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ANÁLISEANÁLISE
INSTITUCIONALINSTITUCIONAL
 ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS DASESTUDOS ANTROPOLÓGICOS DAS
ORGANIZAÇÕESORGANIZAÇÕES
Prof. Ângela OlivaProf. Ângela Oliva
 *MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA*MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA
 -  O-  O institucionalismo teve a sua origem em Mauriceinstitucionalismo teve a sua origem em Maurice
Hauriou - pai da doutrina institucional Traduz-se numHauriou - pai da doutrina institucional Traduz-se num
movimento ou fenômeno protagonizado pormovimento ou fenômeno protagonizado por
instituições, as mais diversas, junto aos órgãos deinstituições, as mais diversas, junto aos órgãos de
poder, cujos reflexos se estendem aos planos social,poder, cujos reflexos se estendem aos planos social,
político e jurídico, privilegiando o debate, o diálogo, apolítico e jurídico, privilegiando o debate, o diálogo, a
reivindicação e a participação efetiva no "destino dareivindicação e a participação efetiva no "destino da
sociedade.sociedade.
 * MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA segundo* MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA segundo
BAREMBLITTBAREMBLITT
 Concebe aConcebe a sociedadesociedade como uma rede de instituições “que secomo uma rede de instituições “que se
interpenetram e se articulam entre si para regular a produção e ainterpenetram e se articulam entre si para regular a produção e a
reprodução da vida humana sobre a terra e a relação entre osreprodução da vida humana sobre a terra e a relação entre os
homens” (BAREMBLITT: 1996, p.29).homens” (BAREMBLITT: 1996, p.29).
 **INSTITUIÇÕESINSTITUIÇÕES - conjunto de leis e princípios que- conjunto de leis e princípios que
prescrevem ou proscrevem comportamentos e valores, ou seja,prescrevem ou proscrevem comportamentos e valores, ou seja,
dizem o que deve ser, o que não deve e o que é indiferente. Asdizem o que deve ser, o que não deve e o que é indiferente. As
instituições são entidades abstratas.instituições são entidades abstratas.
 - são- são organizaçõesorganizações, que podem, ou não, ser pessoas jurídicas e,, que podem, ou não, ser pessoas jurídicas e,
nesta qualidade, verdadeiras "unidades abstratas nas quais senesta qualidade, verdadeiras "unidades abstratas nas quais se
enfeixam determinados direitos subjetivos e certas obrigações,enfeixam determinados direitos subjetivos e certas obrigações,
constituídas para alcançar determinadas finalidades.constituídas para alcançar determinadas finalidades.
 ORGANIZAÇÕES -ORGANIZAÇÕES - são a materialização das instituiçõessão a materialização das instituições
sob a forma de um organismo, uma entidade, assumindo umasob a forma de um organismo, uma entidade, assumindo uma
configuração mais complexa ou mais simples.configuração mais complexa ou mais simples.
 São grandes ou pequenos conjuntos de formas materiais queSão grandes ou pequenos conjuntos de formas materiais que
põem em efetividade, que concretizam as opções que aspõem em efetividade, que concretizam as opções que as
instituições distribuem, que as instituições enunciam. Isto é, asinstituições distribuem, que as instituições enunciam. Isto é, as
instituições não teriam vida, não teriam realidade social se nãoinstituições não teriam vida, não teriam realidade social se não
fosse através das organizações. Mas as organizações nãofosse através das organizações. Mas as organizações não
teriam sentido, não teriam objetivos, não teriam direção se nãoteriam sentido, não teriam objetivos, não teriam direção se não
estivessem informadas como estão, pelas instituições”estivessem informadas como estão, pelas instituições”
(BAREMBLITT: 1996, p.30).(BAREMBLITT: 1996, p.30).
 -ESTABELECIMENTOS:-ESTABELECIMENTOS: são as estruturas propriamentesão as estruturas propriamente
físicas que conjuntamente integram a organização. São asfísicas que conjuntamente integram a organização. São as
escolas, conventos, quartéis etc.escolas, conventos, quartéis etc.
 --EQUIPAMENTOSEQUIPAMENTOS-- são os dispositivos técnicos cujosão os dispositivos técnicos cujo
objetivo é facilitar a consecução dos objetivos específicos ouobjetivo é facilitar a consecução dos objetivos específicos ou
genéricos propostos pela instituição, organização egenéricos propostos pela instituição, organização e
estabelecimento. Os equipamentos podem ter realidadeestabelecimento. Os equipamentos podem ter realidade
material que se restringe a um estabelecimento ou o suplanta.material que se restringe a um estabelecimento ou o suplanta.
 *EVIDÊNCIAS E VITALIDADE INSTITUCIONAL*EVIDÊNCIAS E VITALIDADE INSTITUCIONAL
 - Processos de transformação:- Processos de transformação: instituinte / instituídoinstituinte / instituído..
Constituem-se no movimento histórico da sociedadeConstituem-se no movimento histórico da sociedade
 -instituinte: consolida-se enquanto força transformadora.-instituinte: consolida-se enquanto força transformadora.
Caracteriza-se como um processo, um movimentoCaracteriza-se como um processo, um movimento
permanente de transformação da sociedade aos novospermanente de transformação da sociedade aos novos
estados sociaisestados sociais
 - instintuído - produtos resultantes das instituições - efeito- instintuído - produtos resultantes das instituições - efeito
da atividade instituinte. Constitui-se nos parâmetros deda atividade instituinte. Constitui-se nos parâmetros de
convivência. Traz em si as características próprias aoconvivência. Traz em si as características próprias ao
conservadorismo e à resistência a mudanças.conservadorismo e à resistência a mudanças.
 --Organizante/organizadoOrganizante/organizado
 organizante: busca permanente de maior pertinência nasorganizante: busca permanente de maior pertinência nas
ações organizacionais;ações organizacionais;
 organizado: estrutura que solidifica as organizações, masorganizado: estrutura que solidifica as organizações, mas
com tendência a se burocratizar . Responde a um desejocom tendência a se burocratizar . Responde a um desejo
humano de segurança buscado nas instituições.humano de segurança buscado nas instituições.

 SOCIEDADE SE POLARIZA ENTRE DUASSOCIEDADE SE POLARIZA ENTRE DUAS
CARACTERISTICASCARACTERISTICAS//
 -a)utopias sociais – construções objetivando satisfazer a vontade-a)utopias sociais – construções objetivando satisfazer a vontade
coletiva e as características históricas que as comprometemcoletiva e as características históricas que as comprometem
( exploração, dominação e a mistificação)( exploração, dominação e a mistificação)
 *CARACTERÍSTICAS DAS INSTITUIÇÕES*CARACTERÍSTICAS DAS INSTITUIÇÕES::
 -Perduram no meio social, não sofrendo em suas características-Perduram no meio social, não sofrendo em suas características
básicas o impacto das transformações sociais, apesar de sebásicas o impacto das transformações sociais, apesar de se
adaptarem a elas; satisfazem a necessidades vitais básicas, como,adaptarem a elas; satisfazem a necessidades vitais básicas, como,
por exemplo, o casamento, que atende às de natureza sexual, àpor exemplo, o casamento, que atende às de natureza sexual, à
procriação e à constituição da família, enquanto outras sãoprocriação e à constituição da família, enquanto outras são
condições fundamentais da ordem social, como o Estado, ocondições fundamentais da ordem social, como o Estado, o
governo etc.governo etc.
 - As instituições são estáveis, sem serem imutáveis. Podem- As instituições são estáveis, sem serem imutáveis. Podem
satisfazer a mais de uma função social ou vital básicas, como, porsatisfazer a mais de uma função social ou vital básicas, como, por
exemplo, o Estado ou o casamento. Através da Históriaexemplo, o Estado ou o casamento. Através da História
adquirem e perdem funções, como, por exemplo, a família, queadquirem e perdem funções, como, por exemplo, a família, que
na Antigüidade teve funções políticas, jurisdicionais e de culto,na Antigüidade teve funções políticas, jurisdicionais e de culto,
perdidas com a evolução social, bem como a Igreja, que já foraperdidas com a evolução social, bem como a Igreja, que já fora
árbitro de conflitos internacionais e que já monopolizara oárbitro de conflitos internacionais e que já monopolizara o
registro civil, hoje da alçada do Estado etc.registro civil, hoje da alçada do Estado etc.
 *PIERRE BOURDIEU NO CONTEXTO*PIERRE BOURDIEU NO CONTEXTO
INSTITUCIONALINSTITUCIONAL
 -Campo-Campo, na teoria proposta por, na teoria proposta por Pierre BourdieuPierre Bourdieu
representa um espaço simbólico, no qual lutas dosrepresenta um espaço simbólico, no qual lutas dos
agentes determinam, validam, legitimam representações.agentes determinam, validam, legitimam representações.
É oÉ o poder simbólicopoder simbólico. Nele se estabelece uma. Nele se estabelece uma
classificação dos signos, do que é adequado, do queclassificação dos signos, do que é adequado, do que
pertence ou não a um código de valores. No campo dapertence ou não a um código de valores. No campo da
arte, por exemplo, a luta simbólica determina o que éarte, por exemplo, a luta simbólica determina o que é
erudito, ou o que pertence à indústria cultural.erudito, ou o que pertence à indústria cultural.
Determina também quais valores e quais rituais deDetermina também quais valores e quais rituais de
consagração as constituem, e como elas são delineadasconsagração as constituem, e como elas são delineadas
dentro de cada estrutura. No campo, local empírico dedentro de cada estrutura. No campo, local empírico de
socialização, osocialização, o habitushabitus constituído peloconstituído pelo poder simbólicopoder simbólico
surge como todo e consegue impor significaçõessurge como todo e consegue impor significações
datando-as como legítimas. Os símbolos afirmam-se,datando-as como legítimas. Os símbolos afirmam-se,
assim, na noção de prática, como os instrumentos porassim, na noção de prática, como os instrumentos por
excelência de integração social, tornando possível aexcelência de integração social, tornando possível a
reprodução da ordem estabelecida.reprodução da ordem estabelecida.
 -- habitus'habitus' – é considerado como constituindo– é considerado como constituindo todas as experiênciastodas as experiências
passadas, matriz de percepções, apreciações e ações. É uma percepçãopassadas, matriz de percepções, apreciações e ações. É uma percepção
interacionista da sociedade.interacionista da sociedade. O habitus está inerente a cada actor socialO habitus está inerente a cada actor social
e de certa forma define-o, tal como aos seus gostos e estilo dee de certa forma define-o, tal como aos seus gostos e estilo de
vida, estando associado à pertença a uma classe social, e tendo devida, estando associado à pertença a uma classe social, e tendo de
ser ajustado quando existe mobilidade.ser ajustado quando existe mobilidade.
 CapitalCapital, na obra sociológica de Pierre Bourdieu é um conceito, na obra sociológica de Pierre Bourdieu é um conceito
que discute a quantidade de acúmulo de forças dosque discute a quantidade de acúmulo de forças dos agentesagentes emem
suas posições no campo. Ele distingue, no decorrer de sua obra,suas posições no campo. Ele distingue, no decorrer de sua obra,
quatro principais tipos de capital: o social, o cultural, oquatro principais tipos de capital: o social, o cultural, o
econômico e o simbólico (no qual se inclui o científico, entreeconômico e o simbólico (no qual se inclui o científico, entre
outros).outros).
 Violência simbólicaViolência simbólica -Forma invisível de coação que se apóia,-Forma invisível de coação que se apóia,
muitas vezes, em crenças e preconceitos coletivos. Amuitas vezes, em crenças e preconceitos coletivos. A violênciaviolência
simbólicasimbólica se funda na fabricação contínua de crenças nose funda na fabricação contínua de crenças no
processo de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergarprocesso de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergar
e a avaliar o mundo seguindo critérios e padrões do discursoe a avaliar o mundo seguindo critérios e padrões do discurso
dominantedominante
 HABERMANS NO ÂMBITO INSTITUCIONALHABERMANS NO ÂMBITO INSTITUCIONAL
 Ação teleológicaAção teleológica: é aquele tipo de ação em se tem um indivíduo: é aquele tipo de ação em se tem um indivíduo
que se movimento em função de ideários na esfera institucional.que se movimento em função de ideários na esfera institucional.
Nele não há acomodação ante os obstáculos. Grandes mudançasNele não há acomodação ante os obstáculos. Grandes mudanças
tiveram por início o posicionamento de baluartes. Um exemplotiveram por início o posicionamento de baluartes. Um exemplo
forte disso foi o trabalho desenvolvido pelo Juiz Paulo Frota,forte disso foi o trabalho desenvolvido pelo Juiz Paulo Frota,
Mário Barbosa.Mário Barbosa.
 Ação estratégicaAção estratégica: A ação estratégica é a ação de grupos, da: A ação estratégica é a ação de grupos, da
organização institucional, pode ser desenvolvida por conjunto deorganização institucional, pode ser desenvolvida por conjunto de
atores ou de instituições. Há um parâmetro comum a que todosatores ou de instituições. Há um parâmetro comum a que todos
seguem. A política assistencial atual respaldada na LOAS éseguem. A política assistencial atual respaldada na LOAS é
exemplar nesse sentido.exemplar nesse sentido.
 RACIONALIDADE BUROCRÁTICA / RACIONALIDADERACIONALIDADE BUROCRÁTICA / RACIONALIDADE
SUBSTANTIVA ( matriciada por Weber)SUBSTANTIVA ( matriciada por Weber)
 AA teoria da burocraciateoria da burocracia foi formalizada por Max Weber que,foi formalizada por Max Weber que,
partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedadepartindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade
ocidental, no século XX, era o agrupamento social emocidental, no século XX, era o agrupamento social em
organizações, procurou fazer um mapeamento de como seorganizações, procurou fazer um mapeamento de como se
estabelece o poder nessas entidades.estabelece o poder nessas entidades.
 Construiu um modelo ideal, no qual as organizações sãoConstruiu um modelo ideal, no qual as organizações são
caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordemcaracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem
hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bemhierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem
delimitadas. Assim, Weber cunhou a expressãodelimitadas. Assim, Weber cunhou a expressão burocráticaburocrática parapara
representar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, nãorepresentar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, não
estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau.estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau.
 Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia,Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia,
num sentido que vai além do significado pejorativo que pornum sentido que vai além do significado pejorativo que por
vezes tem. Burocracia é a organização eficiente por excelência. Evezes tem. Burocracia é a organização eficiente por excelência. E
para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalharpara conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar
antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverãoantecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão
ser feitas.ser feitas.
 -PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA BUROCRACIA-PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA BUROCRACIA
SEGUNDO WEBERSEGUNDO WEBER
 FFormalizaçãoormalização:: existem regras definidas e protegidas daexistem regras definidas e protegidas da
alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.
 Divisão do trabalhoDivisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função: cada elemento do grupo tem uma função
específica, de forma a evitar conflitos na atribuição deespecífica, de forma a evitar conflitos na atribuição de
competências.competências.
 HierarquiaHierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as
funções subalternas controladas pelas funções de chefia, defunções subalternas controladas pelas funções de chefia, de
forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.
 ImpessoalidadeImpessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da: as pessoas, enquanto elementos da
organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendoorganização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo
sempre serem substituídas por outras - o sistema, como estásempre serem substituídas por outras - o sistema, como está
formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.
 Competência técnica eCompetência técnica e MeritocraciaMeritocracia: a escolha dos funcionários: a escolha dos funcionários
e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades -e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades -
havendo necessidade da existência de formas de avaliaçãohavendo necessidade da existência de formas de avaliação
objetivas.objetivas.
 Separação entre propriedade e administraçãoSeparação entre propriedade e administração: os burocratas: os burocratas
limitam-se a administrar os meios de produção - não oslimitam-se a administrar os meios de produção - não os
possuem.possuem.
 Profissionalização dos funcionários.Profissionalização dos funcionários.
 Completa previsibilidade do funcionamento:Completa previsibilidade do funcionamento:
todos os funcionários deverão comportar-se detodos os funcionários deverão comportar-se de
acordo com as normas e regulamentos daacordo com as normas e regulamentos da
organização a fim de que esta atinja a máximaorganização a fim de que esta atinja a máxima
eficiência possível.eficiência possível.

--DISFUNÇÕES DA BUROCRACIADISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
 Internalização das regrasInternalização das regras: Elas passam a de "meios para os: Elas passam a de "meios para os
fins", ou seja, às regras são dadas mais importância do que àsfins", ou seja, às regras são dadas mais importância do que às
metas.metas.
 Excesso de Formalismo e papelatórioExcesso de Formalismo e papelatório: Torna os processos: Torna os processos
mais lentos.mais lentos.
 Resistências às MudançasResistências às Mudanças..
 DespersonalizaçãoDespersonalização: Os funcionários se conhecem pelos cargos: Os funcionários se conhecem pelos cargos
que ocupam.que ocupam.
 Categorização como base no processo decisorialCategorização como base no processo decisorial: O que tem: O que tem
um cargo maior toma decisões, independentemente do queum cargo maior toma decisões, independentemente do que
conhece sobre o assunto.conhece sobre o assunto.
 Superconformidade as RotinasSuperconformidade as Rotinas: Traz muita dificuldade de: Traz muita dificuldade de
inovação e crescimento.inovação e crescimento.
 Exibição de poderes de autoridadeExibição de poderes de autoridade e pouca comunicaçãoe pouca comunicação
dentro da empresa.dentro da empresa.
 Dificuldade com os clientesDificuldade com os clientes: o funcionário está voltado para o: o funcionário está voltado para o
interior da organização, torna difícil realizar as necessidades dosinterior da organização, torna difícil realizar as necessidades dos
clientes tendo que seguir as normas internas.clientes tendo que seguir as normas internas.
 A BurocraciaA Burocracia não leva em conta a organizaçãonão leva em conta a organização
informal e nem a variabilidade humana.informal e nem a variabilidade humana.
 Uma dada empresa tem sempre um maior ouUma dada empresa tem sempre um maior ou
menor grau de burocratização, dependendo damenor grau de burocratização, dependendo da
maior ou menor observância destes princípiosmaior ou menor observância destes princípios
que são formulados para atender à máximaque são formulados para atender à máxima
racionalização e eficiência do sistema social (porracionalização e eficiência do sistema social (por
exemplo, a empresa) organizado.exemplo, a empresa) organizado.
**RACIONALIDADE SUBSTANTIVARACIONALIDADE SUBSTANTIVA
 ““AA racionalidade substantivaracionalidade substantiva permite aopermite ao
indivíduo ordenar sua vida em bases éticas, atravésindivíduo ordenar sua vida em bases éticas, através
do debate racional, buscando encontrar umdo debate racional, buscando encontrar um
equilíbrio dinâmico entre a satisfação pessoal e aequilíbrio dinâmico entre a satisfação pessoal e a
satisfação social, potencializando o anseio e asatisfação social, potencializando o anseio e a
capacidade humana de auto-realização, auto -capacidade humana de auto-realização, auto -
desenvolvimento e emancipação. Na racionalidadedesenvolvimento e emancipação. Na racionalidade
substantiva o ser humano ocupa lugar central”.substantiva o ser humano ocupa lugar central”.
 Auto-realização:Auto-realização: pode ser descrita como umpode ser descrita como um
conjunto de processos de concretização do potencialconjunto de processos de concretização do potencial
inato do ser humano, que se complementa peloinato do ser humano, que se complementa pelo
alcance da satisfação individual;alcance da satisfação individual;
 Entendimento:Entendimento: forma pela qual os indivíduosforma pela qual os indivíduos
estabelecem acordos e consensos racionais, sempreestabelecem acordos e consensos racionais, sempre
mediados por processos de comunicação livre, demediados por processos de comunicação livre, de
onde decorrem atividades comuns coordenadas, aoonde decorrem atividades comuns coordenadas, ao
amparo de sentimentos de responsabilidade eamparo de sentimentos de responsabilidade e
satisfação social;satisfação social;
 Julgamento ético:Julgamento ético: processos decisórios baseados emprocessos decisórios baseados em
emissão de juízos de valor do tipo bom, mau,emissão de juízos de valor do tipo bom, mau,
verdadeiro, falso, certo, errado, que se dão através doverdadeiro, falso, certo, errado, que se dão através do
estabelecimento de um debate racional sobre asestabelecimento de um debate racional sobre as
pretensões de validez emitidas pelos indivíduos empretensões de validez emitidas pelos indivíduos em
suas interações com os demais membros do gruposuas interações com os demais membros do grupo;;

 Autenticidade:Autenticidade: são interações e relacionamentossão interações e relacionamentos
interpessoais estruturados em torno de sentimentosinterpessoais estruturados em torno de sentimentos
como integridade, honestidade e franqueza doscomo integridade, honestidade e franqueza dos
indivíduos;indivíduos;
 VValores emancipatórios:alores emancipatórios: preocupação e observânciapreocupação e observância
de valores que levem ao aperfeiçoamento do grupo, nade valores que levem ao aperfeiçoamento do grupo, na
direção do bem-estar coletivo, da solidariedade, dodireção do bem-estar coletivo, da solidariedade, do
respeito às individualidades, da liberdade, dorespeito às individualidades, da liberdade, do
comprometimento e da integração com o ambientecomprometimento e da integração com o ambiente
interno e externo, presentes tanto nos indivíduos queinterno e externo, presentes tanto nos indivíduos que
compõem o grupo, quanto no próprio contextocompõem o grupo, quanto no próprio contexto
normativo do grupo;normativo do grupo;
 Autonomia:Autonomia: condição plena dos indivíduos paracondição plena dos indivíduos para
poderem agir e expressarem-se livremente naspoderem agir e expressarem-se livremente nas
interações, sem que estejam condicionados por coaçõesinterações, sem que estejam condicionados por coações
ou pressões exercidas por outros indivíduos;ou pressões exercidas por outros indivíduos;
 TRABALHOS COM GRUPOSTRABALHOS COM GRUPOS
 -Característica tradicional:-Característica tradicional: grupo a-histórico = sociedade a-grupo a-histórico = sociedade a-
históricahistórica
 Horkheimer e Adorno -Horkheimer e Adorno - microgrupo enquanto mediaçãomicrogrupo enquanto mediação
necessária entre o indivíduo e a sociedade e cuja estrutura assumenecessária entre o indivíduo e a sociedade e cuja estrutura assume
formas historicamente variáveis.formas historicamente variáveis.
 Loureau –Loureau – Centra a análise das instituições através dasCentra a análise das instituições através das relaçõesrelações
grupaisgrupais que nelas ocorrem.que nelas ocorrem.
 grupo-objeto -grupo-objeto - a segmentaridade se dá de forma a manter osa segmentaridade se dá de forma a manter os
indivíduos justapostos sob uma capa de coerência absoluta.Ex :indivíduos justapostos sob uma capa de coerência absoluta.Ex :
grupo tipo bando ou seita.grupo tipo bando ou seita.
 Ex: os indivíduos se justapõem para a realização de um trabalhoEx: os indivíduos se justapõem para a realização de um trabalho
e onde a divisão de trabalho determina hierarquias de poder.e onde a divisão de trabalho determina hierarquias de poder.
 -- grupo-sujeito -grupo-sujeito - percebe a mediação institucional, objetiva epercebe a mediação institucional, objetiva e
conscientementeconscientemente
 REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
BAREMBLITT, G. Compêndio de Análise institucional. Rio de Janeiro: 3ª ed.BAREMBLITT, G. Compêndio de Análise institucional. Rio de Janeiro: 3ª ed.
Rosa dos Tempos, 1996.Rosa dos Tempos, 1996.
BOURDIEU, Pierre. Teoria dos Campos. São Paulo. Cortez. 1999BOURDIEU, Pierre. Teoria dos Campos. São Paulo. Cortez. 1999
LANE, Silvia T.M. O processo grupal, In: LANE, Silvia T.M; CODO,LANE, Silvia T.M. O processo grupal, In: LANE, Silvia T.M; CODO,
Wanderley (orgs). Psicologia Social: o homem em movimento. 13 ed. SãoWanderley (orgs). Psicologia Social: o homem em movimento. 13 ed. São
Paulo: Brasiliense, 2001.Paulo: Brasiliense, 2001.
 RAMOS A. G.RAMOS A. G. AA nova ciência das organizações: uma reconceituação danova ciência das organizações: uma reconceituação da
riqueza das nações. 2. ed. Rio de Janeiro. 1989riqueza das nações. 2. ed. Rio de Janeiro. 1989
RODRIGUES, Ângela Ribeiro. Um olhar sobre o Institucionalismo. In:RODRIGUES, Ângela Ribeiro. Um olhar sobre o Institucionalismo. In:
REVISTA PSIQUE. Belo Horizonte. 1996REVISTA PSIQUE. Belo Horizonte. 1996
 SERVA, Maurício .A racionalidade substantiva demonstrada na práticaSERVA, Maurício .A racionalidade substantiva demonstrada na prática
administrativa.administrativa. Revista de Administração de Empresas. v. 37, n. 02. SãoRevista de Administração de Empresas. v. 37, n. 02. São
Paulo. FGV.Paulo. FGV.
 WEBER Max.WEBER Max. Economia e SociedadeEconomia e Sociedade ..Editora Universitária de Brasília. 1991Editora Universitária de Brasília. 1991
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
 Ramos, A. G.(1989)Ramos, A. G.(1989) A nova ciência das organizações: umaA nova ciência das organizações: uma
reconceituação da riqueza das naçõesreconceituação da riqueza das nações. 2. ed. Rio de Janeiro.. 2. ed. Rio de Janeiro.
 Serva, Maurício (1997).Serva, Maurício (1997). A racionalidade substantivaA racionalidade substantiva
demonstrada na prática administrativa.demonstrada na prática administrativa. Revista deRevista de
Administração de Empresas. v. 37, n. 02. São Paulo.Administração de Empresas. v. 37, n. 02. São Paulo.
FGVFGV
 Weber, Max.Weber, Max. Economia e SociedadeEconomia e Sociedade (1991). Editora(1991). Editora
Universitária de Brasília.Universitária de Brasília.

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Análise institucional

  • 2.  ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS DASESTUDOS ANTROPOLÓGICOS DAS ORGANIZAÇÕESORGANIZAÇÕES Prof. Ângela OlivaProf. Ângela Oliva
  • 3.  *MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA*MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA  -  O-  O institucionalismo teve a sua origem em Mauriceinstitucionalismo teve a sua origem em Maurice Hauriou - pai da doutrina institucional Traduz-se numHauriou - pai da doutrina institucional Traduz-se num movimento ou fenômeno protagonizado pormovimento ou fenômeno protagonizado por instituições, as mais diversas, junto aos órgãos deinstituições, as mais diversas, junto aos órgãos de poder, cujos reflexos se estendem aos planos social,poder, cujos reflexos se estendem aos planos social, político e jurídico, privilegiando o debate, o diálogo, apolítico e jurídico, privilegiando o debate, o diálogo, a reivindicação e a participação efetiva no "destino dareivindicação e a participação efetiva no "destino da sociedade.sociedade.
  • 4.  * MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA segundo* MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA segundo BAREMBLITTBAREMBLITT  Concebe aConcebe a sociedadesociedade como uma rede de instituições “que secomo uma rede de instituições “que se interpenetram e se articulam entre si para regular a produção e ainterpenetram e se articulam entre si para regular a produção e a reprodução da vida humana sobre a terra e a relação entre osreprodução da vida humana sobre a terra e a relação entre os homens” (BAREMBLITT: 1996, p.29).homens” (BAREMBLITT: 1996, p.29).  **INSTITUIÇÕESINSTITUIÇÕES - conjunto de leis e princípios que- conjunto de leis e princípios que prescrevem ou proscrevem comportamentos e valores, ou seja,prescrevem ou proscrevem comportamentos e valores, ou seja, dizem o que deve ser, o que não deve e o que é indiferente. Asdizem o que deve ser, o que não deve e o que é indiferente. As instituições são entidades abstratas.instituições são entidades abstratas.  - são- são organizaçõesorganizações, que podem, ou não, ser pessoas jurídicas e,, que podem, ou não, ser pessoas jurídicas e, nesta qualidade, verdadeiras "unidades abstratas nas quais senesta qualidade, verdadeiras "unidades abstratas nas quais se enfeixam determinados direitos subjetivos e certas obrigações,enfeixam determinados direitos subjetivos e certas obrigações, constituídas para alcançar determinadas finalidades.constituídas para alcançar determinadas finalidades.
  • 5.  ORGANIZAÇÕES -ORGANIZAÇÕES - são a materialização das instituiçõessão a materialização das instituições sob a forma de um organismo, uma entidade, assumindo umasob a forma de um organismo, uma entidade, assumindo uma configuração mais complexa ou mais simples.configuração mais complexa ou mais simples.  São grandes ou pequenos conjuntos de formas materiais queSão grandes ou pequenos conjuntos de formas materiais que põem em efetividade, que concretizam as opções que aspõem em efetividade, que concretizam as opções que as instituições distribuem, que as instituições enunciam. Isto é, asinstituições distribuem, que as instituições enunciam. Isto é, as instituições não teriam vida, não teriam realidade social se nãoinstituições não teriam vida, não teriam realidade social se não fosse através das organizações. Mas as organizações nãofosse através das organizações. Mas as organizações não teriam sentido, não teriam objetivos, não teriam direção se nãoteriam sentido, não teriam objetivos, não teriam direção se não estivessem informadas como estão, pelas instituições”estivessem informadas como estão, pelas instituições” (BAREMBLITT: 1996, p.30).(BAREMBLITT: 1996, p.30).  -ESTABELECIMENTOS:-ESTABELECIMENTOS: são as estruturas propriamentesão as estruturas propriamente físicas que conjuntamente integram a organização. São asfísicas que conjuntamente integram a organização. São as escolas, conventos, quartéis etc.escolas, conventos, quartéis etc.  --EQUIPAMENTOSEQUIPAMENTOS-- são os dispositivos técnicos cujosão os dispositivos técnicos cujo objetivo é facilitar a consecução dos objetivos específicos ouobjetivo é facilitar a consecução dos objetivos específicos ou genéricos propostos pela instituição, organização egenéricos propostos pela instituição, organização e estabelecimento. Os equipamentos podem ter realidadeestabelecimento. Os equipamentos podem ter realidade material que se restringe a um estabelecimento ou o suplanta.material que se restringe a um estabelecimento ou o suplanta.
  • 6.  *EVIDÊNCIAS E VITALIDADE INSTITUCIONAL*EVIDÊNCIAS E VITALIDADE INSTITUCIONAL  - Processos de transformação:- Processos de transformação: instituinte / instituídoinstituinte / instituído.. Constituem-se no movimento histórico da sociedadeConstituem-se no movimento histórico da sociedade  -instituinte: consolida-se enquanto força transformadora.-instituinte: consolida-se enquanto força transformadora. Caracteriza-se como um processo, um movimentoCaracteriza-se como um processo, um movimento permanente de transformação da sociedade aos novospermanente de transformação da sociedade aos novos estados sociaisestados sociais  - instintuído - produtos resultantes das instituições - efeito- instintuído - produtos resultantes das instituições - efeito da atividade instituinte. Constitui-se nos parâmetros deda atividade instituinte. Constitui-se nos parâmetros de convivência. Traz em si as características próprias aoconvivência. Traz em si as características próprias ao conservadorismo e à resistência a mudanças.conservadorismo e à resistência a mudanças.  --Organizante/organizadoOrganizante/organizado  organizante: busca permanente de maior pertinência nasorganizante: busca permanente de maior pertinência nas ações organizacionais;ações organizacionais;  organizado: estrutura que solidifica as organizações, masorganizado: estrutura que solidifica as organizações, mas com tendência a se burocratizar . Responde a um desejocom tendência a se burocratizar . Responde a um desejo humano de segurança buscado nas instituições.humano de segurança buscado nas instituições. 
  • 7.  SOCIEDADE SE POLARIZA ENTRE DUASSOCIEDADE SE POLARIZA ENTRE DUAS CARACTERISTICASCARACTERISTICAS//  -a)utopias sociais – construções objetivando satisfazer a vontade-a)utopias sociais – construções objetivando satisfazer a vontade coletiva e as características históricas que as comprometemcoletiva e as características históricas que as comprometem ( exploração, dominação e a mistificação)( exploração, dominação e a mistificação)  *CARACTERÍSTICAS DAS INSTITUIÇÕES*CARACTERÍSTICAS DAS INSTITUIÇÕES::  -Perduram no meio social, não sofrendo em suas características-Perduram no meio social, não sofrendo em suas características básicas o impacto das transformações sociais, apesar de sebásicas o impacto das transformações sociais, apesar de se adaptarem a elas; satisfazem a necessidades vitais básicas, como,adaptarem a elas; satisfazem a necessidades vitais básicas, como, por exemplo, o casamento, que atende às de natureza sexual, àpor exemplo, o casamento, que atende às de natureza sexual, à procriação e à constituição da família, enquanto outras sãoprocriação e à constituição da família, enquanto outras são condições fundamentais da ordem social, como o Estado, ocondições fundamentais da ordem social, como o Estado, o governo etc.governo etc.  - As instituições são estáveis, sem serem imutáveis. Podem- As instituições são estáveis, sem serem imutáveis. Podem satisfazer a mais de uma função social ou vital básicas, como, porsatisfazer a mais de uma função social ou vital básicas, como, por exemplo, o Estado ou o casamento. Através da Históriaexemplo, o Estado ou o casamento. Através da História adquirem e perdem funções, como, por exemplo, a família, queadquirem e perdem funções, como, por exemplo, a família, que na Antigüidade teve funções políticas, jurisdicionais e de culto,na Antigüidade teve funções políticas, jurisdicionais e de culto, perdidas com a evolução social, bem como a Igreja, que já foraperdidas com a evolução social, bem como a Igreja, que já fora árbitro de conflitos internacionais e que já monopolizara oárbitro de conflitos internacionais e que já monopolizara o registro civil, hoje da alçada do Estado etc.registro civil, hoje da alçada do Estado etc.
  • 8.  *PIERRE BOURDIEU NO CONTEXTO*PIERRE BOURDIEU NO CONTEXTO INSTITUCIONALINSTITUCIONAL  -Campo-Campo, na teoria proposta por, na teoria proposta por Pierre BourdieuPierre Bourdieu representa um espaço simbólico, no qual lutas dosrepresenta um espaço simbólico, no qual lutas dos agentes determinam, validam, legitimam representações.agentes determinam, validam, legitimam representações. É oÉ o poder simbólicopoder simbólico. Nele se estabelece uma. Nele se estabelece uma classificação dos signos, do que é adequado, do queclassificação dos signos, do que é adequado, do que pertence ou não a um código de valores. No campo dapertence ou não a um código de valores. No campo da arte, por exemplo, a luta simbólica determina o que éarte, por exemplo, a luta simbólica determina o que é erudito, ou o que pertence à indústria cultural.erudito, ou o que pertence à indústria cultural. Determina também quais valores e quais rituais deDetermina também quais valores e quais rituais de consagração as constituem, e como elas são delineadasconsagração as constituem, e como elas são delineadas dentro de cada estrutura. No campo, local empírico dedentro de cada estrutura. No campo, local empírico de socialização, osocialização, o habitushabitus constituído peloconstituído pelo poder simbólicopoder simbólico surge como todo e consegue impor significaçõessurge como todo e consegue impor significações datando-as como legítimas. Os símbolos afirmam-se,datando-as como legítimas. Os símbolos afirmam-se, assim, na noção de prática, como os instrumentos porassim, na noção de prática, como os instrumentos por excelência de integração social, tornando possível aexcelência de integração social, tornando possível a reprodução da ordem estabelecida.reprodução da ordem estabelecida.
  • 9.  -- habitus'habitus' – é considerado como constituindo– é considerado como constituindo todas as experiênciastodas as experiências passadas, matriz de percepções, apreciações e ações. É uma percepçãopassadas, matriz de percepções, apreciações e ações. É uma percepção interacionista da sociedade.interacionista da sociedade. O habitus está inerente a cada actor socialO habitus está inerente a cada actor social e de certa forma define-o, tal como aos seus gostos e estilo dee de certa forma define-o, tal como aos seus gostos e estilo de vida, estando associado à pertença a uma classe social, e tendo devida, estando associado à pertença a uma classe social, e tendo de ser ajustado quando existe mobilidade.ser ajustado quando existe mobilidade.  CapitalCapital, na obra sociológica de Pierre Bourdieu é um conceito, na obra sociológica de Pierre Bourdieu é um conceito que discute a quantidade de acúmulo de forças dosque discute a quantidade de acúmulo de forças dos agentesagentes emem suas posições no campo. Ele distingue, no decorrer de sua obra,suas posições no campo. Ele distingue, no decorrer de sua obra, quatro principais tipos de capital: o social, o cultural, oquatro principais tipos de capital: o social, o cultural, o econômico e o simbólico (no qual se inclui o científico, entreeconômico e o simbólico (no qual se inclui o científico, entre outros).outros).  Violência simbólicaViolência simbólica -Forma invisível de coação que se apóia,-Forma invisível de coação que se apóia, muitas vezes, em crenças e preconceitos coletivos. Amuitas vezes, em crenças e preconceitos coletivos. A violênciaviolência simbólicasimbólica se funda na fabricação contínua de crenças nose funda na fabricação contínua de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergarprocesso de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergar e a avaliar o mundo seguindo critérios e padrões do discursoe a avaliar o mundo seguindo critérios e padrões do discurso dominantedominante
  • 10.  HABERMANS NO ÂMBITO INSTITUCIONALHABERMANS NO ÂMBITO INSTITUCIONAL  Ação teleológicaAção teleológica: é aquele tipo de ação em se tem um indivíduo: é aquele tipo de ação em se tem um indivíduo que se movimento em função de ideários na esfera institucional.que se movimento em função de ideários na esfera institucional. Nele não há acomodação ante os obstáculos. Grandes mudançasNele não há acomodação ante os obstáculos. Grandes mudanças tiveram por início o posicionamento de baluartes. Um exemplotiveram por início o posicionamento de baluartes. Um exemplo forte disso foi o trabalho desenvolvido pelo Juiz Paulo Frota,forte disso foi o trabalho desenvolvido pelo Juiz Paulo Frota, Mário Barbosa.Mário Barbosa.  Ação estratégicaAção estratégica: A ação estratégica é a ação de grupos, da: A ação estratégica é a ação de grupos, da organização institucional, pode ser desenvolvida por conjunto deorganização institucional, pode ser desenvolvida por conjunto de atores ou de instituições. Há um parâmetro comum a que todosatores ou de instituições. Há um parâmetro comum a que todos seguem. A política assistencial atual respaldada na LOAS éseguem. A política assistencial atual respaldada na LOAS é exemplar nesse sentido.exemplar nesse sentido.
  • 11.  RACIONALIDADE BUROCRÁTICA / RACIONALIDADERACIONALIDADE BUROCRÁTICA / RACIONALIDADE SUBSTANTIVA ( matriciada por Weber)SUBSTANTIVA ( matriciada por Weber)  AA teoria da burocraciateoria da burocracia foi formalizada por Max Weber que,foi formalizada por Max Weber que, partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedadepartindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o agrupamento social emocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como seorganizações, procurou fazer um mapeamento de como se estabelece o poder nessas entidades.estabelece o poder nessas entidades.  Construiu um modelo ideal, no qual as organizações sãoConstruiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordemcaracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bemhierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem delimitadas. Assim, Weber cunhou a expressãodelimitadas. Assim, Weber cunhou a expressão burocráticaburocrática parapara representar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, nãorepresentar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau.estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau.  Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia,Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia, num sentido que vai além do significado pejorativo que pornum sentido que vai além do significado pejorativo que por vezes tem. Burocracia é a organização eficiente por excelência. Evezes tem. Burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalharpara conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverãoantecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas.ser feitas.
  • 12.  -PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA BUROCRACIA-PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA BUROCRACIA SEGUNDO WEBERSEGUNDO WEBER  FFormalizaçãoormalização:: existem regras definidas e protegidas daexistem regras definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.  Divisão do trabalhoDivisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função: cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição deespecífica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências.competências.  HierarquiaHierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, defunções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.  ImpessoalidadeImpessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendoorganização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o sistema, como estásempre serem substituídas por outras - o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.  Competência técnica eCompetência técnica e MeritocraciaMeritocracia: a escolha dos funcionários: a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades -e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades - havendo necessidade da existência de formas de avaliaçãohavendo necessidade da existência de formas de avaliação objetivas.objetivas.  Separação entre propriedade e administraçãoSeparação entre propriedade e administração: os burocratas: os burocratas limitam-se a administrar os meios de produção - não oslimitam-se a administrar os meios de produção - não os possuem.possuem.
  • 13.  Profissionalização dos funcionários.Profissionalização dos funcionários.  Completa previsibilidade do funcionamento:Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão comportar-se detodos os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos daacordo com as normas e regulamentos da organização a fim de que esta atinja a máximaorganização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível.eficiência possível.
  • 14.  --DISFUNÇÕES DA BUROCRACIADISFUNÇÕES DA BUROCRACIA  Internalização das regrasInternalização das regras: Elas passam a de "meios para os: Elas passam a de "meios para os fins", ou seja, às regras são dadas mais importância do que àsfins", ou seja, às regras são dadas mais importância do que às metas.metas.  Excesso de Formalismo e papelatórioExcesso de Formalismo e papelatório: Torna os processos: Torna os processos mais lentos.mais lentos.  Resistências às MudançasResistências às Mudanças..  DespersonalizaçãoDespersonalização: Os funcionários se conhecem pelos cargos: Os funcionários se conhecem pelos cargos que ocupam.que ocupam.  Categorização como base no processo decisorialCategorização como base no processo decisorial: O que tem: O que tem um cargo maior toma decisões, independentemente do queum cargo maior toma decisões, independentemente do que conhece sobre o assunto.conhece sobre o assunto.  Superconformidade as RotinasSuperconformidade as Rotinas: Traz muita dificuldade de: Traz muita dificuldade de inovação e crescimento.inovação e crescimento.  Exibição de poderes de autoridadeExibição de poderes de autoridade e pouca comunicaçãoe pouca comunicação dentro da empresa.dentro da empresa.  Dificuldade com os clientesDificuldade com os clientes: o funcionário está voltado para o: o funcionário está voltado para o interior da organização, torna difícil realizar as necessidades dosinterior da organização, torna difícil realizar as necessidades dos clientes tendo que seguir as normas internas.clientes tendo que seguir as normas internas.
  • 15.  A BurocraciaA Burocracia não leva em conta a organizaçãonão leva em conta a organização informal e nem a variabilidade humana.informal e nem a variabilidade humana.  Uma dada empresa tem sempre um maior ouUma dada empresa tem sempre um maior ou menor grau de burocratização, dependendo damenor grau de burocratização, dependendo da maior ou menor observância destes princípiosmaior ou menor observância destes princípios que são formulados para atender à máximaque são formulados para atender à máxima racionalização e eficiência do sistema social (porracionalização e eficiência do sistema social (por exemplo, a empresa) organizado.exemplo, a empresa) organizado.
  • 16. **RACIONALIDADE SUBSTANTIVARACIONALIDADE SUBSTANTIVA  ““AA racionalidade substantivaracionalidade substantiva permite aopermite ao indivíduo ordenar sua vida em bases éticas, atravésindivíduo ordenar sua vida em bases éticas, através do debate racional, buscando encontrar umdo debate racional, buscando encontrar um equilíbrio dinâmico entre a satisfação pessoal e aequilíbrio dinâmico entre a satisfação pessoal e a satisfação social, potencializando o anseio e asatisfação social, potencializando o anseio e a capacidade humana de auto-realização, auto -capacidade humana de auto-realização, auto - desenvolvimento e emancipação. Na racionalidadedesenvolvimento e emancipação. Na racionalidade substantiva o ser humano ocupa lugar central”.substantiva o ser humano ocupa lugar central”.
  • 17.  Auto-realização:Auto-realização: pode ser descrita como umpode ser descrita como um conjunto de processos de concretização do potencialconjunto de processos de concretização do potencial inato do ser humano, que se complementa peloinato do ser humano, que se complementa pelo alcance da satisfação individual;alcance da satisfação individual;  Entendimento:Entendimento: forma pela qual os indivíduosforma pela qual os indivíduos estabelecem acordos e consensos racionais, sempreestabelecem acordos e consensos racionais, sempre mediados por processos de comunicação livre, demediados por processos de comunicação livre, de onde decorrem atividades comuns coordenadas, aoonde decorrem atividades comuns coordenadas, ao amparo de sentimentos de responsabilidade eamparo de sentimentos de responsabilidade e satisfação social;satisfação social;  Julgamento ético:Julgamento ético: processos decisórios baseados emprocessos decisórios baseados em emissão de juízos de valor do tipo bom, mau,emissão de juízos de valor do tipo bom, mau, verdadeiro, falso, certo, errado, que se dão através doverdadeiro, falso, certo, errado, que se dão através do estabelecimento de um debate racional sobre asestabelecimento de um debate racional sobre as pretensões de validez emitidas pelos indivíduos empretensões de validez emitidas pelos indivíduos em suas interações com os demais membros do gruposuas interações com os demais membros do grupo;; 
  • 18.  Autenticidade:Autenticidade: são interações e relacionamentossão interações e relacionamentos interpessoais estruturados em torno de sentimentosinterpessoais estruturados em torno de sentimentos como integridade, honestidade e franqueza doscomo integridade, honestidade e franqueza dos indivíduos;indivíduos;  VValores emancipatórios:alores emancipatórios: preocupação e observânciapreocupação e observância de valores que levem ao aperfeiçoamento do grupo, nade valores que levem ao aperfeiçoamento do grupo, na direção do bem-estar coletivo, da solidariedade, dodireção do bem-estar coletivo, da solidariedade, do respeito às individualidades, da liberdade, dorespeito às individualidades, da liberdade, do comprometimento e da integração com o ambientecomprometimento e da integração com o ambiente interno e externo, presentes tanto nos indivíduos queinterno e externo, presentes tanto nos indivíduos que compõem o grupo, quanto no próprio contextocompõem o grupo, quanto no próprio contexto normativo do grupo;normativo do grupo;  Autonomia:Autonomia: condição plena dos indivíduos paracondição plena dos indivíduos para poderem agir e expressarem-se livremente naspoderem agir e expressarem-se livremente nas interações, sem que estejam condicionados por coaçõesinterações, sem que estejam condicionados por coações ou pressões exercidas por outros indivíduos;ou pressões exercidas por outros indivíduos;
  • 19.  TRABALHOS COM GRUPOSTRABALHOS COM GRUPOS  -Característica tradicional:-Característica tradicional: grupo a-histórico = sociedade a-grupo a-histórico = sociedade a- históricahistórica  Horkheimer e Adorno -Horkheimer e Adorno - microgrupo enquanto mediaçãomicrogrupo enquanto mediação necessária entre o indivíduo e a sociedade e cuja estrutura assumenecessária entre o indivíduo e a sociedade e cuja estrutura assume formas historicamente variáveis.formas historicamente variáveis.  Loureau –Loureau – Centra a análise das instituições através dasCentra a análise das instituições através das relaçõesrelações grupaisgrupais que nelas ocorrem.que nelas ocorrem.  grupo-objeto -grupo-objeto - a segmentaridade se dá de forma a manter osa segmentaridade se dá de forma a manter os indivíduos justapostos sob uma capa de coerência absoluta.Ex :indivíduos justapostos sob uma capa de coerência absoluta.Ex : grupo tipo bando ou seita.grupo tipo bando ou seita.  Ex: os indivíduos se justapõem para a realização de um trabalhoEx: os indivíduos se justapõem para a realização de um trabalho e onde a divisão de trabalho determina hierarquias de poder.e onde a divisão de trabalho determina hierarquias de poder.  -- grupo-sujeito -grupo-sujeito - percebe a mediação institucional, objetiva epercebe a mediação institucional, objetiva e conscientementeconscientemente
  • 20.  REFERÊNCIASREFERÊNCIAS BAREMBLITT, G. Compêndio de Análise institucional. Rio de Janeiro: 3ª ed.BAREMBLITT, G. Compêndio de Análise institucional. Rio de Janeiro: 3ª ed. Rosa dos Tempos, 1996.Rosa dos Tempos, 1996. BOURDIEU, Pierre. Teoria dos Campos. São Paulo. Cortez. 1999BOURDIEU, Pierre. Teoria dos Campos. São Paulo. Cortez. 1999 LANE, Silvia T.M. O processo grupal, In: LANE, Silvia T.M; CODO,LANE, Silvia T.M. O processo grupal, In: LANE, Silvia T.M; CODO, Wanderley (orgs). Psicologia Social: o homem em movimento. 13 ed. SãoWanderley (orgs). Psicologia Social: o homem em movimento. 13 ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.Paulo: Brasiliense, 2001.  RAMOS A. G.RAMOS A. G. AA nova ciência das organizações: uma reconceituação danova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. 2. ed. Rio de Janeiro. 1989riqueza das nações. 2. ed. Rio de Janeiro. 1989 RODRIGUES, Ângela Ribeiro. Um olhar sobre o Institucionalismo. In:RODRIGUES, Ângela Ribeiro. Um olhar sobre o Institucionalismo. In: REVISTA PSIQUE. Belo Horizonte. 1996REVISTA PSIQUE. Belo Horizonte. 1996  SERVA, Maurício .A racionalidade substantiva demonstrada na práticaSERVA, Maurício .A racionalidade substantiva demonstrada na prática administrativa.administrativa. Revista de Administração de Empresas. v. 37, n. 02. SãoRevista de Administração de Empresas. v. 37, n. 02. São Paulo. FGV.Paulo. FGV.  WEBER Max.WEBER Max. Economia e SociedadeEconomia e Sociedade ..Editora Universitária de Brasília. 1991Editora Universitária de Brasília. 1991
  • 21. REFERÊNCIASREFERÊNCIAS  Ramos, A. G.(1989)Ramos, A. G.(1989) A nova ciência das organizações: umaA nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das naçõesreconceituação da riqueza das nações. 2. ed. Rio de Janeiro.. 2. ed. Rio de Janeiro.  Serva, Maurício (1997).Serva, Maurício (1997). A racionalidade substantivaA racionalidade substantiva demonstrada na prática administrativa.demonstrada na prática administrativa. Revista deRevista de Administração de Empresas. v. 37, n. 02. São Paulo.Administração de Empresas. v. 37, n. 02. São Paulo. FGVFGV  Weber, Max.Weber, Max. Economia e SociedadeEconomia e Sociedade (1991). Editora(1991). Editora Universitária de Brasília.Universitária de Brasília.