SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  12
Télécharger pour lire hors ligne
Hannah Arendt e o totalitarismo
Profº Arlindo Picoli
Campus Itapina
As origens do
totalitarismo
• 1951, publicação de "The Origins of
Totalitarianism", uma de suas obras
mais importante, que a projetou
internacionalmente.
• A partir daí, ela passa a dar
conferências em Yale, Columbia,
Harvard, Princeton, Chicago, mas
também na Alemanha e em Paris.
• Torna-se cidadã americana
Totalitarismo
• O totalitarismo é original. Nunca houve algo
parecido na história. Arendt, distingue
totalitarismo de tirania e ditadura.
• O regime totalitário nasce da degradação do
Estado-nação, do imperialismo e do
antissemitismo.
• Caracteriza-se pela busca incansável por
inimigos a serem destruídos, minorias a serem
liquidadas pelo simples fato de existirem.
• Regimes totalitários são o nazismo e o
comunismo soviético.
Características:
dominação
• Uma estrutura de poder voltada para uma forma
total de dominação. Não se detém diante da
tarefa de eliminar populações inteiras, para fazer
triunfar ideias e crenças na superioridade de
raças e de ideologias.
• Os regimes totalitários seguem a lógica de
sistemas de dominação que fazem das
diferenças étnicas e de classe motor para um
processo de exclusão e domínio.
Características: terror
• No totalitarismo o terror é a essência do sistema.
• O terror é o instrumento corriqueiro para governar
as massas. Volta-se não apenas contra os seus
inimigos mas também contra os aliados e
correligionários. Sendo assim, o totalitarismo se
distingue da ditadura e da tirania.
• Empregam o terror mesmo contra uma população
já subjulgada.
Apátridas
• “A privação fundamental dos direitos humanos
manifesta-se, primeiro e acima de tudo, na privação de
um lugar no mundo que torne a opinião significativa e
a ação eficaz. Algo mais fundamental do que a
liberdade e a justiça, que são os direitos do cidadão,
está em jogo quando deixa de ser natural que um
homem pertença à comunidade em que nasceu”
(ARENDT, 1989, p. 227).
• Portanto, obter o reconhecimento por uma comunidade
é condição básica para o gozo de direitos
Eichmann em Jerusalém
• "Eichmann em Jerusalém" é um dos
livros mais famosos de Hannah Arendt.
É fruto da cobertura jornalística, feita
para a revista "New Yorker", do
julgamento do criminoso nazista Adolf
Eichmann, sequestrado na Argentina
pelo exército israelense e levado ao
banco dos réus em 1961.
• Eichmann foi um dos responsáveis pela
chamada "solução final", a decisão de
extermínio meticuloso dos judeus que
Hitler adotara em meio da guerra.
• Alegou em sua defesa que cumpria
apenas ordens superiores, irrecusáveis
dadas as circunstâncias etc.
A Banalidade do mal
• Hannah Arendt soube fixar em seu ensaio a
"neutralidade" administrativa do relato sobre
como deportou seu rebanho humano. Assim, o
mal era deslocado do seu lugar de costume.
• Aqui, o mal se dissipa numa estrutura
compartimentada e impessoal onde a
crueldade, multiplicada pela eficiência, funciona
em regime.
• A culpa é compartilhada, se esvai ao longo de
uma rede de conexões, obediências devidas,
hábitos adquiridos, insensibilidade burocrática.
A Banalidade do mal
• A banalidade na execução de crimes contra a
humanidade se deve à burocratização do genocídio,
implementada pela cúpula nazista, para liberar as
pessoas de preocupações com a moral comum e
com as leis.
Antes
Hoje
A condição humana
• “Embora todos comecem a vida
inserindo-se no mundo humano através
do discurso e da ação, ninguém é autor
ou criador da história de sua própria
vida. Em outras palavras, as histórias,
resultado da ação e do discurso,
revelam um agente, mas esse agente
não é autor nem produtor. Alguém a
iniciou e dela é o sujeito, na dupla
acepção da palavra, mas ninguém é seu
autor.” (ARENDT, 2008, 197)
• O agente de uma nova ação sempre
age sob a influência de teias
preexistentes de ações anteriores.
1975
Morte
Sofre ataque cardíaco em maio de 1974 e
morre em Nova York em 4 de Dezembro
de 1975.
Referências
• http://pt.slideshare.net/MiguelFelipe2/hanhannah
-arendt
• Filme, “Hannah Arendt”, link: http://cdn-
html5.s3.amazonaws.com/ember_reader/abrilpln
d2015/index.html#/edition/21311?page=-
2&section=1
• ARENDT,Hannah. Origens do Totalitarismo,
Trad. de Roberto Raposo. São Paulo:
Companhia das Letras, 1989.
• ______________. A condição humana, 10ª
edição, Forense Universitária, 2008.

Contenu connexe

Tendances

Tendances (20)

Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
 
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
 
Democracia
DemocraciaDemocracia
Democracia
 
ESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURTESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURT
 
Filosofia: Hannah Arendt
Filosofia: Hannah ArendtFilosofia: Hannah Arendt
Filosofia: Hannah Arendt
 
Filosofia contemporânea
Filosofia contemporâneaFilosofia contemporânea
Filosofia contemporânea
 
Socialismo e comunismo
Socialismo e comunismo  Socialismo e comunismo
Socialismo e comunismo
 
Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
Poder, Política e Estado.
Poder, Política e Estado.Poder, Política e Estado.
Poder, Política e Estado.
 
Sociologia no Brasil
Sociologia no BrasilSociologia no Brasil
Sociologia no Brasil
 
Formas de governos
Formas de governosFormas de governos
Formas de governos
 
Paul michel foucault
Paul michel foucaultPaul michel foucault
Paul michel foucault
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasAula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
 
Poder, política e estado
Poder, política e estadoPoder, política e estado
Poder, política e estado
 
Regimes totalitarios
Regimes totalitariosRegimes totalitarios
Regimes totalitarios
 
Existencialismo
ExistencialismoExistencialismo
Existencialismo
 
Os Movimentos Sociais
Os Movimentos Sociais Os Movimentos Sociais
Os Movimentos Sociais
 
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
 
Nietzsche
NietzscheNietzsche
Nietzsche
 

Similaire à Hannah arendt e o totalitarismo

Slides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdf
Slides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdfSlides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdf
Slides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdf
Natan Baptista
 
Regime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendtRegime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendt
Wesley Santos
 
Exercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaExercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadania
Rogerio Terra
 
As opções totalitárias - IA
As opções totalitárias - IAAs opções totalitárias - IA
As opções totalitárias - IA
Carlos Vieira
 
Existencialismo - Sartre - Albanir.pdf
Existencialismo - Sartre - Albanir.pdfExistencialismo - Sartre - Albanir.pdf
Existencialismo - Sartre - Albanir.pdf
AlbanirFaleiros1
 

Similaire à Hannah arendt e o totalitarismo (20)

Totalitarismo e biopolítica na sociedade de controle
Totalitarismo e biopolítica na sociedade de controleTotalitarismo e biopolítica na sociedade de controle
Totalitarismo e biopolítica na sociedade de controle
 
Slides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdf
Slides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdfSlides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdf
Slides - Aula 04 - Arendt, a condição humana e o totalitarismo.pdf
 
Regime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendtRegime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendt
 
V de Vingança
V de VingançaV de Vingança
V de Vingança
 
Exercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaExercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadania
 
Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)
Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)
Hannah Arendt (Nazismo, Stalinismo, Totalitarismo)
 
V dfilo cap12p_violencia_direitos_humanos
V dfilo cap12p_violencia_direitos_humanosV dfilo cap12p_violencia_direitos_humanos
V dfilo cap12p_violencia_direitos_humanos
 
V dfilo cap12p_violencia_direitos_humanos
V dfilo cap12p_violencia_direitos_humanosV dfilo cap12p_violencia_direitos_humanos
V dfilo cap12p_violencia_direitos_humanos
 
Hannah arendt 11_b
Hannah arendt 11_bHannah arendt 11_b
Hannah arendt 11_b
 
As opções totalitárias - IA
As opções totalitárias - IAAs opções totalitárias - IA
As opções totalitárias - IA
 
Hannat arendt
Hannat arendtHannat arendt
Hannat arendt
 
DIREITOS HUMANOS E RACISMO ESTRUTURAL.pptx
DIREITOS HUMANOS E RACISMO ESTRUTURAL.pptxDIREITOS HUMANOS E RACISMO ESTRUTURAL.pptx
DIREITOS HUMANOS E RACISMO ESTRUTURAL.pptx
 
Terrorismo de Estado.pptx
Terrorismo de Estado.pptxTerrorismo de Estado.pptx
Terrorismo de Estado.pptx
 
Holocausto + Direitos Humanos
Holocausto + Direitos HumanosHolocausto + Direitos Humanos
Holocausto + Direitos Humanos
 
TC - Escola de Frankfurt
TC - Escola de FrankfurtTC - Escola de Frankfurt
TC - Escola de Frankfurt
 
Teoria crítica
Teoria críticaTeoria crítica
Teoria crítica
 
Existencialismo - Sartre - Albanir.pdf
Existencialismo - Sartre - Albanir.pdfExistencialismo - Sartre - Albanir.pdf
Existencialismo - Sartre - Albanir.pdf
 
SLIDES 3 ANO
SLIDES 3 ANOSLIDES 3 ANO
SLIDES 3 ANO
 
47 totalitarismos e holocausto 1
47   totalitarismos e holocausto 147   totalitarismos e holocausto 1
47 totalitarismos e holocausto 1
 
Desvios do poder: Totalitarismo e Autoritarismo.
Desvios do poder: Totalitarismo e Autoritarismo.Desvios do poder: Totalitarismo e Autoritarismo.
Desvios do poder: Totalitarismo e Autoritarismo.
 

Plus de Arlindo Picoli

1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo 1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo
Arlindo Picoli
 
2° ano Filosofia Política - Revisão
2° ano Filosofia Política - Revisão2° ano Filosofia Política - Revisão
2° ano Filosofia Política - Revisão
Arlindo Picoli
 
Indústria cultural problematizando
Indústria cultural problematizandoIndústria cultural problematizando
Indústria cultural problematizando
Arlindo Picoli
 
Industria cultural fragmentos
Industria cultural fragmentosIndustria cultural fragmentos
Industria cultural fragmentos
Arlindo Picoli
 
O corpo hierarquia de gênero no brasil
O corpo hierarquia de gênero no brasilO corpo hierarquia de gênero no brasil
O corpo hierarquia de gênero no brasil
Arlindo Picoli
 
Existem mulheres filósofas
Existem mulheres filósofasExistem mulheres filósofas
Existem mulheres filósofas
Arlindo Picoli
 

Plus de Arlindo Picoli (16)

O conhecimento e a lógica
O conhecimento e a lógicaO conhecimento e a lógica
O conhecimento e a lógica
 
A vida como contrução uma obra de arte
A vida como contrução uma obra de arteA vida como contrução uma obra de arte
A vida como contrução uma obra de arte
 
Totalitarismo e biopoder
Totalitarismo e biopoderTotalitarismo e biopoder
Totalitarismo e biopoder
 
A ciência e a arte
A ciência e a arteA ciência e a arte
A ciência e a arte
 
éTica por que e para quê
éTica por que e para quêéTica por que e para quê
éTica por que e para quê
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poder
 
Epiméleia heautoû: A ética do cuidado de si
Epiméleia heautoû: A ética do cuidado de siEpiméleia heautoû: A ética do cuidado de si
Epiméleia heautoû: A ética do cuidado de si
 
Ética e moral
Ética e moralÉtica e moral
Ética e moral
 
A vida profissional o tédio
A vida profissional o tédioA vida profissional o tédio
A vida profissional o tédio
 
2° ano
2° ano2° ano
2° ano
 
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo 1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo
 
2° ano Filosofia Política - Revisão
2° ano Filosofia Política - Revisão2° ano Filosofia Política - Revisão
2° ano Filosofia Política - Revisão
 
Indústria cultural problematizando
Indústria cultural problematizandoIndústria cultural problematizando
Indústria cultural problematizando
 
Industria cultural fragmentos
Industria cultural fragmentosIndustria cultural fragmentos
Industria cultural fragmentos
 
O corpo hierarquia de gênero no brasil
O corpo hierarquia de gênero no brasilO corpo hierarquia de gênero no brasil
O corpo hierarquia de gênero no brasil
 
Existem mulheres filósofas
Existem mulheres filósofasExistem mulheres filósofas
Existem mulheres filósofas
 

Dernier

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 

Dernier (20)

Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 

Hannah arendt e o totalitarismo

  • 1. Hannah Arendt e o totalitarismo Profº Arlindo Picoli Campus Itapina
  • 2. As origens do totalitarismo • 1951, publicação de "The Origins of Totalitarianism", uma de suas obras mais importante, que a projetou internacionalmente. • A partir daí, ela passa a dar conferências em Yale, Columbia, Harvard, Princeton, Chicago, mas também na Alemanha e em Paris. • Torna-se cidadã americana
  • 3. Totalitarismo • O totalitarismo é original. Nunca houve algo parecido na história. Arendt, distingue totalitarismo de tirania e ditadura. • O regime totalitário nasce da degradação do Estado-nação, do imperialismo e do antissemitismo. • Caracteriza-se pela busca incansável por inimigos a serem destruídos, minorias a serem liquidadas pelo simples fato de existirem. • Regimes totalitários são o nazismo e o comunismo soviético.
  • 4. Características: dominação • Uma estrutura de poder voltada para uma forma total de dominação. Não se detém diante da tarefa de eliminar populações inteiras, para fazer triunfar ideias e crenças na superioridade de raças e de ideologias. • Os regimes totalitários seguem a lógica de sistemas de dominação que fazem das diferenças étnicas e de classe motor para um processo de exclusão e domínio.
  • 5. Características: terror • No totalitarismo o terror é a essência do sistema. • O terror é o instrumento corriqueiro para governar as massas. Volta-se não apenas contra os seus inimigos mas também contra os aliados e correligionários. Sendo assim, o totalitarismo se distingue da ditadura e da tirania. • Empregam o terror mesmo contra uma população já subjulgada.
  • 6. Apátridas • “A privação fundamental dos direitos humanos manifesta-se, primeiro e acima de tudo, na privação de um lugar no mundo que torne a opinião significativa e a ação eficaz. Algo mais fundamental do que a liberdade e a justiça, que são os direitos do cidadão, está em jogo quando deixa de ser natural que um homem pertença à comunidade em que nasceu” (ARENDT, 1989, p. 227). • Portanto, obter o reconhecimento por uma comunidade é condição básica para o gozo de direitos
  • 7. Eichmann em Jerusalém • "Eichmann em Jerusalém" é um dos livros mais famosos de Hannah Arendt. É fruto da cobertura jornalística, feita para a revista "New Yorker", do julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann, sequestrado na Argentina pelo exército israelense e levado ao banco dos réus em 1961. • Eichmann foi um dos responsáveis pela chamada "solução final", a decisão de extermínio meticuloso dos judeus que Hitler adotara em meio da guerra. • Alegou em sua defesa que cumpria apenas ordens superiores, irrecusáveis dadas as circunstâncias etc.
  • 8. A Banalidade do mal • Hannah Arendt soube fixar em seu ensaio a "neutralidade" administrativa do relato sobre como deportou seu rebanho humano. Assim, o mal era deslocado do seu lugar de costume. • Aqui, o mal se dissipa numa estrutura compartimentada e impessoal onde a crueldade, multiplicada pela eficiência, funciona em regime. • A culpa é compartilhada, se esvai ao longo de uma rede de conexões, obediências devidas, hábitos adquiridos, insensibilidade burocrática.
  • 9. A Banalidade do mal • A banalidade na execução de crimes contra a humanidade se deve à burocratização do genocídio, implementada pela cúpula nazista, para liberar as pessoas de preocupações com a moral comum e com as leis. Antes Hoje
  • 10. A condição humana • “Embora todos comecem a vida inserindo-se no mundo humano através do discurso e da ação, ninguém é autor ou criador da história de sua própria vida. Em outras palavras, as histórias, resultado da ação e do discurso, revelam um agente, mas esse agente não é autor nem produtor. Alguém a iniciou e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém é seu autor.” (ARENDT, 2008, 197) • O agente de uma nova ação sempre age sob a influência de teias preexistentes de ações anteriores.
  • 11. 1975 Morte Sofre ataque cardíaco em maio de 1974 e morre em Nova York em 4 de Dezembro de 1975.
  • 12. Referências • http://pt.slideshare.net/MiguelFelipe2/hanhannah -arendt • Filme, “Hannah Arendt”, link: http://cdn- html5.s3.amazonaws.com/ember_reader/abrilpln d2015/index.html#/edition/21311?page=- 2&section=1 • ARENDT,Hannah. Origens do Totalitarismo, Trad. de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. • ______________. A condição humana, 10ª edição, Forense Universitária, 2008.