O documento lista 158 pragas quarentenárias encontradas nos países da América do Sul que representam riscos para o Brasil. É apresentada a metodologia de pesquisa realizada e os resultados, que incluem os grupos de organismos com maior número de espécies e as plantas hospedeiras das principais pragas. Finalmente, são discutidas considerações sobre a importância da vigilância fitossanitária e da prevenção de novas introduções para a sustentabilidade da agricultura brasileira.
158 pragas quarentenárias relatadas na América do Sul
1. O perigo mora ao lado: 158 pragas
quarentenárias para o Brasil relatadas
nos países da América do Sul
Regina Sugayama, Andrea Stancioli &
Giliardi Alves
Agropec Consultoria
Workshop Ameaças Fitossanitárias – Bento Gonçalves –
Setembro 2014
2. 3 Imigrantes + 3 Gerações + 80 anos = 130 descendentes
Colonização como processo
3. Conteúdo
Invasão biológica
Histórico de entrada de pragas pelo Sul do Brasil
Risco
Pragas quarentenárias
Metodologia da pesquisa
Resultados
Considerações finais
4. Invasão biológica
Transporte
Ativo/ passivo
Não sobrevive
Entrada
Não estabelece
Estabelecimento
Permanece localizada
Dispersão
Impacto baixo
Impacto alto
5. Estima-se que de 5 a 20% das espécies exóticas
introduzidas tornam-se invasoras (EUA):
-Características da espécie
- Características do ambiente
6. Período de latência
Populações baixas/ indetectáveis em seus novos habitats
por anos/décadas até que ocorram explosões populacionais
ou expansão geográfica
– fatores bióticos e abióticos – mudanças no ambiente
tornando-o mais favorável
– adaptação genética da praga
– habilidade de detecção e reconhecimento
7. Detecção de pragas no Brasil
• Abrir gráficos interativos
2013: 63
2003: 42
1993: 25
1983: 18
21
17
7
9. 22 x 1
Década
Número cumulativo
Pragas cuja primeira detecção no Brasil ocorreu nos estados do Sul
1929: Grapholitamolesta
2014: Fusarium circinatum
1991-2014:
Cydia pomonella
12. Perigo = Acidente
Qual a probabilidade do perigo, considerando que
um motoqueiro faça:
- 1 corrida por mês?
- 1 corrida por dia?
- 10 corridas por dia?
13. Perigo = Entrada clandestina de produtos
agropecuários
Qual a probabilidade do perigo, considerando a
entrada de:
- 1 passageiro por dia?
- 100 passageiros por dia?
- 1.000 passageiros por dia?
18. Quais as pragas quarentenárias
para o Brasil que ocorrem na
América do Sul?
(Odilson Ribeiro e Silva)
19.
20. Levantamento de dados de distribuição geográfica
-Bases de dados internacionais
-Bibliografia especializada
Elaboração de matriz espécie x situação nos países da
América do Sul
21.
22. Pragas quarentenárias para o Brasil com
relato nos países da América do Sul
158 espécies
http://agropec.socialgo.com
/ameacasfitossanitarias
28
43
22
36
58 59
8
20
29
12 7 7
23. 100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 10
Número de países com presença
Número de espécies
24. Grupo de organismos:
Coleoptera
Diptera
Fungus
Hemiptera
Hymenoptera
Lepidoptera
ProcarNioenmtatodaMite
Superior plant
ThysanopVteirruas
47. Acroptilon repens
Asterales: Asteraceae
Triticum, Medicago, Avena sativa, Hordeum,
pastagens
Perene
Alelopatia
Redução da qualidade da farinha, como
contaminante
Tóxica a alguns animais
Impacto sobre biodiversidade
53. Orobanche minor
Scrophulariales: Orobanchaceae
Trifolium spp., Vicia faba, amendoim,
cenoura, girassol, alfafa, tabaco, etc
Parasita
Retira açúcares, minerais e água do
hospedeiro
1 planta à100.000 sementes
Menos severa que Striga spp.
54. Senecio vulgaris
Asteraceae: Asteraceae
Desenvolve-se em uma ampla gama de
agroecossistemas, tanto anuais quanto
perenes: alho, cebola, brássicas,
cucurbitáceas, frutas, algodão, girassol,
soja, alface, feijão, batata, trigo, videira,
milho, etc
Anual
Milho: -8-13% produtividade
55. Striga gesnerioides
Scrophulariales: Scrophulariaceae
Amplo círculo de hospedeiros, que inclui
tanto plantas lenhosas perenes quanto
algumas gramíneas
Parasita
1 planta: 60.000 sementes
56. Pantoea stewartii
Bacterial wild of maize
Zea mays, Zea mexicana, Triticum aestivum,
Cucumis sativum, Shorgum spp., outras
poáceas
Vetor: Chaetocnema pulicaria (A)
Dados inconsistentes sobre impacto
63. Considerações finais
•Espécies com mecanismos
naturais de dispersão
•Espécies fortemente
associadas com atividades
humanas
Prevenção Combate
64. Suspensão
de produtos
Demora no
registro de
novos produtos
Leque reduzido
de ferramentas
para MIP e manejo
de resistência
Maior trânsito de
pessoas
e mercadorias
Introdução de pragas
agrícola
Novas fronteiras
SUSTENTABILIDADE?
agrícolas
Disseminação
facilitada
65. É esta a agricultura que queremos/iremos
deixar para as gerações futuras?
66. Vigilância Detecção
P&D&I
precoce Diagnóstico
Avaliação de
Potencial de Impacto
Econômico
Planos de
contingência
‘Preparedness’
Sensibilização
Educação sanitária
67. Obrigada por não terem afundado o navio.
Regina Sugayama
regina.sugayama@defesaagropecuaria.com