Este documento descreve a arte tradicional da olaria negra de Bisalhães, Portugal, que foi reconhecida como Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2016. Detalha os processos de fabricação da louça preta, desde a preparação do barro até os métodos artesanais utilizados. Também discute a importância econômica e cultural desta prática para a comunidade local ao longo da história.
Olaria Negra de Bisalhães: a arte da cerâmica preta portuguesa
1. 1
OLARIA NEGRA DE BISALHÃES
P A TRI MÓNI O I M ATE RIAL D A H U MANI DAD E
Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
2. AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artur.filipe@uvigo.es
www.arturfilipesantos.wix.com/arturfilipesantos
www.politicsandflags.wordpress.com
www.omeucaminhodesantiago.wordpress.com
• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e
investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista e vexilologista.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da
Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em
Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.
Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo
de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor
convidado das Escola Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).Orador e palestrante
convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales
Communication no Network Group +Negócio Portugal.
• Investigador do Património Cultural e Religioso dos Caminhos de Santiago, aborda esta
temática em várias instituições de ensino e em várias organizações culturais.
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Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es
3. A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.pt
Email: usc@usc.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada
para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados
para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,
adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências
sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo
ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de
Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de
estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessíveis a seniores, estudantes e profissionais através
de livraria online.
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Universidade Sénior Contemporânea – www.usc.pt
4. Desde 29 de Dezembro
de 2016 que o fabrico da
loiça negra de Bisalhães,
Vila Real, é Património
Imaterial da Humanidade.
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Olaria Negra de Bisalhães
5. 5
Esta arte junta-se ao Fado
(2011), à Gastronomia
Mediterrânica (2013), ao
Cante Alentejano (2014), à
Arte Chocalheira (2015)
bem como à Falcoaria
Portuguesa, também
classificada em 2016-
Olaria Negra de Bisalhães
6. O fabrico da olaria de
Bisalhães é uma prática
documentada a partir do
séc. XVI, contudo existem
investigadores que
apontam datas mais
antigas à implantação
desta prática artesanal.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Em 2016 foi inscrita na
Lista do Património de
Salvaguarda Urgente, pelo
facto de apenas existirem
cinco artesão que se
dedicam a esta forma de
loiça.
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8. Bisalhães é conhecida
como "a terra de
produtores de potes” ou,
mais especificamente,
onde a cerâmica preta é
feita.
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9. 9
Projetada para fins
decorativos e para utensílios
de cozinha, esta prática
tradicional do concelho de
Vila Real tem sido uma parte
importante da identidade da
comunidade, com antigos
métodos usados ainda hoje
para criar peças que se
assemelham às do passado.
Olaria Negra de Bisalhães
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A Terra:
Bisalhães é uma aldeia
situada na encosta sul da
freguesia de Mondrões,
concelho de Vila Real, em
Portugal.
Olaria Negra de Bisalhães
12. É nesta pequena aldeia
serrana, situada a cerca de
oito quilómetros de Vila
Real, da freguesia de
Mondrões, onde ainda se
produz uma original e
peculiar forma de trabalhar
o barro, e que é conhecida
em toda a parte como a
“Louça de Bisalhães”, de cor
antracite escura.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Quem há uns anos largos,
rumava à cidade de Vila
Real, depois das inúmeras
curvas do Marão,
começava a ver na beira
da estrada os primeiros
indícios da louça de
Bisalhães, os “pucarinhos”
como eram chamados.
Olaria Negra de Bisalhães
14. Para chegar a Bisalhães falta
só passar por Parada de
Cunhos, com o seu posto da
brigada de trânsitos, e aí
tínhamos os artesãos a
vender a louça negra de
uma aldeia, onde a tradição
é intrínseca à terra,
estendendo-se as “montras”
até à entrada de Arrabães,
dando um tom pitoresco e
único à estrada.
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Olaria Negra de Bisalhães
http://www.nervir.pt/bisalhaes/roteiro/bisalha
es.htm
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De geração em geração,
transmitiu-se o
conhecimento pelo barro,
a arte de o moldar, de o
cozer e dar forma e
formas às louças negras,
que são hoje um
estandarte da localidade e
do artesanato de Vila Real.
Olaria Negra de Bisalhães
16. Estas olarias, à semelhança
de muitas outras espalhadas
pelo País, eram unidades
familiares de produção onde
toda a família participava: o
oleiro trabalhando à roda, a
mulher e os filhos
preparando o barro,
brunindo a loiça, indo à
lenha e à água, ajudando na
cozedura da loiça e
procedendo à sua venda.
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Olaria Negra de Bisalhães
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• No século XX, a loiça
destes oleiros abastecia
o concelho de Vila Real
chegando a Lamego e
ao Porto. Como se pode
ver pela presente
imagem a loiça era
transportada até ao
Porto de comboio,
metida em grandes
cestos de quatro asas.
Olaria Negra de Bisalhães
18. • O percurso de cerca de 25
quilómetros que medeia entre
Bisalhães e a estação de caminho-
de-ferro da Régua era feito a pé,
quantas vezes descalços, por
caminhos sinuosos e íngremes,
lembrando-se os oleiros de uma
ou outra viagem em que
tropeçaram e caíram, perdendo
grande parte da loiça que
transportavam, o que
representava uma perda
significativa nos magros réditos
obtidos com a venda da loiça.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Vulgarmente este percurso
era feito pelas mulheres,
que podiam ser
acompanhadas pelas filhas
ou, não as tendo, pelos
filhos. De um modo geral o
oleiro ficava em casa
fazendo a loiça, só
participando nestas viagens
quando os filhos eram
pequenos e não podiam
acompanhar a mãe.
Olaria Negra de Bisalhães
20. De facto, a venda da loiça
era uma tarefa
predominantemente
feminina, sendo frequente
que o caminho entre
Bisalhães e a Régua fosse
feito em conjunto por várias
mulheres de oleiros,
ajudadas pelos filhos
menores e pelas filhas, as
quais deste modo se
entreajudavam e protegiam
dos perigos do caminho.
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O modo de carregar o
cesto com loiça obedecia
a regras que todos
seguiam. No fundo do
cesto dispunha-se uma
camada de fetos ou
“palhuço” (=palha)
colocando-se sobre esta
as peças de maiores
dimensões com as bocas
voltadas para baixo.
Olaria Negra de Bisalhães
22. Entre estas colocavam-se
as peças mais pequenas
até o cesto ficar cheio de
loiça até às bordas, altura
em que se cobria com
fetos ou palha de modo a
poder aguentar nova
camada de loiça.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Esta segunda rodada de
loiça, que podia ser, por
exemplo, constituída por
alguidares e tachos,
formava uma espécie de
monte que extravasava
em muito as bordas do
cesto, podendo ou não ser
também coberta com
fetos ou palha.
Olaria Negra de Bisalhães
24. • Para ligar esta carga e
dar-lhe firmeza usava-
se uma corda comprida,
que passava sobre a
loiça e pelas quatro asas
do cesto, constituindo
uma espécie de rede de
malha muito larga.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Durante o percurso de 25
quilómetros, tinham
necessidade de parar para
descansar, tendo para isso
de poisar o cesto da loiça, o
que faziam em locais que já
conheciam e onde era fácil
libertarem-se do carrego
que traziam à cabeça, como,
por exemplo, a borda de um
muro.
Olaria Negra de Bisalhães
26. De facto, tinha de ser uma
estrutura com a altura
aproximada da mulher, de
modo a que sozinha
conseguisse deslocar o cesto
da cabeça para essa
estrutura com altura
semelhante à sua, de modo
a ser fácil de pousar mas
também de voltar a colocar
à cabeça sem a ajuda de
ninguém
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Olaria Negra de Bisalhães
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Estes locais onde se podia
poisar as cargas que se
transportavam eram
conhecidos por “poisadoiros”
e estão documentados desde a
Idade Média, sendo utilizados
por todos que necessitassem
de descansar e poisar os
carregos que transportavam,
fossem eles lenha, loiça,
funilaria, cestaria ou bens
alimentares…
Olaria Negra de Bisalhães
28. No século XX, os oleiros
de Bisalhães faziam a feira
semanal da Régua, sendo
costume deslocarem-se
para o local da feira no dia
anterior à sua realização.
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Olaria Negra de Bisalhães
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As mulheres dos oleiros
costumavam pernoitar
todas juntas, num coberto
que existia junto ao rio e
que era aberto por todos
os lados. A louça não
vendida costumava ser
guardada em casa de
pessoas benfazejas até à
feira seguinte.
Olaria Negra de Bisalhães
30. Mais tarde, para evitar a
penosidade do percurso com
os carregos à cabeça,
passaram a levar a loiça até à
estação de comboio de Vila
Real, sendo esta despachada a
“baixa velocidade” para a
Régua, continuando, no
entanto, estas mulheres a
fazer a pé o percurso entre
Bisalhães e Vila Real, só que já
não transportavam a loiça à
cabeça.
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Olaria Negra de Bisalhães
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A Feira dos Pucarinhos,
realizada em Vila Real por
altura do São Pedro (29 de
Junho), continua a ser o
local de encontro dos
[pouquíssimos]
fabricantes de louça negra
e, embora sem as
dimensões doutros
tempos, continua a
merecer visita.
Olaria Negra de Bisalhães
32. “Lordelo é das panelas
Vila Marim dos
pucarinhos
Mondrões é dos mal
asados
Bisalhães dos bem
feitinhos”
(Quadra Popular)
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Olaria Negra de Bisalhães
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“Se fores a Bisalhães
À terra dos paneleiros,
Dá por lá uma vista de
olhos
À sombra dos
Castanheiros”
(Cancioneiro de Vila Real)
Olaria Negra de Bisalhães
34. Trabalhar o Barro
A transformação dos
“pelões” de barro começa
num alguidar, onde é
colocado, para com a
ajuda de um pico de
madeira, se começar a
moer o barro até o reduzir
a pó.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Após a moagem, o pó
argiloso tem de ser
peneirado, para retirar
todas as impurezas,
variando a escolha das
peneiras de acordo com
os objectos a fabricar.
Olaria Negra de Bisalhães
36. O crivo, peneira com rede
de malhas largas, aplica-se
na produção de artigos de
utilidade (louça churra) e
a peneira com rede fina
no fabrico de peças de
decoração (louça fina).
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Olaria Negra de Bisalhães
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Chegou então a hora de
juntar água à argila e de
proceder ao seu amasso
perfeito, até se ligarem os
dois componentes.
Seguidamente guarda-se o
barro em sacos de
plástico, para perdurar no
tempo, e ser utilizado à
medida que for necessári
Olaria Negra de Bisalhães
38. O rodopiar da roda e o
toque do “gogo”
Ao toque do pé do artesão
a roda de madeira inicia o
seu rodopiar, amassando
um bocado de barro, que
tem de estar humedecido
de forma homogénea.
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Olaria Negra de Bisalhães
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O barro é colocado no
centro da roda e esta
continua a girar, à medida
que dos dedos de mãos
calejadas do oleiro, se
formam as peças que o
artesão quer fabricar,
fazendo aparecer formas
de vida de um pedaço de
pó.
Olaria Negra de Bisalhães
40. A cozedura e a origem da
cor negra
A Olaria de Bisalhães é
conhecida pela cor negra
das suas louças. O segredo
está no forno e nos
métodos da cozedura.
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Olaria Negra de Bisalhães
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O forno (existem sete na
aldeia) é um buraco aberto
na terra, com paredes
revestidas a barro, sendo as
peças colocadas numa
grelha em ferro, com a lenha
a crepitar. Para que os
artigos cozam totalmente,
põe-se por cima da louça,
uma camada de rama de
pinheiro verde a arder.
Olaria Negra de Bisalhães
42. Para impedir a libertação
de fumos na cozedura, o
forno deve ser “abafado”
com camadas de caruma,
musgo e terra.
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Este é o segredo da cor do
barro de Bisalhães. Abafar a
cozedura faz com que a cor
negra se espelhe no produto
final, se não se abafasse, a
cor da louça seria
avermelhada. a louça ficava
vermelha. Para se obter uma
cozedura perfeita, são
necessárias cerca de vinte e
quatro horas.
Olaria Negra de Bisalhães
44. O segredo da bilha
As peças, cujas formas são
heranças de gerações,
contam um pouco da
história e dos hábitos dos
habitantes do concelho.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Da aldeia de Bisalhães
continuam, pois, a sair as
louças churras para o forno,
a assadeira, o alguidar para
o arroz e os tachos, e as
decorativas, ou louça fina,
como as bilhas de segredo e
de rosca, os vasos de
argolas, as pichorras para
beber vinho, e tantas outras
que fazem o deleite dos
visitantes.
Olaria Negra de Bisalhães
46. A peça mais curiosa é, no
entanto, a bilha de segredo.
A pequena cântara de barro
esconde um truque para
apanhar/molhar os mais
desprevenidos. A bilha
apresenta um pequeno
orifício na base superior,
local onde devem pousar os
lábios, mas possui uma série
de aberturas, por onde pode
passar a água.
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Olaria Negra de Bisalhães
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Para beber
tranquilamente, ou seja,
sem ficar com a camisa
encharcada, é necessário
tapar um furo escondido
por trás da pega e sorver
o líquido pelo buraco
superior.
Olaria Negra de Bisalhães
48. Feira dos pucarinhos
A Feira dos pucarinhos sempre foi
um momento de tradição para os
oleiros, que traziam o produto do
seu trabalho até ao centro da “Bila”,
para exibir com orgulho e satisfação
as peças mais elaboradas e
requintadas Conta quem ainda se
lembra desses tempos, que os cestos
cheios de louça eram transportados
à cabeça das mulheres, apoiadas em
rodilhas, sendo guardadas nos baixos
de algumas casas, perto da Capela
Nova e da Rua Central, até ao inicio
da feira.
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Hoje as coisas mudaram mas o local da Feira dos
Púcaros mantém-se o mesmo, do Largo da Capela Nova
até à Rua Central, com principal incidência como diziam
os antigos, para a zona entre o “Almeida e o Chaves”,
dois estabelecimentos de referência de há algumas
décadas.
Olaria Negra de Bisalhães
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Na feira as vendas eram óptimas para
os oleiros, fazendo escoar os
inúmeros produtos expostos,
cântaros, alguidares, assadeiras,
tachos, potes, bilhas roscas e de
segredo, porcas com crias, pichorras,
brinquedos de barro - miniaturas de
todas as peças confeccionadas,
pucarinhos do peito, enfeitados com
um lacinho de seda e ainda, panelos
para jogar e partir, como manda a
tradição, que segundo reza a história
diz “ os panelos não são comprados,
têm que ser roubados”.
Olaria Negra de Bisalhães
51. • O Jogo do Panelo
• “Pucarinho é jogado
Pelo ar, de mão em
mão.
Traz e leva segredinhos
Até se quebrar no chão”
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Olaria Negra de Bisalhães
52. O processo de fabrico da
Olaria Negra de Bisalhães foi
declarado Património
Cultural Imaterial da Unesco
em 29 de novembro de 2016
durante a reunião do Comité
Intergovernamental para a
Salvaguarda do Património
Cultural Imaterial em Adis
Abeba, na Etiópia.
52
Processo de Candidatura a
Património Mundial
Olaria Negra de Bisalhães
53. 53
A olaria negra de
Bisalhães está incluída na
lista do património
cultural com necessidade
de salvaguarda urgente da
Unesco, a mesma onde
está inscrito o fabrico de
chocalhos.
Olaria Negra de Bisalhães
54. A candidatura foi apresentada pela Câmara Municipal de
Vila Real por se tratar de uma atividade em vias de extinção,
cuja principal dificuldade que enfrenta é o facto de
existirem apenas cinco oleiros a dedicar-se a esta arte e com
idade avançada.
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55. 55
A decisão foi tomada esta
terça feira, na 11ª reunião
do Comité
Intergovernamental para a
Salvaguarda do
Património Cultural
Imaterial da Organização
das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO).
Olaria Negra de Bisalhães
56. Presente na reunião em
Adis Abeba, o Presidente
do Município de Vila Real,
Rui Santos, mostrou-se
muito feliz com esta
distinção de uma parte
importante da cultura
Vila-realense.
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Olaria Negra de Bisalhães
57. 57
“Fizemos tudo o que estava ao
nosso alcance para que a
candidatura do processo de
fabrico do barro preto de
Bisalhães fosse imaculada.
Envolvemos os serviços de
cultura municipais e todo um
conjunto de especialistas que
nos ajudaram”, afirma o
autarca, manifestando
gratidão “a todos os que
contribuíram para este
desfecho tão positivo”.
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58. O autarca acrescentou
ainda que “este
reconhecimento
internacional possibilitará
partilhar o conhecimento
ancestral dos oleiros de
Bisalhães com o mundo”.
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Olaria Negra de Bisalhães
59. Fonte: Rádio Renascença
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A inscrição na lista da
Unesco vai ainda “motivar a
implementação de um
amplo plano de salvaguarda
que o município de Vila Real
idealizou, que vai desde a
formação de oleiros,
passando pela certificação
do processo, até ao
incentivo do surgimento de
novas utilizações e designs
para este material único”.
Olaria Negra de Bisalhães