No primeiro trimestre de 2009, a receita bruta de vendas da Minerva cresceu 25,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pelo aumento de 60,3% nos volumes exportados e pela utilização da capacidade que atingiu 80%. Apesar da leve queda na margem EBITDA, os resultados financeiros da empresa permaneceram sólidos com caixa de R$456 milhões e índices de liquidez acima da média do setor. Para os próximos meses, a Minerva projeta aumentar sua produção em 25%
2. Destaques do trimestre
Receita bruta de vendas apresentou crescimento orgânico de 23,6% em relação ao
4T08 e 25,8% contra o 1T08, totalizando R$ 629,3 milhões no trimestre;
Os volumes exportados de carne in natura avançaram 60,3% no trimestre contra o 4T08, com o
market share da Companhia atingindo 16,4%, contra 10,1% na mesma comparação.
Utilização da Capacidade volta para níveis recordes históricos, atingindo 80% de
utilização em mar/09;
A Companhia aumentará a produção em 25% em maio, com segundo turnos em algumas unidades
e contratações de aproximadamente 350 pessoas.
O EBITDA aumentou 11,6% em relação ao 4T08, com leve contração de 0,6 p.p. na
margem devido ao alinhamento de preços com a crise global e custos inicialmente
maiores com o start-up da planta Minerva Dawn Farms;
Após janeiro e fevereiro difíceis, a margem em março e abril já se recuperaram para níveis
históricos, reflexo da recente racionalização da indústria e recuperação das exportações.
2
3. Destaques no trimestre
Companhia finalizou o 1T09 com caixa de R$ 456 milhões, montante superior aos
vencimentos de curto prazo e estável na comparação com o 4T08;
Índices de liquidez corrente de 2,05 e liquidez imediata de 0,80 continuam benchmark do setor;
73% do endividamento da Companhia está concentrado no longo prazo, minimizando riscos de
refinanciamento;
Dos R$ 215 milhões contratados diretamente com instituições de fomento R$ 89
milhões já foram liberados;
Uma parcela de R$ 100 milhões do total destes recursos é predestinada para recompor o caixa
utilizado nos investimentos já realizados em 2008.
Em maio a Minerva Dawn Farms obteve as habilitações para a UE, configurando entre
as únicas cinco empresas do segmento no Brasil permitido a exportar para o bloco
europeu.
Em outras certificações, as unidades de Barretos/SP e Palmeiras de Goiás/GO obtiveram a
certificação BRC (British Retail Consortium), necessária para venda no varejo da Europa.
3
4. Exportações Brasileiras carne in natura
Após janeiro e fevereiro fracos, em março houve forte retomada nas exportações
brasileiras de carne in natura, com Rússia e China (via Hong Kong e Vietnã)
apresentando o maior crescimento na demanda pelo produto.
Preço @ boi por Praças
Evolução mensal – Preços e Volumes Volumes por destinoà–VistaToneladas
Compras Mil
110 5,0 50.000 14.000
45.000 12.000
100
40.000
10.000
90 4,0 35.000
30.000 8.000
80
25.000 6.000
70 3,0 20.000
4.000
60 15.000
2.000
10.000
50 2,0
5.000 0
set-08 out-08 nov-08dez-08 jan-09 fev-09 mar-09 abr-09
Volume 1000 ton Preço Médio - U$/Kg Rússia Oriente Médio e Europa China
Norte da África
(Axis esquerdo) (Axis direito.)
Fonte: Secex Fonte: Abiec, Elaboração: Minerva
4
5. Utilização da Capacidade da Indústria
Grandes players vem aumentando a utilização da capacidade nos últimos meses
devido a recente racionalização do indústria e melhora dos volumes exportados.
Utilização da Capacidade Instalada dos principais frigoríficos
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
MINERVA Player A Player B Player C
Fonte: Minerva out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09
5
6. Utilização da Capacidade por Estado
Houve maior expansão da utilização da capacidade nos estados de MS e SP, onde o preço
do boi gordo tem recuado mais recentemente. Baixa utilização no MT ocorre devido à
concentração de players em recuperação judicial neste estado.
Utilização da Capacidade Instalada
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
SP GO MS TO MT
Fonte: Minerva out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09
6
7. Preço do Boi Gordo e Clima no Brasil
O preço do gado tem sido ditado pelas condições climáticas: a estiagem nas regiões
produtoras do MS, Sul e SP, resulta em maior oferta de animais e pressão nos preços.
Nas regiões Norte os preços permanecem relativamente firmes devido as chuvas.
Preço do boi Umidade - Brasil
R$/@ Percentual de umidade do solo
90-100
85 80-90
70-80
60-70
80 50-60
40-50
30-40
75 20-30
10-20
0-10
70
65
60
jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09
São Paulo Mato Grosso do Sul Rondônia Tocantins
Fonte: Esalq Fonte: MBAgro
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8. Preço do boi gordo no 2 semestre
Pesquisas da Assocon e com pecuaristas mostram que Preço Futuro – Boi Gordo (R$/Arroba)
apesar da crise e menor disponibilidade de crédito, o
crescimento do setor de confinamento deve ficar entre 90,8
3-7% em 2009. 88,4 88,3 88,7 88,5
85,2 85,9
84,0
Pesquisa em Goiás onde está concentrado 1/3 de todos 82,2
83,9
81,5 81,5
os animais confinados no país aponta para crescimento 80,0
79,3
de 9% versus 2008. 77,5
Preços no segundo semestre refletem o período de
entressafra, com tendência de alta para esses meses,
conforme indica os preços futuro na BM&F, o que
também influencia intenções de confinamento e vice
versa.
Fonte: BM&F, 14/05/2009
Total Animais Confinados Distribuição de saída dos animais confinados - 2009
5%
3.078 19%
2.932 17%
14% 14%
2.427 2.665
12%
2.305 11%
2.039 2.181 9%
4%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009E Jun Jul Ago Set Out Nov Dez outros
Fonte: FNP, MBAgro Fonte: Assocon
8
9. Rebanho e Produção de Bezerros
Devido à forte estiagem e problemas de entrave político ao agronegócio, estimativas
começam a mostrar forte redução na produção de bezerros na Argentina e Uruguai em
2009. No Brasil o rebanho já está em forte expansão novamente.
+12%
49,6
Produção de Bezerros
44,1
-28%
-18%
14,2
10,2
2,8
2,3
2008 2009E
2008 2009E 2008 2009E +4,1 milhões
179,6
175,4
Rebanho bovino - Milhões
-1,5 milhão
96,0
-3,4 milhões 94,5
+0,6 milhão
+0,4 milhão -1,2 milhão 55,7
52,3
28,0 28,6
10,6 11,0 11,6 10,4
Paraguai Uruguai Austrália Argentina EUA Brasil
Fonte: Senacsa, IPCVA, INAC, USDA, FNP e MAPA, elaboração Minerva 2008 2009E
9
10. Paraguai
O Paraguai também demonstra ser promissor, com rebanho crescente e recente melhora
na taxa de desfrute, mas ainda com bastante espaço para crescimento.
Rebanho e Taxa de desfrute - Paraguai Taxa de desfrute - 2009
(Milhões)
11,2 15,0%
11,0 43% 44%
11,0
14,0% 37%
10,8
10,6
33%
10,6
13,0% 29%
10,4 28%
10,1
10,2 12,0% 23%
10,0 20%
10,0 9,8
11,0% 14%
9,8
9,6
10,0%
9,4
9,2 9,0%
2005 2006 2007 2008 2009E Paraguai Uruguai Brasil Argentina Austrália U.E. EUA China Rú
Rússia
Rebanho Paraguai Taxa de desfrute
(Axis esquerdo) (Axis direito)
Fonte: Senacsa Fonte: USDA
10
11. Evolução da Receita Líquida
No 1T09, a Receita Líquida avançou 24,3% em relação ao 4T08, devido à retomada nas
exportações (volumes +60,3%) e utilização da capacidade da Companhia.
+38,2% 2.237,4
24,3%
1.618,7
R$ milhões
578,3
465,4
461,7
1T08 4T08 1T09 Mar08* Mar09*
* Últimos 12 meses
11
12. Utilização da capacidade e vendas
Durante o trimestre, houve gradual aumento da utilização da capacidade, chegando em
março aos níveis históricos de 80%. Em maio a empresa deve aumentar a produção
em 25%, com segundos turnos em algumas unidades e contratação de 350 pessoas.
Utilização da Capacidade - Minerva Receita Bruta Mensal - Média Minerva
80% 80%
75% 74% 210 209
184
65%
59% 170
56% 167
1T08 4T08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 1T08 4T08 1T09 abr/09 mai/09
Fonte: Minerva Fonte: Minerva, prévia
12
13. Mercado doméstico resiliente
Apesar da crise, renda média e massa salarial em crescimento em 2009 tendem a apoiar o
consumo no MI. Minerva atua através de base de clientes altamente pulverizada, com
foco no pequeno e médio varejo e redes de distribuição abastecendo 18.000 pts de venda.
Rendimento Médio/Massa Salarial - Brasil Variação do Preço – Boi, Carne Varejo e Atacado
Massa Salarial
Rendimento Médio Real 7,5% 135
130
5,6%
125
4,9%
4,5% 120
4,0% 3,9% 115
3,6% 3,5%
3,2%
110
1,5% 1,5% 105
100
95
-1,3%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 Boi Gordo Varejo Atacado
Fonte: IBGE/PME Fonte: Scot Consultoria (Preços em São Paulo, em 6/05/08 – base 100)
13
14. Destino das exportações
A pizza de exportações no 1T09 ficou semelhante ao 1T08, com Eurásia representando
19,9% e Europa 15,7%. O Minerva continua com forte atuação no Oriente Médio,
responsável por 23,3% das vendas externas da Companhia.
1T08 - Minerva 1T09 - Minerva
Outros
África 0,9% Europa Outros
África Europa
5,1% 13,3% 2,8%
5,2% 16,5%
Américas
22,5% Eurásia Américas
22,0% 21,3%
Eurásia
19,9%
Ásia
11,1%
Ásia
Oriente Médio Oriente Médio
12,6%
23,6% 23,3%
Fonte: Minerva Fonte: Minerva
14
15. Volume e Preço – Divisão Carne
Forte retomada dos volumes de vendas em 1T09, com volumes em março 103% acima
da mínima de Dez/08 no ME. Em contrapartida, observamos o realinhamento dos
preços no 1T09, mas em março recuperando para 7,90 R$/Kg no ME.
Volume Carne in natura* - MI/ME (1000 ton) Preço Médio Carne in natura* - MI/ME (R$/Kg)
45,0 43,0 9,50 9,26
39,1 9,00
40,0 36,0 8,04
8,50
33,6 7,90
35,0 8,00
7,33
7,50 7,03
30,0 27,4 6,80
25,7 7,00
24,3 6,41 6,49
25,0 6,50 6,28
21,0 21,0
6,00 5,67
20,0
19,8 5,50
15,0 5,00
1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09
Volume MI (Mil ton) Volume ME (Mil ton) R$/Volume - MI R$/Volume ME
* DivisãoBrasil * Divisão Brasil
15
16. Lucro Bruto e Margem Bruta
O lucro bruto expandiu 22% contra o 4T08, com leve contração na margem para 17,1% no
1T09. Em março já observamos forte recuperação das margens devido a racionalização da
indústria e retomada das exportações
Lucro Bruto Margem Bruta
+21,6% 25,0% 22,7%
20,0%
17,5%
97,5 98,9 14,9% 14,1% 14,4%
81,3 15,0%
21,1% 10,0%
17,5%
17,1%
5,0%
0,0%
1T08 4T08 1T09 3T08 4T08 jan-09 fev-09 mar-09
Lucro Bruto (R$ milhões) Margem Bruta
Margem Bruta
16
17. EBITDA e Margem EBITDA
O EBITDA apresentou crescimento de 11,6% em relação ao 4T08, com margem de 5,7%. A
leve contração de 0,6 p.p. na margem é reflexo do realinhamento de preços com a crise e
custos iniciais mais elevados com o start-up da Minerva Dawn Farms.
EBITDA Margem EBITDA
+11,6% Margem estável,
12,0% mesmo no período de
11,0% crise
10,0%
36,2 32,8
9,0%
29,4 8,0%
7,0% 6,5% 6,3%
7,8% 5,7%
6,0%
6,3% 5,0%
5,7%
4,0%
3,0%
2,0%
1T08 4T08 1T09 3T08 4T08 1T09
EBITDA (R$ milhões) Margem EBITDA Minerva
17
18. Sólida Estrutura de Capital
Amortização da Dívida de Curto Prazo Amortização da Dívida de Longo Prazo
456,1
456,1 486,5
392,2 Concentração
Caixa superior à vencimento 2017
Dívida Curto Prazo
201,0
160,7 124,3
66,4 84,3 80,8 97,5 107,7
16,4 9,7 6,5
Caixa 2T09 3T09 4T09 1T10 Total Caixa 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Caixa (R$ milhões) Dívida Curto Prazo (R$ milhões) Caixa (R$ milhões) Dívida Longo Prazo (R$ milhões)
Líquida Corrente e Liquidez Imediata Dívida Líquida/EBITDA
2,05
985,8
943,4
1,68
1200
1000 1,56
800 6,57 x
0,80
600
277,3 6,15x
400 0,46 3,50x, ex-exclusões
0,38
200
2,14 x
0
Minerva Empresa A Empresa B 1T08 4T08 1T09
Corrente Imediata Dívida Líquida Dívida Líquida/EBITDA
18
19. Resultado Financeiro e Lucro Líquido
O lucro líquido no 1T09 foi de R$ 1 milhão, bem superior aos prejuízos do 4T08, que
refletem os efeitos da variação cambial sobre a dívida em dólar (efeito contábil não-
caixa) ocorrida no trimestre anterior.
3,4% 1,0
4T08
R$ milhões 4T08 1T09
1T09
Despesas Financeiras Líquida (72,8) (43,1)
Variação Cambial Líquida (131,9) 8,3
Resultado Financeiro -204,6 -34,8
-179,7
Lucro Líquido (R$ milhões)
19
20. Investimentos
No 1T09 foram realizados R$ 24 milhões em investimentos, em expansões e capacidade,
finalização de construções e melhorias diversas. Para 2009, a previsão é de R$ 70
milhões em investimentos.
Investimentos (R$ Milhões) Destino dos Recursos – 1T09 (R$) milhões
351
22%
28%
103
24
13
50%
Expansão de Capacidade Finalização de construções Melhorias
2006 2007 2008 1T09
20
21. Contatos de RI
Fernando Galleti de Queiroz – Diretor Presidente
Carlos Watanabe – Diretor Financeiro e de RI
Ronald Aitken – Superintendente de RI
Henrique Ribas – Analista de RI
Relações com Investidores
Site: www.minerva.ind.br/ri
e-mail: ri@minerva.ind.br
Telefone: (55) 11 3074-2434
21
22. Disclaimer
Esta apresentação contém considerações futuras referentes às perspectivas do negócio,
estimativas de resultados operacionais e financeiros, e às perspectivas de crescimento do
Minerva. Estas são apenas projeções e, como tal, baseiam-se exclusivamente nas expectativas
da administração do Minerva em relação ao futuro do negócio e seu contínuo acesso a capitais
para financiar o plano de negócios da Companhia. Tais considerações futuras dependem,
substancialmente, de mudanças nas condições de mercado, regras governamentais, pressões
da concorrência, do desempenho do setor e da economia brasileira, entre outros fatores, além
dos riscos apresentados nos documentos de divulgação arquivados pelo Minerva e estão,
portanto, sujeitas a mudanças sem aviso prévio.
22