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1HIDROMAR N.º 80
B o l e t i m d o I n s t i t u t o H i d r o g r á f i c o
Sumário
Hidromar
N.º 80, Nov/Dez 2003
1 Multifeixe nos estudos de monitorização
ambiental no Porto de Sines
5 Deriva Litoral – Com a colaboração
da Força Aérea, Marinha melhora
qualidade das previsões
9 NRP Auriga nas buscas da aeronave
desaparecida ao largo da Madeira
10 Novo radar nos navios da classe
Andrómeda
11 Missões do NRP Andrómeda em Out/Nov
13 Estações DGPS totalmente operacionais
3.as
Jornadas Portuguesas de Engenharia
Costeira e Portuária
14 Protocolo de colaboração com a
Câmara Municipal do Seixal
Visita ao Serviço Hidrográfico Tunisino
Semana da Ciência e Tecnologia
Estações DGPS totalmente operacionais
15 Estágios no IH
Entrega de Diplomas
16 Festa de Natal
17 Festa de Natal do NRP Andrómeda
18 Actividades externas
Agrupamento de Navios Hidrográficos
19 Visitas ao Instituto Hidrográfico
20 D. Idolinda
Novas edições
▲
Introdução
O
litoral português é considerado como uma zona de fron-
teira entre dois domínios diferentes, onde processos alta-
mente complexos alimentados pela elevada energia das
ondas interagem entre si, resultando diferentes confi-
gurações e características dos troços costeiros.
O equilíbrio existente entre os processos de fornecimento e
os processos oceanográficos é muito delicado, alterando-se sempre
que o homem artificializa a costa ou implanta grandes obras
costeiras, como portos, por exemplo.
No âmbito do protocolo que estabeleceu com a Adminis-
tração do Porto de Sines (APS), o Instituto Hidrográfico reali-
zou um estudo de dinâmica sedimentar da zona costeira e
da plataforma interna
envolventes ao Porto
de Sines. Esta solicita-
ção surgiu da necessi-
dade de conhecer os
impactos no trânsito
sedimentar induzidos
pela construção do
novo molhe do porto.
Pretende-se assim carac-
terizar o trânsito sedi-
mentar a norte e a sul
daquela estrutura, em
diferentes situações
oceanográficas, e efec-
tuar um balanço final.
Este trabalho envolveu
as Divisões de Geologia
Marinha e de Oceano-
grafia, e a Brigada
Hidrográfica.
Trabalhos efectuados
Os trabalhos de campo foram divididos em 4 fases, de
forma a caracterizar as cinco áreas escolhidas como repre-
sentativas (página seguinte, fig. 1):
• Praia do Norte
• Praia de S. Torpes
• Praia da Samouqueira
• Envolvente ao Molhe Oeste
• Envolvente ao Molhe Leste.
Para além dos trabalhos pluridisciplinares que se descrevem,
foram ainda obtidas medições correntométricas e de agitação
marítima durante todo o período de observação.
a. Levantamentos
hidrográficos
A sondagem foi
executada a bordo da
UAM Atlanta (fig. 2),
equipada com o sonda-
dor multifeixe Simrad
EM 3000, entre a zona
de rebentação e as
isóbatas dos 30 m
(Samouqueira e S. Tor-
pes), 50m (Praia do
Norte) e 75m (Molhe
Oeste), com a cobertura
total do fundo. Os
dados estatísticos dos
levantamentos hidro-
gráficos são apresenta-
dos na tabela seguinte.
Multifeixe nos estudos de monitorização
ambiental no Porto de Sines
Multifeixe nos estudos de monitorização
ambiental no Porto de Sines
Vista tridimensional do Molhe Leste e da Lage da Borboleta
2 HIDROMAR N.º 80
INSTITUTO HIDROGRÁFICO
Rua das Trinas, 49 – 1249-093 LISBOA • PORTUGAL
Telefone +351 210 943 000
Fax +351 210 943 299
e-mail mail@hidrografico.pt
Website www.hidrografico.pt
TÍTULO HIDROMAR – Boletim do Instituto Hidrográfico (IH)
NÚMERO 80, Novembro e Dezembro de 2003
REDACÇÃO E COORDENAÇÃO Couto Soares, CFR email: couto.soares@hidrografico.pt
ARTIGOS DE Alcobia Portugal, Aurora Bizarro, Cecília Luz, Couto Soares,
Delgado Vicente, Fernando Gomes, Jorge da Silva, Martins Lobo e
Silva Lampreia
DESIGN GRÁFICO Jorge Tavares
EXECUÇÃO GRÁFICA Serviço de Artes Gráficas do IH
TIRAGEM 1000 exemplares
DEPÓSITO LEGAL 98579/96
ISSN 0873-3856
Boletim do Instituto Hidrográfico N.º 80, Nov/Dez 2003
MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA
Hidromar
▲
b. Levantamentos topográficos
Além dos trabalhos de sondagem
foram realizados, nas três praias enun-
ciadas anteriormente, levantamentos
topográficos com GPS Geodésico,
com o objectivo de complementar a
informação hidrográfica.
c. Recolha de amostras de sedi-
mentos
Foram colhidas e posicionadas
amostras de sedimentos dispostas
segundo perfis transversais, desde a
zona mais profunda até ao topo dos
perfis topográficos efectuados nas
praias.
A Brigada Hidrográfica acompa-
nhou a recolha de amostras de sedi-
mentos efectuadas pela Geologia
Marinha nas áreas sondadas e nas
praias, apoiando, nomeadamente, a
determinação das posições de recolha.
Análise dos dados
hidrográficos
e sedimentares
a. Praia do Norte
O levantamento hidrográfico
decorreu a noroeste da Praia do Norte
(fig. 3). Esta área apresenta um relevo
relativamente suave e regular, com as
curvas batimétricas aproximadamente
paralelas à linha de costa. Verificou-
-se a inexistência de afloramentos
rochosos, excepto na parte sul da
área. A detecção deste afloramento
teve a particularidade de registar
profundidades mínimas ainda não
cartografadas.
Dos levantamentos hidrográficos
evidencia-se a detecção do exutor
submarino, perpendicular à praia, e
de uma camada de sedimentos em
movimentação, um corpo arenoso com
cerca de 1m de altura e no qual se
registam variações morfológicas entre
os levantamentos, nomeadamente na
alteração do limite do corpo sedi-
mentar e desaparecimento de lâmi-
nas sedimentares.
É ainda de salientar a existência,
a norte do exutor, de estruturas sedi-
mentares alongadas, tipo sand waves,
entre os 13 e os 23m de profundi-
dade e com direcção NNE-SSW.
Verificou-se que a extensão e largura
deste campo de estruturas diminui
entre os levantamentos de Março e
Setembro.
A sul do exutor submarino, cuja
morfologia associada à estrutura,
altera a norte e a sul do mesmo, provo-
cando efeito de barreira à deriva dos
sedimentos ao longo da costa, veri-
fica-se o afloramento de uma camada
sub-horizontal de argilitos, tratando-
-se possivelmente de um antigo
terraço litoral.
b. Praia de S. Torpes
O levantamento hidrográfico
decorreu a oés-sudoeste da Praia de
S. Torpes (fig. 6), imediatamente a
sul do Cabo de Sines, local em que
a refracção induzida na ondulação
de noroeste se faz sentir.
Toda a zona que liga ao troço sul
do molhe leste apresenta como carac-
terística mais importante a expressi-
vidade das rochas que afloram na
quase totalidade da área, incluindo
na zona de rebentação e da praia.
A batimetria associada à área
imersa, reflecte uma morfologia irre-
gular e com variações marcadas de
declive, sendo, nas zonas caracteri-
zadas por sedimentos, regular e para-
lela à linha de costa.
A zona norte é predominante-
mente rochosa, evidenciando-se a
Ribeira de S. Torpes, um vale fluvial
meandriforme (curvilíneo, irregular) e
entalhado nos afloramentos.
Relativamente aos sedimentos,
estes depositam-se nas zonas de esca-
vamento do maciço rochoso, não
sendo detectadas diferenças entre
Janeiro e Setembro. A acumulação
preferencial dos sedimentos verifica-
-se junto à linha de costa, ilustrando
a sua mobilidade.
Estatística dos levantamentos hidrográficos Totais
Tempo efectivo de sondagem (horas) 125
Tempo total de sondagem (horas) 195
Tempo total de navegação (horas) 311
Dias perdidos por avaria e condições meteorológicas adversas 8
Dias de sondagem efectiva 36
Dias dispendidos na recolha das amostras de fundo 9
Dias de trabalho no campo e montagem/desmontagem do sistema 60
Distância percorrida sobre perfis (km) 1550
Área sondada (km2
) 85
Número aproximado de sondas adquiridas (milhões) 310
Fig. 1 – Localização dos locais objecto de levantamento.
A cinzento estão marcadas áreas de sondagem multifeixe
Fig. 2 – UAM Atlanta no Porto de Sines
3HIDROMAR N.º 80
▲
Ao contrário da Praia do Norte, é visível na transição da
zona rochosa para a zona de areia que a deposição de sedi-
mentos se faz de sul para norte, aparentemente.
c. Praia da Samouqueira
O levantamento hidrográfico decorreu a oeste da Praia da
Samouqueira (fig. 7). A área em estudo situa-se a sul do Cabo
de Sines, zona em que se prevê que deixa de se fazer sentir a
refracção provocada pelo Cabo sobre a ondulação predomi-
nantemente de NW.
Esta área caracteriza-se por ser maioritariamente rochosa.
A batimetria apresenta traçado regular e paralelo à linha
de costa nas zonas de fundo sedimentar, e irregular nas zonas
de relevo rochoso.
Nas zonas com profundidades inferiores a 20m foi encon-
trada uma faixa arenosa, com evidências de movimentação,
paralelamente à costa, cujo contorno é irregular e condicio-
nado pela estrutura dos blocos rochosos. Um corredor sedi-
mentar, com aproximadamente 10m de largura, pode ser indi-
vidualizado a norte, contornando uma zona de afloramentos
rochosos.
A análise dos dados hidrográficos permitiu ainda a detec-
ção de algumas profundidades mínimas não assinaladas nas
cartas náuticas. No levantamento hidrográfico de Novembro foi
igualmente sondada uma área mais a sul.
Fig. 3 – Imagem digital de terreno do levantamento hidrográfico
efectuado a NW da Praia do Norte
Fig. 4 – Perfil transversal ao exutor. Observa-se claramente um corpo
sedimentar mais desenvolvido a norte da estrutura, podendo indicar
acumulação preferencial nesse sector (profundidade em metros)
Fig. 7 – Imagem digital de terreno do levantamento hidrográfico
efectuado a W e a SW da Praia da Samouqueira
Fig. 6 – Imagem digital de terreno do levantamento hidrográfico efectuado a
WSW da Praia de S. Torpes. Vizualiza-se claramente a extensão marinha da
Ribeira de S. Torpes
Fig. 5 – Pormenor da cobertura realizada na Praia do Norte nas 4 fases.
A variação das estruturas sedimentares (em comprimento e em altura) e
a sua deslocação lateral reflectem a mobilidade dos sedimentos nesta
zona litoral e plataforma interna adjacente
4 HIDROMAR N.º 80
d. Aproximações ao Porto de Sines
(envolventes aos molhes Oeste e
Leste e aproximações ao
Terminal XXI)
Esta área é caracterizada por uma
diferença morfológica entre os extremos e
a área central junto ao molhe (fig. 8).
O sector a norte é marcado pela presença
de afloramentos rochosos de baixa profundidade
(zona envolvente à Perceveira), o que se traduz
numa batimetria irregular. Estes afloramentos
contactam com uma área de cobertura sedimentar,
de batimetria regular, cujas isóbatas se apre-
sentam no alinhamento NW-SE, cobrindo os aflo-
ramentos rochosos associados ao maciço
de Sines. Esta cobertura apresenta ainda
estruturas sedimentares NNE-SSW, reflec-
tindo mobilidade dos sedimentos do
fundo e provocando ressaltos morfológi-
cos (fig. 9). Verifica-se que, entre os levan-
tamentos efectuados, o número de estruturas
e a sua extensão variaram.
A restante área é maioritariamente rochosa,
com formações bem específicas e enquadradas
no maciço de Sines, como por exemplo a Lage da
Borboleta a sudoeste do Molhe Leste (fig. da pág. 1)
e o desenvolvimento rochoso a sul do Molhe Oeste.
Este sector do levantamento, com maior rugosidade do
fundo, visível na fig. 8, apresenta relevos de resistência
NW-SE. De referir a ocorrência de desligamentos (falhas)
direitos NNW-SSE.
Os levantamentos a multifeixe, para além dos resul-
tados obtidos e que se tem vindo a expôr, permiti-
ram ainda outras aplicações, nomeadamente o
controlo de áreas dragadas (fig. 10) e o reco-
nhecimento de lineamentos geológicos nas forma-
ções rochosas (fig. 11).
Conclusões
Este trabalho evidenciou, uma vez
mais, a importância do sondador
multifeixe na detecção de profun-
didades mínimas não assinaladas
nos documentos náuticos, assim
como a potencialização ao
nível da obtenção de dados
para estudos geológicos.
Ainda em fase de
processamento, este
trabalho constituiu um dos
primeiros grandes estudos
interdisciplinares do IH,
em que o estudo da dinâ-
mica costeira contemplou
as áreas da oceanografia,
hidrografia e geologia
marinha. Permitiu, como
ilustram as figuras, compro-
var as grandes potencialidades dos sondadores multifeixe, quer
pela cobertura total do fundo quer pela elevada resolução das
imagens digitais do fundo marinho. De facto, prevê-se que no
futuro qualquer trabalho geológico do fundo do mar, designa-
damente aqueles que abordem processos recentes, não dispen-
sem um levantamento inicial a multifeixe.
É de assinalar ainda, pela sua dimensão e conteúdo, a rele-
vância deste estudo, em termos de mais valias para o Instituto
Hidrográfico.
AURORA BIZARRO, INVESTIGADORA AUXILIAR
DELGADO VICENTE, 1TEN
CECÍLIA LUZ, 2TEN
MARTINS LOBO, 2TEN
Fig. 8 – Aproximações ao Porto de Sines
Fig. 11 – Lineamentos
geológicos
(desligamentos direitos)
Fig. 9 – Vista tridimensional do molhe Oeste, da Perceveira e das estru-
turas sedimentares a oeste do molhe
Fig. 10 –
Imagem digital
de terreno de parte
da bacia de manobra
do Terminal XXI. É visível
o resultado das operações
de dragagem

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  • 1. 1HIDROMAR N.º 80 B o l e t i m d o I n s t i t u t o H i d r o g r á f i c o Sumário Hidromar N.º 80, Nov/Dez 2003 1 Multifeixe nos estudos de monitorização ambiental no Porto de Sines 5 Deriva Litoral – Com a colaboração da Força Aérea, Marinha melhora qualidade das previsões 9 NRP Auriga nas buscas da aeronave desaparecida ao largo da Madeira 10 Novo radar nos navios da classe Andrómeda 11 Missões do NRP Andrómeda em Out/Nov 13 Estações DGPS totalmente operacionais 3.as Jornadas Portuguesas de Engenharia Costeira e Portuária 14 Protocolo de colaboração com a Câmara Municipal do Seixal Visita ao Serviço Hidrográfico Tunisino Semana da Ciência e Tecnologia Estações DGPS totalmente operacionais 15 Estágios no IH Entrega de Diplomas 16 Festa de Natal 17 Festa de Natal do NRP Andrómeda 18 Actividades externas Agrupamento de Navios Hidrográficos 19 Visitas ao Instituto Hidrográfico 20 D. Idolinda Novas edições ▲ Introdução O litoral português é considerado como uma zona de fron- teira entre dois domínios diferentes, onde processos alta- mente complexos alimentados pela elevada energia das ondas interagem entre si, resultando diferentes confi- gurações e características dos troços costeiros. O equilíbrio existente entre os processos de fornecimento e os processos oceanográficos é muito delicado, alterando-se sempre que o homem artificializa a costa ou implanta grandes obras costeiras, como portos, por exemplo. No âmbito do protocolo que estabeleceu com a Adminis- tração do Porto de Sines (APS), o Instituto Hidrográfico reali- zou um estudo de dinâmica sedimentar da zona costeira e da plataforma interna envolventes ao Porto de Sines. Esta solicita- ção surgiu da necessi- dade de conhecer os impactos no trânsito sedimentar induzidos pela construção do novo molhe do porto. Pretende-se assim carac- terizar o trânsito sedi- mentar a norte e a sul daquela estrutura, em diferentes situações oceanográficas, e efec- tuar um balanço final. Este trabalho envolveu as Divisões de Geologia Marinha e de Oceano- grafia, e a Brigada Hidrográfica. Trabalhos efectuados Os trabalhos de campo foram divididos em 4 fases, de forma a caracterizar as cinco áreas escolhidas como repre- sentativas (página seguinte, fig. 1): • Praia do Norte • Praia de S. Torpes • Praia da Samouqueira • Envolvente ao Molhe Oeste • Envolvente ao Molhe Leste. Para além dos trabalhos pluridisciplinares que se descrevem, foram ainda obtidas medições correntométricas e de agitação marítima durante todo o período de observação. a. Levantamentos hidrográficos A sondagem foi executada a bordo da UAM Atlanta (fig. 2), equipada com o sonda- dor multifeixe Simrad EM 3000, entre a zona de rebentação e as isóbatas dos 30 m (Samouqueira e S. Tor- pes), 50m (Praia do Norte) e 75m (Molhe Oeste), com a cobertura total do fundo. Os dados estatísticos dos levantamentos hidro- gráficos são apresenta- dos na tabela seguinte. Multifeixe nos estudos de monitorização ambiental no Porto de Sines Multifeixe nos estudos de monitorização ambiental no Porto de Sines Vista tridimensional do Molhe Leste e da Lage da Borboleta
  • 2. 2 HIDROMAR N.º 80 INSTITUTO HIDROGRÁFICO Rua das Trinas, 49 – 1249-093 LISBOA • PORTUGAL Telefone +351 210 943 000 Fax +351 210 943 299 e-mail mail@hidrografico.pt Website www.hidrografico.pt TÍTULO HIDROMAR – Boletim do Instituto Hidrográfico (IH) NÚMERO 80, Novembro e Dezembro de 2003 REDACÇÃO E COORDENAÇÃO Couto Soares, CFR email: couto.soares@hidrografico.pt ARTIGOS DE Alcobia Portugal, Aurora Bizarro, Cecília Luz, Couto Soares, Delgado Vicente, Fernando Gomes, Jorge da Silva, Martins Lobo e Silva Lampreia DESIGN GRÁFICO Jorge Tavares EXECUÇÃO GRÁFICA Serviço de Artes Gráficas do IH TIRAGEM 1000 exemplares DEPÓSITO LEGAL 98579/96 ISSN 0873-3856 Boletim do Instituto Hidrográfico N.º 80, Nov/Dez 2003 MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA Hidromar ▲ b. Levantamentos topográficos Além dos trabalhos de sondagem foram realizados, nas três praias enun- ciadas anteriormente, levantamentos topográficos com GPS Geodésico, com o objectivo de complementar a informação hidrográfica. c. Recolha de amostras de sedi- mentos Foram colhidas e posicionadas amostras de sedimentos dispostas segundo perfis transversais, desde a zona mais profunda até ao topo dos perfis topográficos efectuados nas praias. A Brigada Hidrográfica acompa- nhou a recolha de amostras de sedi- mentos efectuadas pela Geologia Marinha nas áreas sondadas e nas praias, apoiando, nomeadamente, a determinação das posições de recolha. Análise dos dados hidrográficos e sedimentares a. Praia do Norte O levantamento hidrográfico decorreu a noroeste da Praia do Norte (fig. 3). Esta área apresenta um relevo relativamente suave e regular, com as curvas batimétricas aproximadamente paralelas à linha de costa. Verificou- -se a inexistência de afloramentos rochosos, excepto na parte sul da área. A detecção deste afloramento teve a particularidade de registar profundidades mínimas ainda não cartografadas. Dos levantamentos hidrográficos evidencia-se a detecção do exutor submarino, perpendicular à praia, e de uma camada de sedimentos em movimentação, um corpo arenoso com cerca de 1m de altura e no qual se registam variações morfológicas entre os levantamentos, nomeadamente na alteração do limite do corpo sedi- mentar e desaparecimento de lâmi- nas sedimentares. É ainda de salientar a existência, a norte do exutor, de estruturas sedi- mentares alongadas, tipo sand waves, entre os 13 e os 23m de profundi- dade e com direcção NNE-SSW. Verificou-se que a extensão e largura deste campo de estruturas diminui entre os levantamentos de Março e Setembro. A sul do exutor submarino, cuja morfologia associada à estrutura, altera a norte e a sul do mesmo, provo- cando efeito de barreira à deriva dos sedimentos ao longo da costa, veri- fica-se o afloramento de uma camada sub-horizontal de argilitos, tratando- -se possivelmente de um antigo terraço litoral. b. Praia de S. Torpes O levantamento hidrográfico decorreu a oés-sudoeste da Praia de S. Torpes (fig. 6), imediatamente a sul do Cabo de Sines, local em que a refracção induzida na ondulação de noroeste se faz sentir. Toda a zona que liga ao troço sul do molhe leste apresenta como carac- terística mais importante a expressi- vidade das rochas que afloram na quase totalidade da área, incluindo na zona de rebentação e da praia. A batimetria associada à área imersa, reflecte uma morfologia irre- gular e com variações marcadas de declive, sendo, nas zonas caracteri- zadas por sedimentos, regular e para- lela à linha de costa. A zona norte é predominante- mente rochosa, evidenciando-se a Ribeira de S. Torpes, um vale fluvial meandriforme (curvilíneo, irregular) e entalhado nos afloramentos. Relativamente aos sedimentos, estes depositam-se nas zonas de esca- vamento do maciço rochoso, não sendo detectadas diferenças entre Janeiro e Setembro. A acumulação preferencial dos sedimentos verifica- -se junto à linha de costa, ilustrando a sua mobilidade. Estatística dos levantamentos hidrográficos Totais Tempo efectivo de sondagem (horas) 125 Tempo total de sondagem (horas) 195 Tempo total de navegação (horas) 311 Dias perdidos por avaria e condições meteorológicas adversas 8 Dias de sondagem efectiva 36 Dias dispendidos na recolha das amostras de fundo 9 Dias de trabalho no campo e montagem/desmontagem do sistema 60 Distância percorrida sobre perfis (km) 1550 Área sondada (km2 ) 85 Número aproximado de sondas adquiridas (milhões) 310 Fig. 1 – Localização dos locais objecto de levantamento. A cinzento estão marcadas áreas de sondagem multifeixe Fig. 2 – UAM Atlanta no Porto de Sines
  • 3. 3HIDROMAR N.º 80 ▲ Ao contrário da Praia do Norte, é visível na transição da zona rochosa para a zona de areia que a deposição de sedi- mentos se faz de sul para norte, aparentemente. c. Praia da Samouqueira O levantamento hidrográfico decorreu a oeste da Praia da Samouqueira (fig. 7). A área em estudo situa-se a sul do Cabo de Sines, zona em que se prevê que deixa de se fazer sentir a refracção provocada pelo Cabo sobre a ondulação predomi- nantemente de NW. Esta área caracteriza-se por ser maioritariamente rochosa. A batimetria apresenta traçado regular e paralelo à linha de costa nas zonas de fundo sedimentar, e irregular nas zonas de relevo rochoso. Nas zonas com profundidades inferiores a 20m foi encon- trada uma faixa arenosa, com evidências de movimentação, paralelamente à costa, cujo contorno é irregular e condicio- nado pela estrutura dos blocos rochosos. Um corredor sedi- mentar, com aproximadamente 10m de largura, pode ser indi- vidualizado a norte, contornando uma zona de afloramentos rochosos. A análise dos dados hidrográficos permitiu ainda a detec- ção de algumas profundidades mínimas não assinaladas nas cartas náuticas. No levantamento hidrográfico de Novembro foi igualmente sondada uma área mais a sul. Fig. 3 – Imagem digital de terreno do levantamento hidrográfico efectuado a NW da Praia do Norte Fig. 4 – Perfil transversal ao exutor. Observa-se claramente um corpo sedimentar mais desenvolvido a norte da estrutura, podendo indicar acumulação preferencial nesse sector (profundidade em metros) Fig. 7 – Imagem digital de terreno do levantamento hidrográfico efectuado a W e a SW da Praia da Samouqueira Fig. 6 – Imagem digital de terreno do levantamento hidrográfico efectuado a WSW da Praia de S. Torpes. Vizualiza-se claramente a extensão marinha da Ribeira de S. Torpes Fig. 5 – Pormenor da cobertura realizada na Praia do Norte nas 4 fases. A variação das estruturas sedimentares (em comprimento e em altura) e a sua deslocação lateral reflectem a mobilidade dos sedimentos nesta zona litoral e plataforma interna adjacente
  • 4. 4 HIDROMAR N.º 80 d. Aproximações ao Porto de Sines (envolventes aos molhes Oeste e Leste e aproximações ao Terminal XXI) Esta área é caracterizada por uma diferença morfológica entre os extremos e a área central junto ao molhe (fig. 8). O sector a norte é marcado pela presença de afloramentos rochosos de baixa profundidade (zona envolvente à Perceveira), o que se traduz numa batimetria irregular. Estes afloramentos contactam com uma área de cobertura sedimentar, de batimetria regular, cujas isóbatas se apre- sentam no alinhamento NW-SE, cobrindo os aflo- ramentos rochosos associados ao maciço de Sines. Esta cobertura apresenta ainda estruturas sedimentares NNE-SSW, reflec- tindo mobilidade dos sedimentos do fundo e provocando ressaltos morfológi- cos (fig. 9). Verifica-se que, entre os levan- tamentos efectuados, o número de estruturas e a sua extensão variaram. A restante área é maioritariamente rochosa, com formações bem específicas e enquadradas no maciço de Sines, como por exemplo a Lage da Borboleta a sudoeste do Molhe Leste (fig. da pág. 1) e o desenvolvimento rochoso a sul do Molhe Oeste. Este sector do levantamento, com maior rugosidade do fundo, visível na fig. 8, apresenta relevos de resistência NW-SE. De referir a ocorrência de desligamentos (falhas) direitos NNW-SSE. Os levantamentos a multifeixe, para além dos resul- tados obtidos e que se tem vindo a expôr, permiti- ram ainda outras aplicações, nomeadamente o controlo de áreas dragadas (fig. 10) e o reco- nhecimento de lineamentos geológicos nas forma- ções rochosas (fig. 11). Conclusões Este trabalho evidenciou, uma vez mais, a importância do sondador multifeixe na detecção de profun- didades mínimas não assinaladas nos documentos náuticos, assim como a potencialização ao nível da obtenção de dados para estudos geológicos. Ainda em fase de processamento, este trabalho constituiu um dos primeiros grandes estudos interdisciplinares do IH, em que o estudo da dinâ- mica costeira contemplou as áreas da oceanografia, hidrografia e geologia marinha. Permitiu, como ilustram as figuras, compro- var as grandes potencialidades dos sondadores multifeixe, quer pela cobertura total do fundo quer pela elevada resolução das imagens digitais do fundo marinho. De facto, prevê-se que no futuro qualquer trabalho geológico do fundo do mar, designa- damente aqueles que abordem processos recentes, não dispen- sem um levantamento inicial a multifeixe. É de assinalar ainda, pela sua dimensão e conteúdo, a rele- vância deste estudo, em termos de mais valias para o Instituto Hidrográfico. AURORA BIZARRO, INVESTIGADORA AUXILIAR DELGADO VICENTE, 1TEN CECÍLIA LUZ, 2TEN MARTINS LOBO, 2TEN Fig. 8 – Aproximações ao Porto de Sines Fig. 11 – Lineamentos geológicos (desligamentos direitos) Fig. 9 – Vista tridimensional do molhe Oeste, da Perceveira e das estru- turas sedimentares a oeste do molhe Fig. 10 – Imagem digital de terreno de parte da bacia de manobra do Terminal XXI. É visível o resultado das operações de dragagem