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– 1 de Junho de 2010 – DIA MUNDIAL DA CRIANÇA
                  Encontro com José António Gomes (João Pedro Mésseder)

                                         JOSÉ ANTÓNIO GOMES




                         José António Gomes nasceu no Porto em 1957 e foi nesta cidade
      que se licenciou em Filologia Germânica, pela Faculdade de Letras da Universidade
      do Porto.
      Apresentou dissertação de Mestrado (1992) e de Doutoramento (2002) em Literatura
      Infantil, na Universidade Nova de Lisboa.
      Poeta e contista, ensaísta e romancista, tem colaboração dispersa em obras colectivas,
      revistas e jornais nacionais e estrangeiros.
      É membro da Associação Portuguesa de Críticos Literários e fundou e dirige a revista
      Malasartes – Cadernos de Literatura para a Infância e a Juventude.
      Lecciona Literatura Infantil aos futuros professores, na Escola Superior de Educação
      do Porto.


      Assina alguns títulos com o seu nome próprio, José António Gomes, na qualidade de
      crítico e de Professor na Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico
      do Porto. João Pedro Mésseder é “nome literário” de José António Gomes.




Das obras assinadas “José António Gomes”, destacamos:

     Literatura para Crianças e Jovens – Alguns Percursos (1991)
     A Poesia na Literatura para a Infância (1993)
     História da Literatura Portuguesa para a Infância e a Juventude (1998)
     Sophia, Infância e Apelo do Mar (2000)
     Avanços, Recuos: Leituras de Prosa e Poesia em Português (2006)
     Conto Estrelas em Ti Campo das Letras)
     Fiz das Pernas Coração (Caminho)
Das obras assinadas “João Pedro Mésseder”, destacamos:

       Poesia
           o    Cidade Incurável (1999)
           o    Uma Pequena Luz Vermelha (2000)
           o    Fissura (2000)
           o    Espuma (2000)
           o    O que Impuro Olhar Algum (2004)
           o    Infinitivo (Im)pessoal (2004)
           o    Abrasivas (2005)
           o    Elucidário de Youkali seguido de Ordem Alfabética (2005)



       Literatura juvenil
           o Versos com Reversos (1999)
           o De que Cor É o Desejo? (2000)
           o Timor Lorosa’e: A Ilha do Sol Nascente (2001)
           o À Noite as Estrelas Descem do Céu (2002)
           o Breviário do Sol (co-autor Francisco Duarte Mangas) (2002)
           o Breviário da Água (co-autor Francisco Duarte Mangas) (2002)
           o O g É um Gato Enroscado (2003)
           o O Aquário (2004)
           o Palavra que Voa (2005)
           o A Canção dos Piratas (2006)
           o Histórias de Pedro Malasartes (2007)
           o Romance do 25 de Abril (2007)
           o Não Venham Já! (2009)
           o O Pai Natal e o maiúsculo Menino (2009)
           o Porto Porto (2009)



Fontes:
http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=52

http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/jagomes.htm

http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=52
VERSOS COM REVERSOS, ilustração de Danuta Wojciechowska




                                 TABUADA DOS DOIS
Dois vezes um dois.              Dois vezes cinco dez.                 Dois vezes nove dezoito.
Carrega-me com os bois.          Escova os canapés.                    Faço-te num oito.

Dois vezes dois quatro.          Dois vezes seis doze. A               Dois vezes dez vinte.
Engraxa-me os sapatos.           final dou-te onze.                    Chega de preguiça.

Dois vezes três seis.            Dois vezes sete catorze.              Não sou tua criada.
Ganhas uns vinténs.              Nem onze nem doze.                    Só te dou de meu
                                                                       esta rima errada.
Dois vezes quatro oito.          Dois vezes oito dezasseis.
Talvez sete ou oito.             Só te dou é seis.


VOZES DE ADULTOS (II)
                                                    DAS ESTRELAS
Dez meninos à solta
onze é quase a revolta                              Das estrelas não sei nada.
com doze é a tempestade                             Sei apenas que lá estão.
treze meninos - que azar! –                         Ardem de amor por alguém?
catorze é o mundo a acabar                          Sentem febres, solidão?
quinze é o diabo é o diabo                          Viajariam, se pudessem,
dezasseis não dá p’ra atinar                        como fazem os cometas?
com dezassete eu acabo                              Sentem-se mães dos planetas
dezoito é quase um vulcão                           sem nunca os poderem tocar?
dezanove é a revolução!                             Conseguem ver-me de longe,
Vinte meninos na praia                              perguntam às outras quem sou?
vinte meninos no campo                              Ou no céu apenas ‘stão
vinte meninos na rua                                esperando quem as guarde
ai que ninguém os atura!                            no fundo do coração?
Será que perderam o tino?
Parem, meninos ladinos!

RIO                                                 MAR

As águas vêm de longe,                              O mar,
trazem o mundo,                                     o meu mar.
e a sede dos homens
o rumor das noites e dos dias.                      todo o mar
Rio vivo, quase mudo,                               do mundo
cheio de água                                       ao meu encontro.
cheio de terra
cheio de tudo                                       Mar meu,
as folhas e a luz                                   centro.
a chuva o granizo
os bichos e o pólen                                 Mergulho
os montes a terra as pedras                         no mar.
                                                    Entro?

                                                    Ou entra
                                                    Em mim
                                                    o mar?
O JOÃO                                     FORMAS

                                             Tem a forma de redoma.
O João                                     Chama-se segredo.
de repente
dá um pontapé na gente.                      Tem a forma da chuva.
                                           Chama-se dor.
O Francisco
sem contar                                   Tem a forma de um muro.
apanha e põe-se a chorar.                  Chama-se tristeza.
                                             Tem a forma de uma nuvem.
A Rita
queria brincar                             Chama-se silêncio.
mas o João não quer deixar.
                                             Tem a forma de uma pedra.
A Ana                                      Chama-se sílaba.
Já se zangou                                 Tem a forma da laranja.
Porque o João a magoou.
                                           Chama-se desejo.
O Luís                                       Tem a forma de uma árvore.
desenha o mar
que o João vai estragar.                   Chama-se mãe.
                                             Tem a forma de uma chave.
João
pára com isso,                             Chama-se pai.
anda correr e brincar.                       Tem a forma de um pássaro.
                                           Chama-se filho.
                                             Tem a forma de liberdade.
                                           Chama-se vento.



  Breviário da Água, com Francisco Duarte Mangas e ilustração de Geraldo Valério




                              CHAPÉU-DE-CHUVA

O acento circunflexo                       Ou a tâmara, zelosa
É o chapéu-de-chuva                        De sua doçura.
De palavras                                Há ainda a rês,
Como pântano,                              Que se resguarda quando sobe
Que já não suporta                         Ao monte,
A água                                     O galo pedrês, pena enxuta
Ou a palavra lê, que assim                 Todo o mês.
Protege o livro.                           O meu gato maltês
Como lâmina, para                          Usa o chapéu para sair nas noites
Evitar a ferrugem,                         Apaixonadas de Janeiro
O G ÉUM GATO ENROSCADO, ilustração de Gémeo Luís




                                  A CAMA
O meu lugar favorito
fica na casa onde habito                    É que eu detesto sofás
é a cama onde me deito                      não gramo o chão nem a rede
A mãe a coçar-me as costas                  e abomino sacos-cama
O pai a contar-me histórias                 não me venham criticar
A avó a trazer-me o leite                   já ando farto de ouvir
                                            quem não sabe o que é dormir
Quando chega o João Pestana
às nove ponho o pijama                      Com tudo o que fica dito
num instante estou no ninho                 já ficaram a saber
de manhã ai que soninho                     o meu sítio favorito
só me apanham bem disposto                  é aí que eu durmo e sonho
se acordar devagarinho                      e com um bocadinho de sorte
                                            talvez acorde risonho
Dizem que sou preguiçoso
que só penso é em dormir
de manhã à tarde à noite
vejam lá o exagero
enfiar-me nos lençóis
à noite é tudo o que eu quero




BANQUETE EM RR                              OG

A rainha da Roménia                         O g é um gato enroscado
Segue o rasto do repasto                    A dormir ao sol de Maio.
Que roda em roda da mesa:
Pernas de rã, rabanetes,
Robalinhos, couve roxa.
Rosbife assado com molho,
Rabanadas, rebuçados…
- Meus queridos convidados,
Vá, não se façam rogados.
Com este vinho do Reno
Ataquemos já a eito.
E Deus queira que no fim
Nos conservemos direitos
CANETA FELIZ, ilustração de Gabriela Sotto Mayor




       Na escola, poucos entendem porque gosto de escrever. As palavras são um arco-
íris em movimentos, desfilam histórias que batem à minha porta, umas atrás das
outras – ou, como diz a professora, À porta «dessa cabecinha sempre na Lua». Umas,
presencio–as todos os dias. As outras não param de desfilar no meu «ecrã» privativo.
Porque só alguém muito distraído achará que não temos, cá dentro, outro par de
olhos. A propósito, de que cor serão os meus olhos… interiores?



               Palavra que voa, ilustração de Gémeo Luís



                              PAPAGAIO

Há palavras                                                  ditongo
feitas p'ra voar              Tomas uma                      voador.
num céu de Maio.              e soltas o fio                 Até encontrar,
                              que a prende                   no mais alto
Leves palavras                à tua mão.                     de ti mesmo,
ao colo do vento,                                            um lugar
construídas                   E a palavra                    imenso
como o papel                  ganha asas,                    para morar.
colorido                      eleva-se no ar
dos teus sonhos.              com o seu longo


    Guardador de árvores, ilustração de Horácio Tomé Marques



                                   LIVROS

De quantas árvores                             para sentir ainda
se faz um livro…                                             nos dedos
                                                                  as folhas macias
por isso os folheio                                               as folhas rugosas
devagar
                                               e escutar
                                                           o seu rumor
Porto Porto, ilustração de Helena Veloso




                                 ALGUÉM

Alguém me falou de muralhas               Alguém me falou de uns barcos
Debruçadas sobre o Douro.                 Que lembram quartos crescentes.

Alguém me falou de uma torre              E alguém me falou de um sonho
Mais alta do que o meu sonho.             Em forma de arco, era um sonho
                                          Unindo duas cidades.
Alguém me falou de um mercado
Em ferro da cor do fogo.                  Um alemão o desenhou,
                                          Os de cá lhe deram forma,
                                          Um nome de rei lhe ficou.




                      PARQUE DA CIDADE (em diminutivo)

Patos, cisnes e meninos
são deste parque os reizinhos.            E correm atrás dos meninos
                                          Das bolas e dos pauzinhos
Patos, cisnes e meninos                   Com aq1uela agitação
Mais os cães e os cachorrinhos            Que é própria de qualquer cão.
Que não param de correr
Farejando em qualquer canto
 Mais secreto cheirinho.



                                   PORTO

Porto, Porto
rima com morto              Porque o Porto               Porto, Porto
- dizes tu;                 não está mal:                rima com morto
rima com horto              é que a chuva                - dizes tu meio a
- digo eu.                  faz crescer                  brincar.
                            árvores, flores              Pois eu digo:
E digo bem                  e legumes –                  Co’ essa rima,
por sinal,                  que a brisa agita            Está-se mesmo
a julgar                    e são lumes,                 Mesmo a ver
por este horto              verdes lumes,                Que só podes é errar.
que é agora                 que eu contemplo
o meu quintal.              debruçado na janela.

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J A Gomes

  • 1. – 1 de Junho de 2010 – DIA MUNDIAL DA CRIANÇA Encontro com José António Gomes (João Pedro Mésseder) JOSÉ ANTÓNIO GOMES José António Gomes nasceu no Porto em 1957 e foi nesta cidade que se licenciou em Filologia Germânica, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Apresentou dissertação de Mestrado (1992) e de Doutoramento (2002) em Literatura Infantil, na Universidade Nova de Lisboa. Poeta e contista, ensaísta e romancista, tem colaboração dispersa em obras colectivas, revistas e jornais nacionais e estrangeiros. É membro da Associação Portuguesa de Críticos Literários e fundou e dirige a revista Malasartes – Cadernos de Literatura para a Infância e a Juventude. Lecciona Literatura Infantil aos futuros professores, na Escola Superior de Educação do Porto. Assina alguns títulos com o seu nome próprio, José António Gomes, na qualidade de crítico e de Professor na Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico do Porto. João Pedro Mésseder é “nome literário” de José António Gomes. Das obras assinadas “José António Gomes”, destacamos: Literatura para Crianças e Jovens – Alguns Percursos (1991) A Poesia na Literatura para a Infância (1993) História da Literatura Portuguesa para a Infância e a Juventude (1998) Sophia, Infância e Apelo do Mar (2000) Avanços, Recuos: Leituras de Prosa e Poesia em Português (2006) Conto Estrelas em Ti Campo das Letras) Fiz das Pernas Coração (Caminho)
  • 2. Das obras assinadas “João Pedro Mésseder”, destacamos: Poesia o Cidade Incurável (1999) o Uma Pequena Luz Vermelha (2000) o Fissura (2000) o Espuma (2000) o O que Impuro Olhar Algum (2004) o Infinitivo (Im)pessoal (2004) o Abrasivas (2005) o Elucidário de Youkali seguido de Ordem Alfabética (2005) Literatura juvenil o Versos com Reversos (1999) o De que Cor É o Desejo? (2000) o Timor Lorosa’e: A Ilha do Sol Nascente (2001) o À Noite as Estrelas Descem do Céu (2002) o Breviário do Sol (co-autor Francisco Duarte Mangas) (2002) o Breviário da Água (co-autor Francisco Duarte Mangas) (2002) o O g É um Gato Enroscado (2003) o O Aquário (2004) o Palavra que Voa (2005) o A Canção dos Piratas (2006) o Histórias de Pedro Malasartes (2007) o Romance do 25 de Abril (2007) o Não Venham Já! (2009) o O Pai Natal e o maiúsculo Menino (2009) o Porto Porto (2009) Fontes: http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=52 http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/jagomes.htm http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=52
  • 3. VERSOS COM REVERSOS, ilustração de Danuta Wojciechowska TABUADA DOS DOIS Dois vezes um dois. Dois vezes cinco dez. Dois vezes nove dezoito. Carrega-me com os bois. Escova os canapés. Faço-te num oito. Dois vezes dois quatro. Dois vezes seis doze. A Dois vezes dez vinte. Engraxa-me os sapatos. final dou-te onze. Chega de preguiça. Dois vezes três seis. Dois vezes sete catorze. Não sou tua criada. Ganhas uns vinténs. Nem onze nem doze. Só te dou de meu esta rima errada. Dois vezes quatro oito. Dois vezes oito dezasseis. Talvez sete ou oito. Só te dou é seis. VOZES DE ADULTOS (II) DAS ESTRELAS Dez meninos à solta onze é quase a revolta Das estrelas não sei nada. com doze é a tempestade Sei apenas que lá estão. treze meninos - que azar! – Ardem de amor por alguém? catorze é o mundo a acabar Sentem febres, solidão? quinze é o diabo é o diabo Viajariam, se pudessem, dezasseis não dá p’ra atinar como fazem os cometas? com dezassete eu acabo Sentem-se mães dos planetas dezoito é quase um vulcão sem nunca os poderem tocar? dezanove é a revolução! Conseguem ver-me de longe, Vinte meninos na praia perguntam às outras quem sou? vinte meninos no campo Ou no céu apenas ‘stão vinte meninos na rua esperando quem as guarde ai que ninguém os atura! no fundo do coração? Será que perderam o tino? Parem, meninos ladinos! RIO MAR As águas vêm de longe, O mar, trazem o mundo, o meu mar. e a sede dos homens o rumor das noites e dos dias. todo o mar Rio vivo, quase mudo, do mundo cheio de água ao meu encontro. cheio de terra cheio de tudo Mar meu, as folhas e a luz centro. a chuva o granizo os bichos e o pólen Mergulho os montes a terra as pedras no mar. Entro? Ou entra Em mim o mar?
  • 4. O JOÃO FORMAS Tem a forma de redoma. O João Chama-se segredo. de repente dá um pontapé na gente. Tem a forma da chuva. Chama-se dor. O Francisco sem contar Tem a forma de um muro. apanha e põe-se a chorar. Chama-se tristeza. Tem a forma de uma nuvem. A Rita queria brincar Chama-se silêncio. mas o João não quer deixar. Tem a forma de uma pedra. A Ana Chama-se sílaba. Já se zangou Tem a forma da laranja. Porque o João a magoou. Chama-se desejo. O Luís Tem a forma de uma árvore. desenha o mar que o João vai estragar. Chama-se mãe. Tem a forma de uma chave. João pára com isso, Chama-se pai. anda correr e brincar. Tem a forma de um pássaro. Chama-se filho. Tem a forma de liberdade. Chama-se vento. Breviário da Água, com Francisco Duarte Mangas e ilustração de Geraldo Valério CHAPÉU-DE-CHUVA O acento circunflexo Ou a tâmara, zelosa É o chapéu-de-chuva De sua doçura. De palavras Há ainda a rês, Como pântano, Que se resguarda quando sobe Que já não suporta Ao monte, A água O galo pedrês, pena enxuta Ou a palavra lê, que assim Todo o mês. Protege o livro. O meu gato maltês Como lâmina, para Usa o chapéu para sair nas noites Evitar a ferrugem, Apaixonadas de Janeiro
  • 5. O G ÉUM GATO ENROSCADO, ilustração de Gémeo Luís A CAMA O meu lugar favorito fica na casa onde habito É que eu detesto sofás é a cama onde me deito não gramo o chão nem a rede A mãe a coçar-me as costas e abomino sacos-cama O pai a contar-me histórias não me venham criticar A avó a trazer-me o leite já ando farto de ouvir quem não sabe o que é dormir Quando chega o João Pestana às nove ponho o pijama Com tudo o que fica dito num instante estou no ninho já ficaram a saber de manhã ai que soninho o meu sítio favorito só me apanham bem disposto é aí que eu durmo e sonho se acordar devagarinho e com um bocadinho de sorte talvez acorde risonho Dizem que sou preguiçoso que só penso é em dormir de manhã à tarde à noite vejam lá o exagero enfiar-me nos lençóis à noite é tudo o que eu quero BANQUETE EM RR OG A rainha da Roménia O g é um gato enroscado Segue o rasto do repasto A dormir ao sol de Maio. Que roda em roda da mesa: Pernas de rã, rabanetes, Robalinhos, couve roxa. Rosbife assado com molho, Rabanadas, rebuçados… - Meus queridos convidados, Vá, não se façam rogados. Com este vinho do Reno Ataquemos já a eito. E Deus queira que no fim Nos conservemos direitos
  • 6. CANETA FELIZ, ilustração de Gabriela Sotto Mayor Na escola, poucos entendem porque gosto de escrever. As palavras são um arco- íris em movimentos, desfilam histórias que batem à minha porta, umas atrás das outras – ou, como diz a professora, À porta «dessa cabecinha sempre na Lua». Umas, presencio–as todos os dias. As outras não param de desfilar no meu «ecrã» privativo. Porque só alguém muito distraído achará que não temos, cá dentro, outro par de olhos. A propósito, de que cor serão os meus olhos… interiores? Palavra que voa, ilustração de Gémeo Luís PAPAGAIO Há palavras ditongo feitas p'ra voar Tomas uma voador. num céu de Maio. e soltas o fio Até encontrar, que a prende no mais alto Leves palavras à tua mão. de ti mesmo, ao colo do vento, um lugar construídas E a palavra imenso como o papel ganha asas, para morar. colorido eleva-se no ar dos teus sonhos. com o seu longo Guardador de árvores, ilustração de Horácio Tomé Marques LIVROS De quantas árvores para sentir ainda se faz um livro… nos dedos as folhas macias por isso os folheio as folhas rugosas devagar e escutar o seu rumor
  • 7. Porto Porto, ilustração de Helena Veloso ALGUÉM Alguém me falou de muralhas Alguém me falou de uns barcos Debruçadas sobre o Douro. Que lembram quartos crescentes. Alguém me falou de uma torre E alguém me falou de um sonho Mais alta do que o meu sonho. Em forma de arco, era um sonho Unindo duas cidades. Alguém me falou de um mercado Em ferro da cor do fogo. Um alemão o desenhou, Os de cá lhe deram forma, Um nome de rei lhe ficou. PARQUE DA CIDADE (em diminutivo) Patos, cisnes e meninos são deste parque os reizinhos. E correm atrás dos meninos Das bolas e dos pauzinhos Patos, cisnes e meninos Com aq1uela agitação Mais os cães e os cachorrinhos Que é própria de qualquer cão. Que não param de correr Farejando em qualquer canto Mais secreto cheirinho. PORTO Porto, Porto rima com morto Porque o Porto Porto, Porto - dizes tu; não está mal: rima com morto rima com horto é que a chuva - dizes tu meio a - digo eu. faz crescer brincar. árvores, flores Pois eu digo: E digo bem e legumes – Co’ essa rima, por sinal, que a brisa agita Está-se mesmo a julgar e são lumes, Mesmo a ver por este horto verdes lumes, Que só podes é errar. que é agora que eu contemplo o meu quintal. debruçado na janela.