Controle biológico de moscas-das-frutas no Semiárido
1. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA
Bento Gonçalves-RS, 22 a 26 de outubro de 2012
Beatriz Jordão Paranhos
Embrapa Semiárido
Petrolina-PE
Controle biológico de
moscas-das-frutas
Semiárido
2. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
O que é o Controle Biológico de Pragas?
Quais os meios?
Patógenos : vírus, fungos, bactérias, protozoários
Descoberto em 1836
Predadores: joaninha, crysoperla, percevejos, tesourinha- Primeira Constatação – séc III
Parasitoides: Himenópteros, dípteros, etc.
Primeira Constatação - 1685
3. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Controle Biológico natural
Controle biológico inundativo
Liberações do agente biológico
Controle Biológico clássico
4. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA
Bento Gonçalves-RS, 22 a 26 de outubro de 2012
Semiárido
Entomopatógenos
Nematoides
Parasitoides
Controle Biológico de
Moscas-das-Frutas
5. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Bactérias – Bacillus thuringiensis (Bt):
Potencial controle de larvas e adultos de Bactrocera oleae, Anastrepha ludens e A. obliqua
Entomopatógenos no controle de moscas-das-frutas
6. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae
- Iscas-tóxicas
- Aplicação no solo via fertirrigação
- Transferência horizontal através insetos estéreis (A. ludens e C. capitata).
Fungos entomopatogênicos no controle de moscas-das-frutas
7. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Nematoides virulentos às moscas-das-frutas
penetram nas aberturas naturais
A. ludens (Heterorhabditis indica e Steinernema feltiae) e C. capitata (Steinernema riobrave) com mais de 70 % de controle em campo.
8. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Virus – Grupo de microorganismo pouco explorado.
Resultados preliminares em adultos de D. oleae e C. capitata, porém ainda não há indicação de uso.
Vírus contra moscas-das-frutas
10. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Parasitóides exóticos de moscas-das-frutas no Brasil
1937- IB de São Paulo introduziu Opius tryoni, O. fletcri (Hym.: Braconidae) e Tetrastichus giffardianus (Hym.: Eulophidae).
1994 – Embrapa introduziu Diachasmimorpha longicaudata (Braconidae)
2012 - Embrapa introduziu o Fopius arisanus
Ataca ovos
11. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA
Bento Gonçalves-RS, 22 a 26 de outubro de 2012
Semiárido Como atacam as moscas-das-frutas ?
12. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Etapas para criação do parasitóide
Duas etapas:
•Criar o hospedeiro (larvas de moscas- das-frutas)
•Criar o parasitoide sobre as larvas hospedeiras
13. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Criação artesanal de C. capitata- CNPMF
Colônia da mosca
Larvas desenvolvidas em dieta artificial
Inoculação de
ovos na dieta
Larva moscamed
3º estagio
Dieta de adultos
na tela de nylon
14. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Unidade de parasitismo
Criação pequena sobre moscamed
Larvas + dieta
Exposição por 4-8 h no interior da gaiola
Parasitismo de 75 a 85 %
Criação artesanal de D. longicaudata- CNPMF
15. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Unidade de parasitismo
60 a 70 % de parasitismo
Larvas nuas expostas na parte superior externa por 1-2 horas
Voil
Tampa
Fêmeas ovipositando
Criação semi- artesanal de D. longicaudata - CNPMF
16. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Exposição das larvas ao parasitismo
Pupação em vermiculita
17. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Criação de C. capitata: Sistema industrial
18. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Ovos semeados em dietas de larvas
Coletas de larvas de C. capitata
19. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Evitar emergência da praga
Raios gama Co-60 CENA/USP
Raios X – Biofábrica Moscamed
Irradiação das larvas- criação limpa
20. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Criação industrial de Anastrepha ludens México
21. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Criação industrial de D. longicaudata sobre A. ludens no México
22. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Parasitoide criado sobre duas moscas
C. capitata vs Anastrepha spp.
Fig.2: Fêmeas de D. longicaudata, provenientes de larvas de A. fraterculus
(esquerda) e de C. capitata (direita). Quadrados com 2,54 mm de lado.
Fig.1: Exemplares de larvas de C. capitata (menor) e de A. fraterculus
(maior) provenientes da criação massal. Quadrados com 2,54 mm de lado.
Fonte: Walder et al., 2008
23. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
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Número de casais do parasitoide exótico liberados por gaiola
Parasitismo (%)
MAX
MÉDIA
MIN
FONTE - CNPq, 1999 – Relatório Técnico
Parasitismo por D. longicaudata sobre C. capitata
gaiolas de campo -Embrapa Semiárido (1999)
24. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
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300
Número de casais do parasitoide exótico liberados por gaiola
MAX
MÉDIA
MIN
FONTE - CNPq, 1999 – Relatório Técnico
Parasitismo (%)
Parasitismo por D. longicaudata sobre A. obliqua
gaiolas de campo -Embrapa Semiárido (1999)
25. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
EFICIÊNCIA DE PARASITISMO EM DIFERENTES
FRUTEIRAS –Piracicaba-SP (Paranhos et al, 2001 e 2002)
0
5
10
15
20
25
30
35
Tangerina
Ponkan
laranja lima
Goiaba Paluma
Goiaba kumagai
Pêssego
Carambola
Seriguela
Parasitismo (%)
26. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Liberação em campo
População: 600 a 1000 adultos/ha/semana
Horário: bem cedo ou no fim da tarde
Liberações em pomares domiciliares e caatingas
Sobrevivência e berçário na entressafra
27. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
MEDIDAS QUE CONTRIBUEM PARA O CONTROLE BIOLÓGICO
Interação com outros métodos não tóxicos: controle cultural, entomopatógenos e TIE
Uso de inseticidas seletivos e pouco tóxicos aos parasitoides
28. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Seletividade de spinosad a
Diachasmimorpha longicaudata
Índice de parasitismo de D. longicaudata vs SPINOSAD e Malathion
T 1 - 1+1,5 (litro de SPINOSAD+litros de água)
T 2 - 1+24 (litro de SPINOSAD+litros de água)
T 3 - Isca atrativa padrão (Malathion+H.P.)
T 4 - Testemunha
29. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
TIE x CB e Controle Convencional (Knipling, 1992)
TIE + CB = 2,16 dólares/ha
Convencional = 30,80 dólares/ha
Eficiência TIE x CB (Wong et al, 2002)
42,7% de parasitismo contra 20,3% em áreas convencionais
9,8 larvas/kg de fruto contra 92,6 larvas/kg de fruto
30. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Exemplos de controle biológico de
moscas-da-frutas
Havaí:
Triplicou o parasitismo de Ceratitis capitata - liberando-se 200
adultos de D. longicaudata/ha (Wong et al., 1991).
Flórida:
Reduziu em 90 - 95% a população de A. suspensa com liberações
semanais de 200-600 parasitoides/ha (Sivinski, 1998)
México:
Reduziu a população de Anastrepha em 67% liberando-se cerca
de 940 parasitoides/ha (Montoya et al., 2000).
31. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
8th International Symposium on Fruit Fly of Economic Importance (ISFFEI)
Valencia -Spain , from 26 Sept to 01 Oct 2010
XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA
Curitiba-PR, 16 a 21 de setembro de 2012
O IDEAL
Ter disponível pelo menos um parasitoide para cada estágio
imaturo de moscas-das-frutas
Fopius arisanus (ATACA OVOS)
e
Diachasmimorpha longicaudata + nativos (ATACA LARVAS)
e
Coptera haywardi (ATACA PUPAS)
XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA
Bento Gonçalves-RS, 22 a 26 de outubro de 2012
Semiárido
Foto: Aguiar-Menezes et al., 2003
32. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Ciclo das moscas-das-frutas com
CB e TIE
33. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
8th International Symposium on Fruit Fly of Economic Importance (ISFFEI)
Valencia -Spain , from 26 Sept to 01 Oct 2010
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
Contatos:
beatriz.paranhos@embrapa.br
b_paranhos@hotmail.com
Embrapa Semiárido
Fone: (87)3866-3747
XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA
Curitiba-PR, 16 a 21 de setembro de 2012
XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA
Bento Gonçalves-RS, 22 a 26 de outubro de 2012
Semiárido
34. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Cycloneda sanguinea
Cycloneda conjugata
PREDADORES
35. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Ovos, larvas e adultos de crisopídeos
PREDADORES
36. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
37. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Sucessos de CB aplicados no Brasil
Cotesia flavipes x broca da cana-de-açúcar
(3.300.000 ha)
Baculovírus x lagarta da soja ( 200.000
ha)
Trichogramma galloi x cana e milho
(350.000 ha )
38. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Ácaro predador Neoseiulus californicus x ácaro rajado (500 ha)
Metarhizium anisopliae x cigarrinhas das folhas em cana-de-açúcar (>2.000.000 ha)
Trichogramma pretiosum x em tomate (28.000 ha )
39. XI SICONBIOL 2009, “Controle biológico de pragas de fruteiras tropicais”
Ageniaspis citricola x minador dos citros
Aphytis yanonensis x pulgão do trigo (economizou 24 milhões de dólares/ano)
Controle Biológico Clássico no BRASIL
Trissolcus basalis x percevejos na soja