Os conteúdos deste documento destinam-se particularmente aos formadores que utilizam ou
pretendam utilizar como auxiliares pedagógicos os recursos audiovisuais, em contexto de formação.
Trata-se, assim, de dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens de um conjunto representativo destes recursos.
Pretende-se, ainda apresentar as possíveis utilizações dos meios, segundo os métodos pedagógicos a adoptar e ajudar a seleccionar os meios mais adequados em função dos objectivos a atingir.
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
1. OBJECTIVOS
- Constituir um suporte técnico-didáctico dirigido a todos os utilizadores de recursos audiovisuais, com
particular destaque para os formadores, contribuindo para a elevação do nível de qualidade da
prática pedagógica;
- Identificar os diversos recursos didácticos de acordo com a seguinte tipologia: não projectáveis,
projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais;
- Estabelecer os princípios gerais de funcionamento dos diversos recursos;
- Definir as regras básicas de utilização dos diferentes equipamentos;
- Enumerar as situações de utilização preferencial para cada recurso com base nas respectivas
potencialidades e limitações, numa perspectiva de eficácia pedagógica, atendendo às situações de
ensino-aprendizagem em presença e à existência de possíveis condicionalismos.
APRESENTAÇÃO
Os conteúdos deste documento destinam-se particularmente aos formadores que utilizam ou
pretendam utilizar como auxiliares pedagógicos os recursos audiovisuais, em contexto de formação.
Trata-se, assim, de dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens de um conjunto
representativo destes recursos.
Pretende-se, ainda apresentar as possíveis utilizações dos meios, segundo os métodos pedagógicos a
adoptar e ajudar a seleccionar os meios mais adequados em função dos objectivos a atingir.
INTRODUÇÃO
Historicamente a designação de recursos didácticos deriva dos meios que, tal como o nome indica, se
serviam simultaneamente da imagem e do som, para transmitir a mensagem: o diaporama, o filme e a
televisão/vídeo. No entanto, esta designação engloba actualmente recursos didácticos, como o
retroprojector, o gravador de cassetes ou o simples quadro de escrita, apesar de não associarem a
imagem ao som.
Podemos, assim, definir como recursos didácticos - todos os meios que facilitam a aprendizagem
através da estimulação dos sentidos.
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2. IMPORTÂNCIA DOS SENTIDOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Num processo de aprendizagem, os cinco sentidos funcionam como vias privilegiadas de acesso de
informação ao cérebro.
Vários estudos foram desenvolvidos para se determinar qual a percentagem de utilização de cada um
dos cinco sentidos: visão, audição, tacto, olfacto e gosto.
Dois destes estudos forneceram os seguintes resultados:
Apesar dos resultados obtidos não serem coincidentes, verifica-se que a visão é destacadamente o
sentido mais importante no processo de aprendizagem. O segundo mais importante é sem dúvida o
sentido da audição. Os restantes sentidos apresentam maiores diferenças nos resultados sendo a sua
importância relativa baixa, quando comparados com a visão e a audição.
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3. Outros estudos realizados determinaram qual a percentagem de informação retida no processo de
aprendizagem.
Percentagem de retenção da informação
Também se verificou que a informação retida após um determinado período de tempo, varia com a
utilização dos meios audiovisuais .
Percentagem de retenção da informação ao longo do tempo
Em síntese, conclui-se da análise dos vários resultados obtidos, que a utilização de informação
audiovisual facilita o processo de aprendizagem.
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4. RECURSOS DIDÁCTICOS SEGUNDO OS SENTIDOS
Os recursos didácticos podem ser classificados de diversas formas dependendo do critério que for
escolhido.
Um dos critérios possíveis de classificação é o baseado nos sentidos .
Classificação dos recursos didácticos segundo os sentidos
Pode referir-se a título exemplificativo:
- Gustativos. A formação e a actividade profissional na indústria alimentar e culinária recorre
normalmente ao sentido do gosto durante o processo de confecção e no controlo de qualidade.
- Olfactivos. O sentido do olfacto é imprescindível em determinadas actividades profissionais
(indústria química, perfumes, culinária), por ser impossível descrever, visualmente ou por palavras,
qualquer odor.
- Tácteis. O caso mais característico da utilização deste sentido num processo de aprendizagem, é a
escrita Braille utilizada pelos deficientes visuais.
- Os meios auditivos, visuais e audiovisuais, devido à sua complexidade, merecem no quadro
deste CD-ROM, tratamento mais desenvolvido.
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5. SELECÇÃO
MOTIVOS QUE JUSTIFICAM O USO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS
Como se constata, o uso destes recursos didácticos melhora a retenção da informação no processo
de aprendizagem. Há, no entanto, outros motivos, complementares do primeiro, que apelam à
utilização destes meios:
— Provoca grande impacte no auditório;
— Aumenta o interesse e a atenção dos formandos;
— Facilita a retenção na memória;
— Facilita a troca de ideias;
— Facilita a actividade do formador;
— Diminui o tempo da formação/aprendizagem.
FACTORES QUE CONDICIONAM A SUA ESCOLHA
Atendendo à extrema importância de que se revestem estes recursos no processo de aprendizagem
é fundamental a sua perfeita adequação a cada situação específica de ensino-aprendizagem pelo
que se torna muito importante seleccionar correctamente os meios a utilizar, de entre todos os
disponíveis.
Esta fase de selecção é, por vezes, difícil pelos diversos factores nela implicados. No entanto, os
seguintes devem merecer particular destaque:
- Objectivo a atingir com a sua utilização.
- Destinatários - As características dos destinatários condicionam a escolha dos meios. Por exemplo,
para um grupo de invisuais é absolutamente inadequada a selecção de qualquer meio visual.
- Conteúdo da mensagem a transmitir - Por exemplo, não é possível demonstrar movimentos
através de imagens fixas.
- Condicionalismos materiais - Estes podem ser determinantes na selecção dos meios, uma vez que
os mais adequados nem sempre estão ao dispor do formador. Assim, é fundamental que o formador
saiba antecipadamente quais os meios que tem à sua disposição.
- Condicionantes do espaço de formação - Por exemplo, o uso de meios visuais projectáveis, como
o episcópio e o projector de slides, é inadequado em salas que não possam ser obscurecidas.
- Tempo disponível para a acção de formação - Acções de curta duração podem não permitir o uso
de documentos audiovisuais previamente elaborados para acções de maior duração. Nestes casos,
o formador deverá adaptar estes documentos, se possível, ou escolher outros.
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6. UTILIZAÇÃO
PRINCíPIOS GERAIS
Pode ficar a impressão de que a qualidade da formação, depende fundamentalmente da utilização dos
recursos didácticos. No entanto, apesar da sua importância real, nunca se deve esquecer que mais não
são do que auxiliares pedagógicos do formador.
É precisamente no formador que reside a qualidade da formação. A utilização daqueles meios, por
melhor que eles sejam, nunca poderá salvar uma sessão mal preparada.
A utilização de meios em excesso, provocando a fadiga dos participantes, ou as deficientes condições
de apresentação, tanto ao nível técnico como ambiental, também poderá comprometer os resultados
esperados.
Por vezes, verifica-se que devido às suas elevadas qualidades mediáticas, os meios são utilizados para
colmatar ou disfarçar lacunas de tempo ou de assunto, na apresentação dos temas. No entanto, eles só
devem ser utilizados como reforço dos meios tradicionais, para facilitar a aprendizagem.
Outro aspecto a ter em conta é o de não haver meios específicos para cada objectivo. Para cada
situação certos meios podem ser mais apropriados do que outros, mas não há “eleitos”. Todos eles
como veremos têm vantagens e desvantagens.
As preferências pessoais de cada formador em relação à utilização dos vários meios, não devem
afectar a sua escolha quanto aos mais apropriados, para cada situação de formação.
Cada recurso didáctico deve ser estruturado em função de um determinado grupo destinatário, para se
atingir um objectivo específico. Por este motivo não há documentos didácticos universais. Sempre que
se deseja utilizar documentos já existentes é necessário fazer uma análise cuidada dos seus conteúdos
e forma e verificar a sua adequação aos fins pretendidos.
AVALIAÇÃO
A avaliação assume carácter formativo e não obrigatório.
Para cada tema – não projectáveis, projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais - , no índice
respectivo é apresentado sob a designação Avaliação um grupo de qestões que permitem ao utilizador
aferir o nível de apreensão de um conjunto de conhecimentos considerados essenciais.
A tipologia de questões é variável – escolha múltipla, selecção, verdadeiro-falso e de completar – em
função do conteúdo a avaliar.
Ao optar pela questão que considera correcta, surge uma mensagem dando conhecimento do sucesso
ou insucesso alcançado e, neste último caso, é proporcionada uma segunda, e definitiva, oportunidade,
com possibilidade de optar por consulta, antes de se considerar definitivamente aceite a resposta
seleccionada.
No final, uma vez respondida a totalidade das questões de cada tema, é facultada a informação relativa
aos resultados obtidos.
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7. MEIOS VISUAIS NÃO PROJECTÁVEIS
Os meios visuais não projectáveis são recursos didácticos cuja exploração se faz por observação
directa, não implicando portanto a utilização de aparelhos do tipo óptico ou electrónico.
Esta família engloba um conjunto extenso e variado de recursos. Podemos sistematizá-los do seguinte
modo:
- QUADROS
- DOCUMENTOS GRÁFICOS
- MODELOS E MAQUETAS
- RECURSOS DO MEIO AMBIENTE
QUADROS
Estes auxiliares pedagógicos são, desde há longa data, os mais vulgarizados, apesar de alguns deles
terem caído em desuso. Estão neste caso os quadros de ardósia, já referenciados em 1658, que
serviram de base ao processo pedagógico no sistema educativo, até há bem pouco tempo.
O quadro preto de escrita com giz foi inicialmente substituído por outro, sintético de cor verde, que
mantinha as mesmas características de utilização. Este tipo de quadros foi, no entanto, rapidamente
substituído pelos quadros brancos, também conhecidos por cerâmicos.
Os quadros que actualmente são mais utilizados em formação, são do tipo branco/magnético. Estes
suportes têm a particularidade de permitir uma utilização polivalente. Tanto podem ser de escrita
directa, substituindo o quadro de giz, como de afixação magnética de elementos, substituindo, neste
caso, o flanelógrafo ou quadro de flanela.
TIPOS DE QUADROS
— Quadro preto (ardósia)
— Quadro verde (sintético)
— Quadro de flanela ou flanelógrafo
— Quadro magnético
— Quadro de afixação (cortiça)
— Quadro branco ou cerâmico
— Quadro de papel ou de conferência
— Quadro copiador
— Quadro interactivo
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8. QUADROS DE ESCRITA A GIZ
Nesta categoria englobam-se os quadros de ardósia e os sintéticos. Apesar do seu progressivo
desuso, ainda os podemos encontrar em grande número sobretudo em estabelecimentos de ensino.
Quadro de escrita a giz
VANTAGENS
— Baixo custo de aquisição e utilização.
— Fácil utilização visto não necessitarem de conhecimentos técnicos específicos.
— Larga implantação na maioria dos estabelecimentos de ensino.
— Utilização de cores. Existe uma larga variedade de giz de cor.
— Elevada durabilidade.
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9. DESVANTAGENS
— Pó de giz. É sem dúvida o maior inconveniente deste tipo de quadro. A sua utilização provoca
grandes quantidades de pó, sujando o utilizador e o espaço circundante. Este pó é também
prejudicial à saúde.
— Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo, quebrando-se
o contacto visual.
— A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece,
não podendo ser reutilizada.
— Legibilidade deficiente. Normalmente o utilizador dá pouca importância aos aspectos gráficos (
letragem, traço, cores, etc. ) de que resulta uma informação deficiente.
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10. QUADRO DE FLANELA OU FLANELÓGRAFO
O quadro de flanela ou flanelógrafo é dos que mais facilmente podem ser construídos pelo formador. É
constituído por um painel de contraplacado ou aglomerado de madeira, sobre o qual é colada uma
flanela.
Imagem de flanelógrafo
O seu funcionamento baseia-se no princípio da aderência por contacto, de duas superfícies rugosas. Se
os elementos a utilizar forem contituídos pelo mesmo material ou idêntico, aderem por si. Se os
elementos forem em materiais não aderentes é necessário colar na parte de trás pedaços de papel de
lixa, de papel de veludo ou de Velkro , para permitir a aderência.
Para garantir uma melhor aderência o quadro deve ter uma ligeira inclinação para trás.
VANTAGENS
— Fácil de construir.
— Pouco dispendioso.
— Elementos fáceis de realizar. Os elementos são facilmente confeccionados pelo formador,
consoante as necessidades.
— Mobilidade e animação dos elementos. Os elementos põem-se e tiram-se muito facilmente, o
que permite compor e decompor a informação.
— Elementos reutilizáveis.
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11. DESVANTAGENS
— Pouca implantação. Caiu em desuso por ter sido ultrapassado por outros auxiliares
pedagógicos mais eficientes sendo actualmente muito difícil encontrá-lo em espaços de
formação. Pela mesma razão também é difícil encontrar no comércio elementos já
confeccionados.
— Preparação complexa e demorada. A utilização do flanelógrafo exige uma preparação cuidada
porque não permite improvisos. Exemplo: imagine-se a apresentar num flanelógrafo, as
conclusões dum grupo, letra a letra!
— Acondicionamento dos elementos. Os elementos, por aderirem facilmente entre si, dificultam o
seu manuseamento obrigando a que sejam guardados separadamente. Isto representa mais
espaço para arrumação.
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12. QUADRO MAGNÉTICO
Este quadro é constituído por uma chapa de metal ferro-magnético e permite a afixação de elementos,
através de pequenos ímanes.
Quadro magnético
Pelas suas características, este suporte é uma evolução do flanelógrafo.
A preparação dos elementos a afixar, é semelhante à do quadro de flanela, mas em lugar de se fixar
material rugoso nas costas dos elementos, utilizam-se materiais magnetizados.
Este quadro, tal como o flanelógrafo, não permite improvisos, obrigando a que o material de
demonstração seja cuidadosamente pensado e confeccionado com antecedência.
Ímanes para quadros magnéticos
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13. VANTAGENS
- Larga implantação visto que os quadros cerâmicos de escrita, muito vulgarizados nos espaços de
formação, são também do tipo magnético.
- Elementos reutilizáveis.
- Elevada durabilidade dos elementos.
- Mobilidade e animação dos elementos. Tal como no flanelógrafo os elementos põem-se e tiram-
se facilmente o que permite compor e decompor a informação.
- Afixação de documentos. O quadro magnético também serve de quadro para afixação de
documentos utilizando ímanes. Exemplo: cartazes, fotografias, diagramas, recortes de jornais,
mapas, etc.
DESVANTAGENS
- Preparação complexa e demorada. A utilização deste suporte exige uma preparação cuidada
porque não permite improvisos.
- Realização dos elementos. Os elementos para este suporte são mais dispendiosos e difíceis de
realizar do que os elementos para o flanelógrafo.
- Acondicionamento dos elementos. À semelhança do que acontece com os elementos para o
flanelógrafo, é difícil o seu manuseamento e acondicionamento.
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14. QUADRO DE AFIXAÇÃO
Os quadros de afixação são muito práticos porque podem fornecer, a baixo custo, informações de toda
a espécie. Neles se podem afixar cartazes, fotografias, mapas, avisos e outros documentos.
Normalmente o quadro de afixação é um painel de madeira forrado a cortiça. Os documentos são
afixados por meio de punaises ou alfinetes de cabeça plástica. Os quadros magnéticos também são
usados como quadros de afixação.
Alfinetes de cabeça plástica para quadros de afixação em cortiça ou sintéticos
Quadro de afixação em cortiça
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15. Quadro de afixação em feltro sintético
Devido às suas propriedades isolantes, a cortiça é frequentemente utilizada como revestimento das
paredes das salas de formação, o que permite utilizá-las como painéis de afixação.
Folha A4 afixada em parede forrada a cortiça
A disposição e preparação dos documentos deve ser cuidada de forma a que a informação seja clara,
legível e visualmente atraente.
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16. QUADRO BRANCO OU CERÂMICO
Actualmente este tipo de quadro é o mais utilizado em salas de formação, pelas suas vantagens,
nomeadamente a polivalência.
Quadro branco ou cerâmico
A sua principal função é como suporte de escrita directa, substituindo os primitivos quadros de giz.
Neste caso, um dos principais cuidados a ter é a correcta selecção e utilização dos materiais de escrita,
visto só existir um tipo de caneta adequada a este suporte: a caneta de feltro do tipo não permanente
(normalmente tem a designação:non permanent / dry wipe / for white board).
Canetas adequadas para quadros cerâmicos
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17. Apagador de quadro cerâmico
Este aspecto é importante visto que normalmente co-existem nas salas de formação canetas de
aspecto idêntico, do tipo permanente (normalmente têm a designação: permanent / waterproof) próprias
para escrita em quadro de papel.
Se, por lapso, o formador utilizar canetas do tipo permanente, no quadro branco, a informação não
desaparecerá com o apagador , podendo provocar uma situação de embaraço para o formador. Ao
verificar-se esta situação, deve proceder-se do seguinte modo: utilizar um pano branco limpo ou
algodão embebido em álcool e limpar com movimentos não circulares. Nunca utilizar o apagador do
quadro embebido em álcool porque irá sujar ainda mais o quadro.
Para além de permitir a escrita directa, e servir como quadro magnético, com as vantagens e aplicações
deste quadro, também pode ser utilizado como ecrã, em casos particulares. Nestes casos e devido ao
alto brilho da sua superfície, deve-se ter o cuidado de não colocar espectadores no eixo de projecção, a
fim de evitar situações de encandeamento.
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18. Representação de sala com disposição dos formandos
quando se utiliza o quadro branco como ecrã
No caso da utilização do quadro branco como ecrã, podemos complementar a informação original,
obtida por projecção (retroprojector, episcópio, etc.), escrevendo directamente no quadro. Exemplos:
preencher uma grelha de avaliação, legendar um organograma ou figura, completar um esquema
técnico.
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19. Utilização combinada do quadro branco com um retroprojector
Ponteiro laser e o efeito produzido numa imagem
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20. VANTAGENS
- Baixo custo de aquisição.
- Facilidade de utilização visto não necessitar de conhecimentos específicos.
- Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação.
- Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor.
- Elevada durabilidade. A sua utilização não tem as desvantagens provocadas pelo pó de giz.
- Polivalência: Quadro de escrita, quadro magnético, ecrã em casos particulares.
DESVANTAGENS
- Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo quebrando-se o
contacto visual.
- Legibilidade limitada. As canetas normalmente disponíveis são de traço fino.
- Uso de canetas específicas. Só podem ser utilizadas canetas de feltro do tipo não permanente.
- A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece, não
podendo ser novamente utilizada. Esta desvantagem tende a ser ultrapassada por quadros
recentemente surgidos no mercado, que por processos electrónicos podem reproduzir cópias em
papel, da informação escrita no quadro. São os quadros copiadores que veremos adiante.
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21. QUADRO DE PAPEL
O quadro de papel também conhecido por quadro de conferência é o mais pequeno dos quadros de
escrita utilizados em formação.
Normalmente tem as dimensões de 90 x 60 cm e está montado num cavalete metálico. O cavalete pode
ser regulado em altura e inclinação. A parte superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação do
conjunto de folhas de papel. A placa-base do quadro tem as mesmas características do quadro branco /
magnético.
Quadro de conferência com conjunto de folhas de papel
e com a identificação das três outras utilizações que pode ter
A principal característica deste suporte é que a informação escrita em cada folha de papel não
desaparece e pode ser reutilizada.
É frequente utilizar o quadro de papel em conjunto com outros auxiliares pedagógicos (quadro branco,
retroprojector, etc.) já que têm utilizações complementares.
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22. Planta de sala com colocação dos quadros, retroprojector e ecrã
No quadro branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a informação
síntese, o que permite em qualquer altura relembrar as ideias-chave.
Este quadro é de fácil transporte, ocupa pouco espaço e alia uma grande polivalência a uma fácil
utilização. Estas características tornam-no ideal para pequenos grupos.
Letras e algarismos que se fixam, por magnetismo, a qualquer tipo de quadro magnético
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23. As folhas de papel usadas neste suporte, fornecidas em bloco, têm uma face lisa e outra rugosa. A face
apropriada para escrita é a lisa porque permite um melhor grafismo, não ensopa e poupa as pontas de
feltro das canetas.
Apesar das canetas adequadas a este suporte serem do tipo permanente (waterproof), outros materiais
de escrita podem ser utilizados, como os lápis de cera, de cor, carvão, etc.
Canetas para escrita em folhas de papel de quadro de conferência
O quadro de papel também pode ser encarado como um bloco de notas gigante. Pode-se preparar com
antecedência e guardar para posterior utillização: escrita, esboços, gráficos e figuras. Toda esta
informação pode também ser obtida pela técnica da projecção, já referida para o quadro branco.
Sempre que o formador prevê que vai repetir o mesmo tema, em diferentes sessões, pode ser
vantajoso preparar um álbum seriado. Este é basicamente um conjunto de folhas com a informação
síntese ordenada sequencialmente.
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24. VANTAGENS
— Fácil utilização.
— Baixo custo de aquisição.
— Preparação prévia. A informação pode estar pronta, ou em rascunho a lápis, para ser recoberta
a tinta durante a sessão.
— Conservação e utilização posterior. Contrariamente aos outros quadros de escrita, a
informação não desaparece podendo ser reutilizada como síntese ou recapitulação. As folhas
podem ainda ser afixadas ou penduradas na sala de formação, para consulta, o que permite
certas discussões de grupo, resumir opiniões, etc.
— Não suja. A sua utilização não tem as desvantagens do pó de giz.
— Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor.
— Diversos materiais de escrita.
— Fácil transporte. Normalmente a estrutura é articulada, o que permite obter um conjunto
compacto para facilitar o transporte.
— Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio não vira
completamente as costas ao grupo.
— Polivalência: Quadro de papel.
Quadro branco.
Quadro magnético.
DESVANTAGENS
— Área para escrita muito limitada. Normalmente 90 x 60 cm.
— Carácter permanente da informação. Não permite emendar um erro sem rasura.
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25. QUADRO DE ESCRITA COPIADOR
O quadro de escrita copiador pertence a uma geração de meios visuais mais tecnológica, e tanto pode
ser utilizado em formação como em reuniões institucionais (empresariais).
As suas dimensões são variáveis, podendo ir desde o tamanho do quadro de papel (conferência), com
85 cm de altura por 73 cm de largura, até aos de maiores dimensões, com 120 X 92 cm.
Estes quadros tanto podem ser de colocação na parede, como montados sobre uma estrutura móvel
com rodízios.
A principal característica deste meio, é permitir a obtenção de cópias em papel, da informação escrita
na superfície no quadro. Estas são reproduzidas em papel de termocópia no formato A4. Esta
característica permite que o grupo utilizador concentre toda a atenção na informação apresentada, sem
necessidade de a copiar.
Já existem modelos que se ligam por cabo a um PC e que depois de instalado um software, que
acompanha o quadro, permite guardar ou imprimir, também a partir do computador, tudo o que se fizer
no quadro.
Quadro de escrita copiador ligado a um PC e impressora
Outra característica é possuir várias (4) superfícies iguais para escrita, bastando carregar-se num botão
para que a superfície utilizada deslize lateralmente, sendo substituída pela outra. Alguns modelos
permitem deslocar manualmente a superfície de escrita. Em modelos mais recentes há também uma
superfície, sem brilho, para ser usada como ecrã.
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26. Quadro de escrita copiador com várias superfícies de escrita.
Há ainda outra superfície para ser usada como ecrã.
A sua utilização é extremamente simples, podendo ser usado como qualquer outro quadro branco do
tipo convencional. As canetas apropriadas são do mesmo tipo, isto é, não permanentes. Os apagadores
são também do tipo convencional. Há, no entanto, algumas precauções a tomar com esta superfície de
escrita. A principal é nunca se utilizarem canetas do tipo permanente, cuja informação só pode ser
apagada com álcool, o que a danificará.
Outra das precauções é não deixar informação escrita ou pedaços de fita cola, durante muito tempo
sobre a superfície, o que pode dificultar a sua remoção. A limpeza desta superfície só deve ser feita
com um detergente suave, solúvel em água. O uso de produtos diluentes, como por exemplo, a benzina
ou o álcool, são absolutamente interditos, pois danificam a superfície de escrita.
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27. Painel de comando das funções do quadro copiador e da impressora
Também se deve evitar a colocação do aparelho em lugares expostos ao sol ou muito próximo de
sistemas de aquecimento de ambiente.
Superfície a ser usada exclusivamente como ecrã de projecção
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28. A humidade também pode afectar o seu funcionamento, sobretudo no que respeita à impressão em
papel.
Já existem modelos portáteis, leves (cerca de 5 Kg), com a área de escrita idêntica à de um quadro de
papel. Também pode ser ligado a um PC ou a uma impressora.
Quadro de escrita copiador portátil montado sobre um quadro de conferência
VANTAGENS
– Facilidade de utilização.
– Conservação da informação por cópia em papel.
– Integração com meios informáticos nalguns aparelhos.
DESVANTAGENS
- Custo de aquisição.
- Sensibilidade. A superfície de escrita pode ser danificada pela permanência prolongada da
informação escrita, pelo álcool e pela exposição ao sol.
- Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo.
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29. QUADROS INTERACTIVOS
Uma das últimas inovações a surgir no mercado foram os quadros de escrita interactivos.
Com estes quadros o formador/utilizador pode:
— Escrever na sua superfície com as canetas de um normal quadro de escrita;
— Escrever ou desenhar sobre qualquer imagem nele projectada com canetas virtuais e tinta
electrónica a cores;
— Apagar o que se escreveu ou desenhou com um apagador virtual;
— Usar como ecrã (a superfície não tem brilho);
— Projectar a imagem de um PC e com o toque de um dedo ou de uma caneta especial actuar
sobre os ficheiros, o sistema operativo e o software do PC;
— Usar um teclado virtual para escrever;
— Fazer save de cada imagem para um PC e imprimir, no final da sessão, para distribuir aos
formandos. Se o save for feito em HTML pode colocar tudo na Internet;
— Pode alterar posteriormente os ficheiros que se guardaram.
É evidente que isoladamente estes quadros só podem ser usados como quadro de escrita e ecrã. Para
se obter todo o rendimento temos de usar um PC ligado a um projector de data/vídeo que projecta a
imagem do PC sobre a superfície do quadro. Temos, portanto, de usar 3 equipamentos (quadro, PC e
projector de data) o que representa uma despesa/investimento avultado.
Quadro interactivo
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30. No PC que usarmos para este fim temos de instalar software que faz funcionar as diferentes opções de
utilização. Após a instalação do software há que calibrar a imagem (definir a área útil). Depois de feita a
instalação e calibração podemos começar a usar qualquer software. Por exemplo fazer apresentações
em PowerPoint ou usar o Excel podendo adicionar informação ao que está a fazer.
O princípio de funcionamento baseia-se num sistema de coordenadas (abcissa e ordenada) na
superfície do quadro. Ao actuarmos sobre a imagem projectada (calibrada) com as canetas virtuais
permite-nos seleccionar as opções como se estivéssemos a usar o rato.
Dois exemplos de imagens às quais foi acrescentada informação feita manualmente
Alguns destes quadros funcionam com uma caneta especial (algumas alimentadas por uma pilha).
Com esta caneta seleccionamos de um menu a função que queremos usar.
Também já existem modelos em que o formador/utilizador não tem de estar diante do quadro. Pode
sentar-se no meio dos formandos/participantes e controlar e fazer tudo actuando sobre uma prancheta
que transmite os dados ao quadro por infravermelhos.
Existe, ainda, uma marca que comercializa um dispositivo que se fixa, com ventosas, a um vulgar
quadro de escrita do lado esquerdo do mesmo. Por infravermelhos e ultrasons o aparelho faz a leitura
de tudo o que se escreve/desenha, a cores e em tempo real, no quadro e guarda como ficheiro
informático em diferentes formatos à escolha do utilizador. Tem cartuchos próprios onde se introduzem
as canetas normais para quadros brancos. Fazem, igualmente, parte do conjunto um apagador e uma
caneta especial que substitui o rato. Também funciona ligado a um PC e um projector de data/vídeo
como já foi referido para os quadros.
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31. Conjunto de elementos que permite transformar um quadro branco em quadro interactivo
Dispositivo colocado no quadro e ligado a um laptop
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32. Modelo para quadros de conferência
Este equipamento é substancialmente mais acessível que os quadros interactivos apresentando a
importante vantagem de ser portátil. O formador/utilizador pode levar o conjunto para qualquer sala
onde houver um quadro de escrita. Ao ser usado como ecrã para um projector de data/vídeo tem como
desvantagem o brilho que a superfície do quadro produz. Nesta situação o formador/utilizador deve
fazer deslocar os formandos/espectadores para fora do eixo de projecção para evitar o encandeamento
dos mesmos.
Além dos quadros também há ecrãs interactivos que funcionam por retroprojecção. Têm uma grande
vantagem sobre os quadros – o utilizador não provoca sombra na superfície de trabalho.
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33. Ecrã interactivo que funciona por retroprojecção
Já existem, também, monitores de plasma com superfície sensível ao toque e que se comportam do
mesmo modo.
Monitor de plasma interactivo
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34. VANTAGENS
— Fácil de usar (após aprendizagem do software e prática de utilização).
— Intuitivo.
— Atractivo da novidade.
— Portabilidade de alguns modelos/marcas.
— Aumenta a produtividade. Os formandos/participantes concentram-se no que interessa em vez de
estarem a tomar notas.
— O software permite guardar em ficheiro informático. Tudo o que se faz pode ser impresso,
partilhado na Internet por e-mail ou em HTML.
DESVANTAGENS
— Sombra produzida pelo utilizador (nos modelos que não têm prancheta de desenho).
— Posição do utilizador. O formador, enquanto escreve/desenha vira as costas ao grupo,
quebrando-se temporariamente o contacto visual.
— Habituação para usar os vários botões e menus.
— Custo do quadro e software.
— Necessidade de mais 2 equipamentos (PC e projector de data/vídeo) para que a interactividade
funcione.
— Rigidez de colocação. Apesar de haver modelos com rodas, as grandes dimensões e o peso
tornam a mobilidade dos quadros reduzida.
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35. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO DOS QUADROS
Para uma correcta utilização dos quadros devem-se ter em conta os seguintes factores:
— Dimensão dos caracteres. Para garantir uma boa visibilidade a dimensão dos caracteres é
determinada pela distância ao quadro do participante mais afastado.
— Relação altura/espessura. A espessura do traço deve ser proporcional à altura dos caracteres.
— Espacejamento. Deve-se ter o cuidado de espacejar correctamente as letras e as palavras.
— Entrelinhamento. O espaço entre as linhas também deve merecer a nossa atenção.
— Tamanho de letra. É aconselhável manter o mesmo tamanho das letras em cada linha.
— Tipo de letra. Deve ser simples para facilitar a leitura.
— Utilização de cores. As cores a utilizar devem provocar um bom contraste com o suporte e
distinguirem-se bem entre si .
— Ênfase. Para dar ênfase a parte de uma informação (ideia-chave, título, etc.) pode-se mudar a
cor, o formato ou simplesmente sublinhar.
— Linhas horizontais. A informação escrita deve estar disposta segundo linhas regulares e
horizontais.
Sala de reuniões com quadro de escrita copiador
e ecrã que se movimenta sob comando eléctrico
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36. DOCUMENTOS GRÁFICOS
Os documentos gráficos representam um conjunto importante de auxiliares pedagógicos a que
podemos recorrer através do sentido da visão.
Um auxiliar visual gráfico é normalmente a representação simbólica da realidade. O importante não é a
representação exacta do objecto real, mas a apresentação clara e simplificada de alguns dos seus
aspectos. O exemplo mais vulgar deste tipo de documentos são os sinais de trânsito que utilizam,
quase exclusivamente, uma linguagem de imagens para simbolizar ideias ou objectos.
Exemplo de cartaz
Exemplo de desenho digital
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37. Exemplo de um desdobrável
Em formação, os documentos gráficos mais apropriados são os diagramas, os esquemas, os gráficos,
os organigramas, as fotografias, os desenhos, os cartazes, sem esquecer os livros, os manuais
técnicos, as fotocópias e os mapas,cartas e globos.
Mapas e globo terrestre
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38. Os documentos gráficos têm como principal função, completar de forma simples e prática a informação
apresentada, quer oralmente, quer através de outro meio audiovisual. Estes documentos podem ser
facilmente adaptados ou modificados, em função das alterações de conteúdo de cada acção.
Na sua execução, de uma forma geral, os documentos gráficos apelam a técnicas variadas como a
letragem, a utilização da cor, o desenho, o recorte, a colagem, a fotografia por processos manuais e
laboratoriais ou recorrendo a meios informáticos.
VANTAGENS
— Baixo custo. Podem ser obtidos pelo formador sem grandes despesas.
— Fácil adaptação aos conteúdos.
— Fácil transporte, reduzido peso e dimensões.
— Fácil utilização. A sua utilização não envolve conhecimentos e meios técnicos específicos.
— Fácil preparação.
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39. MODELOS E MAQUETAS
Quando em formação se pretende falar sobre um objecto real, é melhor mostrar esse mesmo objecto
do que a sua representação. No entanto, há situações que limitam o contacto directo com esses
objectos por serem muito grandes (avião), muito pequenos (molécula), complexos (motor de explosão)
ou perigosos (armas).
Um modelo do corpo humano
Um disco duro de computador (aberto)
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40. Uma maqueta
Sempre que se utilizam maquetas ou modelos, deve-se indicar qual é a escala de representação, de
modo a não induzir os formandos em erro.
Esqueleto de um pássaro
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41. RECURSOS DO MEIO AMBIENTE
O meio ambiente, apesar de muitas vezes ser esquecido, pode ser um importante auxiliar pedagógico.
Normalmente, o formador pode encontrar no meio que o rodeia uma série de recursos que podem
complementar a formação em sala.
Um exemplo de recurso do meio ambiente - Oceanário - Parque das Nações
Alguns destes recursos podem ser os museus, as bibliotecas, as empresas, as instalações fabris, as
feiras, as exposições e os recursos da natureza.
A exploração destes recursos permite ligar as actividades de aprendizagem às realidades concretas da
vida.
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42. TELAS DE PROJECÇÃO (ECRÃS)
As telas de projecção, vulgarmente conhecidas por ecrãs, são superfícies apropriadas para o
visionamento de imagens projectadas.
Um ecrã é basicamente uma superfície plana com características adequadas para receber imagens
projectadas.
Os ecrãs podem ser opacos ou translúcidos.
Nos ecrãs opacos a imagem projectada pelo aparelho é reflectida na sua superfície, permitindo ao
espectador o visionamento. Os ecrãs mais usados em formação são normalmente os opacos.
Representação de uma sala com ecrã opaco
No ecrã translúcido a imagem não é reflectida mas transmitida através do próprio ecrã. À projecção
obtida através destes ecrãs chama-se retroprojecção (projecção por trás).
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43. Representação de uma sala com ecrã translúcido
As características da superfície do ecrã influenciam determinantemente a qualidade da imagem
reproduzida. O seu rendimento depende dos seguintes factores:
— Brilho - intensidade da luz reflectida.
— Contraste - diferença entre as zonas mais claras e mais escuras.
— Fidelidade da cor - reprodução das cores sem alteração.
— Direccionalidade - determinação do ângulo de visionamento.
Quanto ao tipo de superfície os ecrãs podem ser:
— Mate
— Perolado
— Lenticular
No ecrã mate a superfície é branca e lisa mas sem brilho. As imagens reflectidas têm uma
luminosidade uniforme mesmo quando visionadas lateralmente. A sua direccionalidade (ângulo de
visionamento) é de 30 graus para cada lado do eixo de projecção.
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44. Os ecrãs mate não reflectem tanta luz como os perolados e os lenticulares, mas têm um bom ângulo de
visionamento.
Para utilização corrente e se a sala puder ser obscurecida, recomenda-se a utilização dum ecrã deste
tipo.
É o ecrã que mais se encontra nos espaços de formação sobretudo pelo seu baixo custo.
Este ecrã é mais apropriado para salas largas e pouco profundas.
Ecrã mate
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45. O ecrã perolado é formado por uma superfície branca recoberta de minúsculas contas de vidro incolor.
Estas contas são altamente direccionais reflectindo a luz na direcção exacta donde provém. Em
consequência disto, os espectadores colocados junto ao eixo de projecção recebem uma imagem mais
brilhante do que os colocados lateralmente. Frontalmente o factor de reflexão de um ecrã perolado é
cerca de quatro vezes superior ao de um ecrã mate. Para um ângulo superior a 20 graus, este factor é
inferior ao do ecrã mate.
Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã perolado
O ecrã perolado é, portanto, mais luminoso, mas também mais direccional que o ecrã mate.
O seu uso recomenda-se em salas estreitas e compridas.
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46. Representação do comportamento dos diferentes tipos de ecrã
conforme o ângulo de reflexão
O ecrã lenticular é constituído por matéria plástica resistente e moldada de tal forma que se comporta
como uma superfície recoberta de minúsculas lentes côncavas. Este tipo de ecrã combina as vantagens
do ecrã perolado (factor de reflexão muito elevado) com as do ecrã mate (ângulo de visionamento
lateral de 30 graus).
O factor de reflexão deste ecrã, tal como no perolado, é cerca de quatro vezes superior ao do mate mas
não se atenua lateralmente. Este tipo de ecrã é o mais indicado para salas grandes.
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47. Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã lenticular
Devido ao seu elevado rendimento luminoso os perolados e os lenticulares podem ser usados sem
obscurecimento total das salas.
Além dos custos de aquisição são sobretudo as condições da sala onde se efectua a projecção que
devem condicionar a escolha do tipo de ecrã a utilizar.
Quanto ao formato, os ecrãs de projecção podem ser de dois tipos:
- Quadrado
- Rectangular
O formato quadrado tem a vantagem de permitir a projecção de imagens com enquadramento
horizontal ou vertical, nomeadamente de diapositivos e de acetatos para retroprojector. Este é o formato
mais adequado para espaços de formação.
O formato rectangular é mais apropriado à projecção cinematográfica por ser compatível com o
enquadramento horizontal da imagem.
Quanto à forma de montagem, os ecrãs podem ser fixos ou móveis. Em espaços de formação é mais
comum encontrarem-se ecrãs de parede ou de tripé com recolha por enrolamento. Em alguns casos os
de parede, de maiores dimensões, têm enrolamento eléctrico.
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48. Ecrã de grandes dimensões com enrolamento eléctrico
Representação dos vários tipos de ecrã.
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49. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO
— A área de visionamento varia com o grau de direccionalidade do ecrã utilizado.
— O ecrã deve ter uma largura de cerca de 1/6 do comprimento da sala.
— A superfície do ecrã deve estar sempre bem esticada.
— O eixo de projecção da imagem deve coincidir com o centro do ecrã.
— Sempre que possível o limite inferior do ecrã deve ficar à altura dos olhos dos espectadores.
— Devem evitar-se as distorções geométricas na imagem projectada.
— A imagem projectada deve, se possível, encher o ecrã.
— No fim da utilização deve-se enrolar o ecrã a fim de preservar a sua superfície de danos ou
sujidade.
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50. MEIOS VISUAIS PROJECTÁVEIS
O conjunto de meios que abaixo se identificam utiliza como veículo da informação a imagem projectada
num ecrã. Tanto pelos antecedentes históricos, como pelo seu papel na actualidade, continuam a ser
dos mais importantes em formação.
Os meios visuais projectáveis mais utilizados são:
— EPISCÓPIO
— PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS
— RETROPROJECTOR
— PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS
Destes meios o mais importante é o retroprojector tanto pela sua versatilidade como pela sua taxa de
utilização.
O EPISCÓPIO
Este tipo de aparelho destina-se essencialmente à projecção fixa, por reflexão, de documentos opacos
tais como: fotografias, páginas de livros, jornais ou revistas, desenhos e até pequenos objectos.
O episcópio foi utilizado durante vários anos, mas a sua utilização como auxiliar de formação foi
limitada pela fraca luminosidade da imagem projectada.
Esquema de funcionamento de um episcópio
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51. O documento a projectar é colocado no porta-documentos sendo comprimido contra uma placa de
vidro. É iluminado então por uma lâmpada, sendo a projecção obtida por intermédio dum espelho,
inclinado a 45 graus, que reflecte a imagem para a objectiva e desta é projectada para o ecrã. A
imagem é reproduzida com as cores originais.
Modelo antigo de episcópio
Modelo moderno de episcópio
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52. VANTAGENS
— Facilidade de utilização.
— Variedade de documentos. Devido ao tipo de documentos que podem ser utilizados, a
variedade é quase ilimitada.
— Os documentos não necessitam de preparação prévia.
— Reprodução de elementos. Se a imagem for projectada sobre um quadro de escrita, branco ou
de papel, é possível reproduzir por cópia: desenhos, gráficos, etc.
Reprodução por cópia de imagem projectada
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53. DESVANTAGENS
— Dimensões e peso. Normalmente estes aparelhos são volumosos, pesados e de difícil
transporte.
— Danificação dos documentos. Devido à utilização de lâmpadas de elevada potência (cerca de
1000 W), estes aparelhos aquecem os documentos em demasia, podendo danificá-los, o que é
grave com documentos originais.
— Obscurecimento da sala. Devido à fraca luminosidade da imagem projectada, é absolutamente
necessário obscurecer a sala, o que provoca quebras de ritmo na comunicação.
— Pouca implantação. Actualmente é raro encontrá-lo em espaços de formação.
— Inacessibilidade do documento durante a projecção. Como o original está colocado entre um
vidro e o porta-documentos, o formador não pode actuar directamente sobre ele (apontar
directamente, acrescentar ou revelar progressivamente a informação).
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54. PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS
O projector de diapositivos, vulgarmente conhecido por projector de slides, é o sucessor do mais antigo
meio de projecção fixa que se conhece, a lanterna mágica. Conhecido dede 1650, este aparelho tinha
sobretudo uma função recreativa familiar. Projectava imagens coloridas.
Este aparelho projectava imagens coloridas pintadas em chapas de vidro através de uma óptica simples
(lente) e cuja fonte luminosa era uma simples lamparina.
Neste século com o advento da electricidade e simultaneamente da fotografia, houve uma enorme
evolução neste aparelho. A fonte luminosa passou a ser constituída por uma lâmpada, a lente evoluiu
para uma objectiva (conjunto de lentes) e a imagem a projectar passou a ser do tipo fotográfico. No
entanto, só após a Segunda Guerra Mundial se verificou a sua larga difusão tanto no ensino como na
formação profissional.
Num projector de slides encontramos normalmente um sistema de iluminação constituído por uma
lâmpada e um reflector. Um sistema de condensadores concentra o feixe luminoso sobre o slide a
projectar. Finalmente, a objectiva transmite a imagem ampliada para o ecrã, permitindo também a sua
focagem.
Esquema de funcionamento de um projector de slides
com carregador circular
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55. Interior de um projector de slides onde podemos ver o reflector, duas lâmpadas,
lente convergente, filtro anti-calórico e mais uma lente convergente
A fim de evitar que por sobreaquecimento o slide se danifique, existe um sistema de arrefecimento
constituído pelo filtro anticalórico e por uma turbina de arrefecimento controlada por um termostato.
Como, em alguns retroprojectores , pode acontecer que, depois de desligada a lâmpada, a turbina de
arrefecimento se mantenha a funcionar até se normalizar a temperatura no interior do aparelho, o
aparelho nunca deve ser desligado da corrente enquanto a turbina estiver em funcionamento.
Lembramos que, sempre que uma imagem é transmitida através de um conjunto óptico, sofre uma
inversão em relação ao original. Por esta razão temos sempre de colocar o slide em posição invertida
no aparelho.
O DIAPOSITIVO / SLIDE
O diapositivo, como o seu nome indica, é uma imagem transparente positiva, em filme (película
fotográfica), normalmente colorida, montada num caixilho de plástico para facilitar a projecção.
Este documento, o diapositivo, obtem-se utilizando películas fotográficas do tipo inversível. Destas
películas, por revelação, obtêm-se directamente imagens prontas a ser visionadas.
O formato mais usado em formação é o de 36mm x 24mm obtido, por corte, da película de 35 mm.
Cada diapositivo é assim um original único cuja reprodução além de dispendiosa, degrada bastante a
qualidade da imagem.
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56. Um diapositivo mal protegido (caixilho simples ou CS) está sujeito a numerosos danos de utilização. Os
mais comuns são: as impressões digitais e os riscos na película, resultantes do manuseamento ou mau
acondicionamento; a degradação da imagem resultante do calor do feixe de projecção e o efeito das
poeiras.
Caixilhos para diapositivos: com vidros, tipo CS e normal
Os caixilhos CS possuem nos bordos entalhes para encaixe nos respectivos carregadores. Os slides
ficam presos aos carregadores e podemos inclusive invertê-los sem que os slides caiam como acontece
nos vulgares carregadores longitudinais.
Sistema de fixação tipo CS
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57. Por estas razões cada diapositivo deve ser protegido por caixilhos especiais. Nestes caixilhos, a
película fica entalada entre dois finos vidros especiais. Além de proporcionarem uma eficaz protecção
aos danos mencionados, também mantém a película no mesmo plano, evitando que empole com o
calor o que provoca desfoque na imagem. Os caixilhos especiais com vidros não entram nos
carregadores tipo CS.
Caixilho especial aberto
Um dos aspectos mais importantes na utilização deste meio é o correcto posicionamento dos slides a
projectar porque das oito posições possíveis, só uma é correcta.
Para colocar correctamente os slides deve proceder da seguinte forma:
1 - Orientar o slide de forma a ver/ler correctamente a imagem. Para facilitar a orientação use, sempre
que existam na imagem, referências tais como palavras, matrículas de automóveis, etc. Todos os
slides têm uma face menos brilhante que a outra (face da emulsão). Esta face menos brilhante tem
de estar virada para a objectiva do projector.
2 - Rodar o caixilho 180 graus mantendo sempre a mesma face do slide virada para si. A imagem fica
de “pernas para o ar”.
3 - Colocar o slide no carregador, nesta posição.
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58. Orientação do slide
Marcação de um slide, no caixilho
O incorrecto posicionamento dos slides pode provocar situações embaraçosas para o formador durante
a projecção. Isto pode ser evitado se os caixilhos forem marcados.
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59. Esta marcação tem por objectivo:
— Garantir o correcto posicionamento para projecção.
— Classificar ou ordenar numericamente os slides.
A marcação deve ser efectuada no canto superior direito da face virada para o operador, na posição em
que o slide entra no carregador. Esta marcação deve ser feita com caneta de feltro do tipo permanente
sobre próprio caixilho ou numa pequena etiqueta autocolante.
Colocação do slide num carregador circular
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60. Colocação do slide num carregador longitudinal do tipo CS
Existem no mercado vários tipos de projectores de slides. Normalmente em instituições de formação
usam-se modelos robustos e fiáveis. Estes modelos costumam ter:
— Carregadores circulares, para funcionamento na horizontal, com tampa protectora.
— Objectivas zoom (distância focal variável) para uma melhor adaptação às dimensões das
diferentes salas de formação.
— Dispositivos de mudança rápida de lâmpada - deslocando um manípulo entra em funcionamento
uma lâmpada de reserva.
Manípulo na traseira do projector que permite a mudança rápida da lâmpada
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61. As duas lâmpadas lado a lado no interior do projector de slides
– Comandos a distância que, por cabo ou infra-vermelho, permitem fazer avançar ou recuar os
slides, ou ainda fazer correcções na focagem.
Comando à distância por infravermelhos
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62. Projector de slides de carregador circular
Projector de slides de carregador longitudinal tipo CS e respectivo comando
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63. Há também modelos que além de serem vulgares projectores de slides têm pequenos ecrãs
incorporados, muito práticos para visionar e seleccionar imagens. Estes modelos são normalmente de
baixo custo.
O ecrã usado como mesa de luz para escolha/selecção de slides
O ecrã usado como tela de visionamento dos slides
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64. O mesmo aparelho pode também ser usado como um vulgar projector de slides
VANTAGENS
– Qualidade da imagem projectada.
– Facilidade de transporte do projector.
– Robustez e fiabilidade nos modelos institucionais.
– Facilidade de obtenção de assuntos. Tudo o que se pode fotografar é utilizável.
– Rapidez de apresentação da imagem.
– Compatibilidade. Os formatos dos slides estão normalizados mundialmente.
– Baixo custo de realização dos documentos.
– Facilidades de utilização do projector: controlo remoto, focagem, avanço e retrocesso de
imagem.
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65. DESVANTAGENS
– Elevado custo dos aparelhos institucionais.
– Obscurecimento da sala.
– Impossibilidade de intervenção directa sobre o documento.
– Impossibilidade de animação dos documentos.
– Dificuldade de utilização combinada com outros meios audiovisuais.
– Preparação prévia da sessão.
– Posição do aparelho. Afastado e em posição oposta à do formador.
PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO
– Garantir uma imagem projectada:
§ de dimensões adequadas ao grupo espectador;
§ sem distorções geométricas e centrada no ecrã;
§ bem focada;
§ sem interrupções do feixe luminoso (projector sobrelevado).
– Garantir o obscurecimento da sala.
– Garantir o correcto ordenamento e posicionamento das imagens a projectar.
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66. O RETROPROJECTOR
O retroprojector começou a ser utilizado em formação durante a Segunda Guerra Mundial, pelo exército
americano, para diminuir o tempo de instrução militar.
Foi o primeiro meio de projecção a ser utilizado com luz ambiente normal. Devido a esta característica
pode ser utilizado em complemento e simultaneamente com outros auxiliares pedagógicos,
normalmente os quadros.
O retroprojector foi concebido de forma a projectar documentos transparentes de grande formato, a
curta distância, produzindo uma grande imagem.
Nos retroprojectores primitivos, devido à complexidade dos sistemas ópticos (jogos de espelhos e
condensadores) a luminosidade da imagem final era significativamente reduzida por reflexões internas.
Para obviar a este inconveniente e obter uma luminosidade uniforme, equipavam-se os retroprojectores
com lâmpadas muito potentes, obrigando ao uso de filtros anticalóricos e pesados condensadores de
vidro. Eram, portanto, aparelhos volumosos, pesados e de elevado consumo de energia.
Esquema de funcionamento de um retroprojector
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67. Com a evolução técnica foram criados aparelhos mais racionais, ligeiros e compactos.
Os pesados condensadores de vidro foram substituídos por lentes de Fresnel, de plástico. As lâmpadas
primitivas foram substituídas por outras de menores dimensões e consumo, mas de elevado rendimento
luminoso.
Todos estes factores contribuíram para uma larga utilização deste meio nas empresas, escolas e
instituições de formação.
Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos,
disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima do
documento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Esta
cabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos, e sobretudo em
portáteis, a focagem faz-se na própria objectiva.
Representação do princípio de funcionamento de uma lente de Fresnel
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68. Actualmente podem-se encontrar retroprojectores portáteis, extremamente leves e compactos que se
transportam numa pasta de reduzidas dimensões.
Retroprojector portátil na sua mala de transporte
Princípio de funcionamento de um retroprojector portátil
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69. Retroprojector portátil em posição de transporte
Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos,
disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima do
documento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Esta
cabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos e sobretudo em
portáteis a focagem faz-se na própria objectiva.
Cabeça de projecção onde se pode ver a alavanca de focagem
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70. Retroprojector portátil em posição de utilização
Os retroprojectores portáteis têm a lâmpada na cabeça de projecção e o feixe luminoso vem para baixo
em direcção ao porta-documentos. O porta-documentos é constituído por uma lente de Fresnel de
superfície espelhada (reflectora) que devolve a luz reflectida à cabeça de projecção. Uma vez que o
porta-documentos é um espelho, onde toda a potência luminosa da lâmpada se reflecte, torna-se
incómodo/cansativo para o utilizador olhar para os acetatos que projecta. Deve evitar-se o uso destes
retroprojectores durante períodos prolongados (horas).
Os três tipos mais comuns de retroprojector
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71. Os retroprojectores actuais apresentam corpos menos volumosos
e lâmpadas mais potentes
Os retroprojectores mais comuns são equipados com lâmpadas de halogéneo de 24 v - 250 w
ou 36v - 400w.
Estas potências são suficientes para a apresentação de acetatos em salas de formação.
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72. Os 2 tipos de lâmpadas mais utilizadas nos actuais retroprojectores.
(de 36V- 400W e de 24V- 250W)
Estas lâmpadas não têm, no entanto, potência luminosa suficiente para a utilização do retroprojector
com Painéis de Cristais Líquidos (PCL). Estes painéis, nomeadamente os policromáticos de milhares
de cores, devido à grande densidade da imagem obrigam à utilização de retroprojectores específicos.
Estes aparelhos são equipados com lâmpadas de metal-halide normalmente com 575 W de potência.
Estas últimas são de elevado custo.
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73. Interior de retroprojector com lâmpada do tipo metal-halide
A utilização de lâmpadas de elevada potência produz muito calor, obrigando estes aparelhos a
possuirem sistemas de arrefecimento eficazes e de preferência silenciosos. O ruído de funcionamento
do conjunto (PCL+retroprojector) não pode constituir um elemento perturbador para o utilizador. Estes
aparelhos são substancialmente mais caros que os aparelhos comuns.
Todo o tipo de lâmpadas (tungsténio e halogéneo) que se usam em retroprojectores nunca deve ser
tocada pelos dedos. A gordura da nossa pele reage com o vidro da lâmpada (feito à base de quartzo) e
produzirá manchas no vidro, que diminuirão o rendimento luminoso e o tempo de vida da lâmpada.
Efeito que o contacto com a nossa pele produz no vidro
das lâmpadas de halogéneo
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74. É por este motivo que as lâmpadas vêm sempre protegidas nas suas embalagens. A lâmpada deve ser
colocada com a sua protecção e só depois de colocada no seu suporte é que se retira a protecção.
Estas recomendações são também válidas para todo o tipo de aparelhos/dispositivos que operem com
este tipo de lâmpadas, incluindo os faróis dos nossos automóveis.
Lâmpadas com a embalagem de protecção
Os procedimentos para se garantir um visionamento em boas condições técnicas são os seguintes:
— Ligar a ficha de alimentação eléctrica à tomada.
— Levantar o espelho da cabeça de projecção (se o não fizer e ligar o aparelho, o espelho pode
quebrar por sobreaquecimento).
— Accionar o interruptor de funcionamento, o que em condições normais fará acender a
lâmpada. Se tal não suceder, verificar se chega corrente ao aparelho, se o fusível ou a lâmpada
se encontram fundidos. Se após estas verificações a lâmpada não acender, o aparelho pode ter
uma avaria que só os serviços técnicos competentes poderão solucionar.
— Regular o tamanho da imagem. Como este aparelho é de distância focal fixa, o tamanho da
imagem projectada depende da distância do aparelho ao ecrã. Normalmente a imagem deve
encher o ecrã.
— Posicionar correctamente o aparelho face ao ecrã, de modo a não haver obstrução e
distorção na imagem projectada. Normalmente o aparelho deve ser colocado numa posição
baixa o que vai acentuar o eixo de projecção, provocando uma distorção vertical na imagem.
Quando no plano horizontal, o eixo óptico do aparelho não é perpendicular ao ecrã, dá-se uma
distorção horizontal na imagem.
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75. Distorção vertical da imagem projectada
Correcção da distorção vertical.
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76. Distorção horizontal
Correcção da distorção horizontal e também do desfoque
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77. — Focar a imagem projectada. Colocar um acetato impresso no porta-documentos e rodar o
manípulo de focagem até se obter uma imagem correctamente focada. As distorções de imagem
atrás referidas também afectam a focagem.
Efeito de desfoque do lado esquerdo do ecrã
Após a utilização não se deve desligar o aparelho da tomada. Há aparelhos em que, depois de
desligada a lâmpada, o sistema de arrefecimento continua a funcionar até à normalização da
temperatura no interior do aparelho.
Enquanto a lâmpada estiver ligada, não se deve deslocar o retroprojector. Corre-se o risco de fundir a
lâmpada. Todos os movimentos que tiver de fazer deverão ser suaves.
Alguns aparelhos têm um comutador para duas posições de intensidade luminosa. A maior intensidade
só deve ser usada quando for mesmo necessária, porque reduz o tempo de vida da lâmpada.
Em alguns retroprojectores o bloco lâmpada e reflector pode ser deslocado em altura, aproximando ou
afastando a fonte luminosa do porta-documentos. O efeito pretendido é a optimização do feixe luminoso
de modo a que a mancha luminosa no ecrã seja branca e homogénea. Quando desajustado surgirão
nos limites da zona iluminada manchas azuladas ou amareladas.
Apesar de não ser um ajuste técnico, também é conveniente verificar o estado de limpeza do porta-
-documentos, lente ou objectiva e espelho.
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78. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO
— Pelas características da retroprojecção o utilizador não precisa de olhar para o ecrã para ver a
informação, visto que o faz directamente no porta-documentos. Por esta razão a posição do
utilizador é sempre frontal ao grupo não havendo, portanto, quebras na comunicação. O
utilizador pode, assim, apresentar simultaneamente a informação oral e escrita.
— Quando se pretende revelar progressivamente o conteúdo do acetato devem-se utilizar
máscaras. Uma máscara é normalmente uma folha de papel opaca que cobre, no acetato, a
informação que não se quer revelar de imediato. As máscaras podem ser progressivas ou
selectivas.
— A utilização de máscaras aumenta o interesse do grupo e evita a dispersão da atenção.
Dois tipos de máscaras mais usadas - máscara progressiva
e máscaras selectivas (em baixo à direita)
— Sempre que se pretende salientar parte da informação deve-se apontar directamente no acetato.
Nunca apontar directamente no ecrã, porque o utilizador entra no cone de luz, perde o contacto
visual com o grupo e pode danificar o ecrã.
— Nunca se deve deixar o aparelho ligado em permanência. O utilizador não deve ligar o aparelho
sem se certificar que o documento a apresentar está correctamente colocado. Após a
apresentação de cada documento deve-se desligar o aparelho, o que faz regressar a atenção do
grupo ao formador.
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79. — O retroprojector também permite a escrita directa como se se tratasse dum simples quadro de
escrita. Neste caso o utilizador escreve sobre um acetato colocado no porta-documentos, com o
aparelho ligado. Desta forma também se pode acrescentar informação suplementar em
documentos já elaborados.
— Outra possível utilização deste aparelho é a apresentação de objectos transparentes e silhuetas
de opacos.
— A informação pode ser repartida por vários acetatos, presos a uma moldura de cartolina, que ao
serem progressivamente sobrepostos vão criar a informação final - acetato composto
Acetato composto com todos os acetatos sobrepostos
— Em casos particulares o retroprojector pode ser usado para reproduzir por cópia: desenhos,
gráficos e figuras, em quadros de escrita (ver Quadro Branco).
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80. VANTAGENS
— Não há obscurecimento da sala. Ao contrário de outros meios projectáveis (projector de
diapositivos, episcópio), a utilização deste meio é feita com luz ambiente, o que não quebra o
ritmo da exposição.
— Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação.
— Baixo custo.
— Utilização de cores. Existe uma larga variedade de cores nos materiais para confecção de
documentos projectáveis.
— Economia de tempo. A preparação prévia dos documentos poupa o tempo de escrita que seria
necessário durante a sessão.
— Durabilidade dos documentos, desde que devidamente acondicionados em bolsas próprias ou
dossiers.
— Reutilização dos documentos. A informação pode ser sempre utilizada posteriormente na
mesma sessão ou seguintes.
— Mobilidade e animação dos elementos. Há documentos que pela sua construção (em acrílico)
permitem a visualização de movimentos (Exemplo: mostrador de relógio com ponteiros móveis).
— Posição do utilizador. Sempre frontal ao grupo, não havendo quebras de comunicação.
— Escrita directa. Pode ser utilizado como quadro de escrita.
— Revelação progressiva da informação. Com a utilização de máscaras ou acetatos compostos.
— Apresentação de objectos transparentes e opacos.
— Utilização combinada. Quando a imagem é projectada sobre um quadro de escrita branco ou
de papel, é possível acrescentar informação ou reproduzir por cópia, desenhos, gráficos, etc.
DESVANTAGENS
— Conhecimentos específicos. Requer a aprendizagem de conhecimentos técnicos para uma
correcta utilização deste meio.
— Ruído de funcionamento, provocado pela turbina de arrefecimento em alguns modelos. Por
vezes, mesmo após se ter desligado a lâmpada, a turbina de arrefecimento mantém-se a
funcionar até à normalização da temperatura no interior do aparelho.
— Preparação prévia. Antes da sessão é necessário fazer uma série de verificações e ajustes,
quando necessário, a fim de garantir um correcto visionamento.
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81. DOCUMENTOS PARA O RETROPROJECTOR
O suporte mais comum para utilizar em retroprojecção é a folha de acetato transparente, de formato A4.
Existem basicamente dois tipos: para confecção manual e para utilização em fotocopiadoras ou
impressoras de computador (laser ou de jacto de tinta).
Normalmente os acetatos destinados à confecção manual, não podem ser utilizados em fotocopiadoras
ou impressoras laser porque derretem no seu interior, inutilizando o acetato e danificando a máquina.
Portanto, quando se utilizarem acetatos em fotocopiadora, teremos que nos certificar, pela embalagem,
que são do tipo adequado. Os acetatos para impressoras de jacto de tinta têm uma face lisa e outra
rugosa. A face rugosa é que deve receber a tinta. Se assim não for a tinta não se fixa nem seca. Ao
colocar o acetato na impressora lembre-se da orientação correcta.
Os documentos para retroprojector podem ser simples ou compostos. Os documentos simples são
constituídos por uma única folha de acetato com informação. Normalmente, para utilização, são
montados numa moldura de cartão ou protegidos por bolsas cristalinas apropriadas, para preservação
do documento. Estas bolsas não retiram qualidade à projecção, têm perfurações que facilitam o seu
arquivo em dossiers e possuem abas que além de cobrirem o excesso de zona luminosa (do porta-
documentos) permitem escrever anotações. As vulgares bolsas em plástico não devem ser utilizadas
durante a projecção porque retiram qualidade à imagem.
Acetato protegido na sua bolsa colocada no porta-documentos do retroprojector
Os documentos compostos são constituídos por diversas folhas de acetato que, por sobreposição,
permitem uma apresentação progressiva e complementar da informação. Estes documentos pela sua
estrutura têm de ser montados numa moldura de cartão.
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82. Acetato composto sobre porta-documentos com os diferentes acetatos não sobrepostos
Acetato composto já com os vários acetatos sobrepostos
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83. Acetato base 1
2 3
Acetato 4 e resultado final no ecrã
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84. Quando executamos acetatos compostos manualmente devemos usar uma matriz que tenha nos quatro
cantos, e fora da área útil de imagem, miras de acerto para que a sobreposição dos acetatos seja
perfeita.
Matriz, com miras, para a concepção de acetatos simples e compostos
Os processos de execução de documentos para retroprojector são variados:
— Manual
— Fotográfico
— Fotocopiadora
— Computador
— Misto
O processo de execução manual de acetatos é o mais comum porque requer menos meios e é
menos dispendioso. Neste processo a execução do documento depende inteiramente do formador, que
para isso pode utilizar diversos materiais:
– Canetas de feltro do tipo permanente de diversas cores e espessuras .
– Canetas de tinta da china para acetato de diversas espessuras.
– Letras de decalque opacas ou transparentes, de várias cores, tipos e tamanhos.
– Películas autocolantes e autoaderentes de várias cores.
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85. O processo de execução fotográfico, como o próprio nome indica, consiste na reprodução
fotográfica, a preto e branco ou a cores, de originais de variado tipo. Salienta-se que este processo,
pela complexidade de meios e técnicas que exige, bem como pelo seu elevado custo, não está ao
alcance de todos os serviços de formação.
Acetato feito por processo fotográfico (informação a branco e fundo em negro)
O processo de execução por fotocopiadora é actualmente um dos mais práticos e acessíveis, para a
criação de documentos para o retroprojector. As possibilidades técnicas das actuais fotocopiadoras,
como ampliação ou redução a cores, permitem ao formador reproduzir fácil e rapidamente informação
escrita, esquemas, desenhos, que de outra forma demorariam muito tempo a fazer manualmente.
Salienta-se mais uma vez que só devem ser utilizados acetatos próprios para fotocopiadora.
O processo de execução por computador com impressão final a jacto de tinta ou laser está a tornar-
se cada vez mais vulgar na produção destes documentos didácticos.
Dada a grande diversidade de programas para computador, nomeadamente no campo gráfico, assim
como a vulgarização destes equipamentos, as possibilidades de produção dos documentos são quase
ilimitadas. Paralelamente a impressora laser garante uma excelente qualidade de impressão.
O processo de execução misto resulta da associação de dois ou mais dos processos anteriores.
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86. As três vantagens das bolsas de protecção
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87. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE LEGIBILIDADE DOS ACETATOS
— Área de exploração. Deve ser considerada uma área de exploração com 24cm x 18 cm,
centrada na folha de acetato A4, a fim de permitir a utilização de caixilhos de cartolina, se assim
for conveniente.
— Forma de apresentação do conteúdo. O conteúdo pode ser estruturado segundo a horizontal
ou a vertical, conforme a conveniência de cada caso.
— Tipos de caracteres.
Design. Os caracteres utilizados devem ter um design simples e de fácil leitura, assim
como uma boa definição.
Altura mínima dos caracteres / símbolos. A altura mínima dos caracteres / símbolos,
depende das dimensões do ecrã (imagem projectada) e da distância ao espectador mais
afastado.
Espessura dos traços dos caracteres. A espessura dos traços dos caracteres deve ser
proporcional à altura dos mesmos. Recomenda-se que a espessura mínima seja cerca de
1/5 da altura dos caracteres.
— Espacejamento. O correcto espacejamento entre letras e palavras, é tão importante como a
escolha do tipo de letra. As palavras lêem-se melhor quando o espacejamento entre letras é
menos de metade do espaço ocupado pelas próprias letras. O espacejamento mínimo entre
palavras deve ser igual à largura média do tipo de letras utilizado.
— Entrelinhamento. O espacejamento entre linhas de informação escrita, deve ser pelo menos
igual à altura dos caracteres.
— Espessura mínima do traço. A espessura mínima dos traços a utilizar em desenhos, gráficos
ou esquemas, deve ser de 0.5 mm.
— Cores. A utilização de cores, para além de aumentar o interesse, permite fazer ressaltar, separar
e diferenciar assuntos.
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88. PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS - PCL
O painel de cristais líquidos (PCL), conhecido em inglês por LCD PANEL (Liquid Cristal Display Panel)
ou DATA SHOW, é um aparelho electrónico cujo princípio de funcionamento é análogo ao dos ecrãs dos
computadores portáteis.
Painel de Cristais Líquidos
Este aparelho quando desligado parece uma placa de vidro transparente com uma moldura de plástico.
Funciona sobre um retroprojector com ligação à saída do monitor dum computador. O PCL comporta-se
assim como um acetato electrónico. Toda a informação presente no monitor do computador aparece na
superfície transparente de cristais líquidos e é projectada num ecrã.
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89. PCL em utilização sobre um retroprojector
Os PCL podem ser classificados quanto ao tipo de imagem apresentada e quanto ao princípio de
funcionamento.
Quanto à imagem podem ser monocromáticos ou policromáticos. Os monocromáticos, consoante as
marcas e modelos podem apresentar entre 6 e 16 tons de uma única cor. Os policromáticos apresentam
valores variáveis entre 256 e 16,7 milhões de cores.
Quanto à tecnologia podem ser de matriz passiva ou de matriz activa.
Os PCL de matriz passiva são mais lentos a renovar a imagem produzindo o chamado "efeito de
submarino", em que o cursor do rato desaparece quando é movimentado, só voltando a aparecer
quando o movimento pára. Estes PCL também deixam passar menos luz e possuem menor contraste
que os activos.
Os PCL de matriz activa são consideravelmente mais caros que os de matriz passiva, mas oferecem
uma qualidade de imagem muito superior e uma velocidade de refrescamento (renovação) igual à de um
monitor de computador. Os de melhor qualidade podem até reproduzir imagens reais, em tempo real,
provenientes de um videogravador.
Recentemente surgiram ecrãs de matriz passiva de duplo varrimento, que aliam o baixo preço a uma
maior frequência de imagem, melhor adaptados portanto para aplicações com imagens em movimento.
Estes aparelhos estão progressivamente a ser substituídos pelos projectores de data/vídeo que
analisaremos no tema Meios Audiovisuais.
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90. VANTAGENS
— Dimensão da imagem.
— Portabilidade (peso e dimensões).
— Facilidade de instalação e ajuste.
— Associação com uma tecnologia conhecida - o retroprojector.
DESVANTAGENS
– Custo.
– Uso de retroprojector específico de potência elevada.
– Fragilidade.
– Resolução limitada da imagem (com incidência nos de matriz passiva).
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91. OS MEIOS SONOROS
Os meios sonoros englobam todos os meios que utilizam unicamente o som como veículo
para transmissão da informação.
Há milhares de anos que o homem transmite os seus conhecimentos através de um meio
sonoro - a voz humana. Apesar da grande variedade de recursos didácticos à disposição do
formador, a voz continua a ser o principal meio de transmissão de conhecimentos.
Os meios sonoros apresentam a vantagem de estar muito vulgarizados visto uma grande
percentagem da população possuir rádio, gravador de cassetes ou mesmo sofisticados
conjuntos de alta fidelidade. Por esta razão, a maior parte das pessoas está familiarizada com
a utilização destes meios. No entanto, em formação, para além da voz, os meios sonoros são
pouco utilizados isoladamente, estando normalmente associados à imagem, como no
diaporama, no filme e no vídeo.
Os documentos sonoros utilizáveis como recursos didácticos vão desde a música, entrevistas,
discursos de figuras públicas, livros falados, até às gravações resultantes de situações de
formação (exemplo: role-play).
Os vários documentos sonoros podem ser divulgados pelos seguintes meios:
RÁDIO
GIRA- DISCOS
GRAVADOR DE BOBINES
GRAVADOR DE CASSETES
LEITOR DE CD
GRAVADOR DAT
GRAVADOR DE MINI-DISC
GRAVADOR DE DCC
LEITOR DE MP3
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92. O SOM
A sensação auditiva provocada por uma vibração acústica é designada por som.
O som é provocado pela vibração cíclica de um corpo. Essa vibração é transmitida ao meio
que o rodeia, sendo captada pelo ouvido.
Para se propagar, o som necessita de um meio elástico sólido, líquido ou gasoso. No vácuo
não há propagação de som.
Uma das características que permite diferenciar o som é a sua frequência.
A frequência ou altura dum som é expressa em Hertz (Hz), e representa o número de
vibrações por segundo. Quanto maior for o número de vibrações por segundo (maior
frequência), mais agudo é o som. Inversamente, quanto menor for o número de vibrações
(menor frequência), mais grave é o som. O exemplo de um som agudo é o produzido por um
apito policial e o de um som grave o produzido por um bombo.
Gráfico de frequências de algumas fontes sonoras
A voz humana varia entre os 150 e os 8 000 Hz.
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 92
93. Admite-se que a capacidade de audição humana varie entre os 20 e os 20 000 Hz. Estes
limites variam segundo o indivíduo e a idade. Em média, um adulto ouve entre os 30 e os
15 000 Hz.
Outra das características do som é o nível ou intensidade, que varia com a amplitude das
vibrações acústicas. A intensidade sonora mede-se em decibéis (dB).
Este factor é muito importante, porque o ouvido humano tem um limite máximo de tolerância.
A partir deste limite a sensação é dolorosa, podendo mesmo provocar a surdez. O limiar da
dor situa-se nos 130 dB.
Tabela de intensidades em dB
Um formador falando com voz normal e ouvido a cerca de três metros, produz uma
intensidade sonora de 50 dB. Acima dos 70 dB considera-se que o som é forte, e abaixo
deste valor que é fraco.
Um aspecto importante, em formação, é a mensagem sonora ser recebida com clareza pelos
formandos. Quando existe um elevado ruído de fundo, a mensagem sonora (sinal) tem de ser
reproduzida com uma intensidade superior ao normal, para se sobrepor ao ruído. Para que a
mensagem seja bem audível deve ser 15 dB superior ao nível de ruído. Esta relação tem o
nome de relação sinal - ruído e a designação S/N (Signal/Noise).
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94. CADEIA SONORA
Quando se pretende reproduzir mensagens sonoras em salas de grandes dimensões, para
grandes audiências, é necessário o recurso a uma cadeia sonora para amplificar o som.
Cadeia sonora
O princípio de funcionamento da cadeia sonora, consiste na conversão das ondas sonoras em
sinais eléctricos (microfone), na amplificação dos sinais (amplificador) e finalmente na
reconversão dos sinais eléctricos em ondas sonoras (altifalante).
A cadeia sonora pode ser formada por elementos independentes, ou estar integrada no
mesmo aparelho, como no caso do televisor, rádio portátil ou projector de filme.
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 94
95. MICROFONES
Um dos elementos principais da cadeia sonora é o microfone, que pode ser de vários tipos,
quanto ao princípio de funcionamento e à direccionalidade.
O ouvido humano tem a capacidade de seleccionar o tipo de som no qual se quer concentrar
desprezando ou minimizando o ruído. Tomemos como exemplo uma sessão de formação. Se
a exposição de um formador for interessante, os formandos alheiam-se do ruído na rua. A
esta capacidade chama-se selectividade. Os microfones não possuem esta capacidade.
Captam tudo por igual. Resulta deste fenómeno a grande variedade de formas e
características dos microfones.
Em formação e quanto ao funcionamento, os tipos de microfones mais utilizados são os
electrodinâmicos e os de condensador.
Os microfones electrodinâmicos não necessitam de ser alimentados por uma pilha como
acontece com os de condensador. Como estes microfones têm uma fonte de alimentação é
necessário ligá-los antes da utilização, sendo ainda conveniente verificar o estado da pilha.
Depois de cada utilização, devem ser desligados para se poupar a carga da pilha.
Actualmente todos os gravadores de cassetes assim como as câmaras de vídeo são
equipados com microfones de condensador, de reduzidas dimensões.
Os microfones podem ser de três tipos quanto ao ângulo de captação sonora /
direccionalidade:
Unidireccionais (cardióides)
Omnidireccionais
Superdireccionais
Diagrama da direccionalidade de microfones
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96. Os unidireccionais são microfones que privilegiam uma determinada direcção na captação sonora.
São os mais apropriados quando se pretende captar a fala de um único interveniente , como numa
conferência.
Os microfones omnidireccionais captam os sons uniformemente em todas as direcções. Quando se
pretende captar o diálogo entre vários intervenientes, como numa situação de “mesa redonda”, este tipo
de microfone é o mais adequado.
Os superdireccionais são microfones de elevada direccionalidade (ângulo de captação muito estreito).
Este tipo de microfone não é adequado a situações de formação, sendo o seu uso reservado a
utilizações profissionais.
Dois tipos de microfones: um cardióide e um de lapela com emissor
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97. O AMPLIFICADOR E O ALTIFALANTE
O amplificador é o elemento da cadeia sonora que amplifica o sinal que lhe é fornecido à entrada. As
possíveis fontes de sinal (rádio, leitor de CD, gravador de áudio) debitam sinais de fraca intensidade,
insuficientes para excitar um altifalante, pelo que necessitam de ser amplificados. A potência de
amplificação varia consoante o aparelho e mede-se em WATT (W).
Amplificador de áudio
O altifalante tem a função inversa do microfone e destina-se a converter os sinais eléctricos de áudio,
em ondas sonoras.
Para aumentar a qualidade sonora, os altifalantes podem ser montados em caixas apropriadas,
designadas por colunas.
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98. Coluna de altifalantes
Cada altifalante, ou coluna de altifalantes, tem um limite máximo de potência de funcionamento. Para
evitar a sua destruição, os altifalantes nunca podem ser ligados a amplificadores de potência superior à
que podem suportar.
A reprodução sonora de alta-fidelidade (Hi-Fi), que corresponde à gama de 20 a 20 000 Hz, não pode
ser conseguida através de um único altifalante. Por esta razão existem altifalantes de diversos tipos,
específicos para a reprodução de determinada gama de frequências - graves, médias e agudas. Numa
coluna de som encontram-se normalmente estes três tipos de altifalantes, para se obter uma elevada
fidelidade de reprodução sonora.
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99. SINTONIZADOR/RECEPTOR DE RÁDIO
A rádio como meio de comunicação e de difusão cultural teve um papel determinante até ao
aparecimento da televisão. Apesar das limitações óbvias face à televisão, ainda pode ser um importante
veículo de educação/formação sobretudo pela grande economia e facilidade de difusão/recepção.
Conjunto de alta fidelidade constituído por:
amplificador, leitor de CD, gravador/leitor de cassetes e sintonizador
Nalguns países de grandes dimensões , como a Austrália e o Canadá, em regiões isoladas com pouca
densidade populacional, ainda hoje se usa a rádio como meio de ensino - os estudantes têm as suas
aulas via rádio.
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100. GIRA- DISCOS
O disco de vinil como recurso didáctico, foi progressivamente substituído pela gravação magnética em
cassete de áudio. Além de ter sido o suporte preferido para o registo de obras musicais, foi utilizado
em formação, sobretudo no ensino de línguas.
Gira-discos
A principal desvantagem do gira-discos é a sua fragilidade. Por outro lado os discos de vinil exigem
uma utilização e acondicionamento cuidadosos para evitar danos irreparáveis, como riscos,
deformações ou mesmo fracturas.
Actualmente, com a progressiva substituição do disco de vinil pelo CD (Compact Disc), torna-se cada
vez mais difícil encontrar registos neste suporte.
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