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Pierre Bourdieu
Jean-Claude Chamboredon
Jean-Claude Passeron
 O ponto de vista cria o OBJETO.
 [...] A totalidade concreta como totalidade
pensada, concreto pensado, é, de fato, um
produto do pensamento.[...] (Marx, texto n.20)
 [...] Não são as relações reais entre as ‘coisas’
que constituem o princípio da delimitação dos
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conceituais entre problemas. É apenas nos
campos em que é aplicado um novo método a
novos problemas, e em que são
descobertas, assim, novas perspectivas que
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(Weber, texto n.21)
A partilha do real: a sociologia
erudita e a sociologia
contemporânea.
A ciência se constituiu ao construir
seu objeto contra o senso comum, em
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A tentação de constituir um problema
social em problema sociológico.
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sociológica.
A falsa questão do atomismo da
população frente aos ‘mass media’.
 A necessidade das formulações de hipóteses.
 A formulação do procedimento científico
como forma de diálogo com a realidade.
(Tipo ideal Weberiano).
 O real nunca toma a iniciativa, esse só da
resposta quando é questionado.
 O vetor epistemológico vai do racional em
direção ao real.
 Sem teoria, não é possível regular um único
instrumento, interpretar uma única leitura.
 Basta ter tentando uma vez submeter à
análise secundária o material coletado em
função de outra problemática, por mais
neutra que está possa ser na aparência, para
saber que os data mais rico nunca estariam
em condições de responder completa e
adequadamente a questões para as quais e
pelas quais não foram construídos.
 Cada pesquisa tem condições e métodos
diferentes e não válidos universalmente.
 O sociólogo é particularmente tentando a
procurar segurança no caráter científico de
sua disciplina ao sobrevalorizar as exigências
que ele atribui às ciências da natureza
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política e desqualificar a teoria do autor.
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positivismo)
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 A maldição da ciências humanas, talvez, seja
o fato de abordarem um objeto que fala.
 É como se o empirismo como tal propusesse
que o pesquisador se anulasse como tal. A
sociologia seria menos vulnerável a essa
tentação se lembrar que os ‘fatos não
falam’.
 O objeto acaba por colocar as suas
prenoções.
 Tem que se saber o que queremos
perguntar, tanto ao entrevistado quanto ao
objeto.
 Para quem e como conseguir o que queremos
com a resposta.
 A falsa teoria da objetividade e a anulação como
sociólogo. (Critica ao pensamento weberiano).
 Nenhuma teoria pode ser uma camisa de força.
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 Objetividade vs. Ideologia: O uso da ciência
como forma de luta ideológica.
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 A objetividade segundo Michael Löwy.
 Conservador: comedido, discreto, de bom
gosto, despretensioso, inconspícuo, moderado,
quieto, sóbrio; econômico, espartano, frugal,
parcimonioso, previdente, prudente, regrado;
arredio, equilibrado, reservado.
 Liberal: Aberto, avançado, despreconceituoso,
indulgente, progressista, tolerante;
beneficente, generoso, magnânimo, mão-
aberta, pródigo; abundante, amplo, suficiente,
copioso, excessivo, exuberante, profuso,
repleto, rico, transbordante.
 Revolucionário: enfurecido, extremista,
extremo, fanático, radical, ultra.
 A necessidade da formulação de um elenco
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 A falta de hipóteses faz o pesquisador cair no
sociologia espontânea ou na pura e simples
ideologia, que tanto fugia quando da
confecção do projeto.
 Sobre a estatística devemos nos perguntar o
que ela diz e pode dizer, dentro de quais
limites e condições.
 Se dermos crédito às representações mais triviais do
preceito weberiano, bastaria estarmos prevenidos
contra a parcialidade afetiva e as solicitações
ideológicas para ficarmos livres de qualquer
interrogação epistemológica sobre a significação dos
conceitos e a pertinência das técnicas.
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 As técnicas de pesquisa são outras tantas técnicas de
sociabilidade, qualificadas do ponto de vista social.
(observação e questionário, ou entrevista dirigida).
 Do dizível ao indizível.
 Não existem perguntas neutras. O sociólogo que não
submete suas próprias interrogações à interrogação
sociológica não estaria em condições de fazer uma
análise sociológica verdadeiramente objetiva das
respostas que elas suscitam.
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 Uma pergunta que não é transparente para
quem a formula pode obscurecer o objeto,
que, inevitavelmente, ela constrói, embora
não tenha sido feita propositalmente para
construí-lo.
 Uma mesma pergunta não tem o mesmo
sentido para sujeitos sociais separados pela
diferença de cultura, associadas as origens
de classe.
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perspectiva com a do objeto estudado, acaba
por coletar sua própria perspectiva no lugar
da do objeto estudado. (detectar a
perspectiva do objeto, para depois analisar).
 As respostas tem que ser interpretadas e não
engolidas, tanto a resposta direta, quanto a
resposta oferecida pela pesquisa bibliográfica.
 Ao se recusar a ser o sujeito científico de sua
sociologia, o sociólogo positivista dedica-
se, salvo milagre do inconsciente, a fazer uma
sociologia sem objeto científico.
 Quanto mais as condutas, atitudes e idéias
expressas e estudadas dependerem da
conjuntura onde foram geradas, tanto mais a
pesquisa e o pensamento tende a limitar-se e
aprender, atitudes e opiniões que não tem valor
além dos limites em que foi gerada.
 Nada impede de aplicar métodos de etnologia as
ciências modernas.
 Nada há de mais enganador do que a aparente
simplicidade dos métodos científicos.
 A oposição de conceito de classe em Marx e
Weber:
 Karl Marx argumentava que as divisões de classes
baseiam-se em diferenças nas relações entre
indivíduos e o processo de produção.
 Weber identificou três distinções de classe, de
acordo com três dimensões de desigualdades.
1)Classe; 2)Poder e 3) Prestígio.
 Teorias diferentes podem contribuir para se
conhecer melhor o mesmo objeto.
 O objeto é consciente e metodicamente
construído.
 A formulação de um objeto deve responder a
uma pergunta. Para verificar a existência do
objeto ou tema é só transformar o tema da
pesquisa numa pergunta.
 A construção do tipo ideal como forma de ajudar
na percepção do real. (Weber).
 Analogia como forma legitima. Durkheim tenta
determinar a natureza dos fatos sociais, e notar
sua repetição ou não como forma de determinar
o caráter de objeto de sua observação.
 Marx ensinou que a ciência social já não se
constrói no plano dos acontecimentos como
também a física deixou de se construir a
partir dos dados de sensibilidade: o objetivo
é construir um modelo, estudar sua
propriedades e suas diferentes maneiras de
reagir no laboratório para aplicar, em
seguida, tais observações à observação do
que se passa empiricamente. (o caso da lei
da educação e trabalho na Inglaterra e as
pesquisas de Marx).
 É pelo poder de ruptura e pelo poder de
generalização, sendo que os dois são
inseparáveis, que o modelo teórico é
reconhecido: como uma depuração formal
das relações entre as relações que definem
os objetos construídos, ele pode ser
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analogias, princípios de novas construções de
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 Muitas das noções que encontramos se classificam em
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preocupa diretamente. Se refletimos sobre o
desespero, pensemos também na tranqüilidade, se
estudarmos o avarento, lembramo-nos do perdulário. A
coisa mais difícil no mundo é estudar um objeto:
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ser útil tentar obter uma percepção
comparada do material.
 A forma como dispomos o material para
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A construção do objeto sociológico em Bourdieu, Chamboredon e Passeron

  • 2.  O ponto de vista cria o OBJETO.  [...] A totalidade concreta como totalidade pensada, concreto pensado, é, de fato, um produto do pensamento.[...] (Marx, texto n.20)  [...] Não são as relações reais entre as ‘coisas’ que constituem o princípio da delimitação dos diferentes campos científicos, mas as relações conceituais entre problemas. É apenas nos campos em que é aplicado um novo método a novos problemas, e em que são descobertas, assim, novas perspectivas que surge também uma nova ciência. [...]. (Weber, texto n.21)
  • 3. A partilha do real: a sociologia erudita e a sociologia contemporânea. A ciência se constituiu ao construir seu objeto contra o senso comum, em conformidade com os princípios que a definem. A tentação de constituir um problema social em problema sociológico. Realidade social não é realidade sociológica. A falsa questão do atomismo da população frente aos ‘mass media’.
  • 4.  A necessidade das formulações de hipóteses.  A formulação do procedimento científico como forma de diálogo com a realidade. (Tipo ideal Weberiano).  O real nunca toma a iniciativa, esse só da resposta quando é questionado.  O vetor epistemológico vai do racional em direção ao real.  Sem teoria, não é possível regular um único instrumento, interpretar uma única leitura.
  • 5.  Basta ter tentando uma vez submeter à análise secundária o material coletado em função de outra problemática, por mais neutra que está possa ser na aparência, para saber que os data mais rico nunca estariam em condições de responder completa e adequadamente a questões para as quais e pelas quais não foram construídos.  Cada pesquisa tem condições e métodos diferentes e não válidos universalmente.  O sociólogo é particularmente tentando a procurar segurança no caráter científico de sua disciplina ao sobrevalorizar as exigências que ele atribui às ciências da natureza (Critica ao positivismo).
  • 6.  A disputa entre Marx e Lord Keynes.  O discurso da neutralidade e o discurso ideológico.  A anulação de científica de Marx e o discurso da objetividade.  A diferença entre não concordar com a visão política e desqualificar a teoria do autor.
  • 7.  O problema do Empirismo. (a critica ao positivismo)  A anulação do pesquisador pelo empirismo.  A maldição da ciências humanas, talvez, seja o fato de abordarem um objeto que fala.  É como se o empirismo como tal propusesse que o pesquisador se anulasse como tal. A sociologia seria menos vulnerável a essa tentação se lembrar que os ‘fatos não falam’.  O objeto acaba por colocar as suas prenoções.
  • 8.  Tem que se saber o que queremos perguntar, tanto ao entrevistado quanto ao objeto.  Para quem e como conseguir o que queremos com a resposta.  A falsa teoria da objetividade e a anulação como sociólogo. (Critica ao pensamento weberiano).  Nenhuma teoria pode ser uma camisa de força.  Enriquecer a teoria, e não repeti-la.  Objetividade vs. Ideologia: O uso da ciência como forma de luta ideológica.  A objetividade é possível?  A objetividade segundo Michael Löwy.
  • 9.  Conservador: comedido, discreto, de bom gosto, despretensioso, inconspícuo, moderado, quieto, sóbrio; econômico, espartano, frugal, parcimonioso, previdente, prudente, regrado; arredio, equilibrado, reservado.  Liberal: Aberto, avançado, despreconceituoso, indulgente, progressista, tolerante; beneficente, generoso, magnânimo, mão- aberta, pródigo; abundante, amplo, suficiente, copioso, excessivo, exuberante, profuso, repleto, rico, transbordante.  Revolucionário: enfurecido, extremista, extremo, fanático, radical, ultra.
  • 10.  A necessidade da formulação de um elenco de hipóteses.  A falta de hipóteses faz o pesquisador cair no sociologia espontânea ou na pura e simples ideologia, que tanto fugia quando da confecção do projeto.  Sobre a estatística devemos nos perguntar o que ela diz e pode dizer, dentro de quais limites e condições.
  • 11.  Se dermos crédito às representações mais triviais do preceito weberiano, bastaria estarmos prevenidos contra a parcialidade afetiva e as solicitações ideológicas para ficarmos livres de qualquer interrogação epistemológica sobre a significação dos conceitos e a pertinência das técnicas.  A neutralidade metodológica.  As técnicas de pesquisa são outras tantas técnicas de sociabilidade, qualificadas do ponto de vista social. (observação e questionário, ou entrevista dirigida).  Do dizível ao indizível.  Não existem perguntas neutras. O sociólogo que não submete suas próprias interrogações à interrogação sociológica não estaria em condições de fazer uma análise sociológica verdadeiramente objetiva das respostas que elas suscitam.
  • 12.  O caso da palavra trabalho. (pg. 56).  Uma pergunta que não é transparente para quem a formula pode obscurecer o objeto, que, inevitavelmente, ela constrói, embora não tenha sido feita propositalmente para construí-lo.  Uma mesma pergunta não tem o mesmo sentido para sujeitos sociais separados pela diferença de cultura, associadas as origens de classe.  Num estudo , o indivíduo que confunde sua perspectiva com a do objeto estudado, acaba por coletar sua própria perspectiva no lugar da do objeto estudado. (detectar a perspectiva do objeto, para depois analisar).
  • 13.  As respostas tem que ser interpretadas e não engolidas, tanto a resposta direta, quanto a resposta oferecida pela pesquisa bibliográfica.  Ao se recusar a ser o sujeito científico de sua sociologia, o sociólogo positivista dedica- se, salvo milagre do inconsciente, a fazer uma sociologia sem objeto científico.  Quanto mais as condutas, atitudes e idéias expressas e estudadas dependerem da conjuntura onde foram geradas, tanto mais a pesquisa e o pensamento tende a limitar-se e aprender, atitudes e opiniões que não tem valor além dos limites em que foi gerada.  Nada impede de aplicar métodos de etnologia as ciências modernas.
  • 14.  Nada há de mais enganador do que a aparente simplicidade dos métodos científicos.  A oposição de conceito de classe em Marx e Weber:  Karl Marx argumentava que as divisões de classes baseiam-se em diferenças nas relações entre indivíduos e o processo de produção.  Weber identificou três distinções de classe, de acordo com três dimensões de desigualdades. 1)Classe; 2)Poder e 3) Prestígio.  Teorias diferentes podem contribuir para se conhecer melhor o mesmo objeto.
  • 15.  O objeto é consciente e metodicamente construído.  A formulação de um objeto deve responder a uma pergunta. Para verificar a existência do objeto ou tema é só transformar o tema da pesquisa numa pergunta.  A construção do tipo ideal como forma de ajudar na percepção do real. (Weber).  Analogia como forma legitima. Durkheim tenta determinar a natureza dos fatos sociais, e notar sua repetição ou não como forma de determinar o caráter de objeto de sua observação.
  • 16.  Marx ensinou que a ciência social já não se constrói no plano dos acontecimentos como também a física deixou de se construir a partir dos dados de sensibilidade: o objetivo é construir um modelo, estudar sua propriedades e suas diferentes maneiras de reagir no laboratório para aplicar, em seguida, tais observações à observação do que se passa empiricamente. (o caso da lei da educação e trabalho na Inglaterra e as pesquisas de Marx).
  • 17.  É pelo poder de ruptura e pelo poder de generalização, sendo que os dois são inseparáveis, que o modelo teórico é reconhecido: como uma depuração formal das relações entre as relações que definem os objetos construídos, ele pode ser transposto para ordens de realidade, do ponto de vista fenomenal, muito diferentes e sugerir por analogia novas analogias, princípios de novas construções de objeto.
  • 18.  Criação de um arquivo com textos, teses, artigos. Reorganização de assuntos, cruzamento de temas nunca feito antes.  Uma atitude lúcida em relação as frases e palavras que definem as questões. Buscar o significado das palavras e seu sinônimos ajudam a elucidar a problemática.  Muitas das noções que encontramos se classificam em tipos, quando sobre ele refletimos.  Freqüentemente temos melhor percepção considerando os extremos – pensando o oposto daquilo que nos preocupa diretamente. Se refletimos sobre o desespero, pensemos também na tranqüilidade, se estudarmos o avarento, lembramo-nos do perdulário. A coisa mais difícil no mundo é estudar um objeto: quando procuramos contrastar vários deles, temos melhor percepção.
  • 19.  Qualquer objeto que nos ocupemos, veremos ser útil tentar obter uma percepção comparada do material.  A forma como dispomos o material para apresentação sempre afeta o conteúdo do nosso trabalho.  Todos os assuntos devem ser apresentados com linguagem clara e simples, na medida que o tema trabalhado permita. ( caso da sociologia e o status na América latina).