SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  7
Ritos funerários
Kaingáng
- Quando uma pessoa morre, alguém deve recitar uma fórmula ao som do maracá.
-O cadáver é levado para o cemitério marcando-se as árvores a cada parada para des-
canso.
-Os Kaingáng acreditam que o morto
vive uma vida pós-tumulo
-O morto oferece um grande perigo à comu
nidade pois produz a morte e a doença.
-Entre junho e abril realiza-se um rito para
que o morto vá embora.
A cerimônia
• Os convidados são recebidos com uma bebida feita a base de
cachaça, açúcar, milho verde socado e água. A cerimônia acontece
numa tarde estando os indios divididos em metades caminhando
para o cemitério.
• À frente de cada metade vão um cantador e três dançarinos.
Quando alcançam a primeira marca feita na árvore, o cantador e os
dançarinos canta e dançam respectivamente enquanto os demais
ficam em torno sem nada fazerem.
• Acabando o cântico, repetem a mesma coisa nas outras marcas.
Quando chegam no túmulo fazem o mesmo e a metade oposta
também à uns cinco metros.
• Por fim, retornam à aldeia, acendem fogueiras e cantam e dançam
até a bebida oferecida acabar.
Fases no rito funerário
• O defunto Kaingáng passa por três etapas:
• 1º: fase de separação = sepultamento, quando
se separa dos vivos.
• 2º fase de transição = está afastado dos vivos,
mas constitui uma ameaça para eles.
• 3º fase da incorporação = não é mais do mundo
dos vivos e através do ritual, é definitivamente
afugentado da aldeia.
Rito e culto
• Os ritos não são sempre ligados à
religião.
• Ex: trote dos universitários; passagem do
Equador, etecetera...
• Não quer isso dizer que nunca se
encontre rituais de culto entre as tribos
indígenas. Os Tupinambá, por exemplo,
faziam oferendas aos maracás
preparados pelos feiticeiros, xamãs.
Por que se infligem maus-tratos em
certos ritos?
• Os indivíduos maltratados estão na iminência de
pertencer à categoria daqueles que os
maltratam.
• Os ritos, ao marcarem a passagem de um
indivíduo ou de vários indivíduos de um grupo
para outro, produzem uma intensificação do
estado que será modificado: tornam manifesta
essa hostilidade latente, enfatizam a hostilidade
entre dois grupos que se fundirão num só.
• Ex: Carnaval – Quaresma – Semana Santa -
Páscoa
Maracá
Maracá

Contenu connexe

Plus de barbarabessa (12)

Projeto Olho
Projeto OlhoProjeto Olho
Projeto Olho
 
Cultura japonesa
Cultura japonesaCultura japonesa
Cultura japonesa
 
Arte rupestre
Arte rupestreArte rupestre
Arte rupestre
 
Antropozoomorfismo na Idade Média
Antropozoomorfismo na Idade MédiaAntropozoomorfismo na Idade Média
Antropozoomorfismo na Idade Média
 
Nam June Paik
Nam June PaikNam June Paik
Nam June Paik
 
Plano de aula PIBID industria cultural
Plano de aula PIBID industria culturalPlano de aula PIBID industria cultural
Plano de aula PIBID industria cultural
 
Mirian goldenberg 1
Mirian goldenberg 1Mirian goldenberg 1
Mirian goldenberg 1
 
Ruth benedict
Ruth benedictRuth benedict
Ruth benedict
 
Oficina arte publica
Oficina arte publicaOficina arte publica
Oficina arte publica
 
Arte pública – 3º oficina
Arte pública – 3º oficinaArte pública – 3º oficina
Arte pública – 3º oficina
 
Estilo luis XV
Estilo luis XVEstilo luis XV
Estilo luis XV
 
François Boucher
François BoucherFrançois Boucher
François Boucher
 

Ritos de passagem história da arte brasileira

  • 1. Ritos funerários Kaingáng - Quando uma pessoa morre, alguém deve recitar uma fórmula ao som do maracá. -O cadáver é levado para o cemitério marcando-se as árvores a cada parada para des- canso. -Os Kaingáng acreditam que o morto vive uma vida pós-tumulo -O morto oferece um grande perigo à comu nidade pois produz a morte e a doença. -Entre junho e abril realiza-se um rito para que o morto vá embora.
  • 2. A cerimônia • Os convidados são recebidos com uma bebida feita a base de cachaça, açúcar, milho verde socado e água. A cerimônia acontece numa tarde estando os indios divididos em metades caminhando para o cemitério. • À frente de cada metade vão um cantador e três dançarinos. Quando alcançam a primeira marca feita na árvore, o cantador e os dançarinos canta e dançam respectivamente enquanto os demais ficam em torno sem nada fazerem. • Acabando o cântico, repetem a mesma coisa nas outras marcas. Quando chegam no túmulo fazem o mesmo e a metade oposta também à uns cinco metros. • Por fim, retornam à aldeia, acendem fogueiras e cantam e dançam até a bebida oferecida acabar.
  • 3. Fases no rito funerário • O defunto Kaingáng passa por três etapas: • 1º: fase de separação = sepultamento, quando se separa dos vivos. • 2º fase de transição = está afastado dos vivos, mas constitui uma ameaça para eles. • 3º fase da incorporação = não é mais do mundo dos vivos e através do ritual, é definitivamente afugentado da aldeia.
  • 4. Rito e culto • Os ritos não são sempre ligados à religião. • Ex: trote dos universitários; passagem do Equador, etecetera... • Não quer isso dizer que nunca se encontre rituais de culto entre as tribos indígenas. Os Tupinambá, por exemplo, faziam oferendas aos maracás preparados pelos feiticeiros, xamãs.
  • 5. Por que se infligem maus-tratos em certos ritos? • Os indivíduos maltratados estão na iminência de pertencer à categoria daqueles que os maltratam. • Os ritos, ao marcarem a passagem de um indivíduo ou de vários indivíduos de um grupo para outro, produzem uma intensificação do estado que será modificado: tornam manifesta essa hostilidade latente, enfatizam a hostilidade entre dois grupos que se fundirão num só. • Ex: Carnaval – Quaresma – Semana Santa - Páscoa