Cada instante, seja qual for está repleto da presença de Deus, e por isso, cada instante é rico de possibilidades de comunhão com Deus. Dependerá sempre de nossas escolhas livres.
1. “Onde está
o Espírito
do Senhor,
aí está a
liberdade.”
(2Cor 3,17)
Palestrante:
Andréia Gripp
3º Dia LIBERDADE INTERIOR E ACOLHIDA DO
PRESENTE
LIBERDADE INTERIOR E ACOLHIDA DO
FUTURO
Palestrante:
Andréia Gripp
3. Os temas da primeira semana:
O que é liberdade
interior
Liberdade interior e
acolhida do passado
4. Os temas da segunda semana:
Liberdade interior –
rebeldia, resignação
e acolhida
Aceitação de si
Aceitação do outro
5. Conclusões:
Posso dizer sim ao que eu sou apesar dos
meus desafios (fraquezas, defeitos, história
de vida) porque sei que sou amado por Deus,
porque tenho confiança de que, a partir da
minha pobreza, o Senhor é capaz de fazer
coisas maravilhosas.
Posso dizer sim à realidade mais pobre e
decepcionante no plano humano porque creio
que “o amor é tão poderoso em obras que
sabe tirar proveito de tudo, do bem e do mal
que encontra em mim” (Santa Teresinha)
6. Acolher minha condição é confiar
em Deus está no controle de
minha vida.
Neste ato de acolhimento, há,
então, fé em Deus, confiança nEle
e, portanto, amor, pois confiar é
amar:
Há liberdade.
7. Atitude livre: a acolhida
A acolhida leva a uma
disposição interior.
A acolhida faz dizer “sim” a uma
realidade percebida em um
primeiro momento como
negativa.
Há, então, uma perspectiva de
esperança.
8. Acolher não é resignar-se
A diferença decisiva entre a
resignação e a acolhida vem do
fato de que, no consentimento,
mesmo que a realidade objetiva
na qual me encontro continue
idêntica, a atitude do coração é
muito diferente, pois já é habitada
pelas virtudes de fé, de esperança
e de amor.
9. Não existe viva sem dor e sem combates
É preciso tomar todos os dias,
corajosamente, o jugo da vida real, com
suas dores, desafios, combates,
limitações, a sua cruz no seguimento de
Cristo e seguir, confiante que não falta a
força, a graça do Espírito Santo para
suportá-las.
Não existe nada no mal além do próprio
mal.
As contrariedades nos ajudam a caminhar
diante de Deus e de sua verdade.
10. Você não deixa de ser o que é só
porque nega ser dessa ou daquela
forma.
A negação de si mesmo
retarda a ação do Espírito
Santo.
Uma das condições para permitir a
graça de Deus agir em nós é dizer
“sim” ao que somos e às situações
que encontramos na vida.
11. Acolher o que somos para mudar
Somos chamados à conversão, à
mudança de vida.
Mas só há conversão se antes
houve acolhida.
É necessário primeiro reconhecer-
se pequeno, reconhecer o
pecado, reconhecer a fraqueza,
para que haja mudança de vida.
12. Aceitação do outro
Se nos acolhemos, isso nos capacita
a acolher o outro. Entendemos que
como nós, o outro, tb, tem defeitos e
limitações.
Praticar o bem que gostaria de
receber.
Nem tudo o que achamos que é mal é
realmente mal.
Temos a tendência de chamar de mal
o que não gostamos e de bem o que
13. LIBERDADE INTERIOR E
ACOLHIDA DO PRESENTE
“Não podemos exercer verdadeiramente
nossa liberdade a não ser no instante
presente”.
14. Ato de liberdade – tempo presente
Não é possível mudar o curso do tempo passado.
O único ato de liberdade que podemos fazer
quanto ao nosso passado é ACEITÁ-LO tal qual
ele é e ENTREGÁ-LO a Deus em confiança.
E sobre o futuro?
Temos muito pouco controle. Mas devemos
entender que muito do futuro dependerá do meu
ato livre, HOJE.
Meu passado está nas mãos da Misericórdia
divina, que pode tirar proveito de tudo, tanto do
bem quanto do mal, e meu futuro nas mãos da
Providência, que de modo algum me esquecerá.
15. Deus é o eterno presente
Cada instante, seja qual for está repleto da
presença de Deus, e por isso, cada instante é
rico de possibilidades de comunhão com Deus.
Dependerá sempre de nossas escolhas livres.
Cada segundo é um momento de comunhão
com a eternidade. Por isso, contém, de certa
forma, a eternidade.
Ao invés de estarmos constantemente
projetados no passado ou no futuro é necessário
aprender a viver cada momento como plenitude
da existência, porque Deus está presente nele.
17. O dia seguinte traz sempre um recomeço
Qualquer que seja o resultado de uma ação –
sucesso ou fracasso – o dia seguinte sempre
trará um novo “hoje”, que traz em si um
recomeço.
Santa Teresinha:
“Eu só sofro um instante. O desencorajamento
e o desespero vêm ao pensarmos no
passado e no futuro”.
O grande obstáculo não é a realidade, mas a
sua representação. “Não há nada a mais no
mal que o próprio mal”.
18. Não dar oportunidade ao mal
Se estivermos sempre atentos ao tempo
em que estamos vivendo (no agora),
daremos menos oportunidades ao mal e
agiremos com liberdade interior.
A projeção do futuro e a representação
fabricada por nossa imaginação nos
dissociam da realidade e nos impedem de
vivê-la. Suga as nossas energias.
O medo do sofrimento nos faz mais mal
que o próprio sofrimento.
19. Concluindo:
“A cada dia basta o seu cuidado”. Então, é preciso fazer
o que temos a fazer e, quanto ao resto, evitar deixar-se
contaminar pelas mil pequenas angústias que acabam
por tirar a nossa paz e a nossa liberdade interior.
As angústias sempre revelam a nossa desconfiança para
com Deus.
O sentido dessa palavra do Evangelho é que Deus só
nos pede uma só coisa de cada vez e pouco importa se
a tarefa que tenho a desempenhar pareça secundária
(limpar o banheiro) ou importante.
O que precisamos é fazer tudo estando presente a ela,
simplesmente, calmamente e não querendo resolver
todos os problemas de uma só vez.