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Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 
A REDE CONCEPTUAL DA ACÇÃO 
Na Unidade anterior vimos que a actividade filosófica nasce do espanto e da capacidade de 
compreender e de dar razões sobre aquilo que nos espanta. Nesta unidade vamos reflectir sobre a 
acção e sobre a capacidade do sujeito se espantar no seu agir, ou seja, sobre a rede conceptual da 
acção: o que significa agir ou o que é uma acção? Por que razão agimos? Qual é a finalidade das 
nossas acções? Poderemos explicar racionalmente as nossas acções? 
Vejamos o seguinte texto: 
«Quando já iam a caminho de casa, o Sr. Maia tirou a película de celofane do maço de tabaco, 
puxou dum cigarro, acendeu-o e deu uma fumaça para o ar. 
- Ó pai, por que é que tu fumas? 
- Porque gosto. 
- Mas dizem que o fumo provoca o cancro - insistiu Ari. 
- Só quando se fuma demais. 
- Não percebo como é que podes ter a certeza de que não estás a fumar demais. Além disso, um dia 
tentei dar uma fumaça num dos teus cigarros e tinha um sabor horrível. 
- Ainda bem. Talvez assim não apanhes o hábito de fumar. 
- Ó pai, tu disseste que fumavas porque gostavas. Mas ao princípio também gostavas? 
- Já não me lembro, foi há tanto tempo! Creio que no início não gostava muito, mas como continuei, 
acabei por gostar. 
- Eu estava a pensar...bom, tu disseste que fumavas porque gostavas, mas também disseste que no 
início, quando (... ) começaste a fumar, ainda não gostavas. Não compreendo. 
- O que é que queres dizer com isso? 
- Quero saber o que aconteceu primeiro, fumar ou gostar de fumar? 
-Fumar. 
- Era o que eu pensava. (... ) 
Então o Ari lembrou-se do que tinham dito sobre o fumar. Por aquilo que o pai lhe tinha contado, o 
Ari concluiu que ao princípio o pai não tinha gostado, mas depois de experimentar algumas vezes, acabou 
por gostar. Quer dizer, no início fumou até gostar e mais tarde o facto de gostar de fumar fez com que conti-nuasse 
a fumar. ( ... ) De repente, o Ari sentiu-se um pouco irritado, não consigo, mas com o pai. Perguntei-lhe 
por que é que ele fumava e ele respondeu-me que era porque gostava. Mas o facto de gostar de fumar 
é a causa de fumar e eu não queria saber a causa, eu queria que ele me desse uma boa razão para fumar. 
Ele devia ter tentado provar-me por que é que fumar é bom. Aposto que se ele o tívesse feito, eu teria 
conseguido provar-lhe que não é. Nesse momento Ari abanou a cabeça, porque achava que o pai nunca 
tentaria provar que o que fazia estava certo. 
(Matthew Lipman, A descoberta de Aristóteles Maia). 
Ao reflectirmos sobre a rede conceptual da acção temos de procurar ser rigorosos ao definirmos os 
conceitos e distinguir os diferentes conceitos entre si – por exemplo, distinguindo entre as razões da 
acção e as causas da acção. 
As razões de uma acção aplicam-se apenas aos actos sobre os quais é possível encontrar agentes 
que escolheram realizá-las (e aos quais podemos perguntar os motivos de as terem escolhido); 
enquanto as causas da acção aplicam-se a acontecimentos naturais que se sucedem sem a interferência 
deliberada do ser humano (a uma causa sucede um efeito, mecanicamente). 
Os filósofos procuram debruçar-se sobre a natureza da acção para compreendê-la e, por isso, 
perguntam: O que é a acção? Quais são os elementos que constituem uma acção? Existem 
características específicas da acção humana? Etc. 
(Adaptado do Manual A Arte de Pensar – 10º ano) 
Docente: Marina Santos Página 1
Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 
A ACÇÃO HUMANA 
“Deixando de lado alguns usos puramente técnicos da palavra „acção‟ (por exemplo, acção como 
participação no capital de uma empresa), o núcleo significativo da palavra assenta na produção ou 
causação de um efeito. 
A palavra „acção‟ emprega-se às vezes para falar de animais não humanos (diz-se que a acção das 
cigarras é benéfica para a agricultura) ou, inclusive, de objectos inanimados (diz-se que a gravitação é 
uma forma de acção à distância ou que a toda a acção exercida sobre um corpo corresponde uma acção 
igual de sentido contrário). Mas sobretudo usamos a palavra „acção‟ para nos referirmos ao que fazem os 
humanos. Aqui só nos interessa este tipo de acção - a acção humana. 
As nossas acções são (algumas das) coisas que fazemos. Na realidade o verbo „fazer‟ cobre um 
campo semântico bastante mais amplo que o substantivo „acção‟. O latim distingue o agere do facere (aos 
quais corresponde, em português, agir e fazer). Ao substantivo latino actio, derivado de agere, 
corresponde o substantivo acção. Assim, até de um ponto de vista etimológico, „acção‟ só abrange a carga 
semântica de „agir‟ e não propriamente de „fazer‟. 
Tudo quanto realizamos é parte da nossa conduta, mas nem tudo o que realizamos constitui uma acção. 
Enquanto dormimos realizamos muitas coisas: respiramos, suamos, damos voltas, apertamos a cabeça 
contra a almofada, sonhamos, talvez ressonemos alto ou falemos em voz alta ou andemos sonâmbulos 
pela casa. Todas estas coisas, realizamo-las inconscientemente, enquanto dormimos. Realizamo-las mas 
não nos damos conta delas, não temos consciência de que as realizamos. A estas coisas que fazemos 
inconscientemente não lhes vamos chamar acções. 
Vamos reservar o termo „acção‟ para as coisas que realizamos conscientemente, dando-nos conta 
Há, no entanto, coisas que fazemos conscientemente, dando-nos conta delas, mas sem que à sua 
realização corresponda uma intenção nossa. Damo-nos conta dos nossos „tiques‟ e de muitos dos nossos 
actos reflexos, mas realizamo-los involuntariamente, constatamo-los como espectadores, não os 
efectuamos como agentes. (A palavra „agente‟ é outra das palavras derivadas do verbo latino agere.) Por 
algo que sentimos depois de comer damo-nos conta que estamos a fazer a digestão. Mas fazer a digestão 
não constitui (normalmente) uma acção. Pelos sorrisos dos que nos observam damo-nos conta que 
estamos a ser ridículos. Mas ser ridículo (praticar actos ridículos) não é uma acção, mas uma reacção, 
algo que nos passa despercebido e que lamentamos (a não ser que o façamos de propósito, como 
provocação; neste caso já seria uma acção). Também não chamamos acção a esses aspectos da nossa 
conduta de que nos damos conta, mas que não efectuamos intencionalmente. 
No presente estudo limitar-nos-emos às acções humanas conscientes e voluntárias, às que daqui 
em diante chamaremos acções (sem mais). Uma acção é uma interferência consciente e voluntária de um 
homem ou de uma mulher (o agente) no normal decurso das coisas, que sem a sua interferência haveriam 
seguido um caminho distinto do que por causa da acção seguiram. Uma acção consta, pois, de um evento 
que sucede graças à interferência de um agente e de um agente que tinha a intenção de interferir para 
conseguir que tal evento sucedesse." (Jesús MOSTERÍN, Racionalidade e Acção humana) 
QUESTIONÁRIO: 
que as fazemos. 
1. Indica qual é o problema filosófico abordado no texto. 
2. Identifica a tese do autor. 
3. Expõe os argumentos do autor. 
4. Agora, define e caracteriza o conceito de “acção humana”. 
Docente: Marina Santos Página 2
Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 
TIPOS DE ACÇÕES 
Docente: Marina Santos Página 3
Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 
Os 4 momentos de um acto voluntário (de Paul Ricoeur) 
1º momento 2º 3º 4º 
CONCEPÇÃO 
=> Planeamento; 
Projecto de acção. 
DELIBERAÇÃO 
=> Ponderação das 
alternativas em jogo. 
DECISÃO 
=> Escolha. 
EXECUÇÃO 
=>Comportamento obser-vável; 
passagem da intenção 
ao ato (propriamente dito). 
Desejo e motivação; 
Intenção; Motivo; Fim 
 1º momento: conceção da acção 
- estabelecer conscientemente uma meta/fim a atingir; 
- esboçar os meios para alcançar esse objectivo; 
=> delinear um plano de acção/projecto, que está orientado para o futuro e antecipa 
possibilidades realizáveis (o que pressupõe ter em conta as circunstâncias e os 
condicionalismos/limites). 
 2º momento: deliberação 
- analisar os motivos que nos levam a agir (ou não), a agir desta ou daquela maneira; 
- neste processo, intervém a nossa capacidade intelectual, pois temos de avaliar os “prós” e os 
“contras” da realização do projeto concebido 
=> ponderação de razões: que opção (ou opções) vale mais? 
 3º momento: decisão 
- entre as opções disponíveis, escolhemos uma delas; 
- decidir, é determinarmo-nos a agir 
=> “corte” com as diversas possibilidades de ação ainda em aberto, optando definitivamente 
por determinado modo de agir 
=> decidindo, o agente torna-se um criador ao afirmar: faça-se! 
 4º momento: execução 
- pôr em prática a decisão tomada; 
- realizar o acto que concebemos e temos vontade de concretizar. 
=> passagem da intenção ao acto propriamente dito. 
ACÇÃO HUMANA (em sentido restrito) = Actos HUMANOS = Actos voluntários 
As coisas que fazemos voluntária, consciente e intencionalmente, querendo realmente fazê-las. 
Comportamentos cujo agente é o Homem, enquanto usa a sua racionalidade e liberdade para se 
transformar a si mesmo, aos outros e ao próprio mundo em que habita. 
 Quem age? Cada acção humana é atribuível a um ser humano, isto é, a um agente. A acção é do sujeito 
A, depende dele e este tem o poder de a executar. 
 O que fazes? A acção humana é intencional, pois o agente visa obter algo ao elaborar um projecto, ou 
seja, age “com a intenção de...” alcançar um objectivo e motivado por desejos, necessidades ou ideais. A 
concepção, deliberação e decisão são etapas interiores ao sujeito, prévias e imprescindíveis à 
concretização da acção (execução). 
 Porquê? Cada acção humana pode ser explicada através de motivos, isto é, razões que levam o agente 
a comportar-se de determinada maneira. 
 Para quê? Cada acção humana é executada por um agente com vista a atingir um determinado fim 
(finalidade ou objectivo). Faço A como meio para alcançar o fim B. 
 A identificação do agente é necessária para a atribuição da responsabilidade pelas consequências dos 
actos que livremente realizou e de que foi, simultaneamente, autor e actor. Assim, atribuir a acção a 
alguém é considerar que teve a intenção de a executar e, portanto, foi livre e é responsável pelo acto. 
Docente: Marina Santos Página 4
Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 
O conceito de DECISÃO 
Segundo a concepção clássica, o processo deliberativo tem na decisão o seu terminus, 
imediatamente antes da execução da acção. Em linguagem corrente diz-se: - Ainda não tomei uma 
decisão; ou então: - Já tomei a decisão de ... 
A decisão, como a etimologia deixa perceber, significa deixar cair (decadere) as alternativas 
admitidas como possíveis, mas abandonadas em favor da possibilidade preferida ou eleita. 
Um dos problemas mais delicados que coloca o processo deliberativo é o de saber se a decisão em 
que se conclui a fase deliberativa releva muito do desejo ou do apetite ou se pode alguma vez ser con-siderada 
estritamente racional (um problema paralelo ao problema do motivo, entendido umas vezes 
mais como “quase-causa”, outras como “razão de”). 
Alguns autores levantam um outro problema, a saber: se a decisão é mesmo o resultado e o 
desfecho do processo deliberativo ou se ela é anterior à deliberação. Por outras palavras, trata-se de 
saber: se primeiro ponderamos e só depois decidimos; ou se primeiro decidimos e só depois 
procuramos as razões para justificar a decisão. Deliberação e decisão, além de representarem dois 
momentos distintos, diferenciam-se pelo seguinte: 
 A deliberação, que acarreta escolha e eleição, tem mais a ver com a ponderação de razões. 
 A decisão tem mais a ver com a vontade. Não basta escolher, preferir, eleger racionalmente uma 
das alternativas; é necessário optar, querer efectivamente o que se escolheu. É aqui que o agente 
intervém como portador de um poder. 
Há muitas pessoas que padecem de enfermidades da vontade, de abulias. Abulia significa carência 
ou fraqueza do querer. As espécies de abulia mais frequentes são: 
a) Abulia de deliberação - própria das pessoas que arrastam o processo deliberativo, evitando 
chegar a uma conclusão. 
b) Abulia de decisão - própria das pessoas que, por indecisão grave, evitam tomadas de decisão, 
mesmo que necessárias. 
c) Abulia de execução - própria das pessoas a quem falta coragem e energia para levar a cabo 
projectos já deliberados e decididos. 
Docente: Marina Santos Página 5

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Acção humana textoscomplementares

  • 1. Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 A REDE CONCEPTUAL DA ACÇÃO Na Unidade anterior vimos que a actividade filosófica nasce do espanto e da capacidade de compreender e de dar razões sobre aquilo que nos espanta. Nesta unidade vamos reflectir sobre a acção e sobre a capacidade do sujeito se espantar no seu agir, ou seja, sobre a rede conceptual da acção: o que significa agir ou o que é uma acção? Por que razão agimos? Qual é a finalidade das nossas acções? Poderemos explicar racionalmente as nossas acções? Vejamos o seguinte texto: «Quando já iam a caminho de casa, o Sr. Maia tirou a película de celofane do maço de tabaco, puxou dum cigarro, acendeu-o e deu uma fumaça para o ar. - Ó pai, por que é que tu fumas? - Porque gosto. - Mas dizem que o fumo provoca o cancro - insistiu Ari. - Só quando se fuma demais. - Não percebo como é que podes ter a certeza de que não estás a fumar demais. Além disso, um dia tentei dar uma fumaça num dos teus cigarros e tinha um sabor horrível. - Ainda bem. Talvez assim não apanhes o hábito de fumar. - Ó pai, tu disseste que fumavas porque gostavas. Mas ao princípio também gostavas? - Já não me lembro, foi há tanto tempo! Creio que no início não gostava muito, mas como continuei, acabei por gostar. - Eu estava a pensar...bom, tu disseste que fumavas porque gostavas, mas também disseste que no início, quando (... ) começaste a fumar, ainda não gostavas. Não compreendo. - O que é que queres dizer com isso? - Quero saber o que aconteceu primeiro, fumar ou gostar de fumar? -Fumar. - Era o que eu pensava. (... ) Então o Ari lembrou-se do que tinham dito sobre o fumar. Por aquilo que o pai lhe tinha contado, o Ari concluiu que ao princípio o pai não tinha gostado, mas depois de experimentar algumas vezes, acabou por gostar. Quer dizer, no início fumou até gostar e mais tarde o facto de gostar de fumar fez com que conti-nuasse a fumar. ( ... ) De repente, o Ari sentiu-se um pouco irritado, não consigo, mas com o pai. Perguntei-lhe por que é que ele fumava e ele respondeu-me que era porque gostava. Mas o facto de gostar de fumar é a causa de fumar e eu não queria saber a causa, eu queria que ele me desse uma boa razão para fumar. Ele devia ter tentado provar-me por que é que fumar é bom. Aposto que se ele o tívesse feito, eu teria conseguido provar-lhe que não é. Nesse momento Ari abanou a cabeça, porque achava que o pai nunca tentaria provar que o que fazia estava certo. (Matthew Lipman, A descoberta de Aristóteles Maia). Ao reflectirmos sobre a rede conceptual da acção temos de procurar ser rigorosos ao definirmos os conceitos e distinguir os diferentes conceitos entre si – por exemplo, distinguindo entre as razões da acção e as causas da acção. As razões de uma acção aplicam-se apenas aos actos sobre os quais é possível encontrar agentes que escolheram realizá-las (e aos quais podemos perguntar os motivos de as terem escolhido); enquanto as causas da acção aplicam-se a acontecimentos naturais que se sucedem sem a interferência deliberada do ser humano (a uma causa sucede um efeito, mecanicamente). Os filósofos procuram debruçar-se sobre a natureza da acção para compreendê-la e, por isso, perguntam: O que é a acção? Quais são os elementos que constituem uma acção? Existem características específicas da acção humana? Etc. (Adaptado do Manual A Arte de Pensar – 10º ano) Docente: Marina Santos Página 1
  • 2. Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 A ACÇÃO HUMANA “Deixando de lado alguns usos puramente técnicos da palavra „acção‟ (por exemplo, acção como participação no capital de uma empresa), o núcleo significativo da palavra assenta na produção ou causação de um efeito. A palavra „acção‟ emprega-se às vezes para falar de animais não humanos (diz-se que a acção das cigarras é benéfica para a agricultura) ou, inclusive, de objectos inanimados (diz-se que a gravitação é uma forma de acção à distância ou que a toda a acção exercida sobre um corpo corresponde uma acção igual de sentido contrário). Mas sobretudo usamos a palavra „acção‟ para nos referirmos ao que fazem os humanos. Aqui só nos interessa este tipo de acção - a acção humana. As nossas acções são (algumas das) coisas que fazemos. Na realidade o verbo „fazer‟ cobre um campo semântico bastante mais amplo que o substantivo „acção‟. O latim distingue o agere do facere (aos quais corresponde, em português, agir e fazer). Ao substantivo latino actio, derivado de agere, corresponde o substantivo acção. Assim, até de um ponto de vista etimológico, „acção‟ só abrange a carga semântica de „agir‟ e não propriamente de „fazer‟. Tudo quanto realizamos é parte da nossa conduta, mas nem tudo o que realizamos constitui uma acção. Enquanto dormimos realizamos muitas coisas: respiramos, suamos, damos voltas, apertamos a cabeça contra a almofada, sonhamos, talvez ressonemos alto ou falemos em voz alta ou andemos sonâmbulos pela casa. Todas estas coisas, realizamo-las inconscientemente, enquanto dormimos. Realizamo-las mas não nos damos conta delas, não temos consciência de que as realizamos. A estas coisas que fazemos inconscientemente não lhes vamos chamar acções. Vamos reservar o termo „acção‟ para as coisas que realizamos conscientemente, dando-nos conta Há, no entanto, coisas que fazemos conscientemente, dando-nos conta delas, mas sem que à sua realização corresponda uma intenção nossa. Damo-nos conta dos nossos „tiques‟ e de muitos dos nossos actos reflexos, mas realizamo-los involuntariamente, constatamo-los como espectadores, não os efectuamos como agentes. (A palavra „agente‟ é outra das palavras derivadas do verbo latino agere.) Por algo que sentimos depois de comer damo-nos conta que estamos a fazer a digestão. Mas fazer a digestão não constitui (normalmente) uma acção. Pelos sorrisos dos que nos observam damo-nos conta que estamos a ser ridículos. Mas ser ridículo (praticar actos ridículos) não é uma acção, mas uma reacção, algo que nos passa despercebido e que lamentamos (a não ser que o façamos de propósito, como provocação; neste caso já seria uma acção). Também não chamamos acção a esses aspectos da nossa conduta de que nos damos conta, mas que não efectuamos intencionalmente. No presente estudo limitar-nos-emos às acções humanas conscientes e voluntárias, às que daqui em diante chamaremos acções (sem mais). Uma acção é uma interferência consciente e voluntária de um homem ou de uma mulher (o agente) no normal decurso das coisas, que sem a sua interferência haveriam seguido um caminho distinto do que por causa da acção seguiram. Uma acção consta, pois, de um evento que sucede graças à interferência de um agente e de um agente que tinha a intenção de interferir para conseguir que tal evento sucedesse." (Jesús MOSTERÍN, Racionalidade e Acção humana) QUESTIONÁRIO: que as fazemos. 1. Indica qual é o problema filosófico abordado no texto. 2. Identifica a tese do autor. 3. Expõe os argumentos do autor. 4. Agora, define e caracteriza o conceito de “acção humana”. Docente: Marina Santos Página 2
  • 3. Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 TIPOS DE ACÇÕES Docente: Marina Santos Página 3
  • 4. Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 Os 4 momentos de um acto voluntário (de Paul Ricoeur) 1º momento 2º 3º 4º CONCEPÇÃO => Planeamento; Projecto de acção. DELIBERAÇÃO => Ponderação das alternativas em jogo. DECISÃO => Escolha. EXECUÇÃO =>Comportamento obser-vável; passagem da intenção ao ato (propriamente dito). Desejo e motivação; Intenção; Motivo; Fim  1º momento: conceção da acção - estabelecer conscientemente uma meta/fim a atingir; - esboçar os meios para alcançar esse objectivo; => delinear um plano de acção/projecto, que está orientado para o futuro e antecipa possibilidades realizáveis (o que pressupõe ter em conta as circunstâncias e os condicionalismos/limites).  2º momento: deliberação - analisar os motivos que nos levam a agir (ou não), a agir desta ou daquela maneira; - neste processo, intervém a nossa capacidade intelectual, pois temos de avaliar os “prós” e os “contras” da realização do projeto concebido => ponderação de razões: que opção (ou opções) vale mais?  3º momento: decisão - entre as opções disponíveis, escolhemos uma delas; - decidir, é determinarmo-nos a agir => “corte” com as diversas possibilidades de ação ainda em aberto, optando definitivamente por determinado modo de agir => decidindo, o agente torna-se um criador ao afirmar: faça-se!  4º momento: execução - pôr em prática a decisão tomada; - realizar o acto que concebemos e temos vontade de concretizar. => passagem da intenção ao acto propriamente dito. ACÇÃO HUMANA (em sentido restrito) = Actos HUMANOS = Actos voluntários As coisas que fazemos voluntária, consciente e intencionalmente, querendo realmente fazê-las. Comportamentos cujo agente é o Homem, enquanto usa a sua racionalidade e liberdade para se transformar a si mesmo, aos outros e ao próprio mundo em que habita.  Quem age? Cada acção humana é atribuível a um ser humano, isto é, a um agente. A acção é do sujeito A, depende dele e este tem o poder de a executar.  O que fazes? A acção humana é intencional, pois o agente visa obter algo ao elaborar um projecto, ou seja, age “com a intenção de...” alcançar um objectivo e motivado por desejos, necessidades ou ideais. A concepção, deliberação e decisão são etapas interiores ao sujeito, prévias e imprescindíveis à concretização da acção (execução).  Porquê? Cada acção humana pode ser explicada através de motivos, isto é, razões que levam o agente a comportar-se de determinada maneira.  Para quê? Cada acção humana é executada por um agente com vista a atingir um determinado fim (finalidade ou objectivo). Faço A como meio para alcançar o fim B.  A identificação do agente é necessária para a atribuição da responsabilidade pelas consequências dos actos que livremente realizou e de que foi, simultaneamente, autor e actor. Assim, atribuir a acção a alguém é considerar que teve a intenção de a executar e, portanto, foi livre e é responsável pelo acto. Docente: Marina Santos Página 4
  • 5. Textos complementares de Filosofia – 10º ano 2011 O conceito de DECISÃO Segundo a concepção clássica, o processo deliberativo tem na decisão o seu terminus, imediatamente antes da execução da acção. Em linguagem corrente diz-se: - Ainda não tomei uma decisão; ou então: - Já tomei a decisão de ... A decisão, como a etimologia deixa perceber, significa deixar cair (decadere) as alternativas admitidas como possíveis, mas abandonadas em favor da possibilidade preferida ou eleita. Um dos problemas mais delicados que coloca o processo deliberativo é o de saber se a decisão em que se conclui a fase deliberativa releva muito do desejo ou do apetite ou se pode alguma vez ser con-siderada estritamente racional (um problema paralelo ao problema do motivo, entendido umas vezes mais como “quase-causa”, outras como “razão de”). Alguns autores levantam um outro problema, a saber: se a decisão é mesmo o resultado e o desfecho do processo deliberativo ou se ela é anterior à deliberação. Por outras palavras, trata-se de saber: se primeiro ponderamos e só depois decidimos; ou se primeiro decidimos e só depois procuramos as razões para justificar a decisão. Deliberação e decisão, além de representarem dois momentos distintos, diferenciam-se pelo seguinte:  A deliberação, que acarreta escolha e eleição, tem mais a ver com a ponderação de razões.  A decisão tem mais a ver com a vontade. Não basta escolher, preferir, eleger racionalmente uma das alternativas; é necessário optar, querer efectivamente o que se escolheu. É aqui que o agente intervém como portador de um poder. Há muitas pessoas que padecem de enfermidades da vontade, de abulias. Abulia significa carência ou fraqueza do querer. As espécies de abulia mais frequentes são: a) Abulia de deliberação - própria das pessoas que arrastam o processo deliberativo, evitando chegar a uma conclusão. b) Abulia de decisão - própria das pessoas que, por indecisão grave, evitam tomadas de decisão, mesmo que necessárias. c) Abulia de execução - própria das pessoas a quem falta coragem e energia para levar a cabo projectos já deliberados e decididos. Docente: Marina Santos Página 5