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Escola Sem Partido ou Escola
da Minha Ideologia?
Prof. Araré Carvalho
A Negação Como Princípio do Conhecimento e os
Antecedentes da Escola Sem Partido.
Aparência e Essência
Existe diferença entre aparência e essência?
Aparência:
É o que permite reconhecer um objeto ou ser vivo,
ao visualizá-lo, tocá-lo ou ouvi-lo. Um peixe pode
não ser um peixe, mesmo se parecendo com um.
Essência:
É o ser, o amago, de um ser vivo, ou uma coisa. É sua
realidade profunda, o que não muda, independente
de olhares e circunstâncias. Um peixe pode ser um
peixe, mesmo não parecendo com um.
Bolhas de Auto Validação.
 O conhecimento só nasce do contraditório. O conhecimento
é dialético. Nenhum novo conhecimento nasce numa esfera
de concordâncias mútuas.
 A cultura do debate: A função do debate não é promover um
vencedor, mas o progresso de todos.
 O perigo do conhecimento seletivo e falsos, das redes sociais.
 A lógica do futebol as relações políticas.
 O ensimesmamento da sociedade.
 A diferença entre Informação e Conhecimento: O primeiro é
típico da geração “Y”, que possuí uma gama gigantesca de
informações, mas não consegue convergir elas em
conhecimento. Formando uma geração de diletantes. O
conhecimento é algo mais elaborado, profundo e que
demanda incorporação de capitais culturais.
A Desconstrução do Discurso da
Neutralidade
 Os projetos, (06 no total), que tramitam postulando a implementação
da “Escola Sem Partido” , gravitam em torno de um conceito de
“neutralidade” que seria necessária ao exercício docente e solução ao
ensino “ideologizado” que estaria em curso no país.
 Existe Neutralidade na Vida? E nas Ciências/Educação?!
 Max Weber e a Objetividade contra a Neutralidade.
 O que é Neutro? Uma placa com horários de chegada e saída
de ônibus é neutro. Não existe ali qualquer viés ideológico.
 Um dicionário é neutro? O que seria mais neutro e objetivo
que os verbetes de um dicionário, não é mesmo?!
 Vamos analisar dois verbetes no mais famoso dicionário
online em português.
A Escola Sem Partido ou A Escola do
Partido Único?!
 Em educação, não existe neutralidade. O próprio discurso defensor da
neutralidade está inebriado de ideologia. O neutro, para os idealizadores,
nada mais é do que uma imposição de seu pensamento, de seu ideal, do
seu próprio - por que não? - partido.
 Tudo é ideológico. E escola não é exceção. A escolha das disciplinas,
carga horária, conteúdos, tudo. A ciência é resultado de teoria, de visões
de mundo. Não há educação, não há política, não há, enfim, vida social,
sem ideologias.
 Já repararam que na Escola há o “jeito certo de falar”, o “jeito
certo de se comportar”. Ela impõe, separa, fecha
possibilidades. A escola é cada vez mais refém da
mentalidade técnica. E por que é assim? Ora, adivinhem?!
Porque ela é essencialmente I-D-E-O-L-Ó-G-I-C-A.
 Ela veio-a-ser assim, a partir de um modelo, de uma forma de
ver o mundo, de interesses. A escola escolhe suas verdades,
escolhe uma perspectiva ética, e obscurece - ou nega - as
outras.
A proposta é de que seja afixado cartazes na parede
das salas de aula com os seguintes dizeres:
 1 - O Professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, para promover os seus
próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas
e partidárias.
 2 - O Professor não favorecerá, não prejudicará e não constrangerá os alunos em razão de suas
convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas.
 3 - O Professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos
a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.
 4 - Ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos
alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões,
teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.
 5 - O Professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que
esteja de acordo com suas próprias convicções.
 O movimento Escola Sem Partido defende uma escola sem espaço
para discussão da cidadania, garantia estabelecida na Lei de
Diretrizes de Bases da Educação (9.394/96).
 Como é que se desenvolve um pensamento crítico se não discutindo
política, filosofia, sociologia, história? Não é o caso de se discutir
política partidária, mas de se discutir num sentido amplo, a
organização e composição da sociedade.
Escola vs. Família
 O deputado Izalci (PSDB/DF) apresentou o PL 867/2015 à Câmara Federal ,
que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Dentre várias questões, o
artigo 3º do referido projeto diz o seguinte:
 “Art. 3º. São vedadas, em sala de aula, a prática de doutrinação política e
ideológica bem como a veiculação de conteúdos ou a realização de
atividades que possam estar em conflito com as convicções religiosas ou
morais dos pais ou responsáveis pelos estudantes.”
 O que viola tais convicções provavelmente será julgado de acordo com o que
e com quem quiserem criminalizar. O projeto ainda levanta uma polêmica do
século XIX quando se discutia a dicotomia família e escola, o que deveria
estar superado no século XXI.
 Hannah Arendt, em suas reflexões nos lembra que, SIM, os
pais tem, e devem mesmo ter, o direito de criar seus filhos
como acharem adequado. Esse é, para ela, no que concordo,
um direito privativo (não exclusivo) da família, da esfera
privada do lar e da criança. Mas existe um limite, que reside
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 No entanto, no momento em que a educação institucional,
controlada por um Estado, se torna obrigatória, impõe-se o limite
ao direito privado dos pais; a criança não é mais parte apenas da
esfera privada da família - ela é também um futuro cidadão. Como
futuros cidadãos, também devem ter sua educação e formação
reivindicadas pelo corpo político.
 Durkheim vai nos dizer que não devemos criar nossos filhos como
desejamos, mas sim como a sociedade requer. Sob pena deles
pagarem por isso futuramente.
 Reconhecer a família como uma esfera fundamental da sociedade,
não significa afirmar que os pais têm direito absoluto sobre seus
filhos e que, portanto, a educação moral é prerrogativa exclusiva da
família.
 Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a
ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição
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o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta
pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as
classes sociais.
As aventuras de Paulo Freire contra a
Escola Sem Partido
Sabe a Razão do Uso de Paulo Freire nos
EUA e no Mundo?
 Uma das propostas fortes de Freire é a pedagogia da pergunta, da
problematização. Ela se aproxima e complementa a pedagogia da
resposta, da solução de problemas. A problem-solving education
(educação para solução de problemas) que é muito valorizada na
cultura americana.
 É importante saber resolver os problemas. Claro que sim. Os
ensinos e as pesquisas que enfocam na solução de problemas são
muito valorizados.
 No entanto, os gestores da educação americana perceberam
que não basta só resolver o problema, há outros fatores que
devem ser considerados.
Muitas vezes o problema a ser resolvido não é
exatamente o problema que precisa ser resolvido!
 Para saber se o problema que temos é o que realmente necessitamos
resolver, Freire estabelece as perguntas da problematização, o que
configura o modelo de problem-posing education (ou educação
problematizadora). Essas perguntas pedagógicas colocam o sujeito
humano como centralidade: A favor de quem? Para quem? Contra
quem? A favor de quê? Para quê? Contra quê? Por quê?
 Todos os problemas que nos indicam como importantes, de cima
para baixo e de baixo para cima, devem ser crivados de perguntas
pelo sujeito que aprende, a fim de que este possa saber, ou melhor,
possa se conscientizar se o problema está corretamente formulado,
se o problema finalmente é o que necessita ser resolvido, ou se o
problema precisa ser reproposto para poder atender às reais
necessidades das pessoas
Problema e Solução
 O problema da Educação Brasileira é a Doutrinação? Se existe, qual
o tamanho do problema?
 Esse debate é uma demanda central e urgente para a educação
nacional?
 Há evidências claras e inequívocas que está ocorrendo
“doutrinação” nas escolas?
 Qual é a solução?
 Se há casos pontuais de doutrinação a Escola não pode resolver
pontualmente? Já não existe instâncias para isso?
 Talvez o problema não seja a doutrinação, mas sim a
qualidade?
 Criticar o “Escola Sem Partido” é dizer que está tudo bem com
o ensino no país?!
Os Perigos
 Subprojeto do Dep. do PSDB Rogério Marinho que prevê prisão
de 03 meses a 01 ano a quem cometer assédio ideológico.
 Medo do controle e regras excessivas que tende a engessar a
criatividade e o conhecimento e formatar comportamentos.
 Quem determina o que é ideológico ou não? Quem determina o
que e como pode se ensinar?! (isso já não é ideológico?)
 A vida privada e pública do professor. A liberdade do cidadão é
inegociável.
 O Projeto parte do princípio que exista uma tal de “audiência
cativa”, o que é plenamente questionável. E supõe que o
aluno é limitado, e não tem outros meios de interação e
mediação social.
 Que tipos de políticos estão se apropriando do projeto?
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“isento” do projeto?
 Como fica a liberdade de Cátedra? E a liberdade de expressão
garantidas pelas constituição?
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Escola sem partido ou escola do partido único?

  • 1. Escola Sem Partido ou Escola da Minha Ideologia? Prof. Araré Carvalho
  • 2. A Negação Como Princípio do Conhecimento e os Antecedentes da Escola Sem Partido.
  • 3. Aparência e Essência Existe diferença entre aparência e essência?
  • 4. Aparência: É o que permite reconhecer um objeto ou ser vivo, ao visualizá-lo, tocá-lo ou ouvi-lo. Um peixe pode não ser um peixe, mesmo se parecendo com um.
  • 5. Essência: É o ser, o amago, de um ser vivo, ou uma coisa. É sua realidade profunda, o que não muda, independente de olhares e circunstâncias. Um peixe pode ser um peixe, mesmo não parecendo com um.
  • 6. Bolhas de Auto Validação.  O conhecimento só nasce do contraditório. O conhecimento é dialético. Nenhum novo conhecimento nasce numa esfera de concordâncias mútuas.  A cultura do debate: A função do debate não é promover um vencedor, mas o progresso de todos.  O perigo do conhecimento seletivo e falsos, das redes sociais.
  • 7.  A lógica do futebol as relações políticas.  O ensimesmamento da sociedade.  A diferença entre Informação e Conhecimento: O primeiro é típico da geração “Y”, que possuí uma gama gigantesca de informações, mas não consegue convergir elas em conhecimento. Formando uma geração de diletantes. O conhecimento é algo mais elaborado, profundo e que demanda incorporação de capitais culturais.
  • 8. A Desconstrução do Discurso da Neutralidade  Os projetos, (06 no total), que tramitam postulando a implementação da “Escola Sem Partido” , gravitam em torno de um conceito de “neutralidade” que seria necessária ao exercício docente e solução ao ensino “ideologizado” que estaria em curso no país.  Existe Neutralidade na Vida? E nas Ciências/Educação?!  Max Weber e a Objetividade contra a Neutralidade.
  • 9.  O que é Neutro? Uma placa com horários de chegada e saída de ônibus é neutro. Não existe ali qualquer viés ideológico.  Um dicionário é neutro? O que seria mais neutro e objetivo que os verbetes de um dicionário, não é mesmo?!  Vamos analisar dois verbetes no mais famoso dicionário online em português.
  • 10.
  • 11. A Escola Sem Partido ou A Escola do Partido Único?!  Em educação, não existe neutralidade. O próprio discurso defensor da neutralidade está inebriado de ideologia. O neutro, para os idealizadores, nada mais é do que uma imposição de seu pensamento, de seu ideal, do seu próprio - por que não? - partido.  Tudo é ideológico. E escola não é exceção. A escolha das disciplinas, carga horária, conteúdos, tudo. A ciência é resultado de teoria, de visões de mundo. Não há educação, não há política, não há, enfim, vida social, sem ideologias.
  • 12.  Já repararam que na Escola há o “jeito certo de falar”, o “jeito certo de se comportar”. Ela impõe, separa, fecha possibilidades. A escola é cada vez mais refém da mentalidade técnica. E por que é assim? Ora, adivinhem?! Porque ela é essencialmente I-D-E-O-L-Ó-G-I-C-A.  Ela veio-a-ser assim, a partir de um modelo, de uma forma de ver o mundo, de interesses. A escola escolhe suas verdades, escolhe uma perspectiva ética, e obscurece - ou nega - as outras.
  • 13. A proposta é de que seja afixado cartazes na parede das salas de aula com os seguintes dizeres:
  • 14.  1 - O Professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.  2 - O Professor não favorecerá, não prejudicará e não constrangerá os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas.  3 - O Professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.  4 - Ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.  5 - O Professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.
  • 15.  O movimento Escola Sem Partido defende uma escola sem espaço para discussão da cidadania, garantia estabelecida na Lei de Diretrizes de Bases da Educação (9.394/96).  Como é que se desenvolve um pensamento crítico se não discutindo política, filosofia, sociologia, história? Não é o caso de se discutir política partidária, mas de se discutir num sentido amplo, a organização e composição da sociedade.
  • 16.
  • 17. Escola vs. Família  O deputado Izalci (PSDB/DF) apresentou o PL 867/2015 à Câmara Federal , que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Dentre várias questões, o artigo 3º do referido projeto diz o seguinte:  “Art. 3º. São vedadas, em sala de aula, a prática de doutrinação política e ideológica bem como a veiculação de conteúdos ou a realização de atividades que possam estar em conflito com as convicções religiosas ou morais dos pais ou responsáveis pelos estudantes.”  O que viola tais convicções provavelmente será julgado de acordo com o que e com quem quiserem criminalizar. O projeto ainda levanta uma polêmica do século XIX quando se discutia a dicotomia família e escola, o que deveria estar superado no século XXI.
  • 18.  Hannah Arendt, em suas reflexões nos lembra que, SIM, os pais tem, e devem mesmo ter, o direito de criar seus filhos como acharem adequado. Esse é, para ela, no que concordo, um direito privativo (não exclusivo) da família, da esfera privada do lar e da criança. Mas existe um limite, que reside em apenas um fato: o da educação ser obrigatória.
  • 19.  No entanto, no momento em que a educação institucional, controlada por um Estado, se torna obrigatória, impõe-se o limite ao direito privado dos pais; a criança não é mais parte apenas da esfera privada da família - ela é também um futuro cidadão. Como futuros cidadãos, também devem ter sua educação e formação reivindicadas pelo corpo político.  Durkheim vai nos dizer que não devemos criar nossos filhos como desejamos, mas sim como a sociedade requer. Sob pena deles pagarem por isso futuramente.
  • 20.  Reconhecer a família como uma esfera fundamental da sociedade, não significa afirmar que os pais têm direito absoluto sobre seus filhos e que, portanto, a educação moral é prerrogativa exclusiva da família.  Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais.
  • 21. As aventuras de Paulo Freire contra a Escola Sem Partido
  • 22.
  • 23. Sabe a Razão do Uso de Paulo Freire nos EUA e no Mundo?  Uma das propostas fortes de Freire é a pedagogia da pergunta, da problematização. Ela se aproxima e complementa a pedagogia da resposta, da solução de problemas. A problem-solving education (educação para solução de problemas) que é muito valorizada na cultura americana.  É importante saber resolver os problemas. Claro que sim. Os ensinos e as pesquisas que enfocam na solução de problemas são muito valorizados.
  • 24.  No entanto, os gestores da educação americana perceberam que não basta só resolver o problema, há outros fatores que devem ser considerados.
  • 25. Muitas vezes o problema a ser resolvido não é exatamente o problema que precisa ser resolvido!  Para saber se o problema que temos é o que realmente necessitamos resolver, Freire estabelece as perguntas da problematização, o que configura o modelo de problem-posing education (ou educação problematizadora). Essas perguntas pedagógicas colocam o sujeito humano como centralidade: A favor de quem? Para quem? Contra quem? A favor de quê? Para quê? Contra quê? Por quê?
  • 26.  Todos os problemas que nos indicam como importantes, de cima para baixo e de baixo para cima, devem ser crivados de perguntas pelo sujeito que aprende, a fim de que este possa saber, ou melhor, possa se conscientizar se o problema está corretamente formulado, se o problema finalmente é o que necessita ser resolvido, ou se o problema precisa ser reproposto para poder atender às reais necessidades das pessoas
  • 27. Problema e Solução  O problema da Educação Brasileira é a Doutrinação? Se existe, qual o tamanho do problema?  Esse debate é uma demanda central e urgente para a educação nacional?  Há evidências claras e inequívocas que está ocorrendo “doutrinação” nas escolas?  Qual é a solução?  Se há casos pontuais de doutrinação a Escola não pode resolver pontualmente? Já não existe instâncias para isso?
  • 28.  Talvez o problema não seja a doutrinação, mas sim a qualidade?  Criticar o “Escola Sem Partido” é dizer que está tudo bem com o ensino no país?!
  • 29. Os Perigos  Subprojeto do Dep. do PSDB Rogério Marinho que prevê prisão de 03 meses a 01 ano a quem cometer assédio ideológico.  Medo do controle e regras excessivas que tende a engessar a criatividade e o conhecimento e formatar comportamentos.  Quem determina o que é ideológico ou não? Quem determina o que e como pode se ensinar?! (isso já não é ideológico?)  A vida privada e pública do professor. A liberdade do cidadão é inegociável.
  • 30.  O Projeto parte do princípio que exista uma tal de “audiência cativa”, o que é plenamente questionável. E supõe que o aluno é limitado, e não tem outros meios de interação e mediação social.  Que tipos de políticos estão se apropriando do projeto? Evangélicos e Reacionários. O que isso diz sobre o caráter “isento” do projeto?  Como fica a liberdade de Cátedra? E a liberdade de expressão garantidas pelas constituição?
  • 31. Por fim... “Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: sua base ideológica é inclusiva ou excludente?” (Paulo Freire)