O conhecimento e a lógica

Arlindo Picoli
Arlindo PicoliProfessor de Filosofia à IFES - Instituto Federal do Espírito Santo - Itapina
O conhecimento e a lógica
Profº Arlindo Picoli
Campus Itapina
O conhecimento e a lógica
 CONHECER = “SER” “COM”
 CONHECER = “TER NA CONSCIÊNCIA”
SUJEITO OBJETO
RELAÇÃO
CONHECIMENTO
Intuição: etimologia
• Intuição. Do latim intuitio, do verbo
intueor, "olhar atentamente", "observar".
Intuição é portanto uma "visão", uma
percepção sem conceito.
Intuição empírica
• É o conhecimento imediato baseado em
uma experiência que independe de
qualquer conceito.
• Pode ser:
A intuição inventiva
• É a intuição do sábio, do artista, do
cientista, ao descobrirem soluções súbitas,
como uma hipótese fecunda ou uma
inspiração inovadora.
Conhecimento intuitivo
• O conhecimento intuitivo é imediato,
resulta de uma visão súbita, é
inexprimível, independe de
demonstração.
• Compreensão global e instantânea.
A intuição intelectual
• Procura captar diretamente a essência do
objeto.
• Descartes, quando chegou à consciência
do cogito -o eu pensante -, considerou
tratar-se de uma primeira verdade que não
podia ser provada, mas da qual não se
poderia duvidar: Cogito, ergo sum, que em
latim significa "penso, logo existo".
“Por intuição entendo não a confiança flutuante que dão os
sentidos ou o juízo enganador de uma imaginação de más
construções, mas o conceito que a inteligência pura e atenta
forma com tanta facilidade e distinção que não resta
absolutamente nenhuma dúvida sobre aquilo que
compreendemos; [...] Deste modo, cada qual pode ver por
intelectual que existe, que pensa, que um triangulo é limitado
só por três linhas, um corpo esférico por uma única
superfície [...]”.
(DESCARTES In Regras para a direção do Espírito)
Princípios:
• Princípio de identidade
– É o princípio que afirma que uma coisa só é
igual a ela mesma.
• Princípio de não contradição ou de
contradição
– É o princípio afirma que duas afirmações
contraditórias não podem ser verdadeiras ao
mesmo tempo.
• Princípio do Terceiro Excluído.
– Afirma que ou as coisas são ou não são. Não
pode existir um meio termo.
Quadrado das oposições
Lógica
• A palavra lógica vem do grego “logiké”,
está relacionada à palavra “logos”, que
significa razão, palavra, discurso, estudo.
• Segundo Aristóteles, a lógica tem como
objetivo o estudo do pensamento, para
que este seja correto.
• A lógica estuda e define as regras do
raciocínio correto, porém não é de sua
competência estabelecer os princípios
que as proposições devem seguir.
O Conhecimento
discursivo ou lógico
• O conhecimento discursivo é
mediado pela palavra, pelo
encadeamento de ideias,
pelo raciocínio.
• A indução e a dedução são
encadeamentos discursivos
que nos levam a
determinada conclusão.
Dedução ou silogismo
• Do geral para o particular
– Todo metal é dilatado pelo calor. (Premissa maior)
Ora, a prata é um metal. (Premissa menor)
Logo, a prata é dilatada pelo calor. (Conclusão)
– Todo brasileiro é sul-americano. (Premissa maior)
Ora, todo paulista é brasileiro. (Premissa menor)
Logo, todo paulista é sul-americano. (Conclusão)
Silogismo Hipotético
• É uma possibilidade de acontecer ou ser.
• Ele inicia com a condição Se… então…
– Se segunda der sol então vou de moto.
– Segunda amanheceu com sol.
– Logo, vou de moto.
Indução:
• Do particular para o geral
– O cobre é condutor de eletricidade,
assim como a prata, o ouro, o ferro, o zinco e
outros metais,
Logo, todo metal é condutor de eletricidade.
– A galinha tem bico é uma ave. O faisão tem
bico e é uma ave. O avestruz tem bico e é uma
ave.
Portanto todos os seres com bico são aves.
• raciocínio dedutivo válido:
– do geral para o particular;
– premissas verdadeiras garantem uma conclusão
verdadeira;
– não ampliam o conhecimento.
• raciocínio indutivo:
– do particular para o geral;
– premissas verdadeiras não garantem uma conclusão
verdadeira;
– ampliam o conhecimento.
Tipos de raciocínio
indutivo
• Apesar dos argumentos indutivos não
serem válidos, eles são muito utilizados e,
sob certas condições, eles podem fornecer
forte evidência de que estão corretos.
• Argumentos indutivos podem ser dos
seguintes tipos:
– Indução enumerativa;
– Indução analógica;
– Indução hipotética.
Indução enumerativa
• é o tipo de raciocínio que se usa quando se chega a uma
generalização sobre um grupo de coisas, após observar
apenas alguns dos membros desse grupo, e.g.:
• 54 % de seus colegas de classe são mulheres, então, 54
% de todos os estudantes da USP são mulheres.
• O argumento será forte se a amostra for suficientemente
grande e representativa de toda a USP.
A verdade do raciocínio
• O raciocínio dedutivo tem sua validade
determinada pela forma lógica do argumento, e
não pelo conteúdo dos enunciados
• O raciocínio indutivo nem sempre é verdadeiro, e
mesmo quando o é, pode ser questionado.
• Costuma-se dizer que uma inferência é plausível
se a afirmação é verdadeira com “boa”
probabilidade.
Indução analógica
• Quando se argumenta que duas coisas que são
similares sob certos aspectos são também
similares sob outros aspectos, utiliza-se indução
analógica, e.g.:
– A Terra tem ar, água e vida. Marte tem ar e água, logo
deve ter vida.
Indução analógica
• A conclusão tem apenas certa probabilidade de
estar correta; quanto maiores as similaridades,
maior a probabilidade.
• A água de Marte está congelada nos pólos e a
atmosfera é muito menos densa do que a da
Terra.
• Mas no passado Marte foi mais semelhante à
Terra hoje, então é mais provável que Marte
tenha tido vida no passado.
• Outros exemplos: teste de remédios em animais,
sistema de precedente legal americano*.
*resoluções em que a mesma questão jurídica, sobre a qual há que decidir novamente, já foi resolvida
uma vez por um tribunal noutro caso.
Indução hipotética
• Também conhecida por abdução ou inferência
pela melhor explicação.
• Nem todas as explicações para os fenômenos
observados são igualmente boas, assim, deve-se
preferir a melhor explicação:
– O motor pode falhar devido ao uso de combustível
adulterado, velas velhas ou problemas com a injeção
eletrônica. O carro é novo e ontem abasteci num posto
“meia boca”, então é provável que seja devido ao
combustível adulterado.
Indução hipotética
• É a forma de raciocínio usada por médicos,
mecânicos, detetives e pela maioria de nós no
dia a dia.
• Deve-se preferir a hipótese que for mais
simples, trouxer melhor compreensão do
fenômeno e que mais previsões corretas for
capaz de fazer.
Falácia ou sofisma:
• É uma afirmação errônea, erro de raciocínio
ou argumento falso que por sua aparente
veracidade parece sustentar uma
conclusão.
– Não compre nada no Paraguai,
porque lá só tem produto
falsificado.
– Todo mundo é desonesto de vez
em quando.
– Se emprestar um livro a você,
vou ter que emprestar a todo
mundo.
– Se deixar você ir ao banheiro,
terei que deixar todos os alunos
Falácias ou sofismas
Falácias ou sofismas
Falácias ou sofismas
Verdade e Veracidade
• A veracidade nos coloca diante de uma questão moral.
Ex.: Suponhamos que alguém diz que há um lado da lua
que nunca é visto da Terra. Se eu perguntar: - Isto é
verdade?, a indagação pode ter dois sentidos.
• Será verdade ou meu interlocutor está mentindo. O
indivíduo veraz é aquele que não mente.
• O segundo tem sentido epistemológico: quero saber se
a afirmação de meu interlocutor é verdadeira ou falsa:
• A proposição corresponde à realidade?
• Já foi comprovada?
• A fonte da informação é digna de crédito ou não?
Verdade e realidade
 A verdade do conhecimento diz respeito a
uma proposição que pode ser verdadeira
ou falsa.
 Quando afirmamos “Este colar é de ouro”,
a proposição é falsa caso se trate de uma
bijuteria.
 Mas se nos referirmos a coisas (um colar,
um quadro, um dente) só podemos afirmar
que são reais, e não verdadeiras ou falsas.
Verdade e realidade
 O falso ou o verdadeiro não estão na coisa mesma, mas
no JUÍZO, NO VALOR DE VERDADE OU FALSIDADE DE
UMA PROPOSIÇÃO.
 O juízo corresponde à realidade. Um juízo verdadeiro é
aquele que corresponde aos fatos.
O dogmatismo
 O dogmatismo do senso comum
Designa as certezas não questionadas do
nosso cotidiano “sempre foi assim”...
 O dogmatismo filosófico
A razão pode alcançar a certeza absoluta.
Ceticismo
• Um filósofo cético pode ser
radical ou moderado:
– é radical quando conclui que o
conhecimento é impossível.
– nas tendências moderadas, o
cético suspende provisoriamente
qualquer juízo e, mesmo sem
deixar de buscar a verdade,
professa um certo relativismo.
Referências
• ARANHA, Maria Lúcia, MARTINS, Maria Helena Pires.
Filosofando: Introdução á Filosofia. 4° Ed. São Paulo:
Moderna, 2009.
• NETO, Camilo Rodrigues, TADI – Tratamento e Análise de
Dados/Informações. Disponível em:
<http://www.each.usp.br/camiloneto/tadi/tadi.2012.aula8.L
ogica.Deduccao.e.Induccao.pdf>. Acesso em 27 out 2015.
• Vídeo indicado: Aula 2 de Filosofia - Tema: Lógica
(Telecurso 2000)
https://www.youtube.com/watch?v=9eT64p6XJIo
1 sur 34

Recommandé

FICHA - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO - Gabarito.docx par
FICHA - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO - Gabarito.docxFICHA - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO - Gabarito.docx
FICHA - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO - Gabarito.docxNatália Moura
10.2K vues5 diapositives
O que é conhecimento par
O que é conhecimentoO que é conhecimento
O que é conhecimentoMarcelo Ferreira Boia
10.1K vues53 diapositives
Verbos par
VerbosVerbos
Verboswhybells
33.9K vues35 diapositives
Aula sobre argumentação par
Aula sobre argumentaçãoAula sobre argumentação
Aula sobre argumentaçãoJamille Rabelo
36.3K vues15 diapositives
Compreensão e Interpretação de Textos par
Compreensão e Interpretação de Textos Compreensão e Interpretação de Textos
Compreensão e Interpretação de Textos Professor Rômulo Viana
26.7K vues12 diapositives
Coesão par
CoesãoCoesão
CoesãoHeydy Silva
102.4K vues37 diapositives

Contenu connexe

Tendances

Diferença entre fato e opinião par
Diferença entre fato e opiniãoDiferença entre fato e opinião
Diferença entre fato e opiniãoEliete Sampaio Farneda
58.1K vues8 diapositives
Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva par
Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - ObjetivaQuestões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva
Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - ObjetivaDarlan Campos
403.3K vues78 diapositives
Resenha crítica par
Resenha crítica Resenha crítica
Resenha crítica Biblioteca de Ciências Jurídicas - UFPR
66K vues14 diapositives
Tipos de sujeito par
Tipos de sujeitoTipos de sujeito
Tipos de sujeitoIedaSantana
176.7K vues13 diapositives
Debate regrado par
Debate regradoDebate regrado
Debate regradoAbrahão Costa de Freitas
7.7K vues11 diapositives
Ii simulado da prova saego-saeb-9ºano - alunos par
Ii   simulado da prova saego-saeb-9ºano - alunosIi   simulado da prova saego-saeb-9ºano - alunos
Ii simulado da prova saego-saeb-9ºano - alunosHilton Cézar Rezende
12.8K vues14 diapositives

Tendances(20)

Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva par Darlan Campos
Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - ObjetivaQuestões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva
Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva
Darlan Campos403.3K vues
Tipos de sujeito par IedaSantana
Tipos de sujeitoTipos de sujeito
Tipos de sujeito
IedaSantana176.7K vues
CONHECIMENTO CIENTÍFICO par Net Viva
CONHECIMENTO CIENTÍFICOCONHECIMENTO CIENTÍFICO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Net Viva26.7K vues
LÍNGUA PORTUGUESA | 3ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP04) D4 par GernciadeProduodeMat
LÍNGUA PORTUGUESA | 3ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP04) D4LÍNGUA PORTUGUESA | 3ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP04) D4
LÍNGUA PORTUGUESA | 3ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP04) D4
Estrutura e formação da palavra 6 e 7 ano par Nivea Neves
Estrutura e formação da palavra 6 e 7 anoEstrutura e formação da palavra 6 e 7 ano
Estrutura e formação da palavra 6 e 7 ano
Nivea Neves1.1K vues
Plano Bimestral de Filosofia 1º, 2º e 3º ano par Mary Alvarenga
Plano   Bimestral de Filosofia 1º, 2º e 3º ano Plano   Bimestral de Filosofia 1º, 2º e 3º ano
Plano Bimestral de Filosofia 1º, 2º e 3º ano
Mary Alvarenga33.6K vues

En vedette

Totalitarismo e biopoder par
Totalitarismo e biopoderTotalitarismo e biopoder
Totalitarismo e biopoderArlindo Picoli
8.4K vues18 diapositives
Totalitarismo e biopolítica na sociedade de controle par
Totalitarismo e biopolítica na sociedade de controleTotalitarismo e biopolítica na sociedade de controle
Totalitarismo e biopolítica na sociedade de controleArlindo Picoli
25.5K vues23 diapositives
Hannah arendt e o totalitarismo par
Hannah arendt e o totalitarismoHannah arendt e o totalitarismo
Hannah arendt e o totalitarismoArlindo Picoli
11.7K vues12 diapositives
A ciência e a arte par
A ciência e a arteA ciência e a arte
A ciência e a arteArlindo Picoli
9.5K vues43 diapositives
A vida como contrução uma obra de arte par
A vida como contrução uma obra de arteA vida como contrução uma obra de arte
A vida como contrução uma obra de arteArlindo Picoli
12.4K vues32 diapositives
éTica por que e para quê par
éTica por que e para quêéTica por que e para quê
éTica por que e para quêArlindo Picoli
11.9K vues39 diapositives

En vedette(13)

Similaire à O conhecimento e a lógica

Lógica par
LógicaLógica
LógicaElisama Lopes
2.1K vues33 diapositives
Resumos filosofia 2 par
Resumos filosofia 2Resumos filosofia 2
Resumos filosofia 2starlightmimi
226 vues10 diapositives
Texto37b P7 par
Texto37b P7Texto37b P7
Texto37b P7renatotf
430 vues6 diapositives
11º b final par
11º b   final11º b   final
11º b finalj_sdias
10.2K vues13 diapositives
Resumo filosofia (3) par
Resumo filosofia (3)Resumo filosofia (3)
Resumo filosofia (3)Mateus Ferraz
1.9K vues4 diapositives
Filosofia do conhecimento; síntese par
Filosofia do conhecimento; sínteseFilosofia do conhecimento; síntese
Filosofia do conhecimento; sínteseAna Felizardo
168 vues4 diapositives

Similaire à O conhecimento e a lógica(20)

Texto37b P7 par renatotf
Texto37b P7Texto37b P7
Texto37b P7
renatotf430 vues
11º b final par j_sdias
11º b   final11º b   final
11º b final
j_sdias10.2K vues
Filosofia do conhecimento; síntese par Ana Felizardo
Filosofia do conhecimento; sínteseFilosofia do conhecimento; síntese
Filosofia do conhecimento; síntese
Ana Felizardo168 vues
Método Científico em 6 passos par Thiago Xavier
Método Científico em 6 passosMétodo Científico em 6 passos
Método Científico em 6 passos
Thiago Xavier6.8K vues
Material de apoio logica 2010 01 par Mário Efatah
Material de apoio logica 2010 01Material de apoio logica 2010 01
Material de apoio logica 2010 01
Mário Efatah3.6K vues
Apostila do projeto integrador i par Elizabete Dias
Apostila do projeto integrador iApostila do projeto integrador i
Apostila do projeto integrador i
Elizabete Dias3.3K vues
01 o conhecimento par Joao Balbi
01 o conhecimento01 o conhecimento
01 o conhecimento
Joao Balbi4.5K vues
01 o conhecimento par Joao Balbi
01 o conhecimento01 o conhecimento
01 o conhecimento
Joao Balbi5.3K vues
Modelos explicativos do conhecimento par Vitor Peixoto
Modelos explicativos do conhecimentoModelos explicativos do conhecimento
Modelos explicativos do conhecimento
Vitor Peixoto5.3K vues

Plus de Arlindo Picoli

Epiméleia heautoû: A ética do cuidado de si par
Epiméleia heautoû: A ética do cuidado de siEpiméleia heautoû: A ética do cuidado de si
Epiméleia heautoû: A ética do cuidado de siArlindo Picoli
2.7K vues21 diapositives
Ética e moral par
Ética e moralÉtica e moral
Ética e moralArlindo Picoli
4.2K vues23 diapositives
A vida profissional o tédio par
A vida profissional o tédioA vida profissional o tédio
A vida profissional o tédioArlindo Picoli
1.3K vues23 diapositives
2° ano par
2° ano2° ano
2° anoArlindo Picoli
970 vues15 diapositives
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo par
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo 1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo
1º Ano - Fundamentalismo & Terrorismo Arlindo Picoli
2K vues25 diapositives
2° ano Filosofia Política - Revisão par
2° ano Filosofia Política - Revisão2° ano Filosofia Política - Revisão
2° ano Filosofia Política - RevisãoArlindo Picoli
651 vues6 diapositives

Plus de Arlindo Picoli(10)

Dernier

LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ... par
LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ...LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ...
LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ...azulassessoriaacadem3
30 vues1 diapositive
02_lisp.pdf par
02_lisp.pdf02_lisp.pdf
02_lisp.pdfronaldo ramos
17 vues47 diapositives
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for... par
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...HelpEducacional
22 vues3 diapositives
MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023 par
MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023
MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023IntegrareAcademy2
27 vues2 diapositives
a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan... par
a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan...a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan...
a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan...HelpEducacional
366 vues3 diapositives
Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi... par
Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi...Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi...
Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi...azulassessoriaacadem3
41 vues4 diapositives

Dernier(20)

LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ... par azulassessoriaacadem3
LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ...LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ...
LISTE cinco condições clínicas e para cada uma delas CITE as metas/objetivos ...
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for... par HelpEducacional
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...
A Ciência Contábil desempenha um papel fundamental no mundo dos negócios, for...
HelpEducacional22 vues
MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023 par IntegrareAcademy2
MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023
MAPA - SSOC - FUNDAMENTOS TEÓRICO-FILOSÓFICOS DO SERVIÇO SOCIAL - 54/2023
a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan... par HelpEducacional
a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan...a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan...
a) Estruturar o Balancete de Verificação da empresa Estilo Chic Ltda. ordenan...
HelpEducacional366 vues
Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi... par azulassessoriaacadem3
Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi...Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi...
Você é um(a) assistente social trabalhando em um Centro de Referência da Assi...
4- Sobre o paciente do caso 2, EXPLIQUE quais os mecanismos fisiológicos da ... par azulassessoriaacadem3
4- Sobre o paciente do caso 2,  EXPLIQUE quais os mecanismos fisiológicos da ...4- Sobre o paciente do caso 2,  EXPLIQUE quais os mecanismos fisiológicos da ...
4- Sobre o paciente do caso 2, EXPLIQUE quais os mecanismos fisiológicos da ...
Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para... par azulassessoriaacadem3
Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para...Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para...
Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para...
Ao refletir sobre a importância da idealização de práticas inovadoras na Educ... par azulassessoriaacadem3
Ao refletir sobre a importância da idealização de práticas inovadoras na Educ...Ao refletir sobre a importância da idealização de práticas inovadoras na Educ...
Ao refletir sobre a importância da idealização de práticas inovadoras na Educ...
4. No vídeo “Cadela aprende libras para entender comando dos donos” foi apres... par IntegrareAcademy2
4. No vídeo “Cadela aprende libras para entender comando dos donos” foi apres...4. No vídeo “Cadela aprende libras para entender comando dos donos” foi apres...
4. No vídeo “Cadela aprende libras para entender comando dos donos” foi apres...
a) ​DETERMINE quais as funções dos conceitos T1 e T2 e suas principais difere... par HelpEducacional
a) ​DETERMINE quais as funções dos conceitos T1 e T2 e suas principais difere...a) ​DETERMINE quais as funções dos conceitos T1 e T2 e suas principais difere...
a) ​DETERMINE quais as funções dos conceitos T1 e T2 e suas principais difere...
HelpEducacional19 vues
4) Explique a diferença dos coxibes em relação aos AINEs convencionais, consi... par HelpEducacional
4) Explique a diferença dos coxibes em relação aos AINEs convencionais, consi...4) Explique a diferença dos coxibes em relação aos AINEs convencionais, consi...
4) Explique a diferença dos coxibes em relação aos AINEs convencionais, consi...
HelpEducacional38 vues
A partir de sua análise, responda: seria viável e mais eficiente substituir a... par azulassessoriaacadem3
A partir de sua análise, responda: seria viável e mais eficiente substituir a...A partir de sua análise, responda: seria viável e mais eficiente substituir a...
A partir de sua análise, responda: seria viável e mais eficiente substituir a...
Para compreendermos e valorizarmos as ações dos assistentes sociais no presen... par IntegrareAcademy2
Para compreendermos e valorizarmos as ações dos assistentes sociais no presen...Para compreendermos e valorizarmos as ações dos assistentes sociais no presen...
Para compreendermos e valorizarmos as ações dos assistentes sociais no presen...
paradigmas_de_programacao_3_X.pdf par ronaldo ramos
paradigmas_de_programacao_3_X.pdfparadigmas_de_programacao_3_X.pdf
paradigmas_de_programacao_3_X.pdf
ronaldo ramos18 vues
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf par Vítor Santos
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
Vítor Santos62 vues
6- Sabendo que o caso do paciente 3 está sendo causado por uma condução elétr... par azulassessoriaacadem3
6- Sabendo que o caso do paciente 3 está sendo causado por uma condução elétr...6- Sabendo que o caso do paciente 3 está sendo causado por uma condução elétr...
6- Sabendo que o caso do paciente 3 está sendo causado por uma condução elétr...
Slides Lição 11, Betel, O Verdadeiro Discípulo é uma referência no serviço cr... par LuizHenriquedeAlmeid6
Slides Lição 11, Betel, O Verdadeiro Discípulo é uma referência no serviço cr...Slides Lição 11, Betel, O Verdadeiro Discípulo é uma referência no serviço cr...
Slides Lição 11, Betel, O Verdadeiro Discípulo é uma referência no serviço cr...
Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par... par IntegrareAcademy2
Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...
Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...

O conhecimento e a lógica

  • 1. O conhecimento e a lógica Profº Arlindo Picoli Campus Itapina
  • 3.  CONHECER = “SER” “COM”  CONHECER = “TER NA CONSCIÊNCIA” SUJEITO OBJETO RELAÇÃO CONHECIMENTO
  • 4. Intuição: etimologia • Intuição. Do latim intuitio, do verbo intueor, "olhar atentamente", "observar". Intuição é portanto uma "visão", uma percepção sem conceito.
  • 5. Intuição empírica • É o conhecimento imediato baseado em uma experiência que independe de qualquer conceito. • Pode ser:
  • 6. A intuição inventiva • É a intuição do sábio, do artista, do cientista, ao descobrirem soluções súbitas, como uma hipótese fecunda ou uma inspiração inovadora.
  • 7. Conhecimento intuitivo • O conhecimento intuitivo é imediato, resulta de uma visão súbita, é inexprimível, independe de demonstração. • Compreensão global e instantânea.
  • 8. A intuição intelectual • Procura captar diretamente a essência do objeto. • Descartes, quando chegou à consciência do cogito -o eu pensante -, considerou tratar-se de uma primeira verdade que não podia ser provada, mas da qual não se poderia duvidar: Cogito, ergo sum, que em latim significa "penso, logo existo".
  • 9. “Por intuição entendo não a confiança flutuante que dão os sentidos ou o juízo enganador de uma imaginação de más construções, mas o conceito que a inteligência pura e atenta forma com tanta facilidade e distinção que não resta absolutamente nenhuma dúvida sobre aquilo que compreendemos; [...] Deste modo, cada qual pode ver por intelectual que existe, que pensa, que um triangulo é limitado só por três linhas, um corpo esférico por uma única superfície [...]”. (DESCARTES In Regras para a direção do Espírito)
  • 10. Princípios: • Princípio de identidade – É o princípio que afirma que uma coisa só é igual a ela mesma. • Princípio de não contradição ou de contradição – É o princípio afirma que duas afirmações contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. • Princípio do Terceiro Excluído. – Afirma que ou as coisas são ou não são. Não pode existir um meio termo.
  • 12. Lógica • A palavra lógica vem do grego “logiké”, está relacionada à palavra “logos”, que significa razão, palavra, discurso, estudo. • Segundo Aristóteles, a lógica tem como objetivo o estudo do pensamento, para que este seja correto. • A lógica estuda e define as regras do raciocínio correto, porém não é de sua competência estabelecer os princípios que as proposições devem seguir.
  • 13. O Conhecimento discursivo ou lógico • O conhecimento discursivo é mediado pela palavra, pelo encadeamento de ideias, pelo raciocínio. • A indução e a dedução são encadeamentos discursivos que nos levam a determinada conclusão.
  • 14. Dedução ou silogismo • Do geral para o particular – Todo metal é dilatado pelo calor. (Premissa maior) Ora, a prata é um metal. (Premissa menor) Logo, a prata é dilatada pelo calor. (Conclusão) – Todo brasileiro é sul-americano. (Premissa maior) Ora, todo paulista é brasileiro. (Premissa menor) Logo, todo paulista é sul-americano. (Conclusão)
  • 15. Silogismo Hipotético • É uma possibilidade de acontecer ou ser. • Ele inicia com a condição Se… então… – Se segunda der sol então vou de moto. – Segunda amanheceu com sol. – Logo, vou de moto.
  • 16. Indução: • Do particular para o geral – O cobre é condutor de eletricidade, assim como a prata, o ouro, o ferro, o zinco e outros metais, Logo, todo metal é condutor de eletricidade. – A galinha tem bico é uma ave. O faisão tem bico e é uma ave. O avestruz tem bico e é uma ave. Portanto todos os seres com bico são aves.
  • 17. • raciocínio dedutivo válido: – do geral para o particular; – premissas verdadeiras garantem uma conclusão verdadeira; – não ampliam o conhecimento. • raciocínio indutivo: – do particular para o geral; – premissas verdadeiras não garantem uma conclusão verdadeira; – ampliam o conhecimento.
  • 18. Tipos de raciocínio indutivo • Apesar dos argumentos indutivos não serem válidos, eles são muito utilizados e, sob certas condições, eles podem fornecer forte evidência de que estão corretos. • Argumentos indutivos podem ser dos seguintes tipos: – Indução enumerativa; – Indução analógica; – Indução hipotética.
  • 19. Indução enumerativa • é o tipo de raciocínio que se usa quando se chega a uma generalização sobre um grupo de coisas, após observar apenas alguns dos membros desse grupo, e.g.: • 54 % de seus colegas de classe são mulheres, então, 54 % de todos os estudantes da USP são mulheres. • O argumento será forte se a amostra for suficientemente grande e representativa de toda a USP.
  • 20. A verdade do raciocínio • O raciocínio dedutivo tem sua validade determinada pela forma lógica do argumento, e não pelo conteúdo dos enunciados • O raciocínio indutivo nem sempre é verdadeiro, e mesmo quando o é, pode ser questionado. • Costuma-se dizer que uma inferência é plausível se a afirmação é verdadeira com “boa” probabilidade.
  • 21. Indução analógica • Quando se argumenta que duas coisas que são similares sob certos aspectos são também similares sob outros aspectos, utiliza-se indução analógica, e.g.: – A Terra tem ar, água e vida. Marte tem ar e água, logo deve ter vida.
  • 22. Indução analógica • A conclusão tem apenas certa probabilidade de estar correta; quanto maiores as similaridades, maior a probabilidade. • A água de Marte está congelada nos pólos e a atmosfera é muito menos densa do que a da Terra. • Mas no passado Marte foi mais semelhante à Terra hoje, então é mais provável que Marte tenha tido vida no passado. • Outros exemplos: teste de remédios em animais, sistema de precedente legal americano*. *resoluções em que a mesma questão jurídica, sobre a qual há que decidir novamente, já foi resolvida uma vez por um tribunal noutro caso.
  • 23. Indução hipotética • Também conhecida por abdução ou inferência pela melhor explicação. • Nem todas as explicações para os fenômenos observados são igualmente boas, assim, deve-se preferir a melhor explicação: – O motor pode falhar devido ao uso de combustível adulterado, velas velhas ou problemas com a injeção eletrônica. O carro é novo e ontem abasteci num posto “meia boca”, então é provável que seja devido ao combustível adulterado.
  • 24. Indução hipotética • É a forma de raciocínio usada por médicos, mecânicos, detetives e pela maioria de nós no dia a dia. • Deve-se preferir a hipótese que for mais simples, trouxer melhor compreensão do fenômeno e que mais previsões corretas for capaz de fazer.
  • 25. Falácia ou sofisma: • É uma afirmação errônea, erro de raciocínio ou argumento falso que por sua aparente veracidade parece sustentar uma conclusão. – Não compre nada no Paraguai, porque lá só tem produto falsificado. – Todo mundo é desonesto de vez em quando. – Se emprestar um livro a você, vou ter que emprestar a todo mundo. – Se deixar você ir ao banheiro, terei que deixar todos os alunos
  • 29. Verdade e Veracidade • A veracidade nos coloca diante de uma questão moral. Ex.: Suponhamos que alguém diz que há um lado da lua que nunca é visto da Terra. Se eu perguntar: - Isto é verdade?, a indagação pode ter dois sentidos. • Será verdade ou meu interlocutor está mentindo. O indivíduo veraz é aquele que não mente. • O segundo tem sentido epistemológico: quero saber se a afirmação de meu interlocutor é verdadeira ou falsa: • A proposição corresponde à realidade? • Já foi comprovada? • A fonte da informação é digna de crédito ou não?
  • 30. Verdade e realidade  A verdade do conhecimento diz respeito a uma proposição que pode ser verdadeira ou falsa.  Quando afirmamos “Este colar é de ouro”, a proposição é falsa caso se trate de uma bijuteria.  Mas se nos referirmos a coisas (um colar, um quadro, um dente) só podemos afirmar que são reais, e não verdadeiras ou falsas.
  • 31. Verdade e realidade  O falso ou o verdadeiro não estão na coisa mesma, mas no JUÍZO, NO VALOR DE VERDADE OU FALSIDADE DE UMA PROPOSIÇÃO.  O juízo corresponde à realidade. Um juízo verdadeiro é aquele que corresponde aos fatos.
  • 32. O dogmatismo  O dogmatismo do senso comum Designa as certezas não questionadas do nosso cotidiano “sempre foi assim”...  O dogmatismo filosófico A razão pode alcançar a certeza absoluta.
  • 33. Ceticismo • Um filósofo cético pode ser radical ou moderado: – é radical quando conclui que o conhecimento é impossível. – nas tendências moderadas, o cético suspende provisoriamente qualquer juízo e, mesmo sem deixar de buscar a verdade, professa um certo relativismo.
  • 34. Referências • ARANHA, Maria Lúcia, MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução á Filosofia. 4° Ed. São Paulo: Moderna, 2009. • NETO, Camilo Rodrigues, TADI – Tratamento e Análise de Dados/Informações. Disponível em: <http://www.each.usp.br/camiloneto/tadi/tadi.2012.aula8.L ogica.Deduccao.e.Induccao.pdf>. Acesso em 27 out 2015. • Vídeo indicado: Aula 2 de Filosofia - Tema: Lógica (Telecurso 2000) https://www.youtube.com/watch?v=9eT64p6XJIo