O documento apresenta a aldeia de Outeiro de Gatos, onde o narrador vive com sua musa Ruivinha. A aldeia tem pedregulhos de granito, terrenos com árvores de fruto e legumes, riachos gelados e casas de pedra com lareira. Os habitantes cultivam a terra e gostam de passear, e o narrador e Ruivinha gostam de namorar, conversar com amigos e observar a natureza.
5. Leram a outra história?
Então sabem do segredo… do segredo do sol e da lua.
Mas agora a história é outra e bem diferente, porque ser Gato gatão, poeta
de profissão é muito exigente.
6. Na aldeia dos Gatos sinto alegria: tenho os meus amigos, a família e quem
goste da minha poesia. Vou apresentar-vos o meu lugar e a minha Ruivinha.
A minha aldeia chama-se Outeiro de Gatos e fica na Beira.
A Ruivinha é a minha musa e está sempre na brincadeira.
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8. Nós brincamos muito e nas ruas gostamos de correr…
À tardinha, enrolamo-nos no sofá e tomamos um chá.
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10. Outeiro de Gatos tem pedregulhos de granito e terrenos de cores.
A Ruivinha gosta de passear e de cheirar as flores.
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12. Os terrenos têm árvores de fruto, legumes e cheiram a pó.
A Ruivinha é sorridente e gosta de fazer pão-de-ló.
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14. Também tem riachos e a água é gelada,
mesmo assim, tomo a minha banhoca e a Ruivinha fica admirada.
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16. Na aldeia dos gatos as casas são de pedra e têm lareira,
a Ruivinha tem olhos verdes e é boa cozinheira.
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18. Os habitantes da aldeia têm terrenos para cultivar
e a Ruivinha gosta de os acompanhar
19. No caminho há muito para ver: árvores de fruto, casas e casinhas.
burros e burrinhos e… gatos e gatinhos.
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21. De noite, vejo as estrelas e o brilho da lua,
a Ruivinha tem frio e não quer ficar na rua.
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23. De manhã, acordo com o sino da igreja,
a Ruivinha também acorda e até boceja.
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25. Os meus amigos gatos são muito valentes
e a Ruivinha tem companheiras muito sorridentes.
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27. Com eles fazemos descobertas e gostamos de conversar,
com a Ruivinha gosto de namorar.
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29. No Inverno vem frio e tudo fica branco.
Com os focinhos na janela, só dizemos: Que espanto!
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31. Enfim!
Para um Gato Gatão, poeta de profissão,
esta aldeia é fonte de imaginação.
32. E já vai longa a minha escrita, preciso de descansar
e a Ruivinha já me está a chamar.
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34. Vou fazer um sono para outra história aparecer…
D. Leão!... D.Catatua!... Mas que história é esta?
Não percam o próximo livro!