O documento fornece um resumo histórico da produção e consumo de vinho do Porto em Portugal, desde os tempos medievais até os dias atuais. Aborda aspectos como a região demarcada do Douro, estilos de vinho do Porto, doenças que afetaram as vinhas, e marcos históricos importantes para a indústria do vinho do Porto.
2. O
COMPORTAME-
NTO DE
CONSUMO DE
VINHO DO
PORTO DOS
PORTUGUESES
E DOS
ESTRANGEIROS
É ELEVADO
,MAS NO
TEMPO
MEDIEVAL ERA
MUITO MAIS
ELEVADO DO
QUE NOS
NOSSOS
TEMPOS.
3. VINHO DO PORTO
O Vinho do Porto é um elemento-chave que define a cultura portuguesa projetando-a a nível
internacional. Este vinho licoroso, de aromas intensos, está pensado para a exportação;
contudo, sendo produzido na Região Demarcada do Douro, em Portugal, merece um lugar de
destaque no panorama nacional.
Este estudo visa perceber o comportamento de consumo do consumidor português de Vinho
do Porto, bem como os fatores influenciadores da frequência de consumo deste vinho.
Pretende-se ainda sugerir recomendações para o aumento da procura interna do produto.
Realizou-se uma revisão bibliográfica do sector de Vinho do Porto em Portugal e do
consumidor português deste vinho. Posteriormente realizou-se uma entrevista exploratória que
clarificou a questão de investigação e ajudou à idealização das hipóteses de investigação.
Seguidamente, lançaram-se questionários online e presenciais à população portuguesa
residente em Portugal Continental e Arquipélagos, com idade igual ou superior a 16 anos
5. VALOR E IDADE DO
VINHO DO PORTO
Este estudo concluiu que o consumidor português de Vinho do Porto é do sexo
feminino e
jovem, com idade entre os 16 e os 30 anos, residente na região Norte e auferindo um
rendimento entre 485€-1000€. Verificou-se que todas as ocasiões de consumo de Vinho
do
Porto estudadas, o conhecimento que o consumidor tem de alguns atributos deste
vinho e a
procura de informação que sobre ele efetua, influenciam a frequência de consumo de
Vinho do
Porto. Contrariamente, as razões que levam à diminuição da frequência de consumo de
Vinho
do Porto em Portugal são: a escassez de campanhas de sensibilização e educação do
consumidor de Vinho do Porto, o problema da digestão difícil que este vinho provoca e
o seu
elevado teor calórico
6. A QUANTIDADE DE
ÁLCOOL DO VINHO DO
PORTO
O Vinho do Porto distingue-se dos vinhos comuns pelas suas
características particulares: uma enorme diversidade de tipos em que
surpreende uma riqueza e intensidade de aroma incomparáveis, uma
persistência muito elevada quer de aroma quer de sabor, um teor
alcoólico elevado (geralmente compreendido entre os 19 e os 22% vol.),
numa vasta gama de doçuras e grande diversidade de cores. Existe um
conjunto de designações que possibilitam a identificação dos
diferentes tipos de Vinho do Porto.
A cor dos diferentes tipos de Vinho do Porto pode variar entre o retinto
e o alourado-claro, sendo possíveis todas as tonalidades intermédias
(tinto, tinto-alourado, alourado e alourado-claro). Os Vinhos do Porto
Branco apresentam tonalidades diversas (branco pálido, branco palha e
branco dourado), intimamente relacionadas com a tecnologia de
produção. Quando envelhecidos em casco, durante muito anos, os
vinhos brancos adquirem, por oxidação natural, uma tonalidade
alourada-claro semelhante à dos vinhos tintos muito velhos
8. ESTILO RUBY
São vinhos em que se procura suster a evolução da sua cor
tinta, mais ou menos intensa, e manter o aroma frutado e
vigor dos vinhos jovens. Neste tipo de vinhos, por ordem
crescente de qualidade, inserem-se as categorias Ruby,
Reserva, Late Bottled Vintage (LBV) e Vintage. Os vinhos das
melhores categorias, principalmente o Vintage, e em menor
grau o LBV, poderão ser guardados, pois envelhecem bem
em garrafa. São especialmente aconselhados os LBV e os
Vintage.
9. ESTILO TAWNY
Obtido por lotação de vinhos de grau de maturação variável,
conduzida através do envelhecimento em cascos ou tonéis. São
vinhos em que a cor apresenta evolução, devendo integrar-se
nas sub-classes de cor tinto-alourado, alourado ou alourado-
claro. Os aromas lembram os frutos secos e a madeira; quanto
mais velho é o vinho mais estas características se acentuam. As
categorias existentes são: Tawny, Tawny Reserva, Tawny com
Indicação de Idade (10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos) e
Colheita. São vinhos de lotes de vários anos, excepto os
Colheita, que se assemelham a um Tawny com Indicação de
Idade com o mesmo tempo de envelhecimento.
Quando são engarrafados estão prontos para serem
consumidos. Aconselham-se os vinhos das categorias Tawny
com Indicação de Idade e Colheita.
10. BRANCO
O Vinho do Porto branco apresenta-se em vários estilos,
nomeadamente associados a períodos de envelhecimento
mais ou menos prolongados e diferentes graus de doçura,
que resultam do modo como é conduzida a sua elaboração.
Aos vinhos tradicionais, juntaram-se os vinhos de aroma
floral e complexo com um teor alcoólico mínimo de 16,5%
(Vinho do Porto Branco Leve Seco) capazes de responder à
procura de vinhos menos ricos em álcool.
11. ROSÉ
Vinho de cor rosada obtido por maceração pouco intensa de
uvas tintas e em que não se promovem fenómenos de
oxidação durante a sua conservação. São vinhos para serem
consumidos novos com boa exuberância aromática com
notas de cereja, framboesa e morango. Na boca são suaves e
agradáveis. Devem ser apreciados frescos ou com gelo,
podendo ainda ser servidos em diversos cocktails.
12. RESUMO FINAL
137 a.C. Os Romanos sistematizaram a produção de vinho em
Portugal.
1109 Nasceu Portugal e a produção de vinho tem início com
Henrik de Borgonha como Rei.
1279 É registada a primeira exportação de vinho.
1373 É assinado o 1º tratado de comércio com Inglaterra a
16 de Junho.
1386 Tratado de Windsor: incentivo aos agricultores do vale
do Douro.
1394-1460 Portugal é o país líder mundial no grande
oceano, graças a “Henrique O Navegador”.
1465 É registado o primeiro carregamento/embarque do
vinho do Porto (para Bristol).
1638 O primeiro comerciante (conhecido) de vinho do porto .
13. CONTINUAÇÃO DO
RESUMO FINAL
Cristiano Nicolau Kopke, chegou da Alemanha para comprar
e posteriormente vender vinho nas cidades da liga Hanseática
(grandes cidades comerciais no norte da Alemanha).
1660 A colónia Inglesa funda a Factory House (conhecida por
ser um local de encontro para a organização do comércio do
vinho do Porto).
1670 Dois jovens Ingleses chegaram àquilo que consideram
ser a Quinta do Bonfim, no Pinhão, e esse foi o início da
Warre’s. Agora nasceu o vinho do Porto; a Croft foi fundada
em 1678 e a Taylor’s em 1692.
1720 O primeiro manual de viticultura foi publicado e
indicava que: 3 galões = 13.5 litros de brandy por cada pipa
= total de 550 litros.
1755-1761 Foi fundada a Companhia Geral de Agricultura
nas vinhas do Alto Douro a 10 de Setembro de 1756. Esta
foi a primeira região demarcada do mundo (1757-1761 por
Marquês de Pombal); foram colocadas 201 marcos de pedra
com a designação Feitoria – a maioria entre 1658 e 1761.
14. CONTINUAÇÃO DO
RESUMO FINAL *
1760 Foram produzidas as primeiras garrafas de vinho do
Porto.
1761 Foi terminado o primeiro mapa da
região demarcada do Douro.
1765 É vendido o primeiro vinho do Porto na Christie’s em Londres.
1781 Primeira exportação para a Rússia; Catherine da Russia é feito pela Real
Companhia Velha.
1788 Ampliação da Região Demarcada do Douro, John Croft escreve: os Vinhos do
Porto devem ser
envelhecidos 4 anos em pipas juntamente com brandy.
1792-1793 O Douro torna-se navegável desde Barca d’Alva (na fronteira de Espanha) até
ao Porto.
1800 O primeiro vinho do Porto das casas inglesas é vendido na Christie’s; primeiro o
vinho do
Porto da Barnes, seguido pela Croft e Warre’s.
15. * CONTINUAÇÃO DO
RESUMO FINAL
1805 O Vinho do Porto entra para a história através do dedo indicador de
Lord Nelson. Um pouco
antes da batalha de Trafalgar em 1805 o herói naval inglês visitou o Lord
Sidmouth e na pintura de
A.D. McCormick’s ele descreve um movimento tático, mergulhando o dedo
indicador no copo de
vinho do Porto e desenhando-o sobre um mapa que se encontrava em cima
de uma mesa.
1861 Mapa do Douro por James Forrester.
1863-1872 Aparecimento da filoxera, com infestação maciça na região.
Muitas vinhas morreram e
os agricultores colocaram a terra à venda.
1876 Os agricultores começaram a usar Sulfureto de Carbono para combater
a filoxera inicia-se a
plantação de vinhas com bacelos ”americanos”.
1887 A linha ferroviária ao longo do rio Douro é terminada.
16. *CONTINUAÇÃO DO
RESUMO FINAL
1919 É declarado no Tratado de Versalhes que o vinho do Porto não deve ser misturado com outros
vinhos.
1926 Gaia recebe o seu próprio vinho do Porto gratuito.
1932 É fundada a Federação Sindical do Viticultores da Região do Douro (também conhecida como Casa
do Douro); um organismo que protege e disciplina a produção.
1933 É fundado o Grémio de Exportadores de Vinho do Porto; associação do sector do comércio que
vigia a disciplina do comércio. As actividades da Casa do Douro e do Grémio dos Exportadores são
coordenadas pelo Instituto do Vinho do Porto, que se trata de um órgão criado nesse mesmo ano e
que tem autoridade para estudar e controlar a qualidade e melhorar a divulgação do produto. São
nacionalizadas as vendas de brandy.
Vintage 1927 é considerado ano Vintage por 30 transportadores, o que é um record.
Vintage 1929 é declarado ano Vintage apenas pela Boa Vista e ninguém declarou vintage o ano 1930.
Vintage 1931 é declarado ano Vintage apenas por alguns transportadores.
Vintage 1945, também apelidado de vintage da paz, é um Vintage formidável.
1953 Primeiro grande vinho tinto; Barca Velha (Quinta do Vale do Meao – Fernando
Nicolau de Almeida). Seguindo-se 1954, 1957, 1964, 1965, 1966, 1978.
1985 A Quinta do Noval é a primeira a sair de Gaia para administrar a empresa no Douro.
18. CONTINUAÇÃO DO
RESUMO FINAL
A Raíz
Devido à filoxera é necessário enxertar todas as videiras (à
excepção do Nacional). O porta-enxertos
mais utilizado é Rupestris du Lot, que tem sido popular
desde o aparecimento da filoxera no Douro
em finais da década de 60 (séc. XIX)
Poda
A maior parte das vezes é escolhido o método duplo Guyot,
deixando cada ramo com 3-5 botões.
Prender
A corda/fio deverá ser apenas um (fio unilateral) ou (de forma
mais comum) dois (corda bilateral).
19. CONTINUAÇÃO FINAL
O risco
Odium (no Douro desde 1851): pulverização com “líquido de Bordeaux” contra o odium – várias
vezes por ano
Míldio (no Douro desde 1893): desinfecção com enxofre, durante o florescimento, principalmente
quando os ramos têm entre 15-30cm de comprimento
Maromba (no Douro desde 1948): Esta doença é causada pelo défice de boro no solo. É adicionado
boráx. A dosagem depende do teor ácido do solo.
Fungos: Se as uvas apresentam sinais de ataque de fungos, elas são também pulverizadas. A
botrytis cinérea pode aparecer por causa dos vendos húmidos vindos do oceano Atlântico. Alguns
agricultores decidem combater este fungo, mas há outros que preferem não fazer nada.
(Fonte: Henrik Oldenburg, Portvin, 1999)
O Benefício é medido pela classificação de A a F: A=1,200 pontos / F=201 até 400 pontos.
Os preços mínimos são fixados todos os anos – desde 1997.
Os primeiros registos da Quinta do Pégo indicam que esta foi fundada em 1548 mas
esta é absolutamente considerada mais antiga. Em 1825 foi comprada por “venda
obrigatória” por Francisco Torres – segundo marido de Dona Antónia Ferreira.
Em 2003 foi totalmente aquirida pela empresa dinamarquesa AMKA.
20. FIM
Trabalho realizado por :
juliana n 16
Luís n 17
Márcio n 18
6 A-s