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Pré-Modernismo
Profª Andriane
Pré-Modernismo1902-1922
O Pré-Modernismo foi um período de intensa
movimentação literária que marcou a transição entre
o Simbolismo e o Modernismo e foi caracterizado
pelas produções desde início do século até a Semana
de Arte Moderna, em 1922.
Para muitos estudiosos, esse período não deve
ser considerado uma escola literária, uma vez que
apresenta inúmeras produções artísticas e
literárias distintas; em outras palavras um
sincretismo estético, com presença de
características neo-realistas, neo-parnasianas e
neo-simbolistas.
Valores
❖Há um desejo de redescoberta do
Brasil - do Brasil doente,
pobre, ignorado e esquecido;
❖Há uma tentativa de
reinterpretação social do
atraso e da miséria.
Canudos: seguidores de Conselheiro
Areformadascidades
❖Deslocamento de muitas famílias
pobres para os grandes centros;
❖Favelas criadas para abrigar ex-
escravos e migrantes do interior;
❖ Importação de mão de obra europeia;
❖ Antagonismo entre regiões
urbanizadas, desenvolvidas e vastas
áreas pobres.
COntextoHistórico
1879-1920 - O Ciclo da Borracha (Amazônia);
1889-1930 - República do Café com Leite;
1896-1897 - Revolução de Canudos (Bahia);
1900 - O Ciclo do Cangaço (NE)
1904 - Revolta da Vacina (Rio de Janeiro);
1910 - Revolta da Chibata (Rio de Janeiro);
1911-1915 - O Misticismo de Padre Cícero (Ceará);
1914 - 1918 - 1ª Guerra Mundial;
1917 - Paralisações - greves operárias (São Paulo).
Características
❖ Exposição da realidade social brasileira;
❖ Regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e Nordeste
com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior paulista com
Monteiro Lobato; o Espírito do Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca
com Lima Barreto;
❖ Marginalidade das personagens: o sertanejo, o caipira, o mulato
❖ Temas: uma ligação com fatos políticos, econômicos e sociais
contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção.
GRUPO PASSADISTA
X
GRUPO RENOVADOR
GraçaAranha(1868-1931)
José Pereira da Graça Aranha foi um escritor e diplomata
maranhense. Um dos fundadores da Academia Brasileira de
Letras e um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de
1922.
Sua obra que merece destaque é "Canaã" publicada em 1902
cuja obra aborda a migração alemã no estado do espírito
Santo. Outras obras que merecem destaque: Malazarte (1914),
A Estética da Vida (1921) e Espírito Moderno (1925).
GraçaAranha(1868-1931)
❖Imigração
❖Análise do Brasil
❖Comportamento
❖Natureza
❖Romance de tese
❖Sincretismo
Canaã(1902)
Canaã conta a história de Milkau e Lentz, dois jovens imigrantes alemães que se
estabelecem em Porto do Cachoeiro, ES. Amigos e antagônicos ao mesmo tempo, Milkau é a
integração e a paz, admirando o Novo Mundo, Lentz é a conquista e a guerra, pensando no
dia que a Alemanha invadirá e conquistará aquela terra.
Ainda assim, ambos se unem e trabalham juntos na terra e prosperam. Mais tarde
aparece Maria, filha de imigrantes pobres, que é abandonada ao léu quando morre seu
protetor e lhe abandona o amante, que pensava ser seu futuro marido.
Vagando, tomada como louca e prostituta, é rejeitada até na igreja antes de ser salva
por Milkau, quem conheceu uma vez em uma festa e vai morar numa fazenda. Lá continua a ser
maltratada até que um dia seu filho é morto por porcos e ela é acusada de infanticídio. Na
cadeia Milkau passa a visitá-la enquanto ela é repudiada pela cidade inteira. Por fim a
salva com uma fuga no meio da noite.
A história em si é apenas pano de fundo para as discussões ideológicas entre Milkau e
Lentz, somando-se a isto retratos da imigração alemã e da corrupta administração
brasileira da época (notavelmente no capítulo VI).
EuclidesdaCunha(1866-1909)
Euclides Rodrigues da Cunha foi um escritor, poeta,
ensaísta, jornalista, historiador, sociólogo, geógrafo, poeta e
engenheiro brasileiro. Ocupou a cadeira 7 na Academia Brasileira
de Letras de 1903 a 1906.
Publicou "Os Sertões: Campanha de Canudos" em 1902, obra
regionalista, dividida em três partes: A Terra, o Homem, A Luta;
retrata a vida do sertanejo e a Guerra de Canudos (1896-1897) no
interior da Bahia.
EuclidesdaCunha(1866-1909)
❖ Intérprete do Brasil
❖ Visão determinista - homem é fruto do
ambiente
❖ Tratado Científico - características do
solo
❖ Denúncia/ Panfleto
❖ Análise sociológica
❖ Rebuscamento
OsSertões(1902)A Terra é uma descrição detalhada feita pelo cientista Euclides da Cunha, mostrando todas
as características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim.
O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o
habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento,
crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos.
Apresenta seu caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos,
como relatados por visitantes e habitantes capturados. Estas duas partes são
essencialmente descritivas, pois na verdade “armam o palco” e “introduzem os personagens”
para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte,
A Luta é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as
quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da
fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. Retratando
minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das
ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que
começou por um motivo tolo – Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não
entregue – escalou para um conflito onde havia paranóia nacional pois suspeitava-se que os
“monarquistas” de Canudos, liderados pelo “famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro”
tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados
e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores – um velho, dois
adultos e uma criança.
https://www.youtube.com/watch?v=dmenUb3Hcro
MonteiroLobato(1882-1948)
José Bento Renato Monteiro Lobato foi um escritor,
editor, ensaísta e tradutor brasileiro. Um dos mais
influentes escritores do século XX, Monteiro Lobato ficou
muito conhecido por suas obras infantis de caráter
educativo como, por exemplo, a sério de livros do Sítio do
Picapau Amarelo.
Em 1918 publica "Urupês" uma coletânea regionalista de
contos e crônicas. Já em 1919 publica "Cidades Mortas"
livro de contos que retrata a queda do Ciclo do Café.
MonteiroLobato(1882-1948)
❖ Linguagem culta
❖ Interior de SP
❖ Miséria
❖ Caboclo/Caipira
❖ Jeca Tatu
Urupês
Na maioria dos contos da obra Urupês se encontra histórias de um realismo fantástico,
envolvidas por assassinatos, suicídios, necrofilia, traições, além de questões políticas,
tais como a luta por poder das pequenas cidades, aqui chamadas por Lobato de Itaoca, entre
coronéis fazendeiros, voto de cabresto etc.
O que mais chama a atenção na obra é a dura crítica que o autor faz ao sertanejo
preguiçoso, cachaceiro e analfabeto. Mas, também há situações que alcançam uma comicidade
trágica como em “O engraçado arrependo; O comprador de fazendas e Pollice verso.
Nos últimos textos da obra, considerados artigos-contos, Lobato faz críticas ao
nomadismo do sertanejo, às práticas devastadoras da natureza (queimada, derrubada de
árvores, desmatamento) e culpa esse homem por não ter a consciência de preservação da
natureza.
LimaBarreto(1881-1922)
Afonso Henriques de Lima Barreto, conhecido como Lima
Barreto, foi um escritor e jornalista brasileiro. Autor de uma
obra critica veiculada aos temas sociais, o escritor rompe com o
nacionalista ufanista e faz críticas ao positivismo.
Sua obra que merece destaque é o "Triste Fim de Policarpo
Quaresma" escrito numa linguagem coloquial, o autor faz crítica à
sociedade urbana da época, em que critica a sociedade urbana da
época.
LimaBarreto(1881-1922)
❖ Linguagem coloquial
❖ Brasil (ufanista)
❖ Personagem popular (funcionários
públicos, professores,etc.)
❖ Subúrbios do RJ
TristeFimdePolicarpoQuaresma
O protagonista é o major Policarpo Quaresma, subsecretário no Arsenal de Guerra, que
ama incondicionalmente sua pátria – o Brasil. Esse amor à pátria (nacionalismo) faz com
que ele estude violão, um instrumento marginalizado no fim do século XIX, a língua tupi-
guarani, o folclore e os usos e costumes dos silvícolas. Desses interesses ele se
interessa tanto pelos estudos do tupi que manda à Câmara um requerimento recomendando a
língua indígena como idioma oficial do Brasil. Logo mais, escreve em tupi um ofício que
provoca grande confusão e por tudo isso é considerado louco, assim, internado em um
manicômio. Ao ser considerado melhor, é solto e compra um sítio – “Sossego” – onde
residirá com sua irmã Adelaide e o criado Anastácio.
TristeFimdePolicarpoQuaresma
Com o tempo seus ideais nacionalistas voltam e ele começa a plantar em suas terras,
acreditando estar na agricultura a chance do país ser a primeira nação do mundo, e
enfrenta ervas daninhas e formigas, do mesmo modo que as intrigas políticas.
Com a Revolta Armada, Floriano Peixoto integra Quaresma como major ao batalhão
Cruzeiro do Sul. Quase no fim da revolta é designado a carcereiro dos presos políticos na
ilha das Enxadas. Em determinada noite, o Itamarati envia alguém para retirar vários
presos e fuzila-los. Esse fato deixou Quaresma revoltado, portanto escreve uma violenta
carta ao marechal Floriano Peixoto. Então é preso como traidor e condenado à morte, sem
julgamento. Apenas Ricardo Coração dos Outros tenta salvar Policarpo, ficando ele à espera
do destino.
https://www.youtube.com/watch?v=oCLywGGRNek
AugustodosAnjos(1884-1914)
Augusto dos Anjos foi um poeta brasileiro pré-modernista
que viveu de 1884 a 1914. Sua obra “Eu e Outras Poesias”, foi
publicada dois anos antes de sua morte.
Suas poesias trazem marcantes sentimentos de pessimismo e
desânimo, além de inclinação para a morte. Com relação à
estrutura, pode-se dizer que suas poesias apresentam rigor na
forma e rico conteúdo metafórico.
Morreu ainda jovem (em 1914) devido a uma enfermidade
pulmonar, deixando para trás suas carreiras de promotor público
(formou-se em Direito em 1906) e de professor, além de sua
única e marcante obra.
AugustodosAnjos(1884-1914)
❖ Linguagem culta
❖ Poesia cientificista
❖ Existencialismo
❖ Angústia da vida
❖ Morte
VersosÍntimos
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera*.
Sómente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil** que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
*Quimera: sonho, fantasia, ilusão.
**Vil: reles, ordinário, desprezível, infame.
CoelhoNetto(1864-1934)
Henrique Maximiano Coelho Netto era filho do português Antônio da Fonseca Coelho
e da índia Ana Silvestre. Aos seis anos foi, com a família, morar no Rio de Janeiro.
Ainda jovem entrou na Faculdade de Medicina, mas não permaneceu por muito tempo,
por não se adaptar à frieza da morte e da anatomia.
Então com 18 anos, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, de onde
saiu por se desentender com um professor, transferindo-se para a Faculdade de Direito
do Recife, mas as lutas abolicionistas e republicanas não o deixaram concluir o ensino
superior.
Seu livro de estréia foi Rapsódias, de 1891, quando passou a desenvolver uma
intensa carreira literária. Escritor fértil, sua obra consta de 130 livros, entre os
quais estão romances, contos, crônicas, fábulas, teatro e memórias. Algumas mais
representativas: "A Capital Federal" (1893); "Rei Negro" (1914); "Mano" (1924); "Fogo-
Fátuo" (1929).
Sua linguagem rebuscada, estilo opulento e luxuriante (Brito Broca), causou
repulsa, especialmente nos modernistas, que dele debochavam: "O mal foi eu ter medido
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Pré-modernismo

  • 2. Pré-Modernismo1902-1922 O Pré-Modernismo foi um período de intensa movimentação literária que marcou a transição entre o Simbolismo e o Modernismo e foi caracterizado pelas produções desde início do século até a Semana de Arte Moderna, em 1922. Para muitos estudiosos, esse período não deve ser considerado uma escola literária, uma vez que apresenta inúmeras produções artísticas e literárias distintas; em outras palavras um sincretismo estético, com presença de características neo-realistas, neo-parnasianas e neo-simbolistas.
  • 3. Valores ❖Há um desejo de redescoberta do Brasil - do Brasil doente, pobre, ignorado e esquecido; ❖Há uma tentativa de reinterpretação social do atraso e da miséria. Canudos: seguidores de Conselheiro
  • 4. Areformadascidades ❖Deslocamento de muitas famílias pobres para os grandes centros; ❖Favelas criadas para abrigar ex- escravos e migrantes do interior; ❖ Importação de mão de obra europeia; ❖ Antagonismo entre regiões urbanizadas, desenvolvidas e vastas áreas pobres.
  • 5. COntextoHistórico 1879-1920 - O Ciclo da Borracha (Amazônia); 1889-1930 - República do Café com Leite; 1896-1897 - Revolução de Canudos (Bahia); 1900 - O Ciclo do Cangaço (NE) 1904 - Revolta da Vacina (Rio de Janeiro); 1910 - Revolta da Chibata (Rio de Janeiro); 1911-1915 - O Misticismo de Padre Cícero (Ceará); 1914 - 1918 - 1ª Guerra Mundial; 1917 - Paralisações - greves operárias (São Paulo).
  • 6. Características ❖ Exposição da realidade social brasileira; ❖ Regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e Nordeste com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; o Espírito do Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto; ❖ Marginalidade das personagens: o sertanejo, o caipira, o mulato ❖ Temas: uma ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção. GRUPO PASSADISTA X GRUPO RENOVADOR
  • 7. GraçaAranha(1868-1931) José Pereira da Graça Aranha foi um escritor e diplomata maranhense. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Sua obra que merece destaque é "Canaã" publicada em 1902 cuja obra aborda a migração alemã no estado do espírito Santo. Outras obras que merecem destaque: Malazarte (1914), A Estética da Vida (1921) e Espírito Moderno (1925).
  • 9. Canaã(1902) Canaã conta a história de Milkau e Lentz, dois jovens imigrantes alemães que se estabelecem em Porto do Cachoeiro, ES. Amigos e antagônicos ao mesmo tempo, Milkau é a integração e a paz, admirando o Novo Mundo, Lentz é a conquista e a guerra, pensando no dia que a Alemanha invadirá e conquistará aquela terra. Ainda assim, ambos se unem e trabalham juntos na terra e prosperam. Mais tarde aparece Maria, filha de imigrantes pobres, que é abandonada ao léu quando morre seu protetor e lhe abandona o amante, que pensava ser seu futuro marido. Vagando, tomada como louca e prostituta, é rejeitada até na igreja antes de ser salva por Milkau, quem conheceu uma vez em uma festa e vai morar numa fazenda. Lá continua a ser maltratada até que um dia seu filho é morto por porcos e ela é acusada de infanticídio. Na cadeia Milkau passa a visitá-la enquanto ela é repudiada pela cidade inteira. Por fim a salva com uma fuga no meio da noite. A história em si é apenas pano de fundo para as discussões ideológicas entre Milkau e Lentz, somando-se a isto retratos da imigração alemã e da corrupta administração brasileira da época (notavelmente no capítulo VI).
  • 10. EuclidesdaCunha(1866-1909) Euclides Rodrigues da Cunha foi um escritor, poeta, ensaísta, jornalista, historiador, sociólogo, geógrafo, poeta e engenheiro brasileiro. Ocupou a cadeira 7 na Academia Brasileira de Letras de 1903 a 1906. Publicou "Os Sertões: Campanha de Canudos" em 1902, obra regionalista, dividida em três partes: A Terra, o Homem, A Luta; retrata a vida do sertanejo e a Guerra de Canudos (1896-1897) no interior da Bahia.
  • 11. EuclidesdaCunha(1866-1909) ❖ Intérprete do Brasil ❖ Visão determinista - homem é fruto do ambiente ❖ Tratado Científico - características do solo ❖ Denúncia/ Panfleto ❖ Análise sociológica ❖ Rebuscamento
  • 12. OsSertões(1902)A Terra é uma descrição detalhada feita pelo cientista Euclides da Cunha, mostrando todas as características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim. O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta seu caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e habitantes capturados. Estas duas partes são essencialmente descritivas, pois na verdade “armam o palco” e “introduzem os personagens” para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte, A Luta é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo – Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue – escalou para um conflito onde havia paranóia nacional pois suspeitava-se que os “monarquistas” de Canudos, liderados pelo “famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro” tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores – um velho, dois adultos e uma criança.
  • 14. MonteiroLobato(1882-1948) José Bento Renato Monteiro Lobato foi um escritor, editor, ensaísta e tradutor brasileiro. Um dos mais influentes escritores do século XX, Monteiro Lobato ficou muito conhecido por suas obras infantis de caráter educativo como, por exemplo, a sério de livros do Sítio do Picapau Amarelo. Em 1918 publica "Urupês" uma coletânea regionalista de contos e crônicas. Já em 1919 publica "Cidades Mortas" livro de contos que retrata a queda do Ciclo do Café.
  • 15. MonteiroLobato(1882-1948) ❖ Linguagem culta ❖ Interior de SP ❖ Miséria ❖ Caboclo/Caipira ❖ Jeca Tatu
  • 16. Urupês Na maioria dos contos da obra Urupês se encontra histórias de um realismo fantástico, envolvidas por assassinatos, suicídios, necrofilia, traições, além de questões políticas, tais como a luta por poder das pequenas cidades, aqui chamadas por Lobato de Itaoca, entre coronéis fazendeiros, voto de cabresto etc. O que mais chama a atenção na obra é a dura crítica que o autor faz ao sertanejo preguiçoso, cachaceiro e analfabeto. Mas, também há situações que alcançam uma comicidade trágica como em “O engraçado arrependo; O comprador de fazendas e Pollice verso. Nos últimos textos da obra, considerados artigos-contos, Lobato faz críticas ao nomadismo do sertanejo, às práticas devastadoras da natureza (queimada, derrubada de árvores, desmatamento) e culpa esse homem por não ter a consciência de preservação da natureza.
  • 17. LimaBarreto(1881-1922) Afonso Henriques de Lima Barreto, conhecido como Lima Barreto, foi um escritor e jornalista brasileiro. Autor de uma obra critica veiculada aos temas sociais, o escritor rompe com o nacionalista ufanista e faz críticas ao positivismo. Sua obra que merece destaque é o "Triste Fim de Policarpo Quaresma" escrito numa linguagem coloquial, o autor faz crítica à sociedade urbana da época, em que critica a sociedade urbana da época.
  • 18. LimaBarreto(1881-1922) ❖ Linguagem coloquial ❖ Brasil (ufanista) ❖ Personagem popular (funcionários públicos, professores,etc.) ❖ Subúrbios do RJ
  • 19. TristeFimdePolicarpoQuaresma O protagonista é o major Policarpo Quaresma, subsecretário no Arsenal de Guerra, que ama incondicionalmente sua pátria – o Brasil. Esse amor à pátria (nacionalismo) faz com que ele estude violão, um instrumento marginalizado no fim do século XIX, a língua tupi- guarani, o folclore e os usos e costumes dos silvícolas. Desses interesses ele se interessa tanto pelos estudos do tupi que manda à Câmara um requerimento recomendando a língua indígena como idioma oficial do Brasil. Logo mais, escreve em tupi um ofício que provoca grande confusão e por tudo isso é considerado louco, assim, internado em um manicômio. Ao ser considerado melhor, é solto e compra um sítio – “Sossego” – onde residirá com sua irmã Adelaide e o criado Anastácio.
  • 20. TristeFimdePolicarpoQuaresma Com o tempo seus ideais nacionalistas voltam e ele começa a plantar em suas terras, acreditando estar na agricultura a chance do país ser a primeira nação do mundo, e enfrenta ervas daninhas e formigas, do mesmo modo que as intrigas políticas. Com a Revolta Armada, Floriano Peixoto integra Quaresma como major ao batalhão Cruzeiro do Sul. Quase no fim da revolta é designado a carcereiro dos presos políticos na ilha das Enxadas. Em determinada noite, o Itamarati envia alguém para retirar vários presos e fuzila-los. Esse fato deixou Quaresma revoltado, portanto escreve uma violenta carta ao marechal Floriano Peixoto. Então é preso como traidor e condenado à morte, sem julgamento. Apenas Ricardo Coração dos Outros tenta salvar Policarpo, ficando ele à espera do destino.
  • 22. AugustodosAnjos(1884-1914) Augusto dos Anjos foi um poeta brasileiro pré-modernista que viveu de 1884 a 1914. Sua obra “Eu e Outras Poesias”, foi publicada dois anos antes de sua morte. Suas poesias trazem marcantes sentimentos de pessimismo e desânimo, além de inclinação para a morte. Com relação à estrutura, pode-se dizer que suas poesias apresentam rigor na forma e rico conteúdo metafórico. Morreu ainda jovem (em 1914) devido a uma enfermidade pulmonar, deixando para trás suas carreiras de promotor público (formou-se em Direito em 1906) e de professor, além de sua única e marcante obra.
  • 23. AugustodosAnjos(1884-1914) ❖ Linguagem culta ❖ Poesia cientificista ❖ Existencialismo ❖ Angústia da vida ❖ Morte
  • 24. VersosÍntimos Vês?! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera*. Sómente a Ingratidão — esta pantera — Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil** que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! *Quimera: sonho, fantasia, ilusão. **Vil: reles, ordinário, desprezível, infame.
  • 25. CoelhoNetto(1864-1934) Henrique Maximiano Coelho Netto era filho do português Antônio da Fonseca Coelho e da índia Ana Silvestre. Aos seis anos foi, com a família, morar no Rio de Janeiro. Ainda jovem entrou na Faculdade de Medicina, mas não permaneceu por muito tempo, por não se adaptar à frieza da morte e da anatomia. Então com 18 anos, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, de onde saiu por se desentender com um professor, transferindo-se para a Faculdade de Direito do Recife, mas as lutas abolicionistas e republicanas não o deixaram concluir o ensino superior. Seu livro de estréia foi Rapsódias, de 1891, quando passou a desenvolver uma intensa carreira literária. Escritor fértil, sua obra consta de 130 livros, entre os quais estão romances, contos, crônicas, fábulas, teatro e memórias. Algumas mais representativas: "A Capital Federal" (1893); "Rei Negro" (1914); "Mano" (1924); "Fogo- Fátuo" (1929). Sua linguagem rebuscada, estilo opulento e luxuriante (Brito Broca), causou repulsa, especialmente nos modernistas, que dele debochavam: "O mal foi eu ter medido o meu avanço sobre o cabresto metrificado e nacionalista de duas remotas alimárias - Bilac e Coelho Neto...", diz Oswald de Andrade, no prefácio de Serafim Ponte Grande.