3. CONHECER = “SER” “COM”
CONHECER = “TER NA CONSCIÊNCIA”
SUJEITO OBJETO
RELAÇÃO
CONHECIMENTO
4. Intuição: etimologia
• Intuição. Do latim intuitio, do verbo
intueor, "olhar atentamente", "observar".
Intuição é portanto uma "visão", uma
percepção sem conceito.
5. Intuição empírica
• É o conhecimento imediato baseado em
uma experiência que independe de
qualquer conceito.
• Pode ser:
6. A intuição inventiva
• É a intuição do sábio, do artista, do
cientista, ao descobrirem soluções súbitas,
como uma hipótese fecunda ou uma
inspiração inovadora.
7. Conhecimento intuitivo
• O conhecimento intuitivo é imediato,
resulta de uma visão súbita, é
inexprimível, independe de
demonstração.
• Compreensão global e instantânea.
8. A intuição intelectual
• Procura captar diretamente a essência do
objeto.
• Descartes, quando chegou à consciência
do cogito -o eu pensante -, considerou
tratar-se de uma primeira verdade que não
podia ser provada, mas da qual não se
poderia duvidar: Cogito, ergo sum, que em
latim significa "penso, logo existo".
9. “Por intuição entendo não a confiança flutuante que dão os
sentidos ou o juízo enganador de uma imaginação de más
construções, mas o conceito que a inteligência pura e atenta
forma com tanta facilidade e distinção que não resta
absolutamente nenhuma dúvida sobre aquilo que
compreendemos; [...] Deste modo, cada qual pode ver por
intelectual que existe, que pensa, que um triangulo é limitado
só por três linhas, um corpo esférico por uma única
superfície [...]”.
(DESCARTES In Regras para a direção do Espírito)
10. Princípios:
• Princípio de identidade
– É o princípio que afirma que uma coisa só é
igual a ela mesma.
• Princípio de não contradição ou de
contradição
– É o princípio afirma que duas afirmações
contraditórias não podem ser verdadeiras ao
mesmo tempo.
• Princípio do Terceiro Excluído.
– Afirma que ou as coisas são ou não são. Não
pode existir um meio termo.
12. Lógica
• A palavra lógica vem do grego “logiké”,
está relacionada à palavra “logos”, que
significa razão, palavra, discurso, estudo.
• Segundo Aristóteles, a lógica tem como
objetivo o estudo do pensamento, para
que este seja correto.
• A lógica estuda e define as regras do
raciocínio correto, porém não é de sua
competência estabelecer os princípios
que as proposições devem seguir.
13. O Conhecimento
discursivo ou lógico
• O conhecimento discursivo é
mediado pela palavra, pelo
encadeamento de ideias,
pelo raciocínio.
• A indução e a dedução são
encadeamentos discursivos
que nos levam a
determinada conclusão.
14. Dedução ou silogismo
• Do geral para o particular
– Todo metal é dilatado pelo calor. (Premissa maior)
Ora, a prata é um metal. (Premissa menor)
Logo, a prata é dilatada pelo calor. (Conclusão)
– Todo brasileiro é sul-americano. (Premissa maior)
Ora, todo paulista é brasileiro. (Premissa menor)
Logo, todo paulista é sul-americano. (Conclusão)
15. Silogismo Hipotético
• É uma possibilidade de acontecer ou ser.
• Ele inicia com a condição Se… então…
– Se segunda der sol então vou de moto.
– Segunda amanheceu com sol.
– Logo, vou de moto.
16. Indução:
• Do particular para o geral
– O cobre é condutor de eletricidade,
assim como a prata, o ouro, o ferro, o zinco e
outros metais,
Logo, todo metal é condutor de eletricidade.
– A galinha tem bico é uma ave. O faisão tem
bico e é uma ave. O avestruz tem bico e é uma
ave.
Portanto todos os seres com bico são aves.
17. • raciocínio dedutivo válido:
– do geral para o particular;
– premissas verdadeiras garantem uma conclusão
verdadeira;
– não ampliam o conhecimento.
• raciocínio indutivo:
– do particular para o geral;
– premissas verdadeiras não garantem uma conclusão
verdadeira;
– ampliam o conhecimento.
18. Tipos de raciocínio
indutivo
• Apesar dos argumentos indutivos não
serem válidos, eles são muito utilizados e,
sob certas condições, eles podem fornecer
forte evidência de que estão corretos.
• Argumentos indutivos podem ser dos
seguintes tipos:
– Indução enumerativa;
– Indução analógica;
– Indução hipotética.
19. Indução enumerativa
• é o tipo de raciocínio que se usa quando se chega a uma
generalização sobre um grupo de coisas, após observar
apenas alguns dos membros desse grupo, e.g.:
• 54 % de seus colegas de classe são mulheres, então, 54
% de todos os estudantes da USP são mulheres.
• O argumento será forte se a amostra for suficientemente
grande e representativa de toda a USP.
20. A verdade do raciocínio
• O raciocínio dedutivo tem sua validade
determinada pela forma lógica do argumento, e
não pelo conteúdo dos enunciados
• O raciocínio indutivo nem sempre é verdadeiro, e
mesmo quando o é, pode ser questionado.
• Costuma-se dizer que uma inferência é plausível
se a afirmação é verdadeira com “boa”
probabilidade.
21. Indução analógica
• Quando se argumenta que duas coisas que são
similares sob certos aspectos são também
similares sob outros aspectos, utiliza-se indução
analógica, e.g.:
– A Terra tem ar, água e vida. Marte tem ar e água, logo
deve ter vida.
22. Indução analógica
• A conclusão tem apenas certa probabilidade de
estar correta; quanto maiores as similaridades,
maior a probabilidade.
• A água de Marte está congelada nos pólos e a
atmosfera é muito menos densa do que a da
Terra.
• Mas no passado Marte foi mais semelhante à
Terra hoje, então é mais provável que Marte
tenha tido vida no passado.
• Outros exemplos: teste de remédios em animais,
sistema de precedente legal americano*.
*resoluções em que a mesma questão jurídica, sobre a qual há que decidir novamente, já foi resolvida
uma vez por um tribunal noutro caso.
23. Indução hipotética
• Também conhecida por abdução ou inferência
pela melhor explicação.
• Nem todas as explicações para os fenômenos
observados são igualmente boas, assim, deve-se
preferir a melhor explicação:
– O motor pode falhar devido ao uso de combustível
adulterado, velas velhas ou problemas com a injeção
eletrônica. O carro é novo e ontem abasteci num posto
“meia boca”, então é provável que seja devido ao
combustível adulterado.
24. Indução hipotética
• É a forma de raciocínio usada por médicos,
mecânicos, detetives e pela maioria de nós no
dia a dia.
• Deve-se preferir a hipótese que for mais
simples, trouxer melhor compreensão do
fenômeno e que mais previsões corretas for
capaz de fazer.
25. Falácia ou sofisma:
• É uma afirmação errônea, erro de raciocínio
ou argumento falso que por sua aparente
veracidade parece sustentar uma
conclusão.
– Não compre nada no Paraguai,
porque lá só tem produto
falsificado.
– Todo mundo é desonesto de vez
em quando.
– Se emprestar um livro a você,
vou ter que emprestar a todo
mundo.
– Se deixar você ir ao banheiro,
terei que deixar todos os alunos
29. Verdade e Veracidade
• A veracidade nos coloca diante de uma questão moral.
Ex.: Suponhamos que alguém diz que há um lado da lua
que nunca é visto da Terra. Se eu perguntar: - Isto é
verdade?, a indagação pode ter dois sentidos.
• Será verdade ou meu interlocutor está mentindo. O
indivíduo veraz é aquele que não mente.
• O segundo tem sentido epistemológico: quero saber se
a afirmação de meu interlocutor é verdadeira ou falsa:
• A proposição corresponde à realidade?
• Já foi comprovada?
• A fonte da informação é digna de crédito ou não?
30. Verdade e realidade
A verdade do conhecimento diz respeito a
uma proposição que pode ser verdadeira
ou falsa.
Quando afirmamos “Este colar é de ouro”,
a proposição é falsa caso se trate de uma
bijuteria.
Mas se nos referirmos a coisas (um colar,
um quadro, um dente) só podemos afirmar
que são reais, e não verdadeiras ou falsas.
31. Verdade e realidade
O falso ou o verdadeiro não estão na coisa mesma, mas
no JUÍZO, NO VALOR DE VERDADE OU FALSIDADE DE
UMA PROPOSIÇÃO.
O juízo corresponde à realidade. Um juízo verdadeiro é
aquele que corresponde aos fatos.
32. O dogmatismo
O dogmatismo do senso comum
Designa as certezas não questionadas do
nosso cotidiano “sempre foi assim”...
O dogmatismo filosófico
A razão pode alcançar a certeza absoluta.
33. Ceticismo
• Um filósofo cético pode ser
radical ou moderado:
– é radical quando conclui que o
conhecimento é impossível.
– nas tendências moderadas, o
cético suspende provisoriamente
qualquer juízo e, mesmo sem
deixar de buscar a verdade,
professa um certo relativismo.
34. Referências
• ARANHA, Maria Lúcia, MARTINS, Maria Helena Pires.
Filosofando: Introdução á Filosofia. 4° Ed. São Paulo:
Moderna, 2009.
• NETO, Camilo Rodrigues, TADI – Tratamento e Análise de
Dados/Informações. Disponível em:
<http://www.each.usp.br/camiloneto/tadi/tadi.2012.aula8.L
ogica.Deduccao.e.Induccao.pdf>. Acesso em 27 out 2015.
• Vídeo indicado: Aula 2 de Filosofia - Tema: Lógica
(Telecurso 2000)
https://www.youtube.com/watch?v=9eT64p6XJIo