O documento discute as diferenças entre o mundo árabe e o mundo muçulmano. Descreve o povo árabe e sua origem na Península Arábica. Também discute a expansão do Islã pelo Magreb, incluindo os berberes e beduínos de regiões como Marrocos, Argélia e Tunísia.
3. POVO ÁRABE
• Arabes- povo heterogéneo que habita principalmente
o Médio Oriente e a África setentrional.
• Originário da península Arábica (desértica) está
associado ao nomadismo (dificuldades de plantio e
criação de animais)
•.A essas tribos do deserto dá-se o nome de beduínos.
(caravanas nómadas em busca de água e de melhores condições de
vida).
6. BERBERES
Os berberes "homens livres", são um
conjunto de povos do Norte de África que
falam línguas berberes da família de línguas
afro-asiáticas. Estima-se que existam entre
58 e 75 milhões de pessoas que falam estas
línguas, principalmente em Marrocos e
Argélia, mas também fazendo parte deste
grupo os tuaregues predominantemente
nómadas do Sahara.
Os Beduínos são um povo nómada que vive nos desertos do Médio Oriente e do
norte da África. Os beduínos representam cerca de 10% dos habitantes do Médio
Oriente e têm o nome derivado das palavras árabes al bedu ("habitantes das terras
abertas") ou al beit ("povo da tenda").
8. MAGREB
O Magrebe ou Magreb - (em árabe, المغرب,
Al-Maghrib) significa poente ou ocidente.
Região africana que abrange Marrocos,
Sahara Ocidental, Argélia e Tunísia
(Pequeno Magreb ou Magreb Central).
O Grande Magreb inclui também a
Mauritânia e a Líbia. (África menor no Império
Romano).
9. Evolução histórica
Conquistado pelos Árabes em 647 (convertido ao Islão)
A colonização europeia
França apodera-se de Argel (1830), Tunísia (1881),
Mauritânia (1904) e Marrocos (1911) tornam-se
protectorados franceses
Itália ocupa a Líbia em 1911.
Descolonização
Itália – fim da Segunda Guerra Mundial
França concede a independência à Tunísia e Marrocos
(1956), Mauritânia (1960), na Argélia a guerra da
independência durou de 1954 a 1962.
10. PERCURSOS DISTINTOS
Argélia- regime autoritário com tendência
socialista. Depois de 1992 – guerra civil (GIA).
Tunísia – regime autoritário
Líbia – regime autoritário (socialista) Kadhafi
Marrocos – monarquia
Mauritânia - indivíduos e tribos específicas
(população negra do Sul e árabes-berbéres do
Norte)
12. MACHREK
Machrek – nascente, oriente árabe, desde o mundo
nilótico até ao Iraque e Península Arábica (Iraque,
Síria, Líbano, Jordânia, Israel e Koweit, Autoridade
palestiniana).
Crescente fértil (arco de círculo da margem oriental
do Mediterrâneo até às planícies ricas da
Mesopotâmia). Berço de antigas civilizações
(importância comercial e estratégica).
Boom petrolífero dos anos 70
13. O MUNDO NILÓTICO
Entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho.
Importância estratégica com a abertura do
Canal do Suez.
Rio Nilo (6.700Km), único corredor de vida
entre a África negra e a África branca.
Relações conflituosas entre o Egipto e o
Sudão (País charneira entre a África negra e a
África branca).
14. O Egipto está, pela sua história e
pela sua localização, no centro do
mundo árabe.
Factor-chave de equilíbrio do
Próximo Oriente.
Papel fundamental na
Conferência de Bandung (1955),
promoção dos princípios do não-
alinhamento.
EGIPTO
15. PENÍNSULA ÁRABE
Quadrilátero desértico, cercado pelo
Mar Vermelho, pelo mar de Oman e
pelo Golfo Pérsico, compreende a
Arábia Saudita, os Emiratos Árabes
Unidos, o Koweit, o emirato do
Bahrein, o emirato do Qatar, o
sultanato de Oman e a república do
Iémen.
Berço do Islão.
Riqueza em hidrocarbonetos.
Enorme conflitualidade regional.
16. A SOCIEDADE NA ARÁBIA
CENTRAL
Beduínos e sedentários
Arábia Desértica – ausência de cursos de água e
escassez de precipitação (nomadismo).
Arábia Feliz – condições climatéricas favoráveis
para o cultivo e fixação da população.
Meca e Mediana (situadas na Arábia Central) tornaram-se núcleos
populacionais importantes de vido às rotas comerciais
Beduínos - temperamento resistente, solidário, hospitaleiro e generoso.
17. O CORNO DE ÁFRICA
A origem da designação “Corno de
África” pode estar na forma
pontiaguda daquela parte do
continente. Os nativos da região
associam-no ao efeito afrodisíaco
do corno de rinoceronte e, para
muitos africanos, é um símbolo de
poder, além de um importante meio
de comunicação (tradicionalmente,
o anúncio para as principais
cerimónias tribais é feito soprando-
se num corno de papala ou cudo,
dois dos antílopes mais “nobres”).