SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  9
Télécharger pour lire hors ligne
CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO – CAD
Concreto de Resistência Normal/Concreto Comum/Concreto Normal ( ? )
↕
CONCRETO USUAL
Concreto de Alto Desempenho x Concreto de Alta Resistência ( ? )
Concreto de Alta Resistência = Concreto Usual + seleção cuidadosa dos
materiais neles empregados; superplastificantes usados como fluidificantes
para concretos usuais.
Concreto de Alto Desempenho = Relação água/aglomerante muito baixa
Fluidez mais elevada
Módulo de elasticidade mais alto
Resistência à flexão maior
Menor permeabilidade
Resistência à abrasão melhorada
Maior durabilidade
Relação água/cimento, água/material cimentício ou água/aglomerante ( ? )
Relação água/cimento – o concreto não contém nenhum outro material
cimentício além do cimento Portland.
Relação água /material cimentício – cimento Portland com calcário ou fíler de
sólica.
Relação água/aglomerante – qualquer material finamente moído que é usado
na mistura do concreto, tendo finura próxima ou menor do que a cimento
Portland.
O que é “desempenho” de um concreto?
Como pode ser medido?
É essencialmente um concreto tendo uma relação água/aglomerante baixa.
Quanto?
Cerca de 0,40 é a fronteira entre concretos usuais e CAD.
FUNDAMENTOS PARA O PROPRIETÁRIO
Objetivo final – obter o maior retorno possível do investimento durante a vida
útil da construção.
Materiais Estruturais
 pouco interesse para o proprietário
 satisfaçam as exigências funcionais dentro de custos aceitáveis
 acabamentos específicos por razões ligadas à aparência
Exemplos:
 Aumentar a resistência à compressão de 60 MPa para 75 MPa em uma
plataforma submarina projetada para uma lâmina d'água de 300 m
resulta uma redução de cerca de 50.000 m3
de concreto e uma
economia de 77 milhões de dólares.
 Edifícios muito altos com estrutura de aço oscilam demais com ventos
fortes e as soluções para contrabalançar essa oscilação tendem a ser
caras e apenas parcialmente eficazes.
 Two Union Square (1988, Seattle, USA) – todos os inquilinos gozam do
mesmo conforto com relação à velocidade do vento.
 Cronograma de obra muito apertado – ponte da Île de Ré (1988,
França) – acelerar a concretagem das vigas-caixão pré-fabricadas.
FUNDAMENTOS PARA O PROJETISTA
Projetista – palavra final na seleção dos materiais estruturais (?)
Decisão deve satisfazer:
 as exigências funcionais do proprietário
 as exigências estéticas do arquiteto
 os condicionantes técnicos impostos pelas normas de construção
Escolha:
 Um projetista em Pittsburg, a capital do aço dos Estados Unidos,
selecionar qualquer outra solução que não uma estrutura de aço para
os escritórios da sede de uma companhia siderúrgica.
 Uma companhia cimenteira abrigaria a sua sede num edifício com
estrutura de aço?
 Regiões sujeitas a terremotos podem favorecer escolha de materiais
dúcteis como o aço, no lugar do concreto.
Determinação final do projetista:
 percepção técnica e econômica do mercado de construção no qual a
estrutura está para ser construída.
 Preferência pessoal por um material estrutural – projeto mais eficiente
se o projetista usar um material que ele conhece.
Exemplos:
 Water Tower Place (Chicago,1960) – diminuição da seção dos pilares
dos andares inferiores, diminuindo o peso próprio da edificação e
aumentando o espaço útil. A resistência à compressão do concreto
diminuiu progressivamente de 60 MPa, ao nível do solo, para 30 MPa,
no topo do edifício. Essa redução permitiu que as fôrmas metálicas pré-
fabricadas dos pilares pudessem ser usadas em todo o edifício.
 Two Union Square (Seattle, 1988) – elevado módulo de elasticidade
aumentou a rigidez do edifício, visando amortecer a oscilação nos
ventos mais intensos.
FUNDAMENTOS PARA O EMPREITEIRO
 Papel não muito importante na seleção do material estrutural.
 Propor alternativas de projeto mais econômicas baseadas na sua
experiência.
 Convencer o proprietário a usar um concreto de alta resistência –
determinar quanto o seu uso reduziria o custo final da estrutura.
FUNDAMENTOS PARA O FORNECEDOR DE CONCRETO
Concreto usual:
 Produzir e entregar concreto de 30 MPa não requer habilidade especial
ou medidas de alta tecnologia para o controle de qualidade
 No concreto usual não requer técnicas inovadoras e agressivas de
venda.
 Uso estritamente normalizado, literatura abundante sobre como e
quando usá-lo.
 A concorrência é quase exclusivamente baseada no preço unitário e
não na qualidade.
CAD:
 Material de alta tecnologia, com o qual não se pode trabalhar de forma
expedita.
 Demanda pesquisa para determinar os constituintesmais adequados
disponíveis na região.
 Controle de qualidade é imperativo
 Promoção bem fundamenta dirigida aos clientes, arquitetos e projetistas
 Uso eficiente com o objetivo de criai estruturas mais elegantes e
econômicas.
 Boa equipe de controle da qualidade, um forte departamento técnico e
uma estratégia de venda bem focada.
 Investimentos em materiais, equipamentos e pessoal.
FUNDAMENTOS PARA O MEIO AMBIENTE
 No CAD o poder aglomerante do cimento Portland é usado mais
eficientemente.
 No concreto usual o consumo de água mais elevado resulta uma
microestrutura fraca e porosa
 Para uma mesma carga em um determinado elemento estrutural o CAD
usa menos cimento e menos agregado.
PRINCÍPIOS DO CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO
Ruptura do concreto sob carga de compressão
Do ponto de vista da abordagem mecânica da fratura, o concreto pode ser
considerado como um material não homogêneo composto de três fases
separadas:
 A pasta de cimento hidratada;
 A zona de transição entre a pasta de cimento hidratada e o agregado;
 Os agregados.
Melhorando a resistência da pasta de cimento hidratada:
 Porosidade
➢ um grande número de poros grandes ou vazios concentrados em um
local, reduz a resistência;
➢ quando a relação água/cimento da pasta de cimento hidratada é
reduzida, as partículas de cimento ficam mais próximas umas das
outras;
➢ para a reduzir a porosidade de uma pasta de cimento hidratada, é
necessário reduzir, tanto quanto possível, a quantidade de ar
incorporado e a relação água/cimento na pasta fresca de cimento
(figura 2).
Figura 2: Representação esquemática de duas pastas frescas de cimento tendo uma relação água/cimento de 0,65 e 0,25.
Grãos de
cimento
anidro
Água
Pasta de cimento fresca
0,65 0,25
 Tamanho do grão
➢ em geral, a resistência de uma fase cristalina aumenta com a
diminuição do tamanho do grão;
➢ diminuir a relação/aglomerante favorece a formação dos produtos
internos caracterizados por uma textura fina;
➢ o C-S-H de tais produtos internos parece uma fase vítrea altamente
compacta quando observado num microscópio eletrônico de
varredura (figura 3).
Figura 3: Produtos internos da hidratação
 Heterogeneidades
➢ com materiais multifase, as heterogeneidades são a origem da perda
de resistência;
➢ bolhas de ar incorporadas podem ser consideradas como
heterogeneidades microestruturais que poderiam ser minimizadas no
CAD quando a resitência é o objetivo final;
➢ os superplastificantes necessários para reduzir a relação
água/aglomerante desempenham um papel-chave para melhorar a
dispersão das partículas de cimento nas pastas recém-misturadas.
Melhorando a resistência na zona de transição:
 No concreto usual, a zona de transição tem de 0,05 a 0,1 mm de
espessura;
 comparada com a pasta de cimento como um todo, a microestrutura da
zona de transição é caracterizada pela presença de grandes poros e
grandes produtos cristalinos da hidratação (figura 4);
➢ a redução da relação água/aglomerante e o uso da sílica ativa
tendem a reduzir a espessura e a fraqueza da zona de transição
(figura 5).
Figura 4: zona de transição num concreto de baixa resistência (17,5 MPa)
AG: agregado, CH: óxido de cálcio hidratado
Figura 5: C – S – H denso num concreto com sílica ativa em torno do agregado. Pode ser notada a
ausência da zona de transição
 Os agregados:
 no concreto usual não é necessária a seleção de agregados mais
resistentes;
 no CAD, os agregados devem ser mais resistentes do que a pasta
hidratada de cimento e a zona de transição;
 a resistência do agregado pode constituir o elo mais fraco no CAD;
➢ controle mais rigoroso da qualidade do agregado com relação à
granulometria e ao tamanho máximo
➢ agregado miúdo: areia grossa
➢ agregado graúdo:
➢ rochas duras e densas (calcário e dolomita)
➢ rochas plutônicas (granito, sienito,diorito, gabro e diabase)
➢ partículas equidimensionais (cúbicas)
➢ tamanho máximo do agregado (TMA) de 20 a 25 mm (?)
Figura 6: Superfície de ruptura de um concreto usual
Figura 7: Superfície de ruptura de um concreto contendo um agregado graúdo fraco
PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO
Resistência à compressão:
 A “lei” da relação água/aglomerante é apenas válida até a “resistência
de ruptura” do agregado graúdo tornar-se o elo mais fraco dentro do
CAD.
 Quando o agregado graúdo é suficientemente resistente, é impossível
formular uma relação geral entre relação água/aglomerante e a
resistência à compressão do CAD que pode ser obtida.
 Os valores da tabela 1 parecem pertencer a faixas amplas demais.
 Somente misturas experimentais podem fornecer os reais valores que
podem ser conseguidos.
Tabela 1: Resistência à compressão do concreto de alto desempenho em função da relação água/aglomerante
Relação a/a Faixa de resistência à compressão máxima
MPa
0,40 – 0,35
0,35 – 0,30
0,30 – 0,25
0,25 – 0,20
50 – 75
75 – 100
100 – 125
> 125
Outros temas relacionados com a resistência à compressão:
 Resistência inicial à compressão
➢ concreto ideal
➢ permanecer plástico tanto quanto o necessário para ser lançado
nas fôrmas facilmente;
➢ tão logo seja lançado, endurecer em poucas horas, sem
desenvolver calor excessivo, retração ou fluência;
➢ Não precisar de qualquer tipo de cura.
➢ Fatores que influenciam na pega e endurecimento
➢ temperatura inicial do concreto;
➢ temperatura ambiente: baixa temperatura ambiente pode atrasar o
endurecimento do concreto;
➢ aditivos incorporados: quantidade de superplastificantes e
retardadores de pega.
 Temperatura máxima atingida nas idades iniciais
➢ é função da quantidade de cimento que está realmente se
hidratando, e não da quantidade total de cimento presente no traço
 Resistência à compressão a longo prazo
 Resistência dos testemunhos comparada à dos corpos-de-prova

Contenu connexe

Tendances

Estudo de corrosão em estruturas de concreto
Estudo de corrosão em estruturas de concretoEstudo de corrosão em estruturas de concreto
Estudo de corrosão em estruturas de concretoAdriana de Araujo
 
Exemplo resolvido ensaio de dosagem Marshall
Exemplo resolvido ensaio de dosagem MarshallExemplo resolvido ensaio de dosagem Marshall
Exemplo resolvido ensaio de dosagem MarshallAnderson Carvalho
 
Aula subsistema estrutural cimento concreto
Aula  subsistema estrutural cimento concretoAula  subsistema estrutural cimento concreto
Aula subsistema estrutural cimento concretoUNAERP
 
Aula 10 estado fresco do concreto
Aula 10   estado fresco do concretoAula 10   estado fresco do concreto
Aula 10 estado fresco do concretoFábio Souza
 
Relatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo aco
Relatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo acoRelatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo aco
Relatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo acoUniversidade Eduardo Mondlane
 
Patologia e terapia das estruturas reforço com concreto armado (1)
Patologia e terapia das estruturas   reforço com concreto armado (1)Patologia e terapia das estruturas   reforço com concreto armado (1)
Patologia e terapia das estruturas reforço com concreto armado (1)Ruan Fontana Lima
 
Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...
Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...
Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...suchit03
 
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfAula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfWendell Soares
 
O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto
O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do ConcretoO Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto
O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do ConcretoEgydio Hervé Neto
 
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...Fernando Gindri
 
Apresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novo
Apresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novoApresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novo
Apresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novoBeatriz Nascimento
 
Livro Coleta e Tratamento de esgoto sanitário
Livro Coleta e Tratamento de esgoto sanitárioLivro Coleta e Tratamento de esgoto sanitário
Livro Coleta e Tratamento de esgoto sanitárioJoão Ricardo Bertoncini
 
Conceitos Básicos - Materiais de Construção
Conceitos Básicos - Materiais de ConstruçãoConceitos Básicos - Materiais de Construção
Conceitos Básicos - Materiais de ConstruçãoDavid Grubba
 
Ancoragem e Emenda de Armaduras
Ancoragem e Emenda de ArmadurasAncoragem e Emenda de Armaduras
Ancoragem e Emenda de ArmadurasGCL PORTAL
 

Tendances (20)

Estudo de corrosão em estruturas de concreto
Estudo de corrosão em estruturas de concretoEstudo de corrosão em estruturas de concreto
Estudo de corrosão em estruturas de concreto
 
Exemplo resolvido ensaio de dosagem Marshall
Exemplo resolvido ensaio de dosagem MarshallExemplo resolvido ensaio de dosagem Marshall
Exemplo resolvido ensaio de dosagem Marshall
 
Aula subsistema estrutural cimento concreto
Aula  subsistema estrutural cimento concretoAula  subsistema estrutural cimento concreto
Aula subsistema estrutural cimento concreto
 
Aula 10 estado fresco do concreto
Aula 10   estado fresco do concretoAula 10   estado fresco do concreto
Aula 10 estado fresco do concreto
 
Relatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo aco
Relatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo acoRelatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo aco
Relatorio de materiais de construcao ii traca e dobragem doo aco
 
Mecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do ConcretoMecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do Concreto
 
Manual alvenaria estrutural
Manual alvenaria estruturalManual alvenaria estrutural
Manual alvenaria estrutural
 
Patologia e terapia das estruturas reforço com concreto armado (1)
Patologia e terapia das estruturas   reforço com concreto armado (1)Patologia e terapia das estruturas   reforço com concreto armado (1)
Patologia e terapia das estruturas reforço com concreto armado (1)
 
Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...
Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...
Practical design and_detailing_of_steel_column_base_...
 
Concreto armado 1
Concreto armado 1Concreto armado 1
Concreto armado 1
 
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfAula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
 
O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto
O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do ConcretoO Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto
O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto
 
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
 
Apresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novo
Apresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novoApresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novo
Apresentação treinamento instalaçoes hidraulicas novo
 
Livro Coleta e Tratamento de esgoto sanitário
Livro Coleta e Tratamento de esgoto sanitárioLivro Coleta e Tratamento de esgoto sanitário
Livro Coleta e Tratamento de esgoto sanitário
 
Conceitos Básicos - Materiais de Construção
Conceitos Básicos - Materiais de ConstruçãoConceitos Básicos - Materiais de Construção
Conceitos Básicos - Materiais de Construção
 
Estruturas
EstruturasEstruturas
Estruturas
 
Ancoragem e Emenda de Armaduras
Ancoragem e Emenda de ArmadurasAncoragem e Emenda de Armaduras
Ancoragem e Emenda de Armaduras
 
Slides técnicas
Slides técnicasSlides técnicas
Slides técnicas
 
Fiber reinforced concrete by Dr. Vinay Kumar B M
Fiber reinforced concrete by Dr. Vinay Kumar B MFiber reinforced concrete by Dr. Vinay Kumar B M
Fiber reinforced concrete by Dr. Vinay Kumar B M
 

Similaire à Concreto de alto desempenho, CAD

A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.
A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.
A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.Jean Paulo Mendes Alves
 
Dosagem do concreto_g2
Dosagem do concreto_g2Dosagem do concreto_g2
Dosagem do concreto_g2Bosco oliveira
 
Concreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptx
Concreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptxConcreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptx
Concreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptxNicolasTovani1
 
AULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdf
AULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdfAULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdf
AULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdfMariaJosdeJesusMarch
 
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxCARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxRonaldoSL1
 
Dosagem do concreto
Dosagem do concretoDosagem do concreto
Dosagem do concretoAndre Amaral
 
breve resumo sobre aitivos do concreto
breve resumo sobre aitivos do concretobreve resumo sobre aitivos do concreto
breve resumo sobre aitivos do concretoprofNICODEMOS
 
Propriedades reológicas do concreto autoadensável no estado fresco
Propriedades reológicas do concreto autoadensável no estado frescoPropriedades reológicas do concreto autoadensável no estado fresco
Propriedades reológicas do concreto autoadensável no estado frescosidpatty
 
Dosagem dos concretos de cimento portland
Dosagem dos concretos de cimento portlandDosagem dos concretos de cimento portland
Dosagem dos concretos de cimento portlandJoão Ricardo
 
1d vazios concreto
1d   vazios concreto1d   vazios concreto
1d vazios concretoJho05
 
Trabalho - Concreto e Agregados.pptx
Trabalho - Concreto e Agregados.pptxTrabalho - Concreto e Agregados.pptx
Trabalho - Concreto e Agregados.pptxMarcosWilsonOgata
 
Definições ensaios físicos
Definições ensaios físicosDefinições ensaios físicos
Definições ensaios físicosRobson Werling
 

Similaire à Concreto de alto desempenho, CAD (20)

A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.
A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.
A dosagem do concreto - FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências.
 
Dosagem do concreto_g2
Dosagem do concreto_g2Dosagem do concreto_g2
Dosagem do concreto_g2
 
Concreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptx
Concreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptxConcreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptx
Concreto de Alto Desempenho (CAD) e (1).pptx
 
AULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdf
AULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdfAULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdf
AULA 1 - CONCRETO ARMADO I 2020.pdf
 
Cad Arq
Cad ArqCad Arq
Cad Arq
 
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxCARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
 
Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado
 
Dosagem do concreto
Dosagem do concretoDosagem do concreto
Dosagem do concreto
 
Apres. construção
Apres. construçãoApres. construção
Apres. construção
 
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
 
concretos1.pdf
concretos1.pdfconcretos1.pdf
concretos1.pdf
 
Tipos de concreto
Tipos de concretoTipos de concreto
Tipos de concreto
 
breve resumo sobre aitivos do concreto
breve resumo sobre aitivos do concretobreve resumo sobre aitivos do concreto
breve resumo sobre aitivos do concreto
 
Propriedades reológicas do concreto autoadensável no estado fresco
Propriedades reológicas do concreto autoadensável no estado frescoPropriedades reológicas do concreto autoadensável no estado fresco
Propriedades reológicas do concreto autoadensável no estado fresco
 
Dosagem dos concretos de cimento portland
Dosagem dos concretos de cimento portlandDosagem dos concretos de cimento portland
Dosagem dos concretos de cimento portland
 
1d vazios concreto
1d   vazios concreto1d   vazios concreto
1d vazios concreto
 
Aulas de concreto armado
Aulas de concreto armadoAulas de concreto armado
Aulas de concreto armado
 
Trabalho - Concreto e Agregados.pptx
Trabalho - Concreto e Agregados.pptxTrabalho - Concreto e Agregados.pptx
Trabalho - Concreto e Agregados.pptx
 
Tipos de concreto
Tipos de concretoTipos de concreto
Tipos de concreto
 
Definições ensaios físicos
Definições ensaios físicosDefinições ensaios físicos
Definições ensaios físicos
 

Plus de Anderson Carvalho

Anuário 2015 de Acidentes em vias de Fortaleza
Anuário 2015 de Acidentes em vias de FortalezaAnuário 2015 de Acidentes em vias de Fortaleza
Anuário 2015 de Acidentes em vias de FortalezaAnderson Carvalho
 
Apostila projeto estrutural - soeiro
Apostila projeto estrutural - soeiroApostila projeto estrutural - soeiro
Apostila projeto estrutural - soeiroAnderson Carvalho
 
Apostila curso padrao v18 - tqs
Apostila curso padrao v18 - tqsApostila curso padrao v18 - tqs
Apostila curso padrao v18 - tqsAnderson Carvalho
 
Ebook analise da estabilidade de edificios
Ebook analise da estabilidade de edificiosEbook analise da estabilidade de edificios
Ebook analise da estabilidade de edificiosAnderson Carvalho
 
Curso introdutório de Concreto Protendido
Curso introdutório de Concreto ProtendidoCurso introdutório de Concreto Protendido
Curso introdutório de Concreto ProtendidoAnderson Carvalho
 
COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO
COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO
COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO Anderson Carvalho
 
SCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de TransitoSCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de TransitoAnderson Carvalho
 
[Solução] cálculo com geometria leithold
[Solução] cálculo com geometria   leithold[Solução] cálculo com geometria   leithold
[Solução] cálculo com geometria leitholdAnderson Carvalho
 
Exemplo de calculo de dosagem de concreto
Exemplo de calculo de dosagem de concretoExemplo de calculo de dosagem de concreto
Exemplo de calculo de dosagem de concretoAnderson Carvalho
 
Caverna do Dragão, Ultimo Episodio, Requiem
Caverna do Dragão, Ultimo Episodio, RequiemCaverna do Dragão, Ultimo Episodio, Requiem
Caverna do Dragão, Ultimo Episodio, RequiemAnderson Carvalho
 
Mecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beer
Mecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beerMecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beer
Mecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beerAnderson Carvalho
 
Ensaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidadeEnsaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidadeAnderson Carvalho
 
Arquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavanca
Arquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavancaArquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavanca
Arquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavancaAnderson Carvalho
 

Plus de Anderson Carvalho (15)

Anuário 2015 de Acidentes em vias de Fortaleza
Anuário 2015 de Acidentes em vias de FortalezaAnuário 2015 de Acidentes em vias de Fortaleza
Anuário 2015 de Acidentes em vias de Fortaleza
 
Apostila projeto estrutural - soeiro
Apostila projeto estrutural - soeiroApostila projeto estrutural - soeiro
Apostila projeto estrutural - soeiro
 
Apostila curso padrao v18 - tqs
Apostila curso padrao v18 - tqsApostila curso padrao v18 - tqs
Apostila curso padrao v18 - tqs
 
Ebook analise da estabilidade de edificios
Ebook analise da estabilidade de edificiosEbook analise da estabilidade de edificios
Ebook analise da estabilidade de edificios
 
Curso introdutório de Concreto Protendido
Curso introdutório de Concreto ProtendidoCurso introdutório de Concreto Protendido
Curso introdutório de Concreto Protendido
 
COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO
COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO
COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO
 
SCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de TransitoSCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de Transito
 
[Solução] cálculo com geometria leithold
[Solução] cálculo com geometria   leithold[Solução] cálculo com geometria   leithold
[Solução] cálculo com geometria leithold
 
Exemplo de calculo de dosagem de concreto
Exemplo de calculo de dosagem de concretoExemplo de calculo de dosagem de concreto
Exemplo de calculo de dosagem de concreto
 
Caverna do Dragão, Ultimo Episodio, Requiem
Caverna do Dragão, Ultimo Episodio, RequiemCaverna do Dragão, Ultimo Episodio, Requiem
Caverna do Dragão, Ultimo Episodio, Requiem
 
Apostila para Autocad 2012
Apostila para Autocad 2012Apostila para Autocad 2012
Apostila para Autocad 2012
 
Mecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beer
Mecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beerMecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beer
Mecânica vetorial para engenheiros (estática) 7ª edição beer
 
Produção do concreto
Produção do concreto Produção do concreto
Produção do concreto
 
Ensaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidadeEnsaios granulometria, inchamento, densidade
Ensaios granulometria, inchamento, densidade
 
Arquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavanca
Arquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavancaArquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavanca
Arquimedes, o centro de gravidade e a lei da alavanca
 

Dernier

Sistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdf
Sistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdfSistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdf
Sistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdfAndrielLucas
 
planejamento de obra utilizando o pert cpm.ppt
planejamento de obra utilizando o pert cpm.pptplanejamento de obra utilizando o pert cpm.ppt
planejamento de obra utilizando o pert cpm.pptSilvio Veras
 
Eletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químico
Eletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químicoEletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químico
Eletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químicossuserb83eaa
 
Tanques industriais, principais tipos , conceitos
Tanques industriais, principais tipos , conceitosTanques industriais, principais tipos , conceitos
Tanques industriais, principais tipos , conceitoscunhadealmeidap
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp txrafaelacushman21
 
70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptx
70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptx70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptx
70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptxLEANDROSPANHOL1
 

Dernier (6)

Sistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdf
Sistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdfSistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdf
Sistemas Termodinâmicos Aula 10 FPB Tambia.pdf
 
planejamento de obra utilizando o pert cpm.ppt
planejamento de obra utilizando o pert cpm.pptplanejamento de obra utilizando o pert cpm.ppt
planejamento de obra utilizando o pert cpm.ppt
 
Eletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químico
Eletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químicoEletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químico
Eletroquimica aplicada à Simulação do mundo físico-químico
 
Tanques industriais, principais tipos , conceitos
Tanques industriais, principais tipos , conceitosTanques industriais, principais tipos , conceitos
Tanques industriais, principais tipos , conceitos
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
 
70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptx
70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptx70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptx
70nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn6946.pptx
 

Concreto de alto desempenho, CAD

  • 1. CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO – CAD Concreto de Resistência Normal/Concreto Comum/Concreto Normal ( ? ) ↕ CONCRETO USUAL Concreto de Alto Desempenho x Concreto de Alta Resistência ( ? ) Concreto de Alta Resistência = Concreto Usual + seleção cuidadosa dos materiais neles empregados; superplastificantes usados como fluidificantes para concretos usuais. Concreto de Alto Desempenho = Relação água/aglomerante muito baixa Fluidez mais elevada Módulo de elasticidade mais alto Resistência à flexão maior Menor permeabilidade Resistência à abrasão melhorada Maior durabilidade Relação água/cimento, água/material cimentício ou água/aglomerante ( ? ) Relação água/cimento – o concreto não contém nenhum outro material cimentício além do cimento Portland. Relação água /material cimentício – cimento Portland com calcário ou fíler de sólica. Relação água/aglomerante – qualquer material finamente moído que é usado na mistura do concreto, tendo finura próxima ou menor do que a cimento Portland. O que é “desempenho” de um concreto? Como pode ser medido? É essencialmente um concreto tendo uma relação água/aglomerante baixa. Quanto? Cerca de 0,40 é a fronteira entre concretos usuais e CAD.
  • 2. FUNDAMENTOS PARA O PROPRIETÁRIO Objetivo final – obter o maior retorno possível do investimento durante a vida útil da construção. Materiais Estruturais  pouco interesse para o proprietário  satisfaçam as exigências funcionais dentro de custos aceitáveis  acabamentos específicos por razões ligadas à aparência Exemplos:  Aumentar a resistência à compressão de 60 MPa para 75 MPa em uma plataforma submarina projetada para uma lâmina d'água de 300 m resulta uma redução de cerca de 50.000 m3 de concreto e uma economia de 77 milhões de dólares.  Edifícios muito altos com estrutura de aço oscilam demais com ventos fortes e as soluções para contrabalançar essa oscilação tendem a ser caras e apenas parcialmente eficazes.  Two Union Square (1988, Seattle, USA) – todos os inquilinos gozam do mesmo conforto com relação à velocidade do vento.  Cronograma de obra muito apertado – ponte da Île de Ré (1988, França) – acelerar a concretagem das vigas-caixão pré-fabricadas.
  • 3. FUNDAMENTOS PARA O PROJETISTA Projetista – palavra final na seleção dos materiais estruturais (?) Decisão deve satisfazer:  as exigências funcionais do proprietário  as exigências estéticas do arquiteto  os condicionantes técnicos impostos pelas normas de construção Escolha:  Um projetista em Pittsburg, a capital do aço dos Estados Unidos, selecionar qualquer outra solução que não uma estrutura de aço para os escritórios da sede de uma companhia siderúrgica.  Uma companhia cimenteira abrigaria a sua sede num edifício com estrutura de aço?  Regiões sujeitas a terremotos podem favorecer escolha de materiais dúcteis como o aço, no lugar do concreto. Determinação final do projetista:  percepção técnica e econômica do mercado de construção no qual a estrutura está para ser construída.  Preferência pessoal por um material estrutural – projeto mais eficiente se o projetista usar um material que ele conhece. Exemplos:  Water Tower Place (Chicago,1960) – diminuição da seção dos pilares dos andares inferiores, diminuindo o peso próprio da edificação e aumentando o espaço útil. A resistência à compressão do concreto diminuiu progressivamente de 60 MPa, ao nível do solo, para 30 MPa, no topo do edifício. Essa redução permitiu que as fôrmas metálicas pré- fabricadas dos pilares pudessem ser usadas em todo o edifício.  Two Union Square (Seattle, 1988) – elevado módulo de elasticidade aumentou a rigidez do edifício, visando amortecer a oscilação nos ventos mais intensos.
  • 4. FUNDAMENTOS PARA O EMPREITEIRO  Papel não muito importante na seleção do material estrutural.  Propor alternativas de projeto mais econômicas baseadas na sua experiência.  Convencer o proprietário a usar um concreto de alta resistência – determinar quanto o seu uso reduziria o custo final da estrutura. FUNDAMENTOS PARA O FORNECEDOR DE CONCRETO Concreto usual:  Produzir e entregar concreto de 30 MPa não requer habilidade especial ou medidas de alta tecnologia para o controle de qualidade  No concreto usual não requer técnicas inovadoras e agressivas de venda.  Uso estritamente normalizado, literatura abundante sobre como e quando usá-lo.  A concorrência é quase exclusivamente baseada no preço unitário e não na qualidade. CAD:  Material de alta tecnologia, com o qual não se pode trabalhar de forma expedita.  Demanda pesquisa para determinar os constituintesmais adequados disponíveis na região.  Controle de qualidade é imperativo  Promoção bem fundamenta dirigida aos clientes, arquitetos e projetistas  Uso eficiente com o objetivo de criai estruturas mais elegantes e econômicas.  Boa equipe de controle da qualidade, um forte departamento técnico e uma estratégia de venda bem focada.  Investimentos em materiais, equipamentos e pessoal. FUNDAMENTOS PARA O MEIO AMBIENTE  No CAD o poder aglomerante do cimento Portland é usado mais eficientemente.  No concreto usual o consumo de água mais elevado resulta uma microestrutura fraca e porosa  Para uma mesma carga em um determinado elemento estrutural o CAD usa menos cimento e menos agregado.
  • 5. PRINCÍPIOS DO CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO Ruptura do concreto sob carga de compressão Do ponto de vista da abordagem mecânica da fratura, o concreto pode ser considerado como um material não homogêneo composto de três fases separadas:  A pasta de cimento hidratada;  A zona de transição entre a pasta de cimento hidratada e o agregado;  Os agregados. Melhorando a resistência da pasta de cimento hidratada:  Porosidade ➢ um grande número de poros grandes ou vazios concentrados em um local, reduz a resistência; ➢ quando a relação água/cimento da pasta de cimento hidratada é reduzida, as partículas de cimento ficam mais próximas umas das outras; ➢ para a reduzir a porosidade de uma pasta de cimento hidratada, é necessário reduzir, tanto quanto possível, a quantidade de ar incorporado e a relação água/cimento na pasta fresca de cimento (figura 2). Figura 2: Representação esquemática de duas pastas frescas de cimento tendo uma relação água/cimento de 0,65 e 0,25. Grãos de cimento anidro Água Pasta de cimento fresca 0,65 0,25
  • 6.  Tamanho do grão ➢ em geral, a resistência de uma fase cristalina aumenta com a diminuição do tamanho do grão; ➢ diminuir a relação/aglomerante favorece a formação dos produtos internos caracterizados por uma textura fina; ➢ o C-S-H de tais produtos internos parece uma fase vítrea altamente compacta quando observado num microscópio eletrônico de varredura (figura 3). Figura 3: Produtos internos da hidratação  Heterogeneidades ➢ com materiais multifase, as heterogeneidades são a origem da perda de resistência; ➢ bolhas de ar incorporadas podem ser consideradas como heterogeneidades microestruturais que poderiam ser minimizadas no CAD quando a resitência é o objetivo final; ➢ os superplastificantes necessários para reduzir a relação água/aglomerante desempenham um papel-chave para melhorar a dispersão das partículas de cimento nas pastas recém-misturadas.
  • 7. Melhorando a resistência na zona de transição:  No concreto usual, a zona de transição tem de 0,05 a 0,1 mm de espessura;  comparada com a pasta de cimento como um todo, a microestrutura da zona de transição é caracterizada pela presença de grandes poros e grandes produtos cristalinos da hidratação (figura 4); ➢ a redução da relação água/aglomerante e o uso da sílica ativa tendem a reduzir a espessura e a fraqueza da zona de transição (figura 5). Figura 4: zona de transição num concreto de baixa resistência (17,5 MPa) AG: agregado, CH: óxido de cálcio hidratado Figura 5: C – S – H denso num concreto com sílica ativa em torno do agregado. Pode ser notada a ausência da zona de transição
  • 8.  Os agregados:  no concreto usual não é necessária a seleção de agregados mais resistentes;  no CAD, os agregados devem ser mais resistentes do que a pasta hidratada de cimento e a zona de transição;  a resistência do agregado pode constituir o elo mais fraco no CAD; ➢ controle mais rigoroso da qualidade do agregado com relação à granulometria e ao tamanho máximo ➢ agregado miúdo: areia grossa ➢ agregado graúdo: ➢ rochas duras e densas (calcário e dolomita) ➢ rochas plutônicas (granito, sienito,diorito, gabro e diabase) ➢ partículas equidimensionais (cúbicas) ➢ tamanho máximo do agregado (TMA) de 20 a 25 mm (?) Figura 6: Superfície de ruptura de um concreto usual Figura 7: Superfície de ruptura de um concreto contendo um agregado graúdo fraco
  • 9. PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO Resistência à compressão:  A “lei” da relação água/aglomerante é apenas válida até a “resistência de ruptura” do agregado graúdo tornar-se o elo mais fraco dentro do CAD.  Quando o agregado graúdo é suficientemente resistente, é impossível formular uma relação geral entre relação água/aglomerante e a resistência à compressão do CAD que pode ser obtida.  Os valores da tabela 1 parecem pertencer a faixas amplas demais.  Somente misturas experimentais podem fornecer os reais valores que podem ser conseguidos. Tabela 1: Resistência à compressão do concreto de alto desempenho em função da relação água/aglomerante Relação a/a Faixa de resistência à compressão máxima MPa 0,40 – 0,35 0,35 – 0,30 0,30 – 0,25 0,25 – 0,20 50 – 75 75 – 100 100 – 125 > 125 Outros temas relacionados com a resistência à compressão:  Resistência inicial à compressão ➢ concreto ideal ➢ permanecer plástico tanto quanto o necessário para ser lançado nas fôrmas facilmente; ➢ tão logo seja lançado, endurecer em poucas horas, sem desenvolver calor excessivo, retração ou fluência; ➢ Não precisar de qualquer tipo de cura. ➢ Fatores que influenciam na pega e endurecimento ➢ temperatura inicial do concreto; ➢ temperatura ambiente: baixa temperatura ambiente pode atrasar o endurecimento do concreto; ➢ aditivos incorporados: quantidade de superplastificantes e retardadores de pega.  Temperatura máxima atingida nas idades iniciais ➢ é função da quantidade de cimento que está realmente se hidratando, e não da quantidade total de cimento presente no traço  Resistência à compressão a longo prazo  Resistência dos testemunhos comparada à dos corpos-de-prova