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PRÉ – MODERNISMO
1902 A 1922
PRÉ -MODERNISMO
1902
A 1922
PRÉ- MODERNISMO
Foi um período
literário
brasileiro, que
marca a
transição entre o
Parnasianismo e
Simbolismo e o
movimento
Modernista
seguinte em
Portugal.
 O fim do século XIX marca o início da “República do
café-com-leite”, na qual os grandes proprietários
rurais exerciam enorme influência.
Caricatura de Osvaldo Storni sobre as eleições de 1910
O QUE ERA ESSA POLÍTICA:
 Ficou conhecida como "política do
café-com-leite" o arranjo político
que vigorou no período da Primeira
República (mais conhecida pelo
nome de República Velha),
envolvendo as oligarquias de São
Paulo e Minas Gerais e o governo
central no sentido de controlar
o processo sucessório, para que
somente políticos desses dois
estados fossem eleitos à
presidência de modo alternado.
Assim, ora o chefe de estado sairia
do meio político paulista, ora do
mineiro.
 O surgimento do nome "café-
com-leite" batizando tal acordo
seria uma referência à
economia de São Paulo e
Minas, grandes produtores,
respectivamente, de café e
leite. Entretanto, alguns
autores contestam tal
explicação para o surgimento
da expressão, pois o Rio
Grande do Sul seria o maior
produtor de leite à época.
 Nossa
urbanização,
ainda incipiente,
não produzia o
quadro de
tensão no qual
vivia a Europa,
mas já dava
sinais de
crescimento
principalmente
em São Paulo.
Rua 15 de Novembro - 1915
O ciclo da borracha desloca para o norte a riqueza do país,
acentuando os contrastes sociais: algumas regiões prosperavam
em meio ao atraso irremediável de outras.
As tensões geraram
inúmeras revoltas,
como a Revolta de
Canudos, na Bahia;
a série de conflitos
no Ceará em torno
do religioso Padre
Cícero; e o cangaço,
em pleno sertão
nordestino, que nos
apresentou a figura
de Virgulino Ferreira,
o Lampião.
O bando de cangaceiros de Lampião
A capital, Rio de Janeiro, sangrava seus problemas sociais. A
insurreição ao poder constituído foi desde a Revolta da Vacina –
uma rebelião popular contra a vacinação obrigatória, mas que
guardava suas reivindicações sociais – até a Revolta da Chibata –
uma rebelião de marinheiros contra os castigos físicos.
Charge
de
Leônidas
sobre a
Revolta
da
Vacina
Não se pode dizer que
o Pré-modernismo
constitui-se em uma
escola literária em si.
É, em verdade, um
conjunto de
manifestações do
espírito de uma
época, que
apresentava o novo,
rompia com o velho,
mas ainda não
possuía um rumo
certo ou uma clara
intenção estética.
Lima
Barreto
Euclides da
Cunha
Graça Aranha
Pré-modernistas
Monteiro
Lobato
Augusto
dos
Anjos
No nordeste do Brasil
CARACTERÍSTICAS
 1- Ruptura com o
passado;
 2- Denúncia da
realidade brasileira;
 3- Regionalismo;
 4- Tipos humanos
marginalizados.
 Esses novos autores
demonstram um grande
interesse pela realidade
nacional, contrariando o
universalismo dos
modelos realista-
naturalistas. O cotidiano
brasileiro passa a ser
exposto nas páginas dos
livros, dando espaço a
criação de obras de nítida
preocupação social. Os
tipos marginalizados, as
lutas inglórias e as
mazelas do povo passam
a ser os temas da prosa
pré-modernista.
 A aproximação com a
realidade brasileira traz
como consequência
formal a busca por uma
linguagem mais simples,
mais direta, coloquial,
próxima da população. Os
textos apresentam
linguagem jornalística,
aproximando-se, por
vezes, mais da realidade
que de um estilo artístico
propriamente dito.
AUTORES PRÉ-MODERNISTAS
Augusto dos Anjos Monteiro Lobato Lima Barreto
Graça Aranha Euclides da Cunha
“O sertanejo é,
antes de tudo,
um forte. Não
tem o
raquitismo
exaustivo dos
mestiços do
litoral. A sua
aparência,
entretanto, ao
primeiro lance
de vista, revela
o contrário.”
Os sertões
“E era assim todos os
dias, há quase trinta
anos. Vivendo em casa
própria e tendo outros
rendimentos além do
seu ordenado, o Major
Quaresma podia levar
um trem de vida
superior ao seus
recursos burocráticos,
gozando, por parte da
vizinhança, da
consideração e
respeito de homem
abastado.”
Triste Fim de Policarpo
Quaresma
“- Upa! Cavalgo e parto.
Por estes dias de março
a natureza acorda tarde.
Passa as manhãs
embrulhada num roupão
de neblina e é com
espreguiçamentos de
mulher vadia que despe
os véus da cerração
para o banho de sol.
A névoa esmaia o relevo
da paisagem, desbota-
lhe as cores. Tudo
parece coado através
dum cristal despolido.”
Urupês
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(...)
Toma um fósforo.
Acende teu
cigarro!
O beijo, amigo, é a
véspera
do escarro,
A mão que afaga é a
mesma
que apedreja.
Se a alguém causa
inda pena
a tua chaga,
Apedreja essa mão
vil que te
afaga,
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  • 3. PRÉ- MODERNISMO Foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o Parnasianismo e Simbolismo e o movimento Modernista seguinte em Portugal.
  • 4.  O fim do século XIX marca o início da “República do café-com-leite”, na qual os grandes proprietários rurais exerciam enorme influência. Caricatura de Osvaldo Storni sobre as eleições de 1910
  • 5. O QUE ERA ESSA POLÍTICA:  Ficou conhecida como "política do café-com-leite" o arranjo político que vigorou no período da Primeira República (mais conhecida pelo nome de República Velha), envolvendo as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais e o governo central no sentido de controlar o processo sucessório, para que somente políticos desses dois estados fossem eleitos à presidência de modo alternado. Assim, ora o chefe de estado sairia do meio político paulista, ora do mineiro.  O surgimento do nome "café- com-leite" batizando tal acordo seria uma referência à economia de São Paulo e Minas, grandes produtores, respectivamente, de café e leite. Entretanto, alguns autores contestam tal explicação para o surgimento da expressão, pois o Rio Grande do Sul seria o maior produtor de leite à época.
  • 6.  Nossa urbanização, ainda incipiente, não produzia o quadro de tensão no qual vivia a Europa, mas já dava sinais de crescimento principalmente em São Paulo. Rua 15 de Novembro - 1915
  • 7. O ciclo da borracha desloca para o norte a riqueza do país, acentuando os contrastes sociais: algumas regiões prosperavam em meio ao atraso irremediável de outras.
  • 8. As tensões geraram inúmeras revoltas, como a Revolta de Canudos, na Bahia; a série de conflitos no Ceará em torno do religioso Padre Cícero; e o cangaço, em pleno sertão nordestino, que nos apresentou a figura de Virgulino Ferreira, o Lampião. O bando de cangaceiros de Lampião
  • 9. A capital, Rio de Janeiro, sangrava seus problemas sociais. A insurreição ao poder constituído foi desde a Revolta da Vacina – uma rebelião popular contra a vacinação obrigatória, mas que guardava suas reivindicações sociais – até a Revolta da Chibata – uma rebelião de marinheiros contra os castigos físicos. Charge de Leônidas sobre a Revolta da Vacina
  • 10. Não se pode dizer que o Pré-modernismo constitui-se em uma escola literária em si. É, em verdade, um conjunto de manifestações do espírito de uma época, que apresentava o novo, rompia com o velho, mas ainda não possuía um rumo certo ou uma clara intenção estética.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 16. No nordeste do Brasil
  • 17. CARACTERÍSTICAS  1- Ruptura com o passado;  2- Denúncia da realidade brasileira;  3- Regionalismo;  4- Tipos humanos marginalizados.
  • 18.  Esses novos autores demonstram um grande interesse pela realidade nacional, contrariando o universalismo dos modelos realista- naturalistas. O cotidiano brasileiro passa a ser exposto nas páginas dos livros, dando espaço a criação de obras de nítida preocupação social. Os tipos marginalizados, as lutas inglórias e as mazelas do povo passam a ser os temas da prosa pré-modernista.
  • 19.  A aproximação com a realidade brasileira traz como consequência formal a busca por uma linguagem mais simples, mais direta, coloquial, próxima da população. Os textos apresentam linguagem jornalística, aproximando-se, por vezes, mais da realidade que de um estilo artístico propriamente dito.
  • 20. AUTORES PRÉ-MODERNISTAS Augusto dos Anjos Monteiro Lobato Lima Barreto Graça Aranha Euclides da Cunha
  • 21. “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário.” Os sertões
  • 22. “E era assim todos os dias, há quase trinta anos. Vivendo em casa própria e tendo outros rendimentos além do seu ordenado, o Major Quaresma podia levar um trem de vida superior ao seus recursos burocráticos, gozando, por parte da vizinhança, da consideração e respeito de homem abastado.” Triste Fim de Policarpo Quaresma
  • 23. “- Upa! Cavalgo e parto. Por estes dias de março a natureza acorda tarde. Passa as manhãs embrulhada num roupão de neblina e é com espreguiçamentos de mulher vadia que despe os véus da cerração para o banho de sol. A névoa esmaia o relevo da paisagem, desbota- lhe as cores. Tudo parece coado através dum cristal despolido.” Urupês
  • 24. Versos Íntimos (...) Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!