moleculas de DNA que podem ser utilizadas
como vetores
– Exemplo: plasmídeo, vírus, etc.
• A escolha de um vetor adequado depende de muitos fatores, como
– Organismo que receberá o novo gene
– Tamanho do DNA a ser clonado
• A inserção de um fragmento de DNA num vetor implica a utilização de enzimas de restrição e
ligases.
Ferramentas
VETORES
 Propriedade mais importante
 Auto-replicação
 Uma vez no interior de uma célula, um vetor deve ser
capaz de replicar-se
 Tamanho que permita que eles sejam manipulados fora da
célula, durante o processo de construção do DNA
recombinante
 Gene marcador para seleção (antibiótico, genes de
proteínas fluorescentes, marcadores metabólicos ou
auxotróficos)
 Quando é necessário recuperar células contendo o vetor, a
presença de um gene marcador no vetor pode muitas vezes
facilitar o processo de seleção. Genes marcadores mais
comuns:
 Genes para resistência a antibióticos
 Genes para enzimas que realizam reações facilmente identificáveis
Ferramentas
VETOR - PLASMÍDEO
Ferramentas
VETOR - PLASMÍDEO
Ferramentas
Esquema para a obtenção de
plasmídeos recombinantes, a partir
do uso de uma enzima de restrição
que cria extremidades coesivas.
Ao menos 5 produtos distintos
podem ser formados a partir
desta mistura.
VETOR - PLASMÍDEO
Ferramentas
O produto 1 é o desejado, no qual um inserto (verde) foi clonado
no plasmídeo (vermelho).
O produto 2 é o mais danoso ao processo, pois se trata do plasmídeo
vazio, fechado sem inserto. Ele é perfeitamente funcional e não pode
ser descartado do processo.
O produto 3 é a circularização de vários fragmentos de DNA do doador,
numa ordem qualquer. Este "lixo" não é problemático, porque não
contém uma origem de replicação bacteriana. É um DNA que será
perdido ao longo do tempo.
O produto 4 é a união de dois (ou mais) plasmídeos e não se replica
tão rápido quando o plasmídeo vazio ou carregado com apenas um
inserto, de forma que acaba desaparecendo ao longo do tempo.
O último "lixo" é o plasmídeo carregado com vários insertos
catenados (ligados em cadeia) ou com um inserto muito grande.
É uma construção instável, também, e tende a desaparecer.
REAÇÃO DA CADEIA DA POLIMERASE
(PCR)
 Amplificação de DNA
 Vários procedimentos na tecnologia do DNA
exigem uma grande quantidade de DNA, como:
Sequenciamento de DNA
DNA fingerprinting
Clonagem de gene
Ferramentas
REAÇÃO DA CADEIA DA POLIMERASE
(PCR)
 Pequenas amostras de DNA podem ser rapidamente
amplificadas
 Iniciando com somente um fragmento de DNA, a PCR
pode ser utilizada para produzir literalmente bilhões
de cópias em poucas horas
Ferramentas
PROCESSO - PCR
1. Amostra de DNA - chamada de DNA alvo
2. DNA é desnaturado (separado) pelo aquecimento a
98ºC por 5 min
3. Primer é ligado a fita de DNA
4. A amostra é resfriada a 60ºC. A enzima DNA
polimerase se liga a cada uma das fitas de DNA
expostos. Esta enzima sintetisa a fita complementar
de DNA utilizando nucleotídeos livres.
5. Após um ciclo, existem duas cópias da amostra
original
Ferramentas
PROCESSO - PCR
 Termociclador
 Pode ser ajustado para temperatura, tempo e número de ciclos
desejados
Ferramentas
PASSOS NO PROCESSO PCR
 Passo 1: separar as fitas de DNA
 Aquecimento a 98ºC por 5 min
 Passo 2: adicionar a mistura de reação
 Primers, nucleotídeos e a enzima DNA polimerase
 Passo 3: incubação
 Resfriar a 60ºC e incubar por alguns minutes. Durante este
tempo, os primers se unem as fita simples de DNA. DNA
polimerase sintetiza a fita complementar
Repetir várias vezes (cerca de 25 ciclos)
Repetir o ciclo (aquecer e resfriar) até que cópias suficientes de DNA tenham sido produzidas
Ferramentas
REAÇÃO DA CADEIA DA POLIMERASE
(PCR)
Ciclos
PCR
Nº de
fitas de
DNA
1 2
2 4
3 8
10 1.024
12 4.096
16 65.536
18 262.144
20 1.048.536
25 33.554.432
Os fragmentos amplificados acumulam exponencialmente na reação.
Ferramentas
ELETROFORESE
 Já conhecida desde 1930
 Difundida em 1950-1960
 Movimentação de moléculas submetidas a campo elétrico
 Usa um substrato: papel, agarose, poliacrilamida
 Separa proteínas por cargas e peso molecular
 Separa ácido nucléicos por peso molecular
Ferramentas
ELETROFORESE
 Os fragmentos de DNA formados com a ação das enzimas
de restrição possuem tamanhos diferentes.
 A técnica de separação dos fragmentos de DNA mais
utilizada é a eletroforese através de géis de agarose.
 Agarose: é um polissacarídeo (como ágar e pectina) que dissolve em
água fervente e então gelifica quando esfria como a gelatina.
 Para realizar uma eletroforese, um gel de agarose é preparado.
 DNA é introduzido em pequenos poços de gel, e então uma
corrente elétrica é aplicada através do gel.
 Como o DNA é negativamente carregado, ele é atraído pelo
eletrodo positivo. Entretanto, para chegar ao eletrodo positivo, o
DNA deve migrar através do gel de agarose.
Ferramentas
ELETROFORESE
Ferramentas
Ferramentas
ELETROFORESE EM GEL DE
AGAROSE
Ferramentas
ELETROFORESE EM GEL DE
AGAROSE
Visualização do DNA em luz ultravioleta
Ferramentas
ELETROFORESE
 Separa os fragmentos de DNA de acordo com tamanho
 Os fragmentos de DNA menores podem migrar através
de um gel de agarose mais rapidamente que os
fragmentos de DNA maiores.
Ferramentas
ELETROFORESE
É possível calcular o
tamanho exato de
um dado fragmento
com base na sua
razão de migração.
Ferramentas
TÉCNICAS DE ENGENHARIA
GENÉTICA
 Introdução de DNA exógeno nas células
 Obtenção de DNA
 Selecionando um clone
 Fazendo um produto gênico
INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS
CÉLULAS
 Natureza:
 Os plasmídeos são geralmente transferidos entre microrganismos de
parentesco próximo por contato célula-célula, como na conjugação.
 Engenharia genético:
 Um plasmídeo deve ser inserido em uma célula por transformação, um
processo durante o quel as células podem captar DNA do ambiente
circundante.
 Muitos tipos celulares não são competentes para a
transformação, incluindo células:
 E. Coli
 Leveduras
 Mamíferos
INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS
CÉLULAS
 Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes de
captar DNA externo):
 Tratamentos químicos
 E.coli torna-se competente após incubação das células em uma solução de cloreto
de cálcio por um período breve
 Choque térmico:
Técnicas
INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS
CÉLULAS
 Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes
de captar DNA externo):
 Tratamentos químicos
 E.coli torna-se competente após incubação das células em uma solução de
cloreto de cálcio por um período breve
 Processo de eletroporação
Técnicas
• Utiliza uma corrente elétrica para formar poros
microscópicos nas membranas celulares.
• Geralmente aplicável a todas as células
• Algumas células devem ser convertidas em
protoplastos (remoção enzimática da parede
celular)
INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS
CÉLULAS
 Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes
de captar DNA externo):
 Fusão de protoplastos
 Manipulação genética de vegetais e algas
 Pistola de genes
 Células vegetais
 Dispositivo que dispara microprojéteis (partículas microscópicas de tunstênio
ou de ouro de 4 µm de diâmetro) recobertos com o DNA a ser introduzido na
célula
Técnicas
INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS
CÉLULAS
 Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes
de captar DNA externo):
 Microinjeção
 Células animais
Técnicas
OBTENÇÃO DE DNA
 Vimos como os genes podem ser clonados em vetores
com a utilização de enzimas de restrição e como eles
podem ser transformados ou transferidos para vários
tipos celulares.
 Como os engenheiros genéticos obtêm os genes em que
estão interessados ?
Existem duas fontes principais:
 Bibliotecas de genes contendo cópias naturais ou cópias de cDNA
dos genes produzidos a partir mRNA
 DNA sintético
Técnicas
OBTENÇÃO DE DNA
 Biblioteca genômica
 É o conjunto de bactérias
albergando plasmídeos
quiméricos ou recombinantes
construídos a partir de DNA
genômico
Técnicas
Em princípio, se cortamos um genoma de um organismo qualquer em
pedaços com uma enzima e construímos uma biblioteca suficientemente
grande (isto é, com muitos clones, ou bactérias, diferentes uns dos outros),
teremos uma probabilidade alta de termos qualquer fragmento de
DNA desejado em algum dos clones.
OBTENÇÃO DE DNA
 DNA complementar (cDNA)
 O cDNA é obtido a partir do
mRNA por complementaridade
de bases.
Técnicas
Esta transcrição em sentido inverso é conseguida através da ação da enzima viral
denominada transcriptase reversa. Assim, o mRNA funciona como molde para a
síntese de uma cadeia de DNA. Após a formação da cadeia de DNA, a enzima
DNA polimerase atua, formando, por complementaridade, a outra cadeia de DNA a
partir dos nucleótidos presentes no meio, constituindo-se uma molécula estável.
OBTENÇÃO DE DNA
Técnicas
OBTENÇÃO DE DNA
 DNA sintético
 Sintetizar o gene, nucleotídeo por nucleotídeo, na sequência
desejada.
 Isto é feito normalmente para genes que codificam polipeptídios
ou proteínas de pequeno tamanho.
 Para executar esta técnica basta conhecer a sequência de
aminoácidos da proteína desejada e, com base no conhecimento
do código genético, construir a sequência de nucleotídeos que
corresponde exatamente à sequência de aminoácidos da
proteína.
Técnicas
SELECIONANDO UM CLONE
 Na clonagem, é necessário selecionar aquela célula que
contenha o gene de interesse específico.
 Isso é difícil, pois dentre milhões de células, apenas algumas
poucas podem conter o gene desejado
 Processo de seleção típico conhecido como seleção branca-azul
 Nome derivado da cor das colônias bacterianas formadas no final do
processo de seleção
 Operon lac
 Ampicilina
Técnicas
SELECIONANDO UM CLONE
 Seleçãopor genes de
resistência a antibióticos
Técnicas
Plasmídeo vetor
SELECIONANDO UM CLONE
Técnicas
SELECIONANDO UM CLONE
Técnicas
CONSTRUÇÃO DE UM
MICRORGANISMO
RECOMBINANTE
1. Obtenção do DNA a ser clonado1. Obtenção do DNA a ser clonado
2. Preparação do vetor2. Preparação do vetor
3. Ligação do vetor com o “inserto”3. Ligação do vetor com o “inserto”
4. Transformação da bactéria4. Transformação da bactéria
5. Seleção dos clones recombinantes5. Seleção dos clones recombinantes
TECNOLOGIA DO DNA
RECOMBINANTE
 Cada fragmento de DNA, que foi clivado e separado do
resto do material genético, contém um ou mais genes.
 cada gene origina uma proteína, portanto ao estudarmos o gene
estamos estudando a proteína que ele codifica.
Mas o que devemos fazer para estudar o gene?
 Devemos introduzi-lo no material genético (no DNA) de um
hospedeiro para que ocorra a transcrição do gene, em
mRNA, e a tradução em proteína.
TECNOLOGIA DO DNA
RECOMBINANTE O plasmídio é retirado das células bacterianas para que se possa inserir o
gene de estudo, para depois recolocá-lo na bactéria.
PROCESSO PASSO A PASSO:1. Os pesquisadores querem introduzir um gene humano que produz uma
proteína em uma bactéria.
2. Os pesquisadores “recortam” (utilizando enzimas de restrição), do DNA
humano, o gene de interesse.
3. Esse fragmento de DNA contendo o gene é multiplicado por PCR para
obtermos várias cópias do mesmo fragmento (ou da mesma informação).
4. A mesma enzima que clivou o gene do DNA humano é utilizado para clivar o
plasmídio bacteriano. Lembre-se que o fragmento de DNA, ao ser clivado,
gera pontas adesivas que são complementares ao plasmídio se este for clivado
com a mesma enzima.
5. A seguir o plasmídio clivado é misturado com os fragmentos de DNA
(contendo o gene) e uma enzima chamada ligase ,“cola” os fragmentos ao
plasmídio, produzindo o chamado DNA recombinante. Isso feito, o DNA
recombinante é introduzido em uma bactéria hospedeira.
6. A bactéria hospedeira é colocada em um meio nutritivo seletivo, apenas
aquelas que possuem o DNA recombinante crescem, formando colônias. Após
muitas gerações de bactérias, o produto da expressão dos genes, as proteínas
humanas, são purificadas das bactérias (são separadas das proteínas das
bactérias).
Processo passo a passo:
APLICAÇÕESDAENGENHARIA
GENÉTICA

Contenu connexe

Tendances

Expressão heteróloga
Expressão heterólogaExpressão heteróloga
Expressão heteróloga
Ivson Cassiano
 
Virologia - Super super med
Virologia - Super super medVirologia - Super super med
Virologia - Super super med
emanuel
 
Apresentação da aula de biotecnologia
Apresentação da aula de biotecnologia Apresentação da aula de biotecnologia
Apresentação da aula de biotecnologia
Seleste Mendes Pereira
 
Aula 9 eletroforese_pcr_sequenciamento
Aula 9 eletroforese_pcr_sequenciamentoAula 9 eletroforese_pcr_sequenciamento
Aula 9 eletroforese_pcr_sequenciamento
Adriano Fontes
 
Ppt 2 Como Foi Descoberto O Dna
Ppt 2   Como Foi Descoberto O DnaPpt 2   Como Foi Descoberto O Dna
Ppt 2 Como Foi Descoberto O Dna
Nuno Correia
 
Slides estudo das mutaçoes
Slides estudo das mutaçoesSlides estudo das mutaçoes
Slides estudo das mutaçoes
Fabiano Reis
 

Tendances (20)

Expressão heteróloga
Expressão heterólogaExpressão heteróloga
Expressão heteróloga
 
Expressão gênica
Expressão gênicaExpressão gênica
Expressão gênica
 
Aula 07 núcleo e cromossomos
Aula 07   núcleo e cromossomosAula 07   núcleo e cromossomos
Aula 07 núcleo e cromossomos
 
Doenças vírais
Doenças víraisDoenças vírais
Doenças vírais
 
Aula - introdução à genética molecular
Aula - introdução à genética molecularAula - introdução à genética molecular
Aula - introdução à genética molecular
 
Dna recombinante ppt
Dna recombinante pptDna recombinante ppt
Dna recombinante ppt
 
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNAAula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
 
Virologia - Super super med
Virologia - Super super medVirologia - Super super med
Virologia - Super super med
 
Engenharia Genética
Engenharia GenéticaEngenharia Genética
Engenharia Genética
 
Apresentação da aula de biotecnologia
Apresentação da aula de biotecnologia Apresentação da aula de biotecnologia
Apresentação da aula de biotecnologia
 
Aula 9 eletroforese_pcr_sequenciamento
Aula 9 eletroforese_pcr_sequenciamentoAula 9 eletroforese_pcr_sequenciamento
Aula 9 eletroforese_pcr_sequenciamento
 
Cariótipo humano
Cariótipo humanoCariótipo humano
Cariótipo humano
 
Vacinas de DNA
Vacinas de DNAVacinas de DNA
Vacinas de DNA
 
Aula 12 virus
Aula   12 virusAula   12 virus
Aula 12 virus
 
Ppt 2 Como Foi Descoberto O Dna
Ppt 2   Como Foi Descoberto O DnaPpt 2   Como Foi Descoberto O Dna
Ppt 2 Como Foi Descoberto O Dna
 
Conceitos basicos em genetica
 Conceitos basicos em genetica Conceitos basicos em genetica
Conceitos basicos em genetica
 
Slides estudo das mutaçoes
Slides estudo das mutaçoesSlides estudo das mutaçoes
Slides estudo das mutaçoes
 
3 ano-aula-genetica
3 ano-aula-genetica3 ano-aula-genetica
3 ano-aula-genetica
 
Virus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSVirus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUS
 
Aula 11 - Ácidos nucleicos - DNA e RNA
Aula 11 - Ácidos nucleicos - DNA e RNAAula 11 - Ácidos nucleicos - DNA e RNA
Aula 11 - Ácidos nucleicos - DNA e RNA
 

En vedette (12)

M2
M2M2
M2
 
Biotecnologia
BiotecnologiaBiotecnologia
Biotecnologia
 
Aula eletroforese
Aula eletroforeseAula eletroforese
Aula eletroforese
 
Aula 10 eletroforese
Aula 10   eletroforeseAula 10   eletroforese
Aula 10 eletroforese
 
Eletroforese - aplicação da técnica
Eletroforese  - aplicação da técnicaEletroforese  - aplicação da técnica
Eletroforese - aplicação da técnica
 
Engenharia Genética - Prof. Ana Paula Christ
Engenharia Genética - Prof. Ana Paula ChristEngenharia Genética - Prof. Ana Paula Christ
Engenharia Genética - Prof. Ana Paula Christ
 
Biologia molecular
Biologia molecularBiologia molecular
Biologia molecular
 
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
 
Biologia molecular
Biologia molecularBiologia molecular
Biologia molecular
 
Técnicas básicas de biologia molecular
Técnicas básicas de biologia molecularTécnicas básicas de biologia molecular
Técnicas básicas de biologia molecular
 
Enzima (2)
Enzima (2)Enzima (2)
Enzima (2)
 
Engenharia GenéTica
Engenharia GenéTicaEngenharia GenéTica
Engenharia GenéTica
 

Similaire à Aula 7 mi..(1)

Principios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecularPrincipios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecular
Facebook
 
A multiplicação dos fragmentos de dna
A multiplicação dos fragmentos de dnaA multiplicação dos fragmentos de dna
A multiplicação dos fragmentos de dna
Silvana Dias
 
Aula estrutura e_replicacao_do_dna_christian
Aula estrutura e_replicacao_do_dna_christianAula estrutura e_replicacao_do_dna_christian
Aula estrutura e_replicacao_do_dna_christian
Andressa Souza
 
Produção Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas RecombinantesProdução Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas Recombinantes
LABIMUNO UFBA
 
Apresentação da tecnologia do dr
Apresentação da tecnologia do drApresentação da tecnologia do dr
Apresentação da tecnologia do dr
Jordana Carnicelli
 
técnicas moleculares no tratamento do câncer
técnicas moleculares no tratamento do câncertécnicas moleculares no tratamento do câncer
técnicas moleculares no tratamento do câncer
Alison Regis
 
Técnicas de análise de proteinas
Técnicas de análise de proteinasTécnicas de análise de proteinas
Técnicas de análise de proteinas
Patrícia Kellen
 
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
Madalena_Bio12
 

Similaire à Aula 7 mi..(1) (20)

ENGENHARIA GENÉTICA
ENGENHARIA GENÉTICAENGENHARIA GENÉTICA
ENGENHARIA GENÉTICA
 
Aula 03 Genética Molecular I.pptx
Aula 03 Genética Molecular I.pptxAula 03 Genética Molecular I.pptx
Aula 03 Genética Molecular I.pptx
 
Principios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecularPrincipios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecular
 
Manipulação do dna & clonagem
Manipulação do dna & clonagemManipulação do dna & clonagem
Manipulação do dna & clonagem
 
A multiplicação dos fragmentos de dna
A multiplicação dos fragmentos de dnaA multiplicação dos fragmentos de dna
A multiplicação dos fragmentos de dna
 
Fundamentos de Engenharia Genética
Fundamentos de Engenharia GenéticaFundamentos de Engenharia Genética
Fundamentos de Engenharia Genética
 
Pcr
PcrPcr
Pcr
 
Aula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia GeneticaAula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia Genetica
 
Dna e RNA
Dna e RNADna e RNA
Dna e RNA
 
2016 Frente 1 modulo 13 Engenharia genética
2016 Frente 1 modulo 13 Engenharia genética2016 Frente 1 modulo 13 Engenharia genética
2016 Frente 1 modulo 13 Engenharia genética
 
Aula estrutura e_replicacao_do_dna_christian
Aula estrutura e_replicacao_do_dna_christianAula estrutura e_replicacao_do_dna_christian
Aula estrutura e_replicacao_do_dna_christian
 
Produção Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas RecombinantesProdução Proteínas Recombinantes
Produção Proteínas Recombinantes
 
Apresentação da tecnologia do dr
Apresentação da tecnologia do drApresentação da tecnologia do dr
Apresentação da tecnologia do dr
 
Apresentação da tecnologia do dr
Apresentação da tecnologia do drApresentação da tecnologia do dr
Apresentação da tecnologia do dr
 
Manipulação de DNA
Manipulação de DNAManipulação de DNA
Manipulação de DNA
 
técnicas moleculares no tratamento do câncer
técnicas moleculares no tratamento do câncertécnicas moleculares no tratamento do câncer
técnicas moleculares no tratamento do câncer
 
Aula Engenharia Genetica
Aula  Engenharia GeneticaAula  Engenharia Genetica
Aula Engenharia Genetica
 
Biomol mt bom
Biomol mt bomBiomol mt bom
Biomol mt bom
 
Técnicas de análise de proteinas
Técnicas de análise de proteinasTécnicas de análise de proteinas
Técnicas de análise de proteinas
 
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
 

Aula 7 mi..(1)

  • 2. GENÉTICA MICROBIANA 1. Estrutura e função do material genético  Genótipo e Fenótipo  DNA e Cromossomos 2. O Fluxo da Informação Genética  Replicação do DNA  RNA e Síntese Protéica 3. A Regulação da Expressão Gênica Bacteriana  Repressão e Indução  O Modelo Operon de Expressão Gênica 4. Mutação: Alteração no Material Genético  A Frequência de Mutação  Identificando Mutantes  Identificando Carcinógenos Químicos 5. Transferência Genética e Recombinação  Transformação em Bactérias  Conjugação em Bactérias  Transdução em Bactérias  Plasmídeos e Transposons  Genes e Evolução
  • 4. BIOTECNOLOGIA E DNA RECOMBINANTE 6. Tecnologia de DNA Recombinante – Visão Geral da Metodologia do DNA Recombinante – Ferramentas de Biotecnologia • Seleção • Mutação • Enzimas de Restrição • Vetores • Reação em Cadeia da Polimerase 7. Técnicas de Engenharia Genética – Introdução de DNA Exógeno nas Células – Obtendo DNA – Selecionando um Clone – Fazendo um Produto Gênico
  • 5. TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE, MANIPULAÇÃO GÊNICA  O que é ?  é o termo utilizado para descrever algumas técnicas modernas que estão revolucionando o campo da Biotecnologia.  consiste num conjunto de técnicas e ferramentas que permite identificar, isolar, manipular e multiplicar os genes de organismos vivos.  Estas técnicas incluem:  a cultura de células,  o uso de isótopos radioativos,  a clonagem molecular,  o aperfeiçoamento das técnicas de obtenção, purificação e manipulação de enzimas.
  • 6. TECHNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE • Refere-se a manipulação artificial de genes • Objetivo: • introduzir novas características ou atributos fisiológicos ou físicos em seres vivos, como por exemplo: – Tornar uma planta resistente a um herbicida – Produção de insulina por bactérias • Um gene de um animal vertebrado, inclusive do homem, pode ser inserido no DNA de uma bactéria , o receptor pode expressar o gene e codificar um produto comercialmente útil
  • 7.
  • 8. TECHNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE  Refere-se a manipulação artificial de genes  Utiliza várias ferramentas e técnicas
  • 9. FERRAMENTAS  Enzimas de restrição:  Corta fragmentos de DNA em locais específicos  Ligase:  Unir os fragmentos de DNA  Vetores:  “Veículo” de transporte de DNA exógeno para um organismo hospedeiro  Reação da Cadeia da Polimerase (PCR)  Processo que faz várias cópias de um fragmento de DNA  Gel eletroforese  Processo onde fragmentos de DNA são classificados de acordo com o tamanho
  • 10. ENZIMAS DE RESTRIÇÃO  É uma das ferramentas essenciais em engenharia genética  Apresentam a habilidade de cortar moléculas de DNA em sequências bastante precisas de 4 a 8 pares de bases  Sítios de restrição  Utilizando um “kit” com mais de 400 enzimas de restrição que reconhecem cerca de 100 sítios de restrição os geneticitas são capazes de:  Isolar DNA  Sequenciar DNA  Manipular gene individuais Ferramentas
  • 13. ENZIMAS DE RESTRIÇÃO • Quando uma enzima de restrição digere o DNA, ela produz um corte em cada fita, podendo resultar em: – extremidades colantes ou adesivas – extremidades cegas: sem bases despareadas. • Cada vez que elas encontram um sítio de restrição que lhes é próprio, clivam o sítio. Ferramentas
  • 14. ENZIMAS DE RESTRIÇÃO  A enzima HaeIII reconhece uma sequência de 4 nucleótidos e produz cortes simétricos ("blunt").  A enzima BamHI reconhece uma sequência de 6 nucleótidos e origina cortes assimétricos e coesivos (“sticky”). Ferramentas
  • 15. ENZIMAS DE RESTRIÇÃO 1. A enzima de restrição corta a molécula de DNA de fita dupla nos sítios de restrição específicos 2. Os cortes produzem um fragmento de DNA com duas extremidades adesivas 3. Quando dois fragmentos de DNA cortados pela mesma enzima de restrição são colocados juntos, eles podem se unir pelo pareamento de bases Ferramentas
  • 17. ENZIMAS DE RESTRIÇÃO • Tesouras moleculares • Cortam DNA em sequências específicas – Reconhece e cliva, ou digere, somente uma determinada sequencia de bases nucleotídicas no DNA Ferramentas
  • 18. LIGAÇÃO • Fragmentos de DNA produzidos pelas enzimas de restrição podem ser unidos pelo processo de ligação – Os pedaços são unidos por uma enzima denominada DNA ligase • DNA de origens diferentes produzidos desta maneira é chamado de DNA recombinante – DNA combinado de origens diferentes • A utilização das ferramentas enzimas de restrição e ligação combinadas são técnicas básicas da engenharia genética. Ferramentas
  • 19. LIGAÇÃO 1. Dois pedaços de DNA são cortados usando a mesma enzima de restrição Ferramentas
  • 20. VETORES • “Veículo” de transporte de DNA exógeno para um organismo hospedeiro • Existe um grande número de tipos diferentes de moleculas de DNA que podem ser utilizadas como vetores – Exemplo: plasmídeo, vírus, etc. • A escolha de um vetor adequado depende de muitos fatores, como – Organismo que receberá o novo gene – Tamanho do DNA a ser clonado • A inserção de um fragmento de DNA num vetor implica a utilização de enzimas de restrição e ligases. Ferramentas
  • 21. VETORES  Propriedade mais importante  Auto-replicação  Uma vez no interior de uma célula, um vetor deve ser capaz de replicar-se  Tamanho que permita que eles sejam manipulados fora da célula, durante o processo de construção do DNA recombinante  Gene marcador para seleção (antibiótico, genes de proteínas fluorescentes, marcadores metabólicos ou auxotróficos)  Quando é necessário recuperar células contendo o vetor, a presença de um gene marcador no vetor pode muitas vezes facilitar o processo de seleção. Genes marcadores mais comuns:  Genes para resistência a antibióticos  Genes para enzimas que realizam reações facilmente identificáveis Ferramentas
  • 23. VETOR - PLASMÍDEO Ferramentas Esquema para a obtenção de plasmídeos recombinantes, a partir do uso de uma enzima de restrição que cria extremidades coesivas. Ao menos 5 produtos distintos podem ser formados a partir desta mistura.
  • 24. VETOR - PLASMÍDEO Ferramentas O produto 1 é o desejado, no qual um inserto (verde) foi clonado no plasmídeo (vermelho). O produto 2 é o mais danoso ao processo, pois se trata do plasmídeo vazio, fechado sem inserto. Ele é perfeitamente funcional e não pode ser descartado do processo. O produto 3 é a circularização de vários fragmentos de DNA do doador, numa ordem qualquer. Este "lixo" não é problemático, porque não contém uma origem de replicação bacteriana. É um DNA que será perdido ao longo do tempo. O produto 4 é a união de dois (ou mais) plasmídeos e não se replica tão rápido quando o plasmídeo vazio ou carregado com apenas um inserto, de forma que acaba desaparecendo ao longo do tempo. O último "lixo" é o plasmídeo carregado com vários insertos catenados (ligados em cadeia) ou com um inserto muito grande. É uma construção instável, também, e tende a desaparecer.
  • 25. REAÇÃO DA CADEIA DA POLIMERASE (PCR)  Amplificação de DNA  Vários procedimentos na tecnologia do DNA exigem uma grande quantidade de DNA, como: Sequenciamento de DNA DNA fingerprinting Clonagem de gene Ferramentas
  • 26. REAÇÃO DA CADEIA DA POLIMERASE (PCR)  Pequenas amostras de DNA podem ser rapidamente amplificadas  Iniciando com somente um fragmento de DNA, a PCR pode ser utilizada para produzir literalmente bilhões de cópias em poucas horas Ferramentas
  • 27. PROCESSO - PCR 1. Amostra de DNA - chamada de DNA alvo 2. DNA é desnaturado (separado) pelo aquecimento a 98ºC por 5 min 3. Primer é ligado a fita de DNA 4. A amostra é resfriada a 60ºC. A enzima DNA polimerase se liga a cada uma das fitas de DNA expostos. Esta enzima sintetisa a fita complementar de DNA utilizando nucleotídeos livres. 5. Após um ciclo, existem duas cópias da amostra original Ferramentas
  • 28. PROCESSO - PCR  Termociclador  Pode ser ajustado para temperatura, tempo e número de ciclos desejados Ferramentas
  • 29. PASSOS NO PROCESSO PCR  Passo 1: separar as fitas de DNA  Aquecimento a 98ºC por 5 min  Passo 2: adicionar a mistura de reação  Primers, nucleotídeos e a enzima DNA polimerase  Passo 3: incubação  Resfriar a 60ºC e incubar por alguns minutes. Durante este tempo, os primers se unem as fita simples de DNA. DNA polimerase sintetiza a fita complementar Repetir várias vezes (cerca de 25 ciclos) Repetir o ciclo (aquecer e resfriar) até que cópias suficientes de DNA tenham sido produzidas Ferramentas
  • 30. REAÇÃO DA CADEIA DA POLIMERASE (PCR) Ciclos PCR Nº de fitas de DNA 1 2 2 4 3 8 10 1.024 12 4.096 16 65.536 18 262.144 20 1.048.536 25 33.554.432 Os fragmentos amplificados acumulam exponencialmente na reação. Ferramentas
  • 31. ELETROFORESE  Já conhecida desde 1930  Difundida em 1950-1960  Movimentação de moléculas submetidas a campo elétrico  Usa um substrato: papel, agarose, poliacrilamida  Separa proteínas por cargas e peso molecular  Separa ácido nucléicos por peso molecular Ferramentas
  • 32. ELETROFORESE  Os fragmentos de DNA formados com a ação das enzimas de restrição possuem tamanhos diferentes.  A técnica de separação dos fragmentos de DNA mais utilizada é a eletroforese através de géis de agarose.  Agarose: é um polissacarídeo (como ágar e pectina) que dissolve em água fervente e então gelifica quando esfria como a gelatina.  Para realizar uma eletroforese, um gel de agarose é preparado.  DNA é introduzido em pequenos poços de gel, e então uma corrente elétrica é aplicada através do gel.  Como o DNA é negativamente carregado, ele é atraído pelo eletrodo positivo. Entretanto, para chegar ao eletrodo positivo, o DNA deve migrar através do gel de agarose. Ferramentas
  • 35. ELETROFORESE EM GEL DE AGAROSE Ferramentas
  • 36. ELETROFORESE EM GEL DE AGAROSE Visualização do DNA em luz ultravioleta Ferramentas
  • 37. ELETROFORESE  Separa os fragmentos de DNA de acordo com tamanho  Os fragmentos de DNA menores podem migrar através de um gel de agarose mais rapidamente que os fragmentos de DNA maiores. Ferramentas
  • 38. ELETROFORESE É possível calcular o tamanho exato de um dado fragmento com base na sua razão de migração. Ferramentas
  • 39. TÉCNICAS DE ENGENHARIA GENÉTICA  Introdução de DNA exógeno nas células  Obtenção de DNA  Selecionando um clone  Fazendo um produto gênico
  • 40. INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS CÉLULAS  Natureza:  Os plasmídeos são geralmente transferidos entre microrganismos de parentesco próximo por contato célula-célula, como na conjugação.  Engenharia genético:  Um plasmídeo deve ser inserido em uma célula por transformação, um processo durante o quel as células podem captar DNA do ambiente circundante.  Muitos tipos celulares não são competentes para a transformação, incluindo células:  E. Coli  Leveduras  Mamíferos
  • 41. INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS CÉLULAS  Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes de captar DNA externo):  Tratamentos químicos  E.coli torna-se competente após incubação das células em uma solução de cloreto de cálcio por um período breve  Choque térmico: Técnicas
  • 42. INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS CÉLULAS  Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes de captar DNA externo):  Tratamentos químicos  E.coli torna-se competente após incubação das células em uma solução de cloreto de cálcio por um período breve  Processo de eletroporação Técnicas • Utiliza uma corrente elétrica para formar poros microscópicos nas membranas celulares. • Geralmente aplicável a todas as células • Algumas células devem ser convertidas em protoplastos (remoção enzimática da parede celular)
  • 43. INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS CÉLULAS  Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes de captar DNA externo):  Fusão de protoplastos  Manipulação genética de vegetais e algas  Pistola de genes  Células vegetais  Dispositivo que dispara microprojéteis (partículas microscópicas de tunstênio ou de ouro de 4 µm de diâmetro) recobertos com o DNA a ser introduzido na célula Técnicas
  • 44. INTRODUÇÃO DE DNA EXÓGENO NAS CÉLULAS  Existem vários tratamentos para tornar as células competentes (capazes de captar DNA externo):  Microinjeção  Células animais Técnicas
  • 45. OBTENÇÃO DE DNA  Vimos como os genes podem ser clonados em vetores com a utilização de enzimas de restrição e como eles podem ser transformados ou transferidos para vários tipos celulares.  Como os engenheiros genéticos obtêm os genes em que estão interessados ? Existem duas fontes principais:  Bibliotecas de genes contendo cópias naturais ou cópias de cDNA dos genes produzidos a partir mRNA  DNA sintético Técnicas
  • 46. OBTENÇÃO DE DNA  Biblioteca genômica  É o conjunto de bactérias albergando plasmídeos quiméricos ou recombinantes construídos a partir de DNA genômico Técnicas Em princípio, se cortamos um genoma de um organismo qualquer em pedaços com uma enzima e construímos uma biblioteca suficientemente grande (isto é, com muitos clones, ou bactérias, diferentes uns dos outros), teremos uma probabilidade alta de termos qualquer fragmento de DNA desejado em algum dos clones.
  • 47. OBTENÇÃO DE DNA  DNA complementar (cDNA)  O cDNA é obtido a partir do mRNA por complementaridade de bases. Técnicas Esta transcrição em sentido inverso é conseguida através da ação da enzima viral denominada transcriptase reversa. Assim, o mRNA funciona como molde para a síntese de uma cadeia de DNA. Após a formação da cadeia de DNA, a enzima DNA polimerase atua, formando, por complementaridade, a outra cadeia de DNA a partir dos nucleótidos presentes no meio, constituindo-se uma molécula estável.
  • 49. OBTENÇÃO DE DNA  DNA sintético  Sintetizar o gene, nucleotídeo por nucleotídeo, na sequência desejada.  Isto é feito normalmente para genes que codificam polipeptídios ou proteínas de pequeno tamanho.  Para executar esta técnica basta conhecer a sequência de aminoácidos da proteína desejada e, com base no conhecimento do código genético, construir a sequência de nucleotídeos que corresponde exatamente à sequência de aminoácidos da proteína. Técnicas
  • 50. SELECIONANDO UM CLONE  Na clonagem, é necessário selecionar aquela célula que contenha o gene de interesse específico.  Isso é difícil, pois dentre milhões de células, apenas algumas poucas podem conter o gene desejado  Processo de seleção típico conhecido como seleção branca-azul  Nome derivado da cor das colônias bacterianas formadas no final do processo de seleção  Operon lac  Ampicilina Técnicas
  • 51. SELECIONANDO UM CLONE  Seleçãopor genes de resistência a antibióticos Técnicas Plasmídeo vetor
  • 54. CONSTRUÇÃO DE UM MICRORGANISMO RECOMBINANTE 1. Obtenção do DNA a ser clonado1. Obtenção do DNA a ser clonado 2. Preparação do vetor2. Preparação do vetor 3. Ligação do vetor com o “inserto”3. Ligação do vetor com o “inserto” 4. Transformação da bactéria4. Transformação da bactéria 5. Seleção dos clones recombinantes5. Seleção dos clones recombinantes
  • 55. TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE  Cada fragmento de DNA, que foi clivado e separado do resto do material genético, contém um ou mais genes.  cada gene origina uma proteína, portanto ao estudarmos o gene estamos estudando a proteína que ele codifica. Mas o que devemos fazer para estudar o gene?  Devemos introduzi-lo no material genético (no DNA) de um hospedeiro para que ocorra a transcrição do gene, em mRNA, e a tradução em proteína.
  • 56. TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE O plasmídio é retirado das células bacterianas para que se possa inserir o gene de estudo, para depois recolocá-lo na bactéria.
  • 57. PROCESSO PASSO A PASSO:1. Os pesquisadores querem introduzir um gene humano que produz uma proteína em uma bactéria. 2. Os pesquisadores “recortam” (utilizando enzimas de restrição), do DNA humano, o gene de interesse. 3. Esse fragmento de DNA contendo o gene é multiplicado por PCR para obtermos várias cópias do mesmo fragmento (ou da mesma informação). 4. A mesma enzima que clivou o gene do DNA humano é utilizado para clivar o plasmídio bacteriano. Lembre-se que o fragmento de DNA, ao ser clivado, gera pontas adesivas que são complementares ao plasmídio se este for clivado com a mesma enzima. 5. A seguir o plasmídio clivado é misturado com os fragmentos de DNA (contendo o gene) e uma enzima chamada ligase ,“cola” os fragmentos ao plasmídio, produzindo o chamado DNA recombinante. Isso feito, o DNA recombinante é introduzido em uma bactéria hospedeira. 6. A bactéria hospedeira é colocada em um meio nutritivo seletivo, apenas aquelas que possuem o DNA recombinante crescem, formando colônias. Após muitas gerações de bactérias, o produto da expressão dos genes, as proteínas humanas, são purificadas das bactérias (são separadas das proteínas das bactérias).
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 64.