1. 19/8/2010
Análise e Gestão de Custos
Ambientais
Gestão Ambiental
2004
Análise e Gestão de Custos
Ambientais
Engº Antonio Fernando Navarro, M.Sc.
Engenheiro Civil
Especialista em Gestão de Riscos
navarro@vm.uff.br; afnavarro@terra.com.br
Conceito de Riscos
“Riscos são todos os insucessos
ocorridos em uma determinada fase ou
época e não de todo esperados”.
“Riscos ambientais são todos aqueles
que têm potencial de causar danos ao
Meio Ambiente”.
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2. 19/8/2010
Conceitos de Riscos
Risco não é somente o que está para acontecer ou
o que temos receio de que aconteça:
l Hoje teremos o risco de um temporal; Levem os
seus casacos; Não cheguem tarde da noite;
l Há risco de vocês serem assaltados, portanto,
não cheguem tarde; Não andem por ruas escuras;
l Se vocês não estudarem correrão o risco de não
tirar boas notas;
l Não tente consertar o chuveiro para não ter o
risco de levar um choque.
Onde se encontram Riscos
Os riscos podem vir a ser encontrados em
várias atividades, como:
l procedimentos cirúrgicos;
l operações financeiras;
l construções civis;
l montagens industriais;
l implantação de empreendimentos, etc.
Qualificação e Quantificação de Riscos
Qualificação - identificação do tipo de risco
(trata-se de um risco de incêndio, de um risco
de explosão, de um risco de danos elétricos,
etc.).
l Quantificação - determinação do valor da
perda, expressa em percentual do valor dos
bens ou em valores absolutos, ou do tamanho
do prejuízo a se verificar no futuro (P.Ex. o
risco, se ocorrer, poderá gerar uma perda que
irá afetar 48% do patrimônio da indústria).
l
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3. 19/8/2010
Custos versus Riscos
Quando o risco se materializa tem-se o
dano. Quase sempre o dano está
associado a uma perda material. Todavia
...
Risco
Acidente ambiental - Bhopal, Índia
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4. 19/8/2010
Causa do acidente
Bophal, na Índia
Em dezembro de 1984, vazou uma nuvem de
isocianato de metila da fábrica de defensivos agrícolas
da Union Carbide, causando pelo menos 3.800 mortes,
além de centenas de incapacitados e gerando
complicações diplomáticas entre a Índia e os Estados
Unidos. Até hoje os reflexos genéticos de Bophal são
sentidos entre os atingidos e seus descendentes. Este
evento gerou nos Estados Unidos o surgimento ou
recrudecimento de várias leis ambientais, favorecendo
inclusive no fortalecimento da FDA (Food and Drug
Administration) e da EPA (Environment Protection
Agency), além da criação do Superfund (Fundo Federal
para Acidentes Ambientais).
Acidente na cidade do México
Um exemplo, fora da área química, porém igualmente
catastrófico, ocorreu em um subúrbio da cidade do
México, San Juanico (1984), quando vazou GLP de
um tanque de uma empresa distribuidora. Uma
enorme nuvem de gás não confinada de GLP (mais
pesado do que o ar) foi se formando ao rés do chão
até que se inflamou e em um efeito reverso atingiu as
fontes de vazamento, gerando uma série de grandes
explosões. Cilindros de GLP voaram como se fossem
foguetes balísticos. Houve uma destruição tremenda
atingindo toda a comunidade vizinha da empresa. As
chamas foram tão intensas que os pilotos de um avião
comercial que sobrevoava o local naquele momento
acharam que o céu tinha se incendiado.
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5. 19/8/2010
Informações sobre grandes acidentes ambientais ocorridos
no mundo foram determinantes para a formação de uma
opinião pública sensível à questão ambiental. Até 1.986
ocorreram 2.500 acidentes industriais no mundo (Major
Hazard Incident Data Service), mais da metade (1.419) em
apenas cinco anos (1981 a 1986).
Grandes acidentes ambientais, que envolveram maior
número de mortes e milhões de dólares de indenização,
num total de 233 acidentes, ocorreram no período de 1970
a 1989.
A divulgação em escala mundial desses fatos contribuiu
para sensibilizar a opinião pública e para fortalecer os
movimentos ambientalistas, que se multiplicaram nesse
período, além de gerar um conjunto de leis ambientais e de
órgãos de controle que não existiam antes de 1970.
Risco
Riscos Puros
l
Os riscos puros são aqueles onde há
somente duas possibilidades: perder ou
não perder. Não existe a chance de
nada acontecer, ou seja, quase que o
risco materializou-se.
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6. 19/8/2010
Riscos Especulativos
Nos
riscos
especulativos
há
possibilidade, além da perda ou da não
perda, do ganho. O componente
adicional desse enquadramento é o do
ganho, que até então não era abordado.
Em um jogo, qualquer que seja ele, podese perder, pode-se ganhar e pode-se não
perder se não houver a participação do
jogador.
Riscos Voluntários
Riscos voluntários são todos aqueles incorridos
conscientemente pela empresa ou por seus
funcionários. A morte de soldados durante uma
guerra travada entre dois países é um risco
voluntário do país invasor. A navegação em um
mar revolto é um risco voluntário do comandante
da embarcação. Atravessar a pé uma grande
avenida com o sinal de pedestres fechado é um
risco voluntário do próprio pedestre.
Riscos Acidentais
Riscos acidentais são aqueles sem que tenha
havido contribuição voluntária para tal.
O desabamento de um prédio, o alagamento de
um pátio de estocagem, os riscos a que estão
sujeitos os construtores são também riscos
acidentais. Os riscos acidentais podem ser
enquadrados
dentro
das
características
daqueles decorrentes das atividades normais de
uma empresa, gerados acidentalmente. Da
mesma forma como nos riscos voluntários, os
riscos acidentais também são riscos puros.
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7. 19/8/2010
Risco
Riscos Aleatórios
Riscos aleatórios são os eventos
ocorridos sem a participação humana:
terremotos,
maremotos,
vendavais,
furacões, enchentes, inundações. São
considerados os eventos de causa
externa, também conhecidos como riscos
da natureza. A aleatoriedade dos riscos
indica que não podem ser previstos.
Podem ocorrer a qualquer momento.
Risco
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8. 19/8/2010
Risco
Risco
Riscos Dinâmicos
São os derivados da atividade financeira
especulativa. O risco do sucesso de um
lançamento imobiliário é um risco
dinâmico, da mesma forma que o
lançamento de um novo produto no
mercado consumidor.
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9. 19/8/2010
Riscos Dinâmicos
Normalmente não são riscos sujeitos a
processos de Gestão de Riscos. Os
fatores que impedem a avaliação mais
criteriosa são:
l dependência de fatores externos ao
processo (p.ex. conjunturas econômicas);
l execução inadequada do projeto ou da
execução desse por não se ter levado em
consideração parâmetros importantes.
Riscos Estáticos
Riscos nos quais a efetivação do evento pode ou deve
pressupor uma perda ou uma redução do patrimônio
humano ou material da empresa. Um incêndio ou um
alagamento são riscos estáticos.
A determinação da magnitude ou da gravidade dos
riscos estáticos deve ser feita partindo-se dos seguintes
dados:
l aleatoriedade das ocorrências de perdas;
l freqüência das ocorrências;
l valores médios das perdas;
l valores acumulados de perdas previsíveis e esperadas;
l perda máxima possível, e outros dados estatísticos.
Acidente Industrial
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11. 19/8/2010
Elementos pesquisados na Análise
de Riscos
l Riscos que
têm maior probabilidade
de ocorrência;
l Freqüência de ocorrência dos riscos;
l Causas e conseqüências das
ocorrências;
l Perdas usualmente verificadas;
l Processos de prevenção existentes
que venham a inibir as ocorrências.
Acidente Ambiental
Evento inesperado e indesejável que
afeta, diretamente ou indiretamente, a
saúde e a segurança da população, ou
que causa impactos agudos ao meio
ambiente.
Conseqüências dos acidentes ambientais
ü Perda de vidas humanas;
ü Impactos ambientais;
ü Danos à saúde humana;
ü Prejuízos econômicos;
ü Efeitos psicológicos na população;
ü Comprometimento d imagem da indústria e
do governo.
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12. 19/8/2010
Vazamento de óleo combustível por duto - Campinas (1990).
Acidentes ambientais por dutos, registrados
pela CETESB – 1980/2002
Acidentes ambientais por duto, de acordo com tipo
de produto transportado (1980 a 2002)
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14. 19/8/2010
Manguezal atingido por vazamento de produto
Limpeza de poluentes
Acidente Químico
Acontecimento ou situação perigosa que
resulta na liberação de uma substância ou
substâncias perigosas para a saúde
humana e/ou ao meio ambiente, a curto ou
grande prazo.
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16. 19/8/2010
Acidentes maiores envolvendo substâncias químicas
ü
ü
ü
ü
ü
ü
16/4/47, Cidade do Texas, EUA: barco; explosão; 552
mortos e 3000 feridos.
4/1/66, Feyzin, Francia: armazenagem; explosão; 18 mortos
e 81 feridos.
21/9/72, Rio de Janeiro, Brasil: explosão/fogo; 37 mortos y
53 feridos.
1/6/74, Flixborough, UK: industria; explosão/fogo; 28
mortos y 104 feridos.
10/7/76, Seveso, Itália: industria; liberação tóxica;
contaminação da região.
9/1/78, São Sebastião, Brasil: barco; derrame de 6000 ton de
cru.
Acidentes maiores envolvendo substâncias químicas
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ü
ü
11/7/78, San Carlos, Espanha: caminhão; explosão;
216 mortos e 200 feridos.
25/2/84, Cubatão, Brasil: ducto; fogo; 93 mortos e
500 evacuados.
19/11/84, Cidade do México: armazenamento;
explosão / fogo; 650 mortos e 6400 feridos.
3/12/84, Bhopal, Índia: industria; emissão tóxica;
4000 mortos e 200.000 intoxicados.
24/3/89, Alasca, EUA: barco; derrame de 40.000
ton de cru; 100.000 pássaros mortos.
Diretrizes Internacionais
ð Diretriz de Seveso, CEE;
ð CAER - Community Awareness and Emergency
Response, CMA, USA;
ð The Emergency Planning and Community Right-to-
know, EPA, USA;
ð APELL - Awareness and Preparedness for
Emergency at Local Level, UNEP;
ð Responsible Care, ICCA;
ð Convención 174, OIL.
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17. 19/8/2010
Acidentes ambientais - Gerenciamento
Prevenção
Intervenção
Identificação de perigos
Avaliação do acidente
Avaliação dos riscos
Comunicação
Redução dos riscos
Mobilização
Plano de emergência
Resposta
Treinamento
Recuperação
Gerenciamento dos riscos
Acidente
Redução das
freqüências
Redução das
conseqüências
Prevenção
Proteção
Gerenciamento
dos riscos
Acidentes ambientais
Infra-estrutura
w Recursos humanos:
- peritos;
- Treinamento.
w Recursos materiais:
- comunicação;
- equipamentos de proteção;
- equipos de combate a liberações.
w Manutenção do sistema.
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18. 19/8/2010
Gerenciamento de acidentes ambientais
Comunidade
Meio
ambiente
Indústria
Defesa
Civil
Polícia
Saúde
Bombeiros
Histórico de acidentes maiores
Histórico de acidentes maiores
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20. 19/8/2010
Como prevenir?
Nível de risco / necessidade de controle
TRIVIAL
Não é requerida nenhuma ação e não é
necessário conservar registros documentados
TOLERÁVEL
Não são requeridos controles adicionais. Devem
ser feitas considerações sobre uma solução de
custo mais eficaz ou melhorias que não
imponham uma carga de custos adicionais. É
requerido monitoramento para assegurar que os
controles são mantidos
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21. 19/8/2010
Nível de risco / necessidade de controle
MODERADO
Devem ser feitos esforços para reduzir o risco.
Os custos de prevenção devem ser
cuidadosamente medidos e limitados. As
medidas para a redução do risco devem ser
implementadas dentro de um período definido.
Quando o risco moderado está associado a
conseqüências altamente prejudiciais, pode ser
necessária uma avaliação adicional para
estabelecer mais precisamente a probabilidade
do dano, como base para determinar a
necessidade de melhores medidas de controle.
Nível de risco / necessidade de controle
SUBSTANCIAL
O trabalho não deve ser iniciado até que o risco
tenha sido reduzido. Recursos consideráveis podem
ter que ser alocados para reduzir o risco. Se o risco
envolve trabalho em desenvolvimento, deve ser
tomada uma ação urgente
INTOLERÁVEL
O trabalho não deve ser iniciado ou continuado até
que o risco tenha sido reduzido. Se não é possível
reduzir o risco, mesmo com recursos ilimitados, o
trabalho tem que permanecer proibido.
Custos versus Riscos
Um dano pode estar associado a ...
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22. 19/8/2010
Vazamento do navio Nordic Marita,
Ubatuba, 2003
Vazamento de óleo da Baia da
Guanabara
O que não tem dado certo?
Na história mundial da indústria química e
petroquímica, alguns acidentes causaram a
morte de milhares de pessoas e impactos de
grandes dimensões ao meio ambiente. Os
acidentes de Flixborough na Inglaterra em 1974,
Seveso na Itália em 1976, Bhopal na Índia em
1984, México City em 1984 e Sandoz na Suíça
em 1986, caracterizaram-se por extrapolar as
divisas da fábrica, se projetando nas populações
e meio ambiente a posteriori, com efeitos de
médio e longo prazo.
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23. 19/8/2010
Descarte de produtos
Materialização das perdas
Para que se possa quantificar ou materializar as
perdas, causadas pelos danos, torna-se
necessário saber como apurá-las.
Atitudes pró-ativas recomendam que o mais
importante, quando se trata do risco ambiental,
é se trabalhar preventivamente à ocorrência dos
acidentes. Para uma eficiente gestão de custos
torna-se necessário conhecer os riscos
envolvidos. Uma das maneiras é através do
emprego de “ferramentas” de análise.
Ferramentas de Análise de Riscos
As ferramentas de Análise de Riscos
foram criadas com o objetivo de
subsidiar a tomada de decisões acerca
do levantamento da freqüência, e
gravidade ou severidade dos riscos, a
fim de evitar o seu impacto negativo
sobre
pessoas,
equipamentos,
instalações ou processos.
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24. 19/8/2010
Severidade dos Riscos
A Severidade, também chamada de Gravidade,
indica o quanto existe de exposição ao Risco. A
severidade é normalmente expressa em
percentual do bem, sistema ou dispositivo
perdido ou danificado com o evento ocorrido.
“O alagamento conduziu a uma perda de 70%
da lavoura de trigo”
“A queda do raio provocou um incêndio de
grandes proporções no parque”.
Freqüência dos Riscos
A freqüência indica a periodicidade com
que o risco pode se manifestar.
“A onda centenária atinge altura de 6
metros”.
“As estatísticas demonstram que há uma
morte para cada 1.000.000 de pessoas,
devido a queda de raios”.
Freqüência X Severidade
O produto da freqüência pela severidade
indica o Risco calculado ou assumido.
FXS=R
De posse do Risco, materializando-o
temos como saber os custos envolvidos.
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25. 19/8/2010
Quantificação de Riscos
Uma das maneiras de se quantificar um risco é
através do emprego de “ferramentas” ou
processos de mensuração. Muitas dessas
informam apenas o tipo de risco. Outras
informam o “tamanho” dos riscos. Finalmente
existem aquelas que qualificam e quantificam os
riscos. A associação da qualificação com a
quantificação nos dá a idéia do tamanho do
risco.
Ferramentas para a Análise de Riscos
•Série de Riscos (SR);
•Série de Eventos (SE);
•Check List (CL);
•Técnica de Incidentes Críticos (TIC);
•Técnica de Entrevistas (TE);
•What If,
Ferramentas para a Análise de Riscos
l
l
l
l
l
l
Análise de Árvore de Falha (AAF);
Análise Preliminar de Riscos (APR);
Análise dos Modos de Falha e Efeitos
(AMFE ou FMEA);
Análise dos Modos de Falha e Efeitos
com Criticalidade (AMFEC ou FMECA);
Análise de Procedimentos (AP);
Análise dos Riscos de Operação
(HAZOP).
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26. 19/8/2010
Série de Riscos
A SR é uma técnica de identificação de
riscos que leva em consideração, a
partir de um risco inicial, todos os
demais
riscos
associados
que
conduzem ao possível dano ou perda.
Série de Riscos
Tanque de alta pressão (aço carbono) +
umidade = corrosão à perda de material ►
explosão a danos ambientais
risco inicial: umidade
risco principal: ruptura do tanque
risco contribuinte: corrosão
Risco conseqüente: danos ambientais
Série de Riscos
Exercícios
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27. 19/8/2010
Série de Eventos
Um prédio de armazenamento de materiais
encontra-se sujeito a um incêndio. No
interior do prédio há um tanque de alta
pressão. O incêndio pode causar explosão.
Essa pode causar desabamento do prédio e,
finalmente, esse pode estar associado a
outro tipo de evento.
risco principal ou fundamental: explosão
risco inicial: incêndio
risco contribuinte: desabamento
Série de Eventos
Exercícios
Check List
Trata-se de um método de caráter geral,
com abordagens qualitativas, que se
propõe a diagnosticar situações de
riscos a partir de determinado cenário,
avaliado por intermédio de perguntas
previamente estabelecidas.
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28. 19/8/2010
Check List
Check List é um método é de caráter
geral, com abordagens qualitativas, ou
seja, diagnostica situações de riscos a
partir de um certo cenário, avaliado por
intermédio de perguntas previamente
estabelecidas
Check List
Exercícios
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)
Técnica operacional, qualitativa, que busca
obter informações relevantes de incidentes
ocorridos, relatadas por testemunhas.
Com base em bancos de dados específicos
correlacionam-se os incidentes com as
freqüências, montando-se uma pirâmide de
ocorrências, utilizadas nas avaliações dos
riscos.
Um dos bancos de dados mais empregados é
o WOAD Worldwide Offshore Accident
Databank.
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29. 19/8/2010
Pirâmide de Frank Bird
“Desastre Ambiental” – Impacto externo
Impacto Ambiental contido na Unidade,
Vazamento controlado
Pequeno Vazamento ou Emissão
Incidentes com Potencial de
Contaminação Ambiental
Desvios
AÇÕES
SISTÊMICAS
Análise da Pirâmide
Uma análise primeira da Pirâmide
possibilita reconhecer que antes que um
acidente ambiental tenha ocorrido muitos
desvios podem ter sido cometidos. Muitos
incidentes com potencial de contaminação
podem ter sido mascarados. Muitos
pequenos vazamentos podem ter sido
ignorados.
Classificação da TIC
Incidentes = quase acidentes
A metodologia emprega, principalmente, entrevistas com os
operadores dos sistemas, somando-se a isso bancos de dados, com
os incidentes relacionados por tipo de ocorrência.
Para a classificação tem-se:
l Classe I:
Aqueles que provocam alterações no planejamento ou
na produção.
l Classe II: Aqueles que provocam atrasos no planejamento ou na
produção;
l Classe III: Aqueles que provocam ficam contidos no interior da
unidade;
l Classe IV: Aqueles que afetam o Meio Ambiente.
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30. 19/8/2010
Exemplos de TIC
Que tipo de acidente pode ocorrer com este
equipamento?
l Como?
l Em que circunstâncias?
l Qual foi o resultado?
l Como foi controlado?
l Houve uma extensão dos danos a outros
ambientes?
l Quanto tempo durou a paralisação?
l A recuperação das áreas foi imediata?
Exemplos de TIC
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
Já ocorreu algum tipo de vazamento?
De que ordem?
Quanto tempo a unidade ficou parada?
Houve parada de produção?
Quantos acidentes ocorreram?
Em que época?
Com que freqüência?
Quais foram os tipos de vazamentos verificados e de que ordem?
Quantas horas a unidade ficou parada?
Qual ou quais foram as razões dessas paralisações?
Como se deu o reinicio das operações?
Quais foram as medidas tomadas durante a paralisação e após o
reinicio das atividades?
Técnica de Incidentes Críticos
Exercícios
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31. 19/8/2010
Técnica de Entrevistas
A Técnica de Entrevistas assemelha-se
à TIC, diferenciando-se apenas no
aspecto da abordagem. Por intermédio
de entrevistas com os operadores dos
equipamentos avaliam-se os riscos
existentes, projetando-os como se
fossem incidentes ou quase acidentes.
What ... If
Essa ferramenta, bastante singular, é
desenvolvida com o suporte do
operador ou responsável pelo
equipamento, utilizando a técnica do
questionamento: E ... Se? Através das
respostas monta-se um quadro com os
principais perigos e os desvios de
operação que o conduzem. Tanto o
operador tem que ter grande experiência
quanto o avaliador.
What If
Trata-se de um método qualitativo, ou
seja, um método que permite se chegar ao
tipo e ao tamanho de risco que se tem
empregado em discussões de caráter
geral acerca de um sistema, empregado
normalmente para a abordagem.
31
32. 19/8/2010
What If - Aplicação
Separa-se sempre as causas das conseqüências.
Causas são fatos geradores (razões da deflagração do
evento).
Conseqüências são resultados.
Perguntas clássicas que podem ser feitas:
l E se de repente houver um vazamento?
l E se a caldeira vier a explodir?
l E se a drenagem não conter o produto?
O mais interessante da metodologia é que para cada
pergunta há várias respostas. Por meio dessas
identifica-se o problema e as prováveis soluções.
What ... If
Exercícios
Análise de Árvore de Falha
Processo de avaliação no qual é
determinado um evento principal,
indesejado. A partir desse, verificam-se
as causas prováveis. A seguir, através
de um tratamento matemático com
álgebra booleana, verificam-se os
caminhos críticos e as maiores
probabilidades de falhas.
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33. 19/8/2010
Análise de Árvore de Falha
Exercícios
Análise Preliminar de Riscos - APR
Técnica de inspeção que avalia os possíveis
riscos, as causas e conseqüências,
sugerindo ações corretivas ou preditivas.
A APR refere-se a um determinado processo,
executado de uma determinada forma e em
determinada região, ou seja, é muito
específica, necessitando, para o sucesso de
sua análise, da experiência profissional dos
envolvidos no processo.
Análise Preliminar de Riscos - APR
A APR é uma ferramenta de análise de riscos
que emprega a associação de conceitos
(Eventos, Causas e Efeitos), atribuindo a
cada um deles notas que se somam. Ao
resultado final dessa soma são atribuídas
medidas preventivas ou mitigadoras.
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34. 19/8/2010
Definições Básicas - Eventos
Evento – Risco iniciador capaz de gerar causas
indesejáveis. O evento também pode ser conhecido como
PERIGO, ou seja, aquilo que não queremos que ocorra.
São exemplos de Eventos ou Perigos:
ü Desabamentos
ü Desmoronamentos;
ü Danos materiais;
ü Incêndios;
ü Explosões;
ü Umidade;
ü Intoxicação;
Rompimentos de
barragens;
ü Interrupção das
atividades;
ü Vazamentos de
produtos;
ü Infiltrações de
produtos no solo.
ü
Definições Básicas - Causas
Causa pode ser entendida como tudo aquilo que
possibilite que o evento indesejável venha a ocorrer ou
se alastrar. Podem ser causas de acidentes:
Falta de proteção ambiente;
Falta de sinalização;
§ Falta de proteção ambiente;
§ Falta ou falha de
manutenção;
§ Falta de limpeza
§ Erro de medição ou de
avaliação.
§
§
§ Inexistência de rotinas ou
procedimentos;
§ Falta de Treinamento;
§ Falta de instrumentos de
medição ou controle;
§ Falta de calibração de
instrumentos;
§ Falta de limpeza;
§ Falta de supervisão.
Definições básicas - Efeitos
Os efeitos são as conseqüências dos acidentes
indesejáveis. Assim, podem ser considerados
como efeitos:
ü
ü
ü
ü
ü
ü
Contaminação do meio
ambiente;
Lesões pessoais;
Perda de materiais;
Perda de produtos;
Interrupção das atividades;
Interrupção da produção.
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35. 19/8/2010
Definições básicas – Medidas Mitigadoras
Consideram-se medidas mitigadoras ou
preventivas todas aquelas que venham a
atenuar os efeitos dos riscos. Se há
possibilidade de queda de pessoas em
função de piso escorregadio, capaz de
causar lesões pessoais deve-se atuar
preventivamente sobre o piso escorregadio.
Assim, todas as orientações devem ser
feitas com vistas a reduzir ou eliminar o
evento indesejável.
Definições básicas - Probabilidade
Probabilidade
é
a
possibilidade
da
ocorrência de um evento indesejável. A
probabilidade costuma estar relacionada
com a quantidade de vezes em que um
evento costuma ocorrer durante determinado
período, também dito tempo médio entre
falhas.
Um evento que pode ocorrer 10 vezes por
ano é, em princípio, bem pior do que outro
que ocorra 5 vezes por ano.
Definições básicas - Severidade
Severidade
ou
gravidade
do
acidente é a extensão da perda
sofrida. Quase sempre a severidade
está associada ao Dano Máximo
Provável. Um evento que causa
uma perda de 60% apresenta uma
severidade muito maior do que
outro que cause uma perda de 30%.
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36. 19/8/2010
Definições básicas - Correlações
Sistema
Causa
Efeito
Rompimento de
barragem
l Projeto inadequado
Dano Ambiental
l Material inadequado
l Falha na
especificação de materiais
ambiente
l Fenômenos atmosférifos não
previstos
l Falta de organização ambiente
l Falta de proteção
Geração de
Material
Particulado
l Falta de supervisão
l Inexistência
de rotinas
l Falta de proteção específica
l Falha de projeto
l Quebra acidental de equipamentos
Falta de Normas
Falta de Planejamento
Perda de
materiais ou de
produtos
Interrupção das
atividades
Falha de projeto
Falta de controle
Risco
Defeito de material
Falta de regras
Falta de treinamento
Falha de execução
Etapas básicas de uma APR
l
l
l
l
l
l
l
Rever problemas conhecidos
Revisar a missão
Determinar os riscos principais
Determinar os riscos iniciais e contribuintes
Revisar os meios de eliminação ou controle
dos riscos
Analisar os métodos de restrição dos danos
Indicar quem levará a cabo as ações
corretivas
36
37. 19/8/2010
Etapas básicas de uma APR
Problemas conhecidos:
Revisar a experiência passada em
sistemas similares ou análogos, para a
determinação de riscos que poderão estar
presentes no sistema que está sendo
desenvolvido.
Etapas básicas de uma APR
Missão:
Revisar a missão é rever: objetivos,
exigências de desempenho, principais
funções e procedimentos, ambientes
onde se darão as operações, condições
e ritmo de trabalho.
Etapas básicas de uma APR
Riscos principais:
Informar quais serão os riscos principais
com potencial para causar, direta ou
indiretamente, lesões, perda de função,
danos a equipamentos, perda de
materiais, interrupção de atividades e
outras.
37
38. 19/8/2010
Etapas básicas de uma APR
Riscos iniciais e contribuintes:
Deve-se elaborar, para cada risco principal
detectado, as séries de riscos,
determinando-se os riscos iniciais
contribuintes.
Etapas básicas de uma APR
Meios de eliminação e controle de
riscos:
Deve-se elaborar a revisão dos meios
possíveis de eliminação e controle de
riscos, procurando as melhores opções
compatíveis com as exigências do
sistema.
Etapas básicas de uma APR
Métodos de restrição de danos:
Devem ser considerados os métodos
possíveis mais específicos ou mais
eficazes para a restrição geral dos danos
emergenciais e/ou latentes, no caso de
perda de controle sobre os riscos
estudados.
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39. 19/8/2010
Etapas básicas de uma APR
Responsável pelas ações corretivas:
Devem ser indicados os responsáveis
pelas ações requeridas, corretivas ou
mitigadoras, que devem ser levadas à
cabo em cada unidade estudada.
Classificação de Riscos de APR
Desprezível ou Negligenciável (Classe I)
Risco que gera efeitos imperceptíveis, não
conduzindo a degradações físicas ou ambientais
que não sejam facilmente recompostas. Esses
riscos são perfeitamente absorvidos pela empresa,
juntamente com os custos de manutenção ou
revisão;
Marginal ou Limítrofe (Classe II)
Risco que gera ocorrências moderadas,
controláveis, necessitando, porém, de ações
saneadoras a médio prazo. São riscos que podem
surpreender em termos de perdas;
Classificação de Riscos de APR
Crítica (Classe III)
Ocorrência que afeta substancialmente o meio
ambiente, o patrimônio ou pessoas,
necessitando de ações corretivas imediatas;
Catastróficas (Classe IV)
Ocorrência normalmente geradora de efeitos
irreversíveis, afetando pessoas, sistemas,
patrimônios ou ambientes. Quase todos os
Gerentes de Risco recomendam, como técnica
de tratamento de riscos o afastamento, ou seja,
a empresa deve renunciar a essa atividade ou a
esse risco.
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40. 19/8/2010
APR – Exemplo para danos materiais
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
Identificação: Elaboração de um desenho com o emprego de lapiseira
Subsistema : Grafite
RISCO
Rasgo no papel
CAUSA
EFEITO
CAT. RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS
Emprego de grafite Papel rasgado e
muito duro
desenho inutilizado
III
Empregar um grafite mais
macio ou um papel mais
resistente
Borrão no desenho Emprego de grafite Desenho borrado e
muito macio
papel manchado
III
Empregar um grafite menos
macio ou um papel mais liso
APR
Exercícios
Análise dos Modos de Falha e Efeitos (FMEA)
Consiste na identificação e mensuração dos
modos de falha dos equipamentos, componentes
e sistemas, com estimativa da freqüência das
ocorrências e determinação dos efeitos.
Avalia os riscos não em um único sistema, mas
sim em sistema que interage com outros, daí a
razão de ser mais completa e precisa.
Exige dos profissionais uma formação mais
aprimorada e um maior tempo de análise.
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43. 19/8/2010
AMFE
Método de análise que gera resultados
qualitativos e quantitativos, ou seja,
identifica o risco ao mesmo tempo em que
o mensura. A AMFE permite a análise dos
modos de falha com estimativas de
freqüência de ocorrências (taxa de falhas)
e a determinação dos efeitos ou
conseqüências dessas mesmas falhas.
AMFE – Classes de Gravidade
Classe I : Falha resultando em
excessiva manutenção do sistema;
l Classe II: Falha resultando potencial
atraso ou perda de disponibilidade
imediata;
l Classe III: Falha resultando potencial
ameaça ao sistema ou às pessoas;
l Classe IV: Falha resultando potencial
perda do sistema e/ou de vidas
humanas ou degradação ambiental;
l
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44. 19/8/2010
FMEA
FMEA - UNIDADE DE CARBONATAÇÃO
Modo de
Efeitos
Sistema
Causa
Local
Falha
Próximo nível
Operação Controla o Desligamen Vasamento de Atuação Desligamento Parada da
normal
funciona
to do painel corrente
da
do compressor unidade
mento do
proteção
compressor
de CO 2
Falha
Atuação Desligamen to Parada da
acidental
da
do compressor unidade
de
proteção
Descrição
Painel
alimentação
elétrica PUE 8
Fase
Método de
detecão de falha
Função
Desligamen
to proposital
Curto circui to
Não há
fornecime
nto de
energia
Não há
fornecime
n to de
energia
Classe
Medidas Compensa
tórias
dos
de
Visual no painel de
controle
2
Revisão
dispositivos
proteção
Visual no painel de
controle
2
Revisão
dispositivos
proteção
3
Supervisão
3
Controle
Parada
unidade
da Parada da Supervisão,
fábrica
controle
manutenção
Parada
unidade
da Parada da Revisão
fábrica
dispositivos
proteção
dos
de
e
dos
de
Análise de Procedimentos
Trata-se mais de uma análise
comportamental do que uma inspeção de
riscos ou uma análise de documental.
Procura-se averiguar se os procedimentos
adotados são os mais corretos e se o
pessoal que opera as instalações está
qualificado para isso. Entende-se que se o
operador estiver treinado os riscos
potenciais e/ou latentes serão menores.
Entendendo as questões
Muitas empresas despertaram para a questão ambiental
somente após a ocorrência de desastres ecológicos que
deixam marcas profundas em sua imagem, algumas definitivas
e irreparáveis.
Corrigir os danos causados ao meio ambiente custa muito mais
caro do que evitá-los, quando se põe em prática um plano
eficiente para gerenciamento dos riscos inerentes ao negócio.
Não basta, entretanto, fazer uma Análise de Riscos, ferramenta
de trabalho muito difundida, mas que apenas alerta para as
condições que podem afetar as instalações e os negócios da
empresa. Treinar Brigadas de Incêndio também não é
suficiente, pois o verdadeiro objetivo a alcançar é evitar que os
acidentes aconteçam, implantando um eficaz Programa de
Gerenciamento de Riscos.
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47. 19/8/2010
Calculando os Custos
l
l
l
l
l
l
l
l
Perda de Paralisação
Custos de Pessoal
Multas
Perda de Imagem
Danos a terceiros
Perda de Clientes
Danos Materiais
Danos de Responsabilidade Civil
Calculando-se os Custos
Pode-se calcular os custos de um
acidente ambiental?
l Pode-se calcular o valor de uma multa
ambiental?
l Pode-se calcular o valor de uma
reclamação de terceiros?
l Pode-se calcular o valor da perda de
imagem junto aos clientes?
l
Conclusão
Alguns custos podem ser estimados e
nunca calculados com precisão.
O mais recomendado é o investimento na
prevenção das perdas.
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