O documento discute vários métodos de alfabetização e letramento, incluindo métodos sintéticos, analíticos e o método construtivista defendido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais brasileiros. Aborda conceitos como alfabetização, leitura, letramento e diferentes abordagens pedagógicas como os métodos fônico, global, de linguagem total e Paulo Freire. Explica como a alfabetização promove a socialização e cidadania.
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SUMÁRIO
ALFABETIZAÇÃO............................................................................................................04
LEITURA.......................................................................................................................04
APRENDIZADO DA LEITURA NA ESCOLA............................................................................05
Método Fônico..............................................................................................................05
Método Global...............................................................................................................06
MÉTODOS DE ENSINO...................................................................................................07
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PREDOMINANTEMENTE SINTÉTICOS................................07
Alfabético ou soletrativo................................................................................................07
Silábicos........................................................................................................................08
Fonéticos......................................................................................................................08
MÉTODOS PREDOMINANTEMENTE ANALÍTICOS...............................................................08
Palavração....................................................................................................................08
Sentenciação.................................................................................................................09
Contos ou historietas....................................................................................................09
Natural.........................................................................................................................09
MÉTODO DE LINGUAGEM TOTAL.....................................................................................09
OS PARÂMETROS NACIONAIS E O MÉTODO CONSTRUTIVISTA..........................................10
MÉTODO PAULO FREIRE..................................................................................................11
Etapas do método...........................................................................................................11
O método......................................................................................................................12
As fases de aplicação do método.......................................................................................12
História...........................................................................................................................13
LETRAMENTO.................................................................................................................13
LETRAMENTO DEFINIDO NUM POEMA...............................................................................14
POR QUE SURGIU A PALAVRA LETRAMENTO?....................................................................16
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ESCREVER....................................................................................................................17
Conceitos imprecisos....................................................................................................18
ANALFABETO – ALFABETIZADO, LETRADO - ILETRADO........................................................21
ANALFABETISMO NO PRIMEIRO MUNDO.........................................................................22
Condições para o letramento........................................................................................23
LETRAMENTO E ESCOLA, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.......................24
O QUE É ALFABETIZAÇÃO? E LETRAMENTO? COMO AS DUAS DE DIFEREM?....................25
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.....................................................................................26
LETRAMENTO...............................................................................................................26
LETRAMENTO X ALFABETIZAÇÃO, O PAPEL DO EDUCADOR.................................................27
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ALFABETIZAÇÃO
pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetização
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de
comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um
processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações.
Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas
(codificação e decodificação) do acto de ler, mas na capacidade de interpretar,
compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.Todas essas capacidades
citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os
tipos de portadores de textos.
O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A alfabetização envolve
também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de
uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que
possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos,
acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais.
A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do
desenvolvimento da sociedade como um todo.
LEITURA
O aprendizado da leitura é um momento importante na educação, que começa na
alfabetização e se estende por toda educação básica. Consiste em garantir que o
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estudante/aluno consiga ler e compreender textos, em todo e qualquer nível de
complexidade.
Depois da fase inicial de alfabetização, faz-se necessária a prática da leitura e da
interpretação de textos. Uma vez alfabetizado, é possível o indivíduo ampliar seu nível de
leitura e de letramento, de forma a tornar-se um sujeito autônomo e consciente. Por outro
lado, a alfabetização por si só não assegura o desenvolvimento do cidadão, como uma
panacéia para todo e qualquer mal oriundo da falta do saber.
APRENDIZADO DA LEITURA NA ESCOLA
A alfabetização formal se fixa no primeiro e segundo anos do ensino básico. A partir daí
considera-se que o aluno já é um leitor e começa-se um período de interpretação de
textos que parte deste pressuposto. Aqui citamos dois metodos de alfabetização:
Método fônico (ou sintético)
O lingüista americano Bloomfield, propositor do módulo fônico desse método, defende
que a aquisição da linguagem é um processo mecânico, ou seja, a criança será sempre
estimulada a repetir os sons que absorve do ambiente. Assim, a linguagem seria a
formação do hábito de imitar um modelo sonoro.
Os usos e funções da linguagem, neste caso, são descartados por se tratarem de
elementos não observáveis pelos métodos utilizados por essa teoria, dando-se
importância à forma e não ao significado.
No tocante à aquisição da linguagem escrita, a fônica é o intuito de fazer com que a
criança internalize padrões regulares de correspondência entre som e soletração, por
meio da leitura de palavras das quais ela, inconscientemente, inferir as correspondências
soletração/som.
De acordo com esse pensamento, o significado não entraria na vida da criança antes que
ela dominasse a relação, já descrita, entre fonema e grafema. Nesse caso, a escrita
serviria apenas para representar graficamente a fala. Assim, a função seria precedida
pela forma; os ditames viriam dos autores das cartilhas, como se esses fossem os
detentores do significado, sobrepondo-se ao leitor; o texto serviria somente para ser
destrinchado, absorvendo aquele significado cristalizado contido nele; e o erro visto com
elevada severidade.
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Com relação à prática, observa-se que os mestres decidem como e quando as crianças
devem aprender; ensina-se de padrões regulares, considerados mais fáceis, passando
para os irregulares, considerados mais difíceis; supõe-se que a criança deva dominar o
modo correto, levando-se em consideração a variedade lingüística; a criança deve ter pré-
requisitos muito bem estabelecidos para ser considerada apta à língua escrita.
Método global (ou analítico)
Opunha-se ao método sintético, questionando dois argumentos dessa teoria. Um que diz
respeito à maneira como o sentido é deixado de lado e outro que supunha que a criança
não reconheceria uma palavra sem antes reconhecer sua unidade mínima.
A principal característica que diferencia o método sintético do analítico é o ponto de
partida. Enquanto o primeiro parte do menor componente para o maior, o segundo parte
de um dado maior para unidades menores.
Justificando o método analítico, Nicolas Adam, responsável por suas bases, vai utilizar-se
de uma metáfora, dizendo que, quando se apresenta um casaco a uma criança, mostra-
se ele todo, e não a gola, depois os bolsos, os botões etc. Adam afirma que é dessa
forma que uma criança aprende a falar, portanto deve ser da mesma forma que deve
aprender a ler e escrever, partindo do todo, decompondo-o, mais tarde, em porções
menores. Para ele, era imprescindível ressaltar a importância que a criança tem de ler e
não decifrar o que está escrito, isso quer dizer que ela tem a necessidade de encontrar
um significado afetivo e efetivo nas palavras.
O método analítico se decompõe em:
1.Palavração: diz respeito ao estudo de palavras, sem decompô-las, imediatamente, em
sílabas; assim, quando as crianças conhecem determinadas palavras, é proposto que
componham pequenos textos;
2.Sentenciação: formam-se as orações de acordo com os interesses dominantes da sala.
Depois de exposta uma oração, essa vai ser decomposta em palavras, depois em
sílabas;
3.Conto: a idéia fundamental aqui é fazer com que a criança entenda que ler é descobrir o
que está escrito. Da mesma maneira que as modalidades anteriores, pretendia-se
decompor pequenas histórias em partes cada vez menores: orações, expressões,
palavras e sílabas.
Notas e referências
1.↑ Soares, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003.
LETRADO. In: MICHAELIS Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em
<http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 07 mar. 2008.
Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
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SENNA, Luiz Antonio Gomes (Org.) Letramento - princípios e processos. Curitiba: IBPEX,
2007.
MÉTODOS DE ENSINO
Tatianaalfabetizacao.blogspot.com/.../alfabetizao-o-termo-que-usamos-quando.html
São vários os métodos para se alfabetizar. Falaremos sobre os mais
utilizados: 1- Métodos de alfabetização predominantemente sintéticos
2- Métodos de alfabetização predominantemente analíticos
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PREDOMINANTEMENTE SINTÉTICOS
São métodos que levam o aluno a combinar elementos isolados da língua: sons, letras e
sílabas. Os métodos predominantemente sintéticos podem ser:
•alfabéticos ou soletrativos
•silábicos
•fonéticos
Alfabéticos ou soletrativos
O aluno aprende:
•o nome das letras nas formas maiúscula, minúscula, manuscrita, etc.
•a seqüência do alfabeto.
•a combinar as letras entre si, formando sílabas e palavras.
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Silábicos
O aluno aprende inicialmente a sílaba, a combinação entre elas e chega à palavra.
Fonéticos
O aluno aprende inicialmente os sons das letras isoladas e depois reúne em sílabas que
formarão as palavras.
MÉTODOS PREDOMINANTEMENTE ANALÍTICOS
São métodos que levam o aluno a analisar um todo (palavra) para chegar às partes que o
compõem. Os métodos predominantemente analíticos podem ser:
•palavração
•sentenciação
•contos ou historietas
•natural
Palavração
O aluno aprende algumas palavras associadas às suas imagens visuais. É usada a
memória visual. Depois que o aluno já reconhece algumas palavras, estas são divididas
em sílabas para formar outras palavras.
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Sentenciação
O aluno parte de uma frase que a turma está discutindo, visualiza e memoriza as palavras
e depois analisa as sílabas para formar novas palavras.
Contos ou historietas
É uma ampliação do método de sentenciação. O aluno parte de pequenas histórias para
chegar nas palavras, sílabas e com estas sílabas formar novas palavras.
Natural
O método natural parte de um pré-livro que contém registros de conversas da classe
sobre determinado assunto. É apresentado aos alunos aos poucos para a sua
visualização. Depois dessa fase, passa-se para a leitura sonorizada de cada sílaba da
palavra. A partir destas sílabas, o aluno forma novas palavras e novas frases.
MÉTODO DA LINGUAGEM TOTAL
Também conhecido como “whole language”, a Linguagem Total, criada pelos lingüistas
Keneth e Yetta Goodman, tem como principal tese a idéia de que se “aprende lendo”, e
que, portanto, a utilização de imagens e sons deve ser evitada. Por este método, o
professor apresenta textos para os alunos e os lê em voz alta, fazendo com que os
estudantes acompanhem. A partir daí, a criança começa a conhecer a linguagem escrita,
aprendendo as palavras, as sílabas e as letras.
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OS PARÂMETROS NACIONAIS E O MÉTODO
CONSTRUTIVISTA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, também conhecido como PCN´s, são uma
espécie de manual para as escolas sobre como deveria ser a orientação para o ensino,
de acordo com o Ministério da Educação.
Criado em 1998, este documento tem como função orientar e garantir a coerência dos
investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e
recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros,
principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a
produção pedagógica atual.
Os PCNs propõem um currículo baseado no domínio das competências básicas e que
esteja em consonância com os diversos contextos de vida dos alunos. "Mais do que
reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para a
vida, num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis
contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e agir,
enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática e
solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma
atitude de permanente aprendizado", diz o documento.
Os PCN´s foram estabelecidos a partir de uma série de encontros, reuniões e de
discussão realizados por especialistas e educadores de todo o país, de acordo com as
diretrizes gerais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases. Segundo o MEC, estes
documentos foram feitos para ajudar o professor na execução de seu trabalho, servindo
de estímulo e apoio à reflexão sobre a sua prática diária, ao planejamento das aulas e,
sobretudo, ao desenvolvimento do currículo da escola, formando jovens brasileiros para
enfrentar a vida adulta com mais segurança.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a linha construtivista como método de
alfabetização. Surgida na década de 80, a partir de estudiosas da área como Ana
Teberowsky e Emília Ferreiro, esta linha defende que a escola deve valorizar o
conhecimento que a criança tem antes de ingressar no estabelecimento. A sua ênfase é
na leitura e na língua escrita.
Os construtivistas são contra a elaboração de um material único para ser aplicado a todas
as crianças, como as cartilhas, e rejeitam a prioridade do processo fônico. Por este
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método, as escolas, durante o processo de alfabetização, devem utilizar textos que
estejam próximos do universo da criança.
Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. Segundo os críticos, a
concepção construtivista, em muitos casos, ignora que os estudantes de classe baixa,
vindos de famílias menos letradas, trazem de casa uma bagagem cultural muito pequena,
dificultando a sua adaptação a este método.
MÉTODO PAULO FREIRE
pt.wikipedia.org/wiki/Método_Paulo_Freire
Método Paulo Freire: alfabetização pela conscientizaçãoO Método Paulo Freire consiste
numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire,
que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da
didática para o ensino da leitura e da escrita.
As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas
de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo
Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.
Etapas do método
1.Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas
mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade
onde ele vive.
2.Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da
análise dos significados sociais dos temas e palavras.
3.Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a
superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.