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EÇA DE QUEIRÓS (1845-1900)
Vida e Obra de Eça de Queirós José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim, em 1845.  	Filho de José Maria de Almeida Teixeira de Queirós e de D. Carolina Augusta Pereira de Eça, foi entregue à nascença aos cuidados de uma ama que dele tomou conta até aos seis anos, idade com que se mudou para a casa dos avós paternos (Aveiro).  Pais de Eça de Queirós
Vida e Obra de Eça de Queirós Aos dez anos, entrou para o Colégio da Lapa (Porto), onde foi aluno de Ramalho Ortigão.  Em 1861 foi estudar Direito para Coimbra. Paralelamente à vida de estudante, participou no Teatro Académico e na vida boémia coimbrã.
Vida e Obra de Eça de Queirós A sua veia satírica e contestatária cedo se revelou, tendo-se envolvido no conflito de ideias e gerações que ficou conhecido por «Questão Coimbrã». Pertenceu ao grupo denominado «Geração de 70», do qual fizeram parte também nomes como Antero de Quental, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins.  Geração de 70
Vida e Obra de Eça de Queirós Estreou-se como escritor com a publicação de um conjunto de textos que, numa edição póstuma, vieram a ser parcialmente compilados no volume Prosas Bárbaras. Desde então viveu a sua vida dividido entre a política e a literatura.  Foi  nomeado Director do jornal político Distrito de Évora,participou activamente nas polémicas «Conferências Democráticas do Casino» e, em 1873, foi nomeado cônsul  em Havana (Cuba). No ano da publicação da sua obra-prima, Os Maias, exercia o cargo de cônsul em Paris.
Vida e Obra de Eça de Queirós No percurso da sua obra diferenciam-se três fases estéticas:  ,[object Object]
 a fase do Realismo, com a participação nas Conferências do Casino Lisbonense e patente ainda nos romances O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro;
 a fase de superação do Realismo-Naturalismo, visível nas obras Os Maias, A Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras.Eça de Queirós  e Ramalho Ortigão
Vida e Obra de Eça de Queirós Casou-se aos quarenta anos com Emília de Resende, com quem teve quatro filhos. Apesar do longo exílio diplomático, permaneceu amigo e ligado ao «Grupo dos Vencidos da Vida», encontrando-se com eles sempre que vinha a Lisboa. Morreu em Paris no ano de 1900. Eça de Queirós  e  Emília de Resende

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Eça de Queirós

  • 1. EÇA DE QUEIRÓS (1845-1900)
  • 2. Vida e Obra de Eça de Queirós José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim, em 1845. Filho de José Maria de Almeida Teixeira de Queirós e de D. Carolina Augusta Pereira de Eça, foi entregue à nascença aos cuidados de uma ama que dele tomou conta até aos seis anos, idade com que se mudou para a casa dos avós paternos (Aveiro). Pais de Eça de Queirós
  • 3. Vida e Obra de Eça de Queirós Aos dez anos, entrou para o Colégio da Lapa (Porto), onde foi aluno de Ramalho Ortigão. Em 1861 foi estudar Direito para Coimbra. Paralelamente à vida de estudante, participou no Teatro Académico e na vida boémia coimbrã.
  • 4. Vida e Obra de Eça de Queirós A sua veia satírica e contestatária cedo se revelou, tendo-se envolvido no conflito de ideias e gerações que ficou conhecido por «Questão Coimbrã». Pertenceu ao grupo denominado «Geração de 70», do qual fizeram parte também nomes como Antero de Quental, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins. Geração de 70
  • 5. Vida e Obra de Eça de Queirós Estreou-se como escritor com a publicação de um conjunto de textos que, numa edição póstuma, vieram a ser parcialmente compilados no volume Prosas Bárbaras. Desde então viveu a sua vida dividido entre a política e a literatura. Foi nomeado Director do jornal político Distrito de Évora,participou activamente nas polémicas «Conferências Democráticas do Casino» e, em 1873, foi nomeado cônsul em Havana (Cuba). No ano da publicação da sua obra-prima, Os Maias, exercia o cargo de cônsul em Paris.
  • 6.
  • 7. a fase do Realismo, com a participação nas Conferências do Casino Lisbonense e patente ainda nos romances O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro;
  • 8. a fase de superação do Realismo-Naturalismo, visível nas obras Os Maias, A Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras.Eça de Queirós e Ramalho Ortigão
  • 9. Vida e Obra de Eça de Queirós Casou-se aos quarenta anos com Emília de Resende, com quem teve quatro filhos. Apesar do longo exílio diplomático, permaneceu amigo e ligado ao «Grupo dos Vencidos da Vida», encontrando-se com eles sempre que vinha a Lisboa. Morreu em Paris no ano de 1900. Eça de Queirós e Emília de Resende
  • 10. «Porque é um génio único, sem par, e por isso mesmo inimitável. O génio de Eça que nos põe a ridículo, que nos descalça em público, que nos expõe às misérias e grandezas do Mundo – não pode ser repetido por nenhum outro escritor.» João de Melo
  • 11. Concebido por Ana Ribeiro