Plano De Auto AvaliaçãO Das Be Metodogias De OperacionalizaçãO Parte I
1. Agrupamento de Escolas de Boliqueime2009/2010O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares - Metodologias de OperacionalizaçãoPlano de Avaliação da BE “Lídia Jorge” (Parte I)62865-2146309429755965190 Introdução A Biblioteca Escolar “Lídia Jorge” está integrada no Agrupamento de Escolas de Boliqueime, o qual integra para além da sua escola sede, a EB1 Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, mais quatro Jardins de Infância e mais 3 escolas do 1º ciclo. A sua acção abrange como tal, o Pré-Escolar e os1º, 2º e 3º Ciclos. A escolha do domínio Leitura e as Literacias surge, nesta primeira fase do arranque do processo de auto-avaliação, uma vez que é uma das áreas de actividade em que a esta biblioteca tem investido bastante. Será importante aferir até que ponto as actividades e as estratégias desenvolvidas têm sido ou não as mais adequadas, fazendo um levantamento dos pontos fracos e fortes de forma a poder melhorar os serviços prestados pela BE neste domínio e ainda de modo a melhor ir ao encontro das necessidades dos seus utilizadores. Através da avaliação deste domínio e dos subdomínios B1 E B3 pretende-se medir o impacto do trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura e em que medida contribuiu para as atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia. “Medir os outcomes (impactos) significa, no entanto, ir mais além, no sentido de conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca.” (in texto da 4ªsessão) Tomando como referência as orientações do modelo de auto-avaliação da BE será feito o uso de um conjunto de métodos quantitativos e qualitativos, e de técnicas de recolha de informação diversificada, as quais passarão pela(o): recolha documental, observação de actividades, aplicação de questionários aos utilizadores, levantamento de dados estatísticos de utilização da BE e análise de trabalhos dos alunos. “A qualidade não deriva nesta acepção, da biblioteca em si mesma ou do seu peso intrínseco, mas do valor atribuído pelos utilizadores a esse benefício, traduzido numa mudança de conhecimento, competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar, inclusão, etc.” (in texto da 4ª sessão) O Plano de Avaliação organiza-se da seguinte forma: 1- Selecção do Domínio; 2- Problema/diagnóstico; 3- Identificação do objecto de avaliação; 4- Etapas do Processo; 5- Intervenientes no processo de auto-avaliação; 6- Métodos e instrumentos utilizar; 7- Planificação da recolha e tratamento da informação; 8- Formas de divulgação dos resultados; Program evaluation is carefully collecting information about a program or some aspect of a program in order to make necessary decisions about the program.” (in Basic Guide to Program Evaluation) 1- Selecção do Domínio e Indicadores: Domínio seleccionadoIndicadoresB – Leitura e LiteraciasProcessoB1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamentoImpactoB3 – O impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da Leitura e das Literacias 2- Problema/diagnóstico O subdomínio em causa serve um dos objectivos prioritários definidos no Projecto Educativo do Agrupamento Vertical de Escolas de Boliqueime, o qual refere a necessidade de se fomentar nos alunos o gosto pela leitura e pela escrita e a importância de um maior investimento ao nível do desenvolvimento de actividades que possam promover a aquisição de competências no âmbito das literacias a elas inerentes. Sendo esta uma das prioridades do Agrupamento, dever-se-á verificar-se como tal, de que forma é que a Biblioteca Escolar tem colaborado na consecução destes objectivos, dando resposta ao domínio em causa e à avaliação do seu impacto. Com efeito, a Biblioteca Escolar como estrutura de apoio à actividade pedagógica deve contribuir para o desenvolvimento nos alunos competências de aprendizagem que conduzam ao sucesso educativo e à promoção da aprendizagem ao longo da vida. Se considerarmos que a leitura é o coração do currículo escolar e que o caminho para a aquisição de uma competência sólida, como a do domínio da leitura e literacias, é longo e difícil, torna-se importante medir os “ outcomes” deste domínio. Para isso há que avaliar se as actividades e as estratégias desenvolvidas têm sido ou não, as mais adequadas para a promoção da leitura e qual o impacto que o trabalho da Biblioteca tem tido nas atitudes e competências dos alunos no âmbito da leitura e das literacias. 3- Identificação do Objecto de Avaliação Para aferir qual a actuação da BE no domínio da Leitura e literacia, terão de ser avaliados os indicadores relacionados com o processo e com o impacto, ou seja, o indicador B1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura (processo) e o B3 – O impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da Leitura e das Literacias (impacto). 4- Etapas do Processo Reunião da Equipa BE para avaliação diagnóstica, elaboração do perfil da BE e selecção do domínio a avaliarNovembro de 2009Acção de sensibilização realizada pelo professor bibliotecário e destinada à Direcção Executiva e ao Conselho Pedagógico para o processo da auto-avaliação Novembro de 2009Elaboração do CronogramaNovembro de 2009Escolha do domínio a avaliar com o compromisso institucional dos órgãos de gestão pedagógica e executiva da escola, no sentido de uma co-responsabilização de todos os intervenientes. Novembro de 2009Preparação de instrumentosSetembro e Outubro de 2009Recolha de evidênciasDe Outubro de 2009 a Maio de 2010Tratamento da informação recolhida De Janeiro a Junho de 2010Análise dos resultados; fazer apreciações e retirar ilações; elaboração do Relatório de Auto-AvaliaçãoJulho de 2010Divulgação dos resultadosOutubro de 2010Preparação e implementação do Plano de Acção (identificar objectivos e metas a atingir, planificar e implementar as acções para a melhoria e monitorizar o processo de implementação das acções para a melhoria)Novembro de 2010 5- Intervenientes no processo de auto-avaliação Serão intervenientes no processo de Auto-Avaliação da BE: Professora Bibliotecária e Equipa da BE Director da Direcção Executiva Conselho Pedagógico Professores Alunos Encarregados de Educação 6- Métodos e instrumentos a utilizar: Para além dos instrumentos de análise estatística constantes dos quadros abaixo mencionados, serão também alvo de análise os seguintes recursos documentais: Projecto Educativo do Agrupamento Plano de Acção da Biblioteca Plano Anual de Actividades da Biblioteca Dossier de Evidências organizado segundo o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, o qual integrará: Instrumentos de registo de projectos/actividades Avaliações de projectos/actividades Instrumentos de registo de projectos/actividades no âmbito dos Projectos Curriculares Instrumentos de registo de projectos/actividades no âmbito do PNL Documentos produzidos pela BE Registos fotográficos Artigos de jornais Actas Correspondência para os Coordenadores de Departamento e de Directores de Turma Trabalhos dos alunos Blogue da BE “Identify the major outcomes that you want to examine or verify for the program under evaluation.” Carter McNamara; Basic Guide to Program Evaluation Indicador B1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura B.1Factores Críticos de Sucesso Actividades/Instrumentos/métodos de recolha de evidências. A BE incentiva o empréstimo domiciliário.. A BE disponibiliza uma colecção variada e adequada aos gostos e interesses de informação dos utilizadores.. A BE está informada relativamente às linhas de orientação e actividades propostas pelo PNL e desenvolve as acções implicadas na sua implementação. . A BE desenvolve, de formasistemática, actividades no âmbito da promoção da leitura ou de outras actividades que associem formas de leitura, de escrita ou de comunicação em diferentes ambientes e suportes.A BE explora contextos inter e transdisciplinares e associa um conjunto diversificado de actividades à leitura com o objectivo de desenvolver a oralidade, a escrita e as restantes literacias associadas ao acto de ler.. A BE incentiva a leitura informativa, articulando com os departamentos curriculares no desenvolvimento de actividades de ensino e aprendizagem ou em projectos e acções que incentivem a leitura. A BE promove encontros comescritores ou outros eventos culturaisque aproximem os alunos dos livrosou de outros materiais/ambientes eincentivem o gosto pela leitura.. A BE incentiva a leitura emambientes digitais explorando aspossibilidades facultadas pela WEB,como o blogue da BE . A BE apoia os alunos nas suasescolhas e conhece as novidadesliterárias e de divulgação que melhorse adequam aos seus gostos.. A BE incentiva a leitura informativa, com fins recreativos ou direccionada a projectos ou actividades formativas ou curriculares.- Actividade: “A Leitura vai e Vem”(Pré-Escolar)- Actividade: Ler em casa é Bom!..(1º ciclo). Registos de Actividades no âmbito do desenvolvimento do PNL. Questionário aos alunos (QA2)Questionários aos professores (QD2). Questionário aos pais/EE (QEE1). Estatísticas de requisição/ usode recursos de informaçãorelacionados com a leitura.. Mapas de registo de utilização informalda BE. - Concurso “Uma Mão Cheia de Palavras” desenvolvido no âmbito do PNL (2º e 3º ciclos). Registos de Actividades.Fotos ilustrativas. Questionários aos alunos (QA2).Questionários aos professores (QD2). Estatísticas de requisição/ usode recursos de informaçãorelacionados com a leitura.- Animação da Leitura/ Escrita Criativa( 1x por semana com cada um dos grupos do pré-escolar e do 1º ciclo ).Registos de Actividades. Relatórios de Actividades do PNL. Fotos ilustrativas.Questionário aos alunos (QA2).Questionário aos Docentes (QD2).Questionário aos Pais/EE (QEE1)-Actividades de Leitura Oral Expressiva envolvendo o 2º e o 3º ciclo, programadas/ articuladas com outros docentes.Registos de actividades/projectos. Fotos ilustrativas.Questionário aos alunos (QA2).Questionário aos Docentes (QD2)-Trabalhos de pesquisa na BE-Desenvolvimento de actividades/projectos em parceria com os departamentos. Registos de actividades/projectos.Planos de Actividade de Articulação com os Projectos Curriculares.Fotos ilustrativas.Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura programada/articulada com outros docentes .Questionário aos professores(QD2).- A BE Convida… (escritor, ilustrador e outros convidados). Registos de Actividade.Fotos ilustrativas.Registo de Avaliação da actividade.Questionário aos professores(QD2).. Registo estatístico do número de visitas registadas no Blogue da BE - Registos dos levantamentos de sugestões fornecidas pelos alunos para a aquisição de obras do seu interesse- Assinatura de Revistas/Jornais do interesse dos alunos e dos adultos, cujo conteúdo associa aspectos informativos, pedagógicos e recreativos (por sugestão do PNL ou de docentes) . Estatísticas de requisição/ usode recursos de informaçãorelacionados com a leitura. Indicador B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e das literacias B. 3Factores Críticos de Sucesso Instrumentos/métodos de recolha de evidências. Os alunos usam a biblioteca para ler de forma recreativa, para se informar ou para realizar trabalhos escolares.. Os alunos, de acordo com o seu nível de escolaridade, manifestam progressos nas competências de leitura, lendo mais e com maior profundidadeOs alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com equipamentos e ambientes informacionais variados, manifestando progressos nas suas competências no âmbito da leitura e das literacias.. Estatísticas de utilização da BEpara actividades de leitura..Estatísticas de requisiçãodomiciliária..Observação da utilização da BE(O3; O4)..Trabalhos realizados pelos alunos.Análise diacrónica das avaliaçõesdos alunos..Questionário aos docentes (QD2).. Questionário aos alunos (QA2)..Trabalhos escolares dos alunos (T1). Informal feedback 7- Planificação da recolha e tratamento da informação: TarefasCalendarizaçãoSelecção do grupo de alunos a observar *Novembro de 2009Recolha de evidências nos seguintes documentos: PE, PAA, Estatísticas de utilização da BESetembro de 2009 a Junho de 2010Observação da utilização da BE Setembro de 2009 a Junho de 2010Preenchimento dos questionários pelos docentes online, no sítio do AgrupamentoAbril de 2010Preenchimento dos questionários pelos alunos e pais/encarregados de educaçãoAbril de 2010Entrevistas/reuniõesAbril de 2010Tratamento dos dados obtidos:De Janeiro a Junho de 2010 (o tratamento será feito em simultâneo com a recolha da informação para evitar a acumulação de dados) * Na definição da amostra, é importante procurar cumprir alguns requisitos, para além da percentagem de docentes e alunos a inquirir, para que os elementos sejam representativos do conjunto de população que se pretende estudar: A amostra deve abranger a diversidade de alunos do Agrupamento: os vários anos/ciclos de escolaridade, as várias origens/nacionalidades; rapazes e raparigas; alunos com necessidades educativas: - 10% do nº total de alunos do Agrupamento A amostra deve abranger os docentes do agrupamento, aplicando-se os questionários aos que leccionam na escola sede e nas escolas pólo: - 30% do nº total de docentes envolvendo o Pré-Escolar, 1º, 2º e 3º ciclos No caso do questionário aos pais/encarregados de educação, a amostra só incluirá elementos cujos educandos frequentem o ensino básico e será seleccionada uma amostra correspondente a 10%. 8- Formas de Divulgação dos Resultados: Após a análise dos resultados e sua reflexão, serão identificados os pontos fortes e fracos da BE. Posteriormente será preenchido o quadro síntese, elaborado o Relatório de Auto-Avaliação e feita a sua divulgação: No Conselho pedagógico No Relatório de Auto-avaliação da Escola No Conselho Geral No Relatório da BE para a RBE No blogue da BE No sítio do Agrupamento No jornal da escola (Jornal da Malta) (informação da responsabilidade do professor bibliotecário) No Grupo de Trabalho Interconcelhio das Bibliotecas Escolares do concelho de Loulé “ A comunicação dos resultados da avaliação empreendida, a análise colectiva e reflexão da Escola/Agrupamento sobre esses resultados, e a identificação das acções de melhoria dos pontos identificados é muito importante, de modo a obter o comprometimento e apoio da escola a essas acções.” ( In texto da 4ª Sessão) 9- Limitações : Não vai ser fácil obter o necessário envolvimento dos docentes do Agrupamento, dado ao excesso de trabalho e de solicitações a que todos, diariamente, estão sujeitos. O investimento a este nível terá de ser grande, de modo a que estes se sintam motivados e como uma das partes integrantes e importantes deste processo. A adesão por parte dos pais/encarregados de educação para o preenchimento dos questionários também não irá ser provavelmente fácil. E no que concerne à aplicação por parte dos alunos esta terá de ser feita de forma concertada e simplificada, no caso particularmente dos alunos do 1º ciclo, com a ajuda dos seus professores. Relativamente à professora bibliotecária, esta também terá de fazer uma boa gestão do tempo para cumprir atempadamente todas as etapas do processo que o modelo exige, dado que esta dinamiza, diariamente, actividades de animação da leitura e da escrita, as quais envolvem muito do seu tempo por integrarem todos os alunos dos quatro Jardins de Infância, das cinco turmas do 1º ciclo da escola de Boliqueime e todos os 4ºanos das quatro escolas pólo do Agrupamento. Estas actividades são extremamente importantes pois visam captar, desde cedo, o público mais jovem da BE para a Leitura e para a Escrita mas exigem, diariamente, bastante do seu tempo. Embora os recursos humanos da BE possam ser bastante úteis noutros domínios, neste, o seu contributo poderia ser melhor, de modo a que a animação da leitura e da escrita não estivessem só a cargo da professora bibliotecária. É que as exigências inerentes ao desenvolvimento do modelo de auto-avaliação, nomeadamente o registo sistemático e organização das evidências, conjuntamente com todas as outras responsabilidades/tarefas que lhe cabem ter/desenvolver, no âmbito da dinamização, gestão e funcionamento da BE, levam a uma ocupação do seu tempo laboral que vai muito para além do horário semanal estabelecido. Apraz salientar, no entanto, que o modelo está excepcionalmente bem fundamentado, pensado e estruturado mas que a sua aplicação prática é, efectivamente, muito exigente. Mas como o meio justifica o fim… tudo será feito para que esta viagem chega a um bom porto tomando em consideração que “… a escola deverá encarar este processo como uma necessidade própria e não como algo que lhe é imposto do exterior, pois de facto todos irão beneficiar com a análise e reflexão realizadas. Espera-se que o processo de auto-avaliação mobilize toda a escola, melhorando através da acção colectiva as possibilidades oferecidas pela BE.” (in RBE (2009): Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares) Novembro 2009 Formanda: Ana Maria de Brito Palma Bibliografia Carter, McNamara - Basic Guide to Program Evaluation Gabinete da Rede de Biblioteca Escolares – Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (2009) Texto da 5ª Sessão da Acção de Formação “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (I Parte)