1. ÂNGELA LESSA DE ANDRADE
Enfermeira Obstetra, sanitarista, sexóloga e enfermeira do trabalho.
Especialista em Micropolítica.
Mestre UPE em promoção à saúde.
2. A CONSULTA EXIGE OS SEGUINTES
PRÉ-REQUISITOS:
• Presença de terceiros em casos específicos
(problemas mentais, violência sexual);
• Consentimento da cliente;
• Bexiga vazia;
• Reto e cólon preferencial mente esvaziados;
• Boa luz no ambiente;
• Privacidade.
• A cliente deve se despir e vestir roupão/camisola com
a abertura para frente (se possível com material
descartável ou com lavagem garantida).
3. Exame Ginecológico
• Exame físico geral.
• Exame físico especial.
• Exame das mamas.
• Exame da vulva.
• Exame especular.
• Exame do toque vaginal.
8. • Exame das mamas:
– Inspeção: observar características e alterações.
• Estática.
• Dinâmica.
– Palpação:
• Exames de linfonodos: axilares, supra e
infraclaviculares, paraesternais (paciente
sentada).
• Exame das mama: Técnica de Bloodgood,
Técnica de Velpeau, expressão mamária
(paciente deitada).
9. • Inspeção estática (paciente sentada ou ereta).
– Observar as mamas quanto a:
• Tamanho.
• Contornos.
• Forma.
• Simetria.
• Abaulamentos e retrações.
• Pigmentação areolar.
• Morfologia da papila.
• Circulação venosa.
10. ALGUNS SINAIS INCLUEM:
• Mudança de cor,
• Reentrâncias,
• Enrugamentos do tipo casca de laranja,
• Elevação da pele em uma área do seio;
• Tamanho ou formato do seio;
• Secreção no mamilo ou aréola
• Um ou mais nódulos nas axilas.
17. • Inspeção dinâmica:
– Elevar os membros superiores ao nível da cabeça.
– Estender os membros e realizar inclinação anterior
do tronco para frente.
– Contração da musculatura peitoral.
21. • Incidência de câncer de
mama de acordo com
os quadrantes:
– 50% no QSL.
– 17% no retro areolar.
– 15% no QSM
– 11% no QIL.
– 6% no QIM.
22. • Exame de mamas
– Téc. Bloodgood.
– Téc. Velpeau.
– Expressão das mamas e
mamilos.
23. • Exame de mamas
– Técnica de Bloodgood: exame circular,
atingindo todos os quadrantes no sentido
horário e centrípeto, realizado com as polpas
digitais.
– Técnica de Velpeau: exame circular, atingindo
todos os quadrantes no sentido horário e
centrípeto, realizado com a mão espalmada.
– Expressão da mamas e mamilos: observar
saída de secreções e características (leitosa,
água de rocha, purulenta e sanguinolenta).
24.
25. Exame dos gânglios linfáticos
axilares
Exame dos gânglios linfáticos
supra e infraclaviculares
33. Câncer de Mama:
• Alta frequência;
• Muito temido;
• Psicologicamente afetam a própria imagem;
• Causa maior número de mortes;
• Alguns fatores ambientais e comportamentais
são associados, mas estudos epidemiológicos
não fornecem evidência conclusiva.
34. • Ações de promoção à saúde dirigidas ao
controle das doenças crônicas não
transmissíveis (o que inclui o câncer de mama)
devem focar os fatores de risco,
especialmente a obesidade e o tabagismo.
35. São consideradas mulheres de risco
elevado aquelas com:
• lesão mamária proliferativa com atípia comprovada
em biópsia;
• um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã
ou filha) com câncer de mama antes de 50 anos;
• um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou
filha) com câncer de mama bilateral ou câncer de
ovário;
• história familiar de câncer de mama masculina; lesão
mamária proliferativa com atipia comprovada em
biópsia.
36.
37.
38. INTRODUÇÃO
- Mama: possui de 15 a 20 lobos que são feitos por
lóbulos e ductos lactíferos.
- Câncer de mama pode ser iniciado nos ductos
(carcinoma ductal) ou nos lóbulos (carcinoma
lobular).
- Carcinoma infiltrante ou invasivo: Tumor começa
numa determinada área e se espalha para outra.
40. • Os achados radiográficos são descritos como:
- Nódulos: qualquer opacidade com algum contorno arredondado
e definido segundo a forma, os contornos e a densidade.
- Microcalcificações agrupadas: de acordo com sua morfologia e
distribuição.
- Distorção focal de arquitetura: espiculações em uma região da
mama ou uma retração focal do contorno parenquimatoso denso.
41. •
Quanto as categorias de classificação BI-RADS:
- 0: A avaliação foi incompleta. É necessário realizar
novos exames.
- 1: Nada foi encontrado. O controle é feito anualmente a
partir dos 40 anos.
- 2: Achados benignos. O controle é feito anualmente a
partir dos 40 anos.
- 3: Provavelmente benignos. O controle é feito
semestralmente. Às vezes indica-se a biópsia.
- 4: Anomalias suspeitas (A, B e C sendo menor, média e
maior suspeita, respectivamente). Indica-se a biópsia.
- 5: Provavelmente maligno. Indica-se biópsia e
esclarecimento definitivo.
- 6: Já existe diagnostico do câncer.
42. ESTÁGIOS DA DOENÇA
“ESTADIAMENTO"
• Estágio 0: Fase bem inicial,“in situ”.
• Estágio 1: Fase inicial,tumor menor que 2 cm, não
invade a área do seio.
• Estágio 2: Tumor de 2 a 5 cm,nódulos linfáticos da
região axilar.
• Estágio 3: Maior que 5 cm, nódulos linf. Axilares,tórax
ou camada mais externa da pele.
• Estágio 4: Afeta nódulos e atinge outros órgãos
(tumores secundários).
43. FATORES DE RISCO
• Sexo: principalmente mulheres
• Idade: mais avançada
• Fatores genéticos (histórico familiar)
• Menstruação antes dos 13 e menopausa depois dos
50 anos.
• Anticoncepcionais
• Alimentação
• Fatores ambientais
• Fumo
45. COMO DETECTAR?
Nem todas as mulheres apresentam nódulos. Possíveis
sinais:
- Dores ou sensibilidade
- Mudança na forma ou tamanho
- Veias mais proeminentes
- Endurecimento ou escamação
- Vermelhidão,mudança de textura,secreção
- Inchaço na altura dos braços ou debaixo dos
mesmos.
54. E se o tumor for cancerígeno?
- Determinar tamanho e estágio (biópsia)
- Raio X, fotos dos ossos,imagem de ressonância
magnética(MRI)
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62. Epidemiologia
• Segunda neoplasia maligna mais comum entre mulheres no mundo.
• No Brasil é a segunda neoplasia maligna mais frequente do sexo
feminino
• Anualmente, por cerca de 500 mil casos novos
• Número de casos novos do câncer do colo do útero esperados no
ano de 2010 é de 18.430
• Risco estimado de 18,5 casos a cada 100 mil mulheres
• Óbito de aproximadamente 230 mil mulheres
63. O que sabemos...
• Na maioria dos casos ocorre de forma lenta,
passando por fases pré-clínicas detectáveis e
curáveis.
• Estima-se que o tempo médio entre a lesão
inicial e a fase clínica seja de 10 a 15 anos,
permitindo um alto potencial de prevenção e
cura.
64.
65. PROMOÇÃO
• Uma alimentação saudável pode reduzir as
chances de câncer em pelo menos 40%.
• Atividade física regular, qualquer atividade que
movimente seu corpo;
• Evitar ou limitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
• Parar de fumar!
66. A prevenção do câncer do colo do
útero
• Exame ginecológico
• Papanicolau (citopatológico do colo do útero)
• O objetivo principal do Papanicolau é
diagnosticar as lesões pré-malignas do câncer
do colo do útero.
67. • Este exame permite, através de uma
amostragem de células coletadas do colo do
útero, detectar células anormais pré-malignas
ou cancerosas.
68. FAIXA ETÁRIA E PERIODICIDADE PARA
REALIZAÇÃO DO EXAME PREVENTIVO DO
COLO DO ÚTERO
69. SITUAÇÕES ESPECIAIS
• Mulher grávida: não se deve perder a oportunidade
para a realização do rastreamento. Pode ser feito em
qual quer período da gestação, preferencialmente até
o 7º mês. Não está contra indicada a realização do
exame em mulheres grávidas, a coleta deve ser feita
com a espátula de Ayre e não usar escova de coleta
endocervical.
• Mulheres virgens: a coleta em virgens não deve ser
realizada na rotina. A ocorrência de condilomatose
genitália externa, principalmente vulvar e anal, é um
indicativo da necessidade de realização do exame do
colo, devendo-se ter o devido cuidado e respeitando a
vontade da mulher.
70. Mulheres submetidas a histerectomia:
• Histerectomia total recomenda–se a coleta de
esfregaço de fundo de saco vaginal.
• Histerectomia subtotal: rotina normal
Mulheres com DST: devem ser submetidas à
citopatologia mais frequentemente pelo seu
maior risco de serem portadoras do câncer do
colo do útero ou de seus precursores.
Já as mulheres com condilomas em genitália
externa não necessitam de coletas mais
frequentes do que as demais, salvo em
mulheres imunossuprimidas.
80. Exame Ginecológico
Exame da vulva:
• Monte de Vênus.
• Grandes lábios.
• Pequenos lábios.
• Vestíbulo vulvar.
• Clitóris.
• Meato uretral.
• Gl. de Bartholin.
• Fúrcula vaginal.
• Períneo.
• Hímen ou carúnculas.
81.
82. Exame da vulva: Monte de Vênus.
• Coxim gorduroso.
• Pele recoberta por
pêlos curtos e grossos.
• Glândulas sebáceas e
sudoríparas.
• Zona erógena.
• Distribuição pilosa de
forma triangular de
base voltada pra cima
recobrindo os grandes
lábios.
• Prurido sugere
problemas
dermatológicos.
83. Exame da vulva: Grandes lábios.
• Atingem seu
desenvolvimento após
puberdade.
• Atrofiam após
menopausa.
• Homólogos do escroto.
• Proteção mediana da
vulva.
• Sede de doenças
infecciosas (granuloma,
herpes, condilomas e
outros).
• Transformação maligna.
84. Exame da vulva: Pequenos lábios.
• Pele pigmentada (cor
varia conforme padrão
racial).
• Glândulas sudoríparas.
• Formam o prepúcio
clitoriano.
• Estrógeno-dependente.
• Vascularizado.
• Aumentam conforme
excitação.
• Sítio de lesões
infecciosas e
transformação maligna.
85. Exame da vulva: Vestíbulo vulvar.
• Forma triangular.
• Delimitado
anteriormente pelo
clitóris, posteriormente
pela fúrcula,
lateralmente pelos
pequenos lábios.
• Observa-se os orifícios
da uretra, vagina e
canais das glândulas de
Skene.
86. Exame da vulva: Clitóris.
• Mede 1 cm de
comprimento.
• Porção mais erógena do
trato genital.
• Aumenta de tamanho e
consistência durante
excitação.
• Abaixo se encontra o
Meato uretral.
87. Exame da vulva: Gls. de Bartholin.
• Localizada às 4 e 8
horas no coxim adiposo
dos grandes lábios.
• Podem apresentar
cistos e abscessos.
88. Exame da vulva: Fúrcula vaginal.
• Localizada na linha
mediana e resulta da
fusão dos grandes
lábios.
• Fosseta navicular.
• Local onde se visualiza
o corrimento.
89. Exame da vulva: Períneo.
• Localizada entre a
fúrcula e o ânus.
• Constituído por tecido
fibro-muscular.
• Local de lacerações
durante o parto normal.
• Graus de laceração:
– grau I – atinge apenas
mucosa.
– grau II – atinge até
musculatura.
– grau III – atinge até o
esfíncter anal externo.
90. Exame da vulva: Hímen e Carúnculas.
• Separa o vestíbulo da vagina.
• Restos himenais (pós-coitarca)
• Hímen complacente.
• Carúnculas mirtiformes ou himenais
• (pós-parto).
92. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
• Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV - sendo esse
o principal fator de risco;
• Início precoce da atividade sexual;
• Multiplicidade de parceiros sexuais;
•Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de
cigarros fumados;
• Baixa condição sócio-econômica;
• Imunossupressão;
• Uso prolongado de contraceptivos orais;
• Higiene íntima inadequada
94. O FLUXOGRAMA DE CONDUTA E DEVE SER
REALIZADO SEGUNDO OS PASSOS ABAIXO:
• Separar os lábios vaginais para visualizar o intróito
vaginal integralmente;
• Introduzir o espéculo para examinar a vagina, suas
paredes, fundo de saco e colo uterino;
• Fazer o teste de pH vaginal1, colocando, por um
minuto, a fita de papel indicador do pH na parede
vaginal lateral, evitando tocar o colo;
• Colher material para o teste de Whiff - teste das
aminas ou do “cheiro” = lâmina com uma gota de KOH
10% sobre uma gota de conteúdo vaginal, sendo
positivo se houver cheiro semelhante ao de peixe
podre - e para realização da bacterioscopia2;
95. • Fazer teste do cotonete do conteúdo cervical3
- colher swab endocervical com cotonete e
observar se há muco purulento contrapondo
em papel branco;
• Havendo possibilidade de realização no local
ou em referência, coletar material para cultura
de gonococos e pesquisa de clamídia.
• O EXAME ESPECULAR QUE VAI ALÉM DA
COLETA...
• FAZER INPEÇÃO DA VAGINA E FAZER COLETA
COMO CITADO ANTERIORMENTE ...
96. O exame ginecológico propriamente
dito se compõe de três aspectos:
• A inspeção da genitália externa ou vulva .
• A inspeção da genitália interna, através do
exame especular.
• O toque bimanual Inspeção da genitália
externa ou vulva.
• Coleta cervical SN.
97. A inspeção da genitália externa ou vulva
• Distribuição dos pêlos E Parede vaginal
(elasticidade, coloração, integridade do
clitóris, do meato uretral, dos grandes e
pequenos lábios).
• Presença de secreção vaginal (cor, odor,
aspecto e localização).
• Sinais de inflamação (inclusive glândulas de
Bartholin).Presença de veias varicosas.
98. A lâmina e o frasco que serão utilizados para colocar o
material a ser examinado devem ser preparados
previamente:
• O uso de lâmina com bordas lapidadas e extremidade
fosca é obrigatório;
• Identificar a lâmina escrevendo as iniciais do nome da
mulher e o seu número de registro da
Unidade, com lápis preto nº2 ou grafite, na extremidade
fosca, previamente a coleta;
• Identificar a caixa do porta-lâmina.
• Não usar caneta hidrográfica, esferográfica, etc., pois
leva à perda da identificação do material. Essas
tintas se dissolvem durante o processo de coloração das
lâminas no laboratório
99. • Manter os frascos de acondicionamentos,
fechados permanentemente a não ser na hora
de inserir
• as lâminas. No preparo da lâmina ver se ela
está limpa sem a presença de artefatos, caso
necessário
• limpar com gaze.
100. Antes de iniciar a coleta, perguntar à mulher:
• Se está grávida ou suspeita. Caso afirmativo
não colher material da endocervical;
• Se já teve filhos por parto normal; se é virgem.
Para facilitar a escolha do espéculo mais
adequado;
• Se faz uso de anticoncepcional, tratamento
hormonal, submeteu-se à radioterapia pélvica;
• A data da última menstruação;
101. • Se há sangramento após as relações sexuais;
• Se utiliza duchas ou medicamentos vaginais
ou realizou exames intravaginais, como por
exemplo a ultrassonografia, durante 48 horas
antes da coleta;
• Se teve relações sexuais durante 48 horas
antes da coleta
102. Técnica do Exame
• O primeiro passo é a realização da consulta de
enfermagem em ginecologia, destacando o
exame especular para diagnóstico de
alterações de colo.
• Diagnósticos de alterações na secreção e
parede vaginal, e no colo uterino.
103. A INSPEÇÃO DA GENITÁLIA INTERNA,
ATRAVÉS DO EXAME ESPECULAR.
GOOGLE, 2014
106. • Lesões de parede vaginal, hiperemia,
hipocromia, edema, vascularização patológica,
lesões de alto e/ou baixo relevo. Alterações no
colo, ocorrência de ectopia (forma e tamanho
da lesão).Presença de pólipos (indicar
tamanho e localização), de miomas em
parturição, Presença de cistos de Naboth.
• O foco, com boa luminosidade, em perfeitas
condições de uso e essencial para qualidade
do exame.
107. PERMITE VERIFICAR:
• O estado da mucosa vaginal;
• A situação, forma e aspecto do colo;
• O aspecto da secreção vaginal ou da leucorréia;
• O tipo e o estado da secreção cervical;
• Todo corrimentodeve ser cuidadosamente examinado
quanto a: coloração, odor, quantidade e consistência.
• Infecções crônicas causam corrimentos malcheirosos e
abundantes.
• Candidíase, gardenerella, trichomonas.
• Pequena quantidade de muco brilhante translúcido é
normal na vagina.
• As paredes da vagina são observadas quanto a textura,
coloração e sustentação.
110. EXAME DE TOQUE RETAL
• O exame de toque retal pode ser necessário
na determinação de tumores pélvicos, nas
pacientes idosas ou nas mulheres virgens.
quando necessário, deverá ser explicado para
a paciente, e realizado com uso de
lubrificante. Facilita o exame pedir à paciente
para fazer força durante a inserção do dedo
examinador.
111. CLASSIFICAÇÃO DE PH
● ácida se o pH < 7
● básica ou alcalina se o pH > 7
● neutra se pH = 7
...quando a análise é realizada a temperatura de
25ºC.
• Vagina 4 -4, 5 (MS)
112. EXPLORANDO OS ACHADOS DO
EXAME ESPECULAR
• OCI= Endocérvice, que é revestido por uma
camada única de células cilíndricas produtoras de
muco – epitélio colunar simples.
• OCE= Ectocérvice e é revestida por um tecido de
várias camadas de células planas – epitélio
escamoso e estratificado.
JEC : Junção Escamo-Colunar
• A JEC pode ficar exteriorizada nos processos
inflamatórios e durante uso de estrógenos.
• A JEC fica interiorizada na menopausa.
114. • METAPLASIA ESCAMOSA: Epitélio da
endocervice se transforma no epitélio da
ectocérvice, avançando a partir da JEC original
em direção ao óstio externo do colo,
formando uma nova JEC. Este processo forma
uma área entre a JEC original e a JEC mais
externa: A ZONA DE TRANSFORMAÇÃO.
115. ALTERAÇÕES NO COLO...
• AS ALTERAÇÕES NOS TECIDOS DÃO INÍCIO ÀS
LESÕES. E ESTAS PODEM SER PRECUSSORAS
DO CÂNCER.
117. HPV e NIC
• HPV está relacionado a >90 % das NIC.
• HPV – indivíduos sexualmente ativos poderão ser
infectados durante a sua vida.
• Alto risco – tipos 16,18,45,31,33,52,58,35,51,56,59
• Baixo risco – tipos 6,11,42,43,44,54 (verrugas
genitais)
118.
119. FATORES DE RISCO PARA FORMAÇÃO
DE NIC APÓS INFECÇÃO PELO HPV
• Tabagismo / DST / Deficiência de vitamina A e C;
• Uso de contraceptivos orais
• Nutrição inadequada
• Imunodeficiência (ex. infecção pelo HIV).
120. VACINA (prevenção primária)
• Disponível no mercado vacina vacina
quadrivalente (Gardasil – Merck)
tipos 16, 18 e tipos 6 e 11 (80% casos verrugas
genitais).
121. OPÇÕES TERAPÊUTICAS (PODEM ESTAR
DISPONÍVEIS EM UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE)
• Podofilina 10-25% (em solução alcoólica ou em
tintura de Benjoim);(ação antimitótica)
• Ácido tricloroacético (ATA) a 80-90%, utilizado
para tratamento do colo uterino, e a 50% para
tratamento da vulva, em solução alcoólica;
(coagulação química de seu conteúdo protéico)
• Exérese cirúrgica
122. OUTRAS OPÇÕES TERAPÊUTICAS
• Eletrocauterização ou Eletrocoagulação ou
Eletrofulguração;
• Criocauterização ou Crioterapia ou
Criocoagulação;
• Podofilotoxina 0,15% creme;
• Imiquimod 5% creme
128. FIXAÇÃO
1. Fixação com álcool a 96%
2. Fixação com Spray de Polietilenoglicol = 20cm
3. Fixação com Polietilenoglicol líquido= 3-4gts
129. • A presença de células metaplásicas ou células
endocervicais, representativas da junção
escamocolunar (JEC), tem sido considerada
como indicador da qualidade da coleta, pelo
fato de essa coleta objetivar a obtenção de
elementos celulares representativos do local
onde se situa a quase totalidade dos cânceres
do colo do útero.
130.
131.
132.
133.
134.
135.
136.
137.
138. QUEIXAS GINECOLÓGICAS
• As queixas ginecológicas não só devem ser
valorizadas, mas solucionadas, considerando
que os laudos do exame citológico, na maioria
das vezes, mencionam agentes microbiológicos,
que quando associados às queixas clínicas
merecem tratamento específico.
139. • Rotina de rastreamento citológico significa
realizar coleta de exame citopatológico uma
vez por ano e, após dois exames anuais
consecutivos negativos, a cada três anos.
147. CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA PARA O
EXAME DE PAPANICOLAU
( 2001 ) ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS
CÉLULAS ESCAMOSAS
• Células Escamosas Atípicas (ASC).
• De significado indeterminado (ASCUS).
HSIL não pode ser excluído (ASC-H).
• Lesão Intra-Epitelial Escamosa de Baixo Grau:NIC I
• Lesão Intra-Epitelial Escamosa de Alto Grau: NIC II,
NIC III
• Carcinoma Escamoso
148. CELULAS GLANDULARES
Atípicas
• AGC - Células glandulares atípicas a favor de
neoplasia (especificar endocervicais ou não
específicas).
• Adenocarcinoma in situ (AIS).
• Adenocarcinoma.
149. COLPOSCOPIA
• Objetivo de obter diagnóstico histopatológico.
• O ácido acético interage com proteínas e tornam o
epitélio mais claro quanto maior for o seu teor protéico.
• Lugol ( Schiller ) cora o glicogênio das células, tornando-
as mais escuras quanto maior for a concentração de
glicogênio.
• Áreas de intensa atividade celular são ricas em
proteínas e pobres em glicogênio.
• Em pacientes menopausadas pode ser necessário
estrogenioterapia tópica para realização de colposcopia
adequada.
150. ACHADOS NORMAIS
• Epitélio escamoso, epitélio colunar, JEC,
metaplasia escamosa e zona de transformação.
152. EPITÉLIO ACETOBRANCO: reflete imaturidade celular pois as
células são mais ricas em
proteínas.
1. PONTILHADO: pontos vermelhos finos ou grosseiros
encontrados em áreas acetobrancas. Extremidade de vasos
capilares. Sugestivo de NIC. Quanto mais fino e regular indica
lesões de baixo grau. Quanto mais grosseiros indica lesões de
alto grau.
2. MOSAICO: padrão anormal de pequenos vasos com
confluência em “tijolos” ou “mosaicos”. Mesmo significado do
pontilhado. Quanto mais finos e regulares indicam lesões de
baixo grau.
153. PADRÃO VASCULAR ATÍPICO: vasos anormais
(saca-rolhas, alça, “ J” , etc). Suspeito de câncer
invasivo.
IODO NEGATIVO (Teste de Schiller Positivo):
podem representar metaplasia imatura, NIC, ou
baixa taxa de estrogênio.
154. COLPOSCOPIA INSATISFATÓRIA
• JEC não visível / Inflamação severa / Atrofia
severa / Trauma / Cervix não visível.
MISCELÂNIA
• Condiloma / Queratose ou Leucoplasia /
Erosão / Inflamação / Atrofia / Deciduose/
Pólipo.
• LEUCOPLASIA : vista antes do ácido acético.
Camada de queratina sobre o epitélio.
• Principal causa: HPV.
155. Características colposcopicas sugestivas de
alterações metaplásicas
• Superfície lisa com vasos de calibre uniforme.
• Alterações acetobrancas moderadas.
• Iodo negativo ou parcialmente positivo.
156. Características colposcopicas sugestivas de
doença de baixo grau (alterações menores)
• Superfície lisa com uma borda externa
irregular.
• Alteração acetobranca leve que aparece
tardiamente e desaparece rápido.
• Positividade parcial do iodo.
• Pontilhado fino e mosaico regular fino.
157. • Características colposcopicas sugestivas de doença
de alto grau (alterações maiores)
• Superficie lisa (homogênea) com borda externa
abrupta e bem marcada.
• Alteração acetobranca densa que aparece
precocemente e desaparece lentamente (branco
nacarado que lembra “ostra”).
• Negatividade ao iodo, coloração amarelo-mostarda
em epitélio densamente branco prévio.
• Pontilhado grosseiro e mosaico de campos
irregulares e de tamanhos discrepantes.
• Acetobranco denso no epitélio colunar pode indicar
doença glandular.
158. Características colposcopicas sugestivas de
câncer invasivo
• Superfície irregular , erosão ou ulceração.
• Acetobranqueamento denso.
• Pontilhado irregular extenso e mosaico
grosseiro.
• Vasos atípicos.
160. ectópico: Fora do
posicionamento correto;
Deslocado de lugar.
exteriorização deste epitélio
colunar que se expões para a
vagina.
161.
162.
163.
164.
165. O exame ginecológico revela um nódulo arredondado, pequeno e liso (ou um
grupo de nódulos) na superfície do colo uterino. Em raras ocasiões, um exame
colposcópico se faz necessário para distinguir os cistos de Naboth de outros
tipos de lesões cervicais.
173. TESTE DE SCHILLER
• O teste de Schiller é um exame de diagnóstico que
consiste em colorir a região interna da vagina e do
colo do útero com uma solução iodada a fim de
observar a integridade das células desta região.
• Quando o teste de Schiller der positivo significa que
a solução não conseguiu cobrir toda a área e há
alguma alteração, dando um resultado patológico.
• Quando o teste de Schiller der negativo, significa
que a solução foi capaz de cobrir toda a área sem
mostrar alterações, dando um resultado normal.