A apresentação descreve a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, localizadas na Serra do Açor, no centro de Portugal. A Mata da Margaraça, de 68 hectares, é considerada um último reduto da floresta nativa portuguesa e abriga grande biodiversidade, incluindo espécies raras de plantas e animais. Escondida na mata, a Fraga da Pena é uma cascata de mais de 20 metros de altura, cercada por vegetação densa, constituindo um local privilegiado de contato com a natureza.
1. Cataratas de Portugal
Aula 2
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Cadeira de
PATRIMÓNIO CULTURAL PORTUGUÊS
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
Património hidrográfico
Português
FRAGA DA PENA
MATA DA MARGARAÇA
2. Artur Filipe dos Santos
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• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e
investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista e vexilologista.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da
Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em
Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.
Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo
de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor
convidado das Escola Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).Orador e palestrante
convidado em várias instituições de ensino superior.
• Investigador, entusiasta, divulgador e peregrino dos Caminhos de Santiago, aborda esta
temática em várias instituições de ensino e em várias organizações culturais. Promove visitas
culturais ao Património e à gastronomia de Portugal, da Galiza e das várias rotas jacobeas.
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3. A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.pt
Email: usc@usc.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada
para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados
para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,
adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências
sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo
ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de
Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de
estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessíveis a seniores, estudantes e profissionais através
de livraria online.
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4. A Mata da Margaraça, no
concelho de Arganil, distrito de
Coimbra, guarda uma das mais
belas cascatas de Portugal: a
Fraga da Pena.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
• Em plena Paisagem
Protegida da Serra do
Açor, muito próximo da
aldeia da Benfeita, a
Fraga da Pena é, em
conjunto com as aldeias
de Piodão, Chãs d'Égua
e Foz d'Égua, uma das
pérolas do turismo do
centro de Portugal.
14. A Paisagem Protegida da Serra
do Açor
• Olhando para poente a partir
do extremo meridional da serra
da Estrela descobre-se uma
sucessão monótona de cimos
boleados que escondem vales
com grandes quedas de nível e
linhas de água encaixadas.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
15. • Numa volta do caminho, inesperadamente, surge a Mata da
Margaraça, misto de elementos atlânticos - carvalho-roble
e castanheiro - e mediterrânicos - medronheiro, azereiro,
loureiro…, albergando espécies raras da flora – caso do
endemismo ibérico Veronica micrantha ou do selo-de-
Salomão – e constituindo, devido à sua pequena dimensão
e carácter de insularidade, um sistema muito vulnerável.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
• A Mata da Margaraça
constitui um
testemunho da floresta
que teria coberto as
encostas xistosas das
zonas montanhosas do
centro de Portugal.
17. À sua riqueza hídrica associa-se a
presença de numerosos répteis e
anfíbios. Interessante cortejo de
passeriformes, bem como de uma
dezena de espécies de
micromamíferos e outras tantas
de morcegos.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
• No interior desta
Paisagem Protegida, um
curioso acidente
geológico, a Fraga da
Pena, esconde uma
cascata ladeada de
frondosa vegetação,
cenário que não deixa
de surpreender na
aridez que se associa ao
Açor.
19. A Área Protegida da Serra do
Açor situa-se no concelho de
Arganil e tem por objectivo
essencial a salvaguarda dos
valores naturais, culturais,
científicos e recreativos nela
existentes.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
• Dentre todos os
aspectos de interesse
da Área Protegida da
Serra do Açor destaca-
se a Mata da
Margaraça. Esta última,
ocupando parte da
vertente norte da
denominada Serra da
Picota.
22. A Mata da Margaraça é um
espaço privilegiado de encontro
com a natureza. Em tempos os
artesãos da região,
nomeadamente os
entalhadores, recorriam a esta
reserva biogenética para se
abastecerem das melhores
madeiras.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
• O castinçal (plantação
de castinceiras, isto é
castanheiros-bravos)
contíguo à Mata da
Margaraça era
explorado em regime
de talhadia e para
aproveitamento da
castanha.
24. • Os cortes periódicos das varas resultantes da
rebentação do tronco comum eram utilizados na
manufactura de cestos e de outros artefactos de apoio
à actividade doméstica e agrícola.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
25. O abandono gradual da agricultura
e da pastorícia precipitou o fim do
essencial das actividades
artesanais ligadas sobretudo à
floresta sobrevivendo apenas
alguma cestaria e o fabrico de
gamelas e colheres de pau.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
• A Mata da Margaraça
apresenta-se como um
oásis a contrastar com
um certo ambiente de
aridez que a envolve.
27. A vegetação que a caracteriza é
dominada pelo carvalho e pelo
castanheiro também se podendo
observar medronheiros, folhados,
azereiros e ulmeiros.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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• Numerosas plantas
vasculares de inegável
interesse científico
coabitam com várias
espécies hortícolas
ornamentais.
30. Finalmente não se pode deixar de
salientar uma elevada cobertura
de musgos, líquenes e fungos.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
O inegável valor natural
desta formação vegetal
originou a inclusão da
Mata da Margaraça na
rede europeia de reservas
biogenéticas.
32. A partir de 1985 a Mata da
Margaraça passou a ser
propriedade do Instituto da
Conservação da Natureza e da
Biodiversidade, IP.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
• Escondida na Serra do
Açor, a Mata da
Margaraça encerra
verdadeiros tesouros
naturais à espera de
serem desvendados.
34. A Mata da Margaraça é o ex-líbris
da Serra do Açor no concelho de
Arganil. Na sua extensão, esta
reserva biogenética encerra uma
enorme beleza natural.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
35. • Situada na vertente norte da Serra da Picota, a
Mata da Margaraça está sob proteção do
Instituto da Conservação da Natureza e da
Biodiversidade desde 1985, salvaguardando os
valores naturais, culturais, científicos e
recreativos existentes.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
36. Considerado o último reduto da
floresta nativa que cobriu toda a
região da Beira Serra, estes 68
hectares de mata impõem-se
como uma verdadeira relíquia da
primitiva floresta portuguesa.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
A Mata da Margaraça é
ainda um fantástico
laboratório natural devido
à sua elevada
biodiversidade.
38. O espaço tem posição privilegiada
pelo contacto com a natureza, já
que os pequenos miradouros
naturais existentes permitem ver
árvores pouco habituais.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
A variedade de flora que
se encontra neste sítio
transporta o visitante para
um lugar mágico.
41. A vegetação que habita a mata é
dominada pelo carvalho e pelo
castanheiro existindo também
medronheiros, folhados, azereiros
e ulmeiros, plantas vasculares de
incontestável interesse científico
convivem com diversas espécies
hortícolas e a elevada cobertura
de musgos, líquenes e fungos.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
Aldeia da Benfeita
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
Podem encontrar-se
vários vestígios da antiga
floresta de Laurisilva que
dominou o país antes do
último período glaciar.
43. • Um local de interesse para ficar
a saber mais sobre a da Mata
da Margaraça é o Centro de
Interpretação Casa Grande,
espaço onde os visitantes fazem
um apanhado dos pontos mais
fortes da mata e a partir do
qual partem para a sua
aventura na natureza.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
Abrangendo 68 hectares,
a Mata da Margaraça
constitui uma área que
vale a pena ficar a
conhecer pela sua
frescura e biodiversidade.
45. O carvalho, o medronheiro, a
aveleira, a cerejeira, a madressilva,
o martagão, o ulmeiro e a urze
(cujo pólen dá um paladar tão
característico ao mel da Serra do
Açor), a par de uma elevada
cobertura de musgos, líquenes e
fungos, são espécies em
abundância que por lá se podem
observar
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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No que toca à fauna, é de
salientar o açor, a coruja
do mato, o gavião, a águia
de asa redonda, a gralha
preta, o pombo torcaz, a
rola e o dom-fafe que
fazem da Mata a sua casa.
47. Fraga da Pena
• É em plena Mata da Margaraça,
inserida na Área Protegida da
Serra do Açor, que se esconde a
Fraga da Pena, um local
privilegiado de encontro com a
natureza.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
Um cenário idílico onde a
água abre caminho por
entre a vegetação e a
superfície xistosa, e se
despenha numa
majestosa cascata com
mais de 20 metros.
49. Uma extraordinária maravilha
natural que permanece intocável
pelo Homem e onde impera uma
impressionante serenidade apenas
interrompida pelo som da água e
do chilrear dos pássaros.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
Originadas por um
acidente geológico, as
quedas de água que se
escondem por entre
aquele conjunto florístico
de elevado interesse,
constituem um recanto
paradisíaco que se destaca
pela sua autenticidade e
frescura.
51. A Fraga da Pena, em plena
Paisagem Protegida da Serra do
Açor, corresponde a um acidente
geológico atravessado pela
Barroca de Degraínhos, originando
um conjunto de quedas de água
sucessivas.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
53. Nas suas margens existem alguns
antigos exemplares de carvalho-
alvarinho Quercus robur e de
castanheiro Castanea sativa, para
além do medronheiro Arbutus
unedo, do trovisco Daphne
gnidium e dos adernos Phillyrea
latifolia e P. angustifolia.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
Esta cascata tem origem
num acidente geológico e
é considerada uma das
maiores mais valias entre
os recursos naturais da
paisagem protegida da
Serra do Açor.
55. As águas que se despenham desta
cascata correm por um vale muito
apertado na montanha, dando
assim origem a uma
micropaisagem, que surge de
forma repentina, dotada de
vegetação abundante a cobrir o
xisto.
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Património Hidrográfico – Cataratas de Portugal – Fraga da Pena
O desnível da Cascata da
Fraga da Pena chega aos
20 metros de altura. A sua
alimentação provem da
Barroca das Degrainhas,
onde forma um primeiro
lençol de água, águas
estas que escorrem para
outro menor e dando
novamente origem a outra
cascata.
57. “laca quase passa despercebida a
quem circula na estrada que conduz
ao Piodão. É de madeira e tem a
inscrição "Fraga da Pena", a apontar
para um caminho de xisto ladeado
por manchas de carvalho alvarinho,
castanheiros, medronheiros... A água,
por enquanto, não se vê, mas
acompanha-nos, no ouvido,
articulada com o canto dos pássaros,
numa espécie de comissão de boas-
vindas pura, natural.
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Avançamos e rapidamente nos
esquecemos da civilização.
Ficamos (pensamos nós...) em
comunhão com a Natureza,
antes ainda do fim do caminho
nos surpreender com uma
imensa fraga de xisto, onde
uma cascata de água límpida
corre, precipitando-se numa
encantadora piscina natural.
Os 26 graus não são suficientes
para mergulhar..
59. A água é muito fria. Abandonou a
nascente, ali na serra do Açor,
poucos metros antes, e a sombra
(naquele local nunca bate o sol)
não ajuda a pensar em ir a
banhos, até o termómetro marcar
os 35 graus habituais nesta época.
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Ficar sentado num dos bancos
de xisto a contemplar o
cenário é, por si só,
retemperador. E seria um
sacrilégio não explorar o
terreno. Esta é apenas a última
de uma sequência de piscinas
naturais. Para observar as
outras, e o serpentear da água
pela fraga, há que subir
escadas íngremes, onde nos
cruzamos com um moinho
antigo.
61. Há lagoas de difícil acesso e com
muito musgo, mas a última, onde
o percurso termina, é de novo
tentadora.
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