SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  25
ACADÊMICOS:
ADILSON RODRIGUES
ANGELA MARIA GOMES
NIVERCINDO BARROS DA SILVA
OSCAR RODRIGUES DE MATOS
REINALDO DO AMARAL DA SILVA
Por que


      ?
Cordel segundo o dicionário:
s.m. Corda muito delgada; cordinha.
Bras. Literatura de cordel, o romanceiro
popular nordestino, que se distingue em
dois grandes grupos: o da poesia
improvisada, cantada nas "cantorias", e o
da poesia tradicional, de composição
literária, contida em folhetos pobremente
impressos e vendidos a baixo preço nas
feiras, esquinas e mercados do Nordeste.
No inicio os
versos eram
apenas cantados
              .
Repente (conhecido também como desafio)
é uma tradição
folclórica brasileira
cuja origem remonta aos trovadores
medievais. Especialmente forte no
nordeste brasileiro, é uma mescla
entre poesia e música na qual
predomina o improviso – a criação
de versos "de repente”
Grandes
autores:
Leandro Gomes de Barros ( Pombal, 19 de
novembro de 1865
— Recife, 4 de março de 1918). É considerado por
alguns como o
 primeiro escritor brasileiro de literatura de
cordel, tendo escrito
 mais de 230 obras.
Suas obras inspiraram outros grandes autores,
 como podemos citar:
Ariano Suassuna que escreveu O Auto da
Compadecida inspirado nas obras:O Cavalo Que
Defecava Dinheiro e O Testamento do Cachorro.
Antônio Gonçalves da Silva, dito
Patativa do Assaré, nasceu a 5 de
março de 1909 na Serra de
Santana, pequena propriedade
rural, no município de Assaré, no Sul
do Ceará. De família pobre Patativa só
passou seis meses na escola. Além de
poeta foi cantor e compositor. Em 08
de julho de 2002 faleceu na cidade
que lhe emprestava o nome.
A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Rompeu-se o Natal      Descamba Janeiro,
Porém barra não veio   Depois fevereiro
O sol bem vermeio      E o mesmo verão
Nasceu muito além      Meu Deus, meu
Meu Deus, meu Deus     Deus
Na copa da mata        Entonce o nortista
Buzina a cigarra       Pensando consigo
Ninguém vê a barra     Diz: "isso é castigo
Pois a barra não tem   não chove mais
Ai, ai, ai, ai         não"
                       Ai, ai, ai, ai ...
Xilogravura
1                              3
Eu vou contar uma história     O velho turco era dono
De um pavão misterioso         Duma fábrica de tecidos
Que levantou vôo na Grécia     Com largas propriedades
Com um rapaz corajoso          Dinheiro e bens possuídos
Raptando uma condessa          Deu de herança a seus filhos
Filha de um conde orgulhoso.   Porque eram bem unidos.

2                              4
Residia na Turquia             Depois que o velho morreu
Um viúvo capitalista           Fizeram combinação
Pai de dois filhos solteiros   Porque o tal João Batista
O mais velho João Batista      Concordou com o seu irmão
Então o filho mais novo        E foram negociar
Se chamava Evangelista.        Na mais perfeita união.
7
5
                              Respondeu Evangelista:
Um dia João Batista
                              - Vai que eu ficarei
Pensou pela vaidade
                              regendo os negócios
E disse a Evangelista:
                              como sempre eu trabalhei
- Meu mano eu tenho vontade
                              garanto que nossos bens
de visitar o estrangeiro
                              com cuidado zelarei.
se não te deixar saudade.
                              8
6
                              - Quero te fazer um pedido:
- Olha que nossa riqueza
                              procure no estrangeiro
se acha muito aumentada
                              um objeto bonito
e dessa nossa fortuna
                              só para rapaz solteiro;
ainda não gozei nada
                              traz para mim de presente
portanto convém qu'eu passe
                              embora custe dinheiro
um ano em terra afastada.
11
9
                              João Batista entrou na Grécia
João Batista prometeu
                              Divertiu-se em passear
Com muito boa intenção
                              Comprou passagem de bordo
De comprar um objeto
                              E quando ia embarcar
De gosto de seu irmão
                              Ouviu um grego dizer
Então tomou um paquete
                              Acho bom se demorar.
E seguiu para o Japão.


 10
                              12
João Batista no Japão
                              João Batista interrogou:
Esteve seis meses somente
                              - Amigo fale a verdade
Gozando daquele império
                              por qual motivo o senhor
Percorreu o Oriente
                              manda eu ficar na cidade?
Depois voltou para a Grécia
                              Disse o grego: - Vai haver
Outro país diferente.
                              Uma grande novidade.
13                           15
- Mora aqui nesta cidade     - De ano em ano essa moça
um conde muito valente       bota a cabeça de fora
mais soberbo do que Nero     para o povo adorá-la
pai de uma filha somente     no espaço de uma hora
é a moça mais bonita         para ser vista outra vez
que há no tempo presente     tem um ano de demora.

14                           16
- É a moça em que eu falo    O conde não consentiu
Filha do tal potentado       Outro homem educá-la
O pai tem ela escondida      Só ele como pai dela
Em um quarto de sobrado      Teve o poder de ensiná-la
Chama-se Creuza e criou-se   E será morto o criado
Sem nunca ter passeado.      Que dela ouvir a fala.
Continua...
119                         121
Às quatro da madrugada      O rapaz disse: - Menina
Evangelista desceu          A mim não fizeste mal
Creuza estava acordada      Toda a moça é inocente
Nunca mais adormeceu        Tem seu papel virginal
A moça estava chorando      Cerimônia de donzela
O rapaz lhe apareceu.       É uma coisa natural.

120                         122
O jovem cumprimentou-a      - Todo o seu sonho dourado
Deu-lhe um aperto de mão    é fazer-te minha senhora
A condessa ajoelhou-se      se quiseres casar comigo
Para pedir-lhe perdão       te arrumas e vamos embora
Dizendo: - Meu pai mandou   senão o dia amanhece
Eu fazer-te uma traição     e se perde a nossa hora.
123
- Se o senhor é homem sério
e comigo quer casar
pois tome conta de mim
aqui não quero ficar
se eu falar em casamento
meu pai manda me matar.

124
- Que importa que ele mande
tropas e navios pelos mares
minha viagem é aérea
meu cavalo anda nos ares
nós vamos sair daqui
casar em outros lugares...
.




Pavão Mysteriozo composta por
José Ednardo Soares
Costa Souza ( Ednardo), já foi
gravada por grandes
nomes da MPB como Amelinha,
Belchior e Ney Matogrosso
Momento cordelista:
Quem faz o cordel é
você!
Despedida versos de cordel que tal ?

Contenu connexe

Tendances

Robinson crusoe
Robinson crusoeRobinson crusoe
Robinson crusoe
Morganauca
 
Lendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de PortugalLendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de Portugal
guest1b247a
 
Lendas de alguns distritos de Portugal
Lendas de alguns distritos de PortugalLendas de alguns distritos de Portugal
Lendas de alguns distritos de Portugal
guest1b247a
 
Barbara cartland a caminho do exilio
Barbara cartland   a caminho do exilioBarbara cartland   a caminho do exilio
Barbara cartland a caminho do exilio
Ariovaldo Cunha
 
Barbara cartland a falsa lady
Barbara cartland   a falsa ladyBarbara cartland   a falsa lady
Barbara cartland a falsa lady
Ariovaldo Cunha
 
Barbara cartland a outra face do amor
Barbara cartland   a outra face do amorBarbara cartland   a outra face do amor
Barbara cartland a outra face do amor
Ariovaldo Cunha
 
Barbara cartland a docura de um beijo
Barbara cartland   a docura de um beijoBarbara cartland   a docura de um beijo
Barbara cartland a docura de um beijo
Ariovaldo Cunha
 
Contos português 5ªs A e B 2011
Contos português 5ªs A e B 2011Contos português 5ªs A e B 2011
Contos português 5ªs A e B 2011
ConexaoAlvim
 

Tendances (20)

Resumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hpResumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hp
 
Robinson crusoe
Robinson crusoeRobinson crusoe
Robinson crusoe
 
O milagre das rosas
O milagre das rosasO milagre das rosas
O milagre das rosas
 
O Conto da bela e a fera
O Conto da bela e a feraO Conto da bela e a fera
O Conto da bela e a fera
 
Lendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de PortugalLendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de Portugal
 
Lendas de alguns distritos de Portugal
Lendas de alguns distritos de PortugalLendas de alguns distritos de Portugal
Lendas de alguns distritos de Portugal
 
Barbara cartland a caminho do exilio
Barbara cartland   a caminho do exilioBarbara cartland   a caminho do exilio
Barbara cartland a caminho do exilio
 
Barbara cartland a falsa lady
Barbara cartland   a falsa ladyBarbara cartland   a falsa lady
Barbara cartland a falsa lady
 
Ppt cavaleiro
Ppt cavaleiroPpt cavaleiro
Ppt cavaleiro
 
Livro
LivroLivro
Livro
 
História de salomão
História de salomãoHistória de salomão
História de salomão
 
O cavaleiro da dinamarca
O cavaleiro da dinamarcaO cavaleiro da dinamarca
O cavaleiro da dinamarca
 
Barbara cartland a outra face do amor
Barbara cartland   a outra face do amorBarbara cartland   a outra face do amor
Barbara cartland a outra face do amor
 
Milagre das rosas
Milagre das rosasMilagre das rosas
Milagre das rosas
 
Sétimo milenio - Samuel Ramos - original
Sétimo milenio - Samuel Ramos - originalSétimo milenio - Samuel Ramos - original
Sétimo milenio - Samuel Ramos - original
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por Capítulos
 
A bela e a Fera
A bela e a FeraA bela e a Fera
A bela e a Fera
 
Barbara cartland a docura de um beijo
Barbara cartland   a docura de um beijoBarbara cartland   a docura de um beijo
Barbara cartland a docura de um beijo
 
Contos português 5ªs A e B 2011
Contos português 5ªs A e B 2011Contos português 5ªs A e B 2011
Contos português 5ªs A e B 2011
 
Memorial do Convento - Cap. I
Memorial do Convento - Cap. IMemorial do Convento - Cap. I
Memorial do Convento - Cap. I
 

En vedette

Projeto literatura de_cordel_ivanilda
Projeto literatura de_cordel_ivanildaProjeto literatura de_cordel_ivanilda
Projeto literatura de_cordel_ivanilda
Ivanilda Milfont
 
História da língua portuguesa
História da língua portuguesaHistória da língua portuguesa
História da língua portuguesa
ma.no.el.ne.ves
 
Verbal Tenses - Simple Present
Verbal Tenses - Simple PresentVerbal Tenses - Simple Present
Verbal Tenses - Simple Present
acessoriaem21ma
 
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opiniãoDiferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Elaine Maia
 

En vedette (20)

Ideologia mais escolas literarias
Ideologia mais  escolas literariasIdeologia mais  escolas literarias
Ideologia mais escolas literarias
 
Cordel margaridadespedida definitivo
Cordel margaridadespedida definitivoCordel margaridadespedida definitivo
Cordel margaridadespedida definitivo
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJAA IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
 
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
 
Projeto literatura de_cordel_ivanilda
Projeto literatura de_cordel_ivanildaProjeto literatura de_cordel_ivanilda
Projeto literatura de_cordel_ivanilda
 
Oficina de História em Quadrinhos
Oficina de História em QuadrinhosOficina de História em Quadrinhos
Oficina de História em Quadrinhos
 
Pornografia na internet: Come ela chega aos seus filhos e como evitá-la
Pornografia na internet: Come ela chega aos seus filhos e como evitá-laPornografia na internet: Come ela chega aos seus filhos e como evitá-la
Pornografia na internet: Come ela chega aos seus filhos e como evitá-la
 
Revista Cordel
Revista CordelRevista Cordel
Revista Cordel
 
Figuras Linguagem
Figuras LinguagemFiguras Linguagem
Figuras Linguagem
 
História da língua portuguesa
História da língua portuguesaHistória da língua portuguesa
História da língua portuguesa
 
Possessive Nouns
Possessive NounsPossessive Nouns
Possessive Nouns
 
Verbal Tenses - Simple Present
Verbal Tenses - Simple PresentVerbal Tenses - Simple Present
Verbal Tenses - Simple Present
 
Substantivos - nouns
Substantivos - nounsSubstantivos - nouns
Substantivos - nouns
 
A (indiscreta) história da pornografia
A (indiscreta) história da pornografiaA (indiscreta) história da pornografia
A (indiscreta) história da pornografia
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
Cordel
CordelCordel
Cordel
 
Plural Of Nouns
Plural Of NounsPlural Of Nouns
Plural Of Nouns
 
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
 
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opiniãoDiferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
 

Similaire à Literatura de cordel

Roteiro de Leitura
Roteiro de LeituraRoteiro de Leitura
Roteiro de Leitura
vialongadt
 
Artur azevedo na horta
Artur azevedo   na hortaArtur azevedo   na horta
Artur azevedo na horta
Tulipa Zoá
 
Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)
Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)
Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)
luisprista
 
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu menino
C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu meninoC.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu menino
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu menino
Ariovaldo Cunha
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
marlidf
 
O cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão catO cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão cat
partilhando
 

Similaire à Literatura de cordel (20)

Roteiro de Leitura
Roteiro de LeituraRoteiro de Leitura
Roteiro de Leitura
 
Artur azevedo na horta
Artur azevedo   na hortaArtur azevedo   na horta
Artur azevedo na horta
 
Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)
Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)
Trabalhos Da Semana Jgf 4 (Idiomatismos E Outras Tarefas)
 
O jardim
O jardimO jardim
O jardim
 
Miolo joao bobo
Miolo joao boboMiolo joao bobo
Miolo joao bobo
 
O Quarto Rei Mago
O Quarto Rei MagoO Quarto Rei Mago
O Quarto Rei Mago
 
O Quarto Rei Mago
O Quarto Rei MagoO Quarto Rei Mago
O Quarto Rei Mago
 
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu menino
C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu meninoC.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu menino
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 3 - o cavalo e seu menino
 
Conto-meu tio jules
Conto-meu tio julesConto-meu tio jules
Conto-meu tio jules
 
Atividade O homem mais rico da Babilônia.pdf
Atividade O homem mais rico da Babilônia.pdfAtividade O homem mais rico da Babilônia.pdf
Atividade O homem mais rico da Babilônia.pdf
 
Machado de assis (1)
Machado de assis (1)Machado de assis (1)
Machado de assis (1)
 
Lendas e mitos região centro oeste
Lendas e mitos região centro oesteLendas e mitos região centro oeste
Lendas e mitos região centro oeste
 
lima_barreto_javanes.pdf
lima_barreto_javanes.pdflima_barreto_javanes.pdf
lima_barreto_javanes.pdf
 
Contos
ContosContos
Contos
 
O princípe feliz animação da leitura f
O princípe feliz animação da leitura fO princípe feliz animação da leitura f
O princípe feliz animação da leitura f
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
 
Drácula bram stoker
Drácula bram stokerDrácula bram stoker
Drácula bram stoker
 
O outro rei mago
O outro rei magoO outro rei mago
O outro rei mago
 
Contos Tradicionais
Contos TradicionaisContos Tradicionais
Contos Tradicionais
 
O cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão catO cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão cat
 

Plus de angelamariagomes

Plus de angelamariagomes (8)

Oficina cantoria, cordel e cult. popular
Oficina   cantoria, cordel e cult. popularOficina   cantoria, cordel e cult. popular
Oficina cantoria, cordel e cult. popular
 
Poemas pinçados
Poemas pinçadosPoemas pinçados
Poemas pinçados
 
Palestra de rolim de moura literatura infanto-juvenil ou simplesmente liter...
Palestra de rolim de moura   literatura infanto-juvenil ou simplesmente liter...Palestra de rolim de moura   literatura infanto-juvenil ou simplesmente liter...
Palestra de rolim de moura literatura infanto-juvenil ou simplesmente liter...
 
Chico Buarque
Chico BuarqueChico Buarque
Chico Buarque
 
Literatura afro brasileira
Literatura afro brasileiraLiteratura afro brasileira
Literatura afro brasileira
 
Contos
ContosContos
Contos
 
Literatura midiática
Literatura midiáticaLiteratura midiática
Literatura midiática
 
Literatura midiática
Literatura midiáticaLiteratura midiática
Literatura midiática
 

Dernier

atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 

Dernier (20)

Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 

Literatura de cordel

  • 1. ACADÊMICOS: ADILSON RODRIGUES ANGELA MARIA GOMES NIVERCINDO BARROS DA SILVA OSCAR RODRIGUES DE MATOS REINALDO DO AMARAL DA SILVA
  • 3.
  • 4. Cordel segundo o dicionário: s.m. Corda muito delgada; cordinha. Bras. Literatura de cordel, o romanceiro popular nordestino, que se distingue em dois grandes grupos: o da poesia improvisada, cantada nas "cantorias", e o da poesia tradicional, de composição literária, contida em folhetos pobremente impressos e vendidos a baixo preço nas feiras, esquinas e mercados do Nordeste.
  • 5. No inicio os versos eram apenas cantados .
  • 6. Repente (conhecido também como desafio) é uma tradição folclórica brasileira cuja origem remonta aos trovadores medievais. Especialmente forte no nordeste brasileiro, é uma mescla entre poesia e música na qual predomina o improviso – a criação de versos "de repente”
  • 8. Leandro Gomes de Barros ( Pombal, 19 de novembro de 1865 — Recife, 4 de março de 1918). É considerado por alguns como o primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel, tendo escrito mais de 230 obras. Suas obras inspiraram outros grandes autores, como podemos citar: Ariano Suassuna que escreveu O Auto da Compadecida inspirado nas obras:O Cavalo Que Defecava Dinheiro e O Testamento do Cachorro.
  • 9. Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará. De família pobre Patativa só passou seis meses na escola. Além de poeta foi cantor e compositor. Em 08 de julho de 2002 faleceu na cidade que lhe emprestava o nome.
  • 10. A treze do mês Ele fez experiência Perdeu sua crença Nas pedras de sal, Meu Deus, meu Deus Mas noutra esperança Com gosto se agarra Pensando na barra Do alegre Natal Ai, ai, ai, ai
  • 11. Sem chuva na terra Rompeu-se o Natal Descamba Janeiro, Porém barra não veio Depois fevereiro O sol bem vermeio E o mesmo verão Nasceu muito além Meu Deus, meu Meu Deus, meu Deus Deus Na copa da mata Entonce o nortista Buzina a cigarra Pensando consigo Ninguém vê a barra Diz: "isso é castigo Pois a barra não tem não chove mais Ai, ai, ai, ai não" Ai, ai, ai, ai ...
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. 1 3 Eu vou contar uma história O velho turco era dono De um pavão misterioso Duma fábrica de tecidos Que levantou vôo na Grécia Com largas propriedades Com um rapaz corajoso Dinheiro e bens possuídos Raptando uma condessa Deu de herança a seus filhos Filha de um conde orgulhoso. Porque eram bem unidos. 2 4 Residia na Turquia Depois que o velho morreu Um viúvo capitalista Fizeram combinação Pai de dois filhos solteiros Porque o tal João Batista O mais velho João Batista Concordou com o seu irmão Então o filho mais novo E foram negociar Se chamava Evangelista. Na mais perfeita união.
  • 17. 7 5 Respondeu Evangelista: Um dia João Batista - Vai que eu ficarei Pensou pela vaidade regendo os negócios E disse a Evangelista: como sempre eu trabalhei - Meu mano eu tenho vontade garanto que nossos bens de visitar o estrangeiro com cuidado zelarei. se não te deixar saudade. 8 6 - Quero te fazer um pedido: - Olha que nossa riqueza procure no estrangeiro se acha muito aumentada um objeto bonito e dessa nossa fortuna só para rapaz solteiro; ainda não gozei nada traz para mim de presente portanto convém qu'eu passe embora custe dinheiro um ano em terra afastada.
  • 18. 11 9 João Batista entrou na Grécia João Batista prometeu Divertiu-se em passear Com muito boa intenção Comprou passagem de bordo De comprar um objeto E quando ia embarcar De gosto de seu irmão Ouviu um grego dizer Então tomou um paquete Acho bom se demorar. E seguiu para o Japão. 10 12 João Batista no Japão João Batista interrogou: Esteve seis meses somente - Amigo fale a verdade Gozando daquele império por qual motivo o senhor Percorreu o Oriente manda eu ficar na cidade? Depois voltou para a Grécia Disse o grego: - Vai haver Outro país diferente. Uma grande novidade.
  • 19. 13 15 - Mora aqui nesta cidade - De ano em ano essa moça um conde muito valente bota a cabeça de fora mais soberbo do que Nero para o povo adorá-la pai de uma filha somente no espaço de uma hora é a moça mais bonita para ser vista outra vez que há no tempo presente tem um ano de demora. 14 16 - É a moça em que eu falo O conde não consentiu Filha do tal potentado Outro homem educá-la O pai tem ela escondida Só ele como pai dela Em um quarto de sobrado Teve o poder de ensiná-la Chama-se Creuza e criou-se E será morto o criado Sem nunca ter passeado. Que dela ouvir a fala.
  • 21. 119 121 Às quatro da madrugada O rapaz disse: - Menina Evangelista desceu A mim não fizeste mal Creuza estava acordada Toda a moça é inocente Nunca mais adormeceu Tem seu papel virginal A moça estava chorando Cerimônia de donzela O rapaz lhe apareceu. É uma coisa natural. 120 122 O jovem cumprimentou-a - Todo o seu sonho dourado Deu-lhe um aperto de mão é fazer-te minha senhora A condessa ajoelhou-se se quiseres casar comigo Para pedir-lhe perdão te arrumas e vamos embora Dizendo: - Meu pai mandou senão o dia amanhece Eu fazer-te uma traição e se perde a nossa hora.
  • 22. 123 - Se o senhor é homem sério e comigo quer casar pois tome conta de mim aqui não quero ficar se eu falar em casamento meu pai manda me matar. 124 - Que importa que ele mande tropas e navios pelos mares minha viagem é aérea meu cavalo anda nos ares nós vamos sair daqui casar em outros lugares...
  • 23. . Pavão Mysteriozo composta por José Ednardo Soares Costa Souza ( Ednardo), já foi gravada por grandes nomes da MPB como Amelinha, Belchior e Ney Matogrosso
  • 24. Momento cordelista: Quem faz o cordel é você!
  • 25. Despedida versos de cordel que tal ?