Este documento discute aspectos sobre etnocentrismo e cultura. Apresenta definições de etnocentrismo e relativismo cultural, citando Michel de Montaigne. Também discute as visões de Claude Lévi-Strauss sobre o desenvolvimento das culturas, comparando-as ao movimento de trens e cavalos no xadrez.
2. MICHEL MONTAIGNE
Foi um político, filosofo, pedagogo e
escritor francês. Nas suas obras e, mais
especificamente nos seus "Ensaios",
analisou as instituições, as opiniões e os
costumes, debruçando-se sobre os dogmas
da sua época e tomando a generalidade da
humanidade como objeto de estudo. É
considerado um cético e humanista.
Ele criticou a educação livresca, propondo
um ensino voltado para a experiência e para
a ação. Para ele, a educação deveria formar
indivíduos aptos ao julgamento, ao
discernimento moral e à vida prática
3. “(...) CADA QUAL DENOMINA
BÁRBARO O COSTUME QUE NÃO
PRATICA NA PRÓPRIA TERRA”
M O N T A I G N E
Etnocentrismo:
Etno = do grego, significa povo;
Centr = vem de centro;
Imos = sufixo que designa prática de algo;
Assim, significa a tendência de priorizar os valores da própria cultura ao
analisar outras.
4. CONTRAPONTO
Relativismo Cultural
É a postura segundo a qual se procura relativizar sua maneira de agir,
pensar e sentir, e assim, colocar-se no lugar do outro. “Relativizar”
significa estabelecer uma espécie de distanciamento ou estranhamento
diante de seus valores, para conseguir compreender a lógica dos
valores do outro.
P.ex. Montaigne no Ensaio “Dos Canibais”.
6. CLAUDE LÉVI-STRAUSS
Claude Lévi-Strauss (1908-2009) foi um dos
mais importantes antropólogos do século
XX. Ainda jovem, em 1934, veio ao Brasil e
ajudou a fundar a Universidade de São Paulo
(USP). Ele fez pesquisas em Mato Grosso
com os povos indígenas Bororo e Kadiwéu,
entre outros. Quatro anos depois, foi embora
do nosso país e desenvolveu, posteriormente,
uma das mais importantes correntes da
Antropologia: o estruturalismo. Em 1952, a
pedido da Unesco, ele escreveu um artigo
chamado Raça e história, em que criticava,
entre outros pontos, a ideia de raça e o
etnocentrismo entre os povos.
7. As culturas são como trens:
- Caminham por vias
diferentes;
- Vemos melhor aquelas que
caminham no mesmo sentido
que a nossa.
AS CULTURAS E OS TRENS
8. AS CULTURAS E O CAVALO
Segundo Lévi-Strauss, as
culturas se desenvolvem de forma
assemelhada com o movimento do
cavalo no jogo de xadrez:
- Elas não se movem, ou
desenvolvem, de forma retilínea,
mas aos saltos, cada uma de acordo
com suas necessidades e sua lógica,
seguindo seu próprio caminho de
desenvolvimento.