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“Onde está o
Espírito do
Senhor, aí
está a
liberdade.”
(2Cor 3,17)
Palestrante:
Andréia Gripp
Resumo do
encontro anterior
Os temas da primeira semana:
O que é liberdade
interior
Liberdade interior e
acolhida do passado
 O homem conquista sua liberdade
interior na medida exata em que a fé,
a esperança e o amor se fortificam
nele.
 O ser humano manifesta uma grande
sede de liberdade porque sua
aspiração mais fundamental é a de
felicidade e ele percebe que não
existe felicidade sem amor nem amor
sem liberdade.
 Se é verdade que somente o amor
pode preencher o homem, é também
 Só existe o amor verdadeiro e,
portanto, feliz entre pessoas que
dispõem livremente delas mesmas
para dar-se uma à outra.
 Mas como atingir essa liberdade que
permite o desabrochar do amor?
 O homem conquista sua verdadeira
liberdade (que é interior e não exterior)
na medida exata em que se fortificam
nele as virtudes teologais, a saber: a
fé, a esperança e a caridade (amor).
 O problema da nossa falta de
liberdade e do sentimento de
infelicidade está em nosso
coração.
 É nele que está a origem da
nossa falta de liberdade.
 Se escolhermos amar sempre, o
amor dará dimensões infinitas à
nossa vida e não nos sentiremos
mais aprisionados.
 Mesmo nas circunstâncias exteriores
mais desfavoráveis, cada um dispõe
em si mesmo de um espaço de
liberdade que ninguém lhe pode
usurpar, pois é Deus a sua fonte.
 Se aprendemos a descobrir em nós
esse espaço interior de liberdade,
muitas coisas, inevitavelmente, nos
farão sofrer, mas nada poderá
verdadeiramente nos oprimir nem nos
paralisar.
A verdadeira liberdade
 A verdadeira liberdade, aquela liberdade
soberana de quem crê, consiste em que se
disponha em toda circunstância, graças à
assistência do Espírito Santo, a
possibilidade de crer, de esperar e de amar.
 Nenhuma circunstância no mundo poderá
jamais me impedir de crer em Deus, de
colocar nele toda a minha confiança, de
amá-lo de todo o meu coração e de amar
meu próximo.
Ser livre é também acolher
aquilo que não escolhemos
 O ato mais alto e mais fecundo da
liberdade humana reside antes na
acolhida que na dominação.
 Somos chamados a nos tornar
verdadeiramente livres, a
“escolher” aquilo que não
desejamos e que, por vezes, não
desejaríamos de forma alguma.
Paradoxo
 Existe aí uma lei paradoxal da
existência:
Só nos tornamos
verdadeiramente
livres quando
aceitamos não ser
sempre livres!
2º Encontro
Acolhida do sofrimento
Acolhida de si
Acolhida do outro
Revolta, resignação, acolhida
Diante daquilo que nos
desagrada em nossa vida, nossa
pessoa, nossa situação, no
outro, daquilo que consideramos
negativo, há três atitudes
possíveis:
revolta, resignação e acolhida
Dessas
atitudes, 2 são
contrárias à
verdadeira
liberdade.
Quais?
PARTILHE
Atitude livre: a acolhida
A acolhida leva a uma
disposição interior.
A acolhida faz dizer “sim” a uma
realidade percebida em um
primeiro momento como
negativa.
Há, então, uma perspectiva de
esperança.
Acolher não é resignar-se
 A diferença decisiva entre a
resignação e a acolhida vem do
fato de que, no consentimento,
mesmo que a realidade objetiva
na qual me encontro continue
idêntica, a atitude do coração é
muito diferente, pois já é habitada
pelas virtudes de fé, de esperança
e de amor.
Exemplos:
 Dizer sim ao que eu sou apesar dos meus
desafios porque sei que sou amado por
Deus, porque tenho confiança de que, a
partir da minha pobreza, o Senhor é capaz
de fazer coisas maravilhosas.
 Posso dizer sim à realidade mais pobre e
decepcionante no plano humano porque
creio que “o amor é tão poderoso em obras
que sabe tirar proveito de tudo, do bem e
do mal que encontra em mim” (Santa
Conclusão:
 Acolher minha condição é confiar
em Deus está no controle de
minha vida.
 Neste ato de acolhimento, há,
então, fé em Deus, confiança nEle
e, portanto, amor, pois confiar é
amar:
Há liberdade.
Aceitar o sofrimento
 O sofrimento é inerente à história humana.
 Como parte inerente a vida, quem recusa
o sofrimento recusa-se a viver.
 O sofrimento é uma possibilidade.
 O sofrimento não é uma realidade querida
por Deus.
 O sofrimento é causado pela a ausência
de um bem.
 O medo do sofrimento causa mais dor que
o próprio sofrimento.
Não existe viva sem dor e sem combates
 É preciso tomar todos os dias,
corajosamente, o jugo da vida real, com
suas dores, desafios, combates,
limitações, a sua cruz no seguimento de
Cristo e seguir, confiante que não falta a
força, a graça do Espírito Santo para
suportá-las.
 Não existe nada no mal além do próprio
mal.
 As contrariedades nos ajudam a caminhar
diante de Deus e de sua verdade.
Recusar o sofrimento nos faz
sofrer ainda mais
 Quando não aceitamos um sofrimento,
perdemos a esperança, somos tomados pela
revolta, pelo ressentimento, pelas
inquietações que nos tiram a paz.
 Quando temos a graça de acolher o
sofrimento, ele se torna imediatamente
menos doloroso.
 Essa aceitação é ato de liberdade interior.
 “Um sofrimento vivido na paz não é mais
sofrimento” (Santo Cura d’Ars)
Acolher o sofrimento: ato de liberdade!
Ninguém me tira a vida, eu a
dou LIVREMENTE. (ler Jo
10,18)
Somos chamados a não
simplesmente “suportar” o
sofrimento, a contrariedade.
Mas a escolhê-los.
 Partilhe sobre isso.
Ofertar o que me é tirado
 Nossa liberdade tem sempre este
poder maravilhoso de daquilo que nos
é tirado (vida, saúde, emprego,
relacionamentos, etc) algo que é
ofertado.
 Quando ofertamos o que nos é tirado
e nos causa dor, o que o mundo
chama de “destino” torna-se livre
escolha, o constrangimento torna-se
amor, a perda torna-se fecundidade.
Posso não mudar o mundo, mas posso
mudar a forma de ver o mundo
 O homem não tem poder de mudar tudo ao seu
redor, mas com a Graça de Deus, dispõe da
faculdade de dar um sentido novo a tudo,
mesmo ao que não tem sentido.
 Nem sempre temos o domínio sobre o
“desenrolar” de nossa vida, mas sempre somos
os senhores do sentido que nos lhe damos.
 Pela nossa liberdade, não há nenhum
acontecimento de nossa vida que não possa
receber um novo significado, um significado
positivo, ser expressão do amor, tornar-se
abandono, confiança, esperança, oferta...
Aceitação de si
mesmo
 É necessário nos
aceitarmos
plenamente
comosomos.
 O mais
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nossa vida não é
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ou não fazer;
 O mais importante é como
podemos deixar Deus agir em
nossa vida, da forma como
somos.
 E permitir que esse agir de Deus
nos transforme.
 Afinal, um problema, um defeito,
não deixa de existir só porque
você o nega.
 Você não deixa de ser o que é só
porque nega ser dessa ou daquela
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A negação de si mesmo
retarda a ação do Espírito
Santo.
 Uma das condições para permitir a
graça de Deus agir em nós é dizer
“sim” ao que somos e às situações
que encontramos na vida.
 Muitas vezes a negação de si
mesmo tem como raiz a falta de fé
na misericórdia e no poder de
Deus;
 Na falta de esperança, que gera
falta de amor;
 Na falta de pobreza interior e no
orgulho: desejo de ser perfeito,
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admirado, elogiado, “adorado”.
Acolher o que somos para mudar
 Somos chamados à conversão, à
mudança de vida.
 Mas só há conversão se antes
houve acolhida.
 É necessário primeiro reconhecer-
se pequeno, reconhecer o
pecado, reconhecer a fraqueza,
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Aceitação de si mesmo é diferente
de resignação à mediocridade
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possível
transformar o
que de real
existe em nós
Quando há
aceitação de
si mesmo
O direito de errar
Deus nos dá o direito de errar
e nos liberta.
Só Deus é perfeito.
Ser perfeito não é uma
obrigação imposta por Deus.
Deus conhece minhas fraquezas e não
se escandaliza com elas, nem me
condena.
Ele me AMA, apenas
A História de Moisés, o negro
Moisés, o negro, era
etíope e foi escravo de um
funcionário do governo no
Egito, que o demitiu por
roubo e assassinato de
suspeitos. Ele tornou-se o
líder de uma gangue de
bandidos que percorriam o
vale do Nilo, espalhando
terror e violência. Sua
estatura era grande e
imponente.
Em certa ocasião, um homem foi apanhado
em um roubo irritou Moisés imensamente.
No dia seguinte, ele nadou através do Nilo
(um ato não insignificante) com uma faca em
sua boca: sua intenção era matar o sujeito.
Quando chegou na casa, o mesmo tinha
fugido (este conhecia algumas das façanhas
anteriores de Moisés). Moisés, então, matou
quatro das suas ovelhas antes de retornar a
faca na boca e nadar de volta. Pouco depois,
agentes da lei começaram a caçá-lo e ele
fugiu, escondendo-se em um mosteiro. A
influência dos monges foi tão grande que ele
Mas a história não termina aí.
Alguns anos mais tarde, um grupo de
ladrões queriam roubar o mosteiro onde São
Moisés viva. Ele pegou-os desprevenidos e
sozinho, derrotou todos. Ele arrastou os
homens ensanguentados para o monge-
chefe, e perguntou o que fazer (sabendo
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mosteiro mandou perdoá-los e enviá-los de
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Aceitação do outro
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O pecado do outro não me tira nada
 Nada nem ninguém pode me tirar
o amor de Deus.
 Nada nem ninguém pode me
privar de crer nesse amor.
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pratica não pode me tirar nada de
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Nada te perturbe, nada te espante
Tudo passa, Deus não muda
Venha o que vier/Sim, o seu amor sempre me
sustentará
Eleva ao céu teu pensar
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Liberdade interior e acolhida do passado, do sofrimento e do outro

  • 1. “Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade.” (2Cor 3,17) Palestrante: Andréia Gripp
  • 3. Os temas da primeira semana: O que é liberdade interior Liberdade interior e acolhida do passado
  • 4.  O homem conquista sua liberdade interior na medida exata em que a fé, a esperança e o amor se fortificam nele.  O ser humano manifesta uma grande sede de liberdade porque sua aspiração mais fundamental é a de felicidade e ele percebe que não existe felicidade sem amor nem amor sem liberdade.  Se é verdade que somente o amor pode preencher o homem, é também
  • 5.  Só existe o amor verdadeiro e, portanto, feliz entre pessoas que dispõem livremente delas mesmas para dar-se uma à outra.  Mas como atingir essa liberdade que permite o desabrochar do amor?  O homem conquista sua verdadeira liberdade (que é interior e não exterior) na medida exata em que se fortificam nele as virtudes teologais, a saber: a fé, a esperança e a caridade (amor).
  • 6.  O problema da nossa falta de liberdade e do sentimento de infelicidade está em nosso coração.  É nele que está a origem da nossa falta de liberdade.  Se escolhermos amar sempre, o amor dará dimensões infinitas à nossa vida e não nos sentiremos mais aprisionados.
  • 7.  Mesmo nas circunstâncias exteriores mais desfavoráveis, cada um dispõe em si mesmo de um espaço de liberdade que ninguém lhe pode usurpar, pois é Deus a sua fonte.  Se aprendemos a descobrir em nós esse espaço interior de liberdade, muitas coisas, inevitavelmente, nos farão sofrer, mas nada poderá verdadeiramente nos oprimir nem nos paralisar.
  • 8. A verdadeira liberdade  A verdadeira liberdade, aquela liberdade soberana de quem crê, consiste em que se disponha em toda circunstância, graças à assistência do Espírito Santo, a possibilidade de crer, de esperar e de amar.  Nenhuma circunstância no mundo poderá jamais me impedir de crer em Deus, de colocar nele toda a minha confiança, de amá-lo de todo o meu coração e de amar meu próximo.
  • 9. Ser livre é também acolher aquilo que não escolhemos  O ato mais alto e mais fecundo da liberdade humana reside antes na acolhida que na dominação.  Somos chamados a nos tornar verdadeiramente livres, a “escolher” aquilo que não desejamos e que, por vezes, não desejaríamos de forma alguma.
  • 10. Paradoxo  Existe aí uma lei paradoxal da existência: Só nos tornamos verdadeiramente livres quando aceitamos não ser sempre livres!
  • 11. 2º Encontro Acolhida do sofrimento Acolhida de si Acolhida do outro
  • 12. Revolta, resignação, acolhida Diante daquilo que nos desagrada em nossa vida, nossa pessoa, nossa situação, no outro, daquilo que consideramos negativo, há três atitudes possíveis: revolta, resignação e acolhida
  • 13. Dessas atitudes, 2 são contrárias à verdadeira liberdade. Quais? PARTILHE
  • 14. Atitude livre: a acolhida A acolhida leva a uma disposição interior. A acolhida faz dizer “sim” a uma realidade percebida em um primeiro momento como negativa. Há, então, uma perspectiva de esperança.
  • 15. Acolher não é resignar-se  A diferença decisiva entre a resignação e a acolhida vem do fato de que, no consentimento, mesmo que a realidade objetiva na qual me encontro continue idêntica, a atitude do coração é muito diferente, pois já é habitada pelas virtudes de fé, de esperança e de amor.
  • 16. Exemplos:  Dizer sim ao que eu sou apesar dos meus desafios porque sei que sou amado por Deus, porque tenho confiança de que, a partir da minha pobreza, o Senhor é capaz de fazer coisas maravilhosas.  Posso dizer sim à realidade mais pobre e decepcionante no plano humano porque creio que “o amor é tão poderoso em obras que sabe tirar proveito de tudo, do bem e do mal que encontra em mim” (Santa
  • 17. Conclusão:  Acolher minha condição é confiar em Deus está no controle de minha vida.  Neste ato de acolhimento, há, então, fé em Deus, confiança nEle e, portanto, amor, pois confiar é amar: Há liberdade.
  • 18. Aceitar o sofrimento  O sofrimento é inerente à história humana.  Como parte inerente a vida, quem recusa o sofrimento recusa-se a viver.  O sofrimento é uma possibilidade.  O sofrimento não é uma realidade querida por Deus.  O sofrimento é causado pela a ausência de um bem.  O medo do sofrimento causa mais dor que o próprio sofrimento.
  • 19. Não existe viva sem dor e sem combates  É preciso tomar todos os dias, corajosamente, o jugo da vida real, com suas dores, desafios, combates, limitações, a sua cruz no seguimento de Cristo e seguir, confiante que não falta a força, a graça do Espírito Santo para suportá-las.  Não existe nada no mal além do próprio mal.  As contrariedades nos ajudam a caminhar diante de Deus e de sua verdade.
  • 20. Recusar o sofrimento nos faz sofrer ainda mais  Quando não aceitamos um sofrimento, perdemos a esperança, somos tomados pela revolta, pelo ressentimento, pelas inquietações que nos tiram a paz.  Quando temos a graça de acolher o sofrimento, ele se torna imediatamente menos doloroso.  Essa aceitação é ato de liberdade interior.  “Um sofrimento vivido na paz não é mais sofrimento” (Santo Cura d’Ars)
  • 21. Acolher o sofrimento: ato de liberdade! Ninguém me tira a vida, eu a dou LIVREMENTE. (ler Jo 10,18) Somos chamados a não simplesmente “suportar” o sofrimento, a contrariedade. Mas a escolhê-los.  Partilhe sobre isso.
  • 22. Ofertar o que me é tirado  Nossa liberdade tem sempre este poder maravilhoso de daquilo que nos é tirado (vida, saúde, emprego, relacionamentos, etc) algo que é ofertado.  Quando ofertamos o que nos é tirado e nos causa dor, o que o mundo chama de “destino” torna-se livre escolha, o constrangimento torna-se amor, a perda torna-se fecundidade.
  • 23. Posso não mudar o mundo, mas posso mudar a forma de ver o mundo  O homem não tem poder de mudar tudo ao seu redor, mas com a Graça de Deus, dispõe da faculdade de dar um sentido novo a tudo, mesmo ao que não tem sentido.  Nem sempre temos o domínio sobre o “desenrolar” de nossa vida, mas sempre somos os senhores do sentido que nos lhe damos.  Pela nossa liberdade, não há nenhum acontecimento de nossa vida que não possa receber um novo significado, um significado positivo, ser expressão do amor, tornar-se abandono, confiança, esperança, oferta...
  • 24. Aceitação de si mesmo  É necessário nos aceitarmos plenamente comosomos.  O mais importante em nossa vida não é o que podemos ou não fazer;
  • 25.  O mais importante é como podemos deixar Deus agir em nossa vida, da forma como somos.  E permitir que esse agir de Deus nos transforme.  Afinal, um problema, um defeito, não deixa de existir só porque você o nega.
  • 26.  Você não deixa de ser o que é só porque nega ser dessa ou daquela forma. A negação de si mesmo retarda a ação do Espírito Santo.  Uma das condições para permitir a graça de Deus agir em nós é dizer “sim” ao que somos e às situações que encontramos na vida.
  • 27.  Muitas vezes a negação de si mesmo tem como raiz a falta de fé na misericórdia e no poder de Deus;  Na falta de esperança, que gera falta de amor;  Na falta de pobreza interior e no orgulho: desejo de ser perfeito, não por temor de Deus, mas por orgulho e soberba – para ser admirado, elogiado, “adorado”.
  • 28. Acolher o que somos para mudar  Somos chamados à conversão, à mudança de vida.  Mas só há conversão se antes houve acolhida.  É necessário primeiro reconhecer- se pequeno, reconhecer o pecado, reconhecer a fraqueza, para que haja mudança de vida.
  • 29. Aceitação de si mesmo é diferente de resignação à mediocridade
  • 30. Mas só é possível transformar o que de real existe em nós Quando há aceitação de si mesmo
  • 31. O direito de errar Deus nos dá o direito de errar e nos liberta. Só Deus é perfeito. Ser perfeito não é uma obrigação imposta por Deus.
  • 32. Deus conhece minhas fraquezas e não se escandaliza com elas, nem me condena. Ele me AMA, apenas
  • 33. A História de Moisés, o negro Moisés, o negro, era etíope e foi escravo de um funcionário do governo no Egito, que o demitiu por roubo e assassinato de suspeitos. Ele tornou-se o líder de uma gangue de bandidos que percorriam o vale do Nilo, espalhando terror e violência. Sua estatura era grande e imponente.
  • 34. Em certa ocasião, um homem foi apanhado em um roubo irritou Moisés imensamente. No dia seguinte, ele nadou através do Nilo (um ato não insignificante) com uma faca em sua boca: sua intenção era matar o sujeito. Quando chegou na casa, o mesmo tinha fugido (este conhecia algumas das façanhas anteriores de Moisés). Moisés, então, matou quatro das suas ovelhas antes de retornar a faca na boca e nadar de volta. Pouco depois, agentes da lei começaram a caçá-lo e ele fugiu, escondendo-se em um mosteiro. A influência dos monges foi tão grande que ele
  • 35. Mas a história não termina aí. Alguns anos mais tarde, um grupo de ladrões queriam roubar o mosteiro onde São Moisés viva. Ele pegou-os desprevenidos e sozinho, derrotou todos. Ele arrastou os homens ensanguentados para o monge- chefe, e perguntou o que fazer (sabendo que um monge não mataria). O chefe do mosteiro mandou perdoá-los e enviá-los de volta, surpreendendo os ladrões de tal forma que todos se arrependeram, convertendo-se e tornando-se monges também!
  • 36. Ele acabou morrendo nas mãos de um grupo de guerreiros que atacaram o convento quando tinha 75 anos - mas não antes de ter conseguido ajudar a fuga de 70 monges. Moisés Negro preferiu ficar para trás, com alguns monges, para lutar contra os guerreiros.
  • 37. Aceitação do outro  Se nos acolhemos, isso nos capacita a acolher o outro. Entendemos que como nós, o outro, tb, tem defeitos e limitações.  Praticar o bem que gostaria de receber.  Nem tudo o que achamos que é mal é realmente mal. Temos a tendência de chamar de mal o que não gostamos e de bem o que
  • 38. Somos diferentes Felizmente os outros nos contrariam Nos dão oportunidade de sair da nossa mesquinhez para nos abrirmos a outros valores
  • 39. O pecado do outro não me tira nada  Nada nem ninguém pode me tirar o amor de Deus.  Nada nem ninguém pode me privar de crer nesse amor.  Portanto, o mal que o outro pratica não pode me tirar nada de essencial, verdadeiro e definitivo em minha vida
  • 40. Nada te perturbe, nada te espante Tudo passa, Deus não muda Venha o que vier/Sim, o seu amor sempre me sustentará Eleva ao céu teu pensar Transpõe as barreiras que há A paz só encontrarás em Deus Assim nada te faltará Recolhe do chão tua cruz Carrega sem desanimar Seja o Deus de amor, teu tudo Não temas, é Deus que te bastará Oração final 2 X