O documento descreve a evolução da profissão de repórter ao longo dos séculos 19 e 20, desde os primeiros jornais no século 17 focados em interpretação política até o desenvolvimento do jornalismo como uma técnica no século 19-20 com a introdução de novas abordagens como a busca por notícias exclusivas e divisão do trabalho.
1. AULA 1 - SER REPÓRTER
Publicismo
1609 – primeiros jornais, ligados à burguesia
Orientações e interpretação política
O jornal versava sobre temas econômicos, trivialidades da corte, acidentes, tragédias e o tempo.
Porém, o que mais interessava era o artigo de fundo, que é onde se fazia a interpretação política
Séc. 19
O publicismo nasceu com o jornalismo, tomou uma dimensão menor, a partir do momento em que ele foi desenvolvido nos EUA e, no voltou a ganhar ares publicistas na nossa contemporaneidade.
As características básicas no jornalismo nessa época eram:
- tom publicista
- predomínio do jornalismo opinativo
- artigo de fundo como tipo textual jornalístico principal
- dependência financeira de grupos
- ataques pessoais, difamações, calúnias
- sensacionalista
- literário
- sentimentalista
(Ex. no Brasil: pasquins)
Esse tipo de jornalismo é obrigado a se desenvolver para acompanhar o desenvolvimento do capitalismo e da Revolução Industrial.
2. NASCIMENTO DA REPORTAGEM
- Para atender um novo público e uma nova demanda, o jornalismo teve que se transformar
- importância dos títulos
- importância do furo (notícia em primeira mão)
- novas versões para um fato que só tinha a visão oficial
- a luta de classes ganha o jornal
- o repórter ganha destaque na sociedade, pois é teoricamente a pessoa mais informada
- surgem novas discussões: público x privado; quais os limites éticos?
JORNALISMO COMO TÉCNICA (Séc 19-20)
- aumento nas tiragens (proporcionado pela técnica)
- formação do jornalismo industrial (surgem os primeiros magnatas Joseph Pulitzer (1847- 1911), William Randolph Hearst (1863-1951).
- furo ganha importância maior ainda
- os repórteres ganham espaço no mercado de trabalho (e a relação ética entre jornalista e fonte se deteriora mais ainda)
- reação ao jornalismo amarelo (sensacionalista)
- divisão do trabalho (taylorismo)
- surge o jornalismo como técnica (quase que uma ciência)
- lei das três fontes
- a relação com a fonte deve basear-se na mera troca de informações
- ouvir o outro lado
- a narrativa passa a ser mais oralizada
- lead, pirâmidade invertida
- construção de estereótipos e preconceito (luta operária associada ao banditismo)
- implantação do hard News
Todas as técnicas acima descrita ganharam espaço nos países industrializados.
No Brasil, levou mais de 50 anos para chegar e duas décadas para serem implantadas