30 09 3ª parte individual reflexão final, com proposta de classificação funda...
Gestão participativa na escola
1. RESUMO:
1o. Capitilo do Livro A Escola participativa – O trabalho do gestor da escola
Autores: Heloisa Luck; Kátia Siqueira de Freitas; Robert Girling e Sherry Keith – Editora Vozes – 8a.edicao
“Uma abordagem participtiva para a gestão escolar”
Alunos(as):
Elisabete Jorgino Ferreira Coelho
Rosangela Aparecida Silva
Urubatan de Almeida Ramos
Grupo Lusofona – agosto de 2011.
2. Uma abordagem participativa para a gestão escolar
A forma de gerir as escolas no Brasil tem mudado com a institucionalização,
com a democracia e com o aprimoramento da eficiência e da qualidade da
educação publica.
- A participação da comunidade escolar (professores, pais, funcionários,
alunos e gestores),
- A criação de um colegiado/conselho (APM, conselho de escola e o Grêmio
Estudantil) com autoridade deliberativa e decisória, e
- Repasse de recursos financeiros às escolas, permitindo maior autonomia,
Tem contribuído para a descentralização e para a democratização da gestão
escolar.
3. continuação...
Mas para isso é necessário que a escola tenha um projeto pedagógico
comprometido com a promoção de educação em acordo com as
necessidades de uma sociedade moderna e justa. Isto é, com a
aprendizagem significativa dos seus alunos de modo que conheçam o seu
mundo, a si mesmo e tenham instrumentos adequados para enfrentarem
os seus desafios de vida.
Segundo o principio da democratização, a gestão escolar promove na
comunidade escolar, a redistribuição e compartilhamento das
responsabilidades que objetivam intensificar a legitimidade do sistema
escolar, pelo cumprimento mais efetivo dos objetivos educacionais, onde
todos os envolvidos passam a ser responsáveis pela aprendizagem e pelo
sucesso dos alunos daquela comunidade escolar.
4. O que é Gestão Participativa
É a forma regular e significante de envolvimento dos funcionários de uma
organização no processo decisório (Likert, 1971; Xavier, Amaral e Marra,
1994).
Já na escola o conceito de gestão participativa envolve, além de professores e
funcionários, os pais, os alunos e qualquer representante da comunidade que
esteja interessado na escola e na melhoria do processo pedagógico.
A abordagem participativa na gestão demanda maior envolvimento de todos
os interessados no processo decisório da escola, mobilizando-os, da mesma
forma, na realização das múltiplas ações de gestão, para que não recaia no
erro de praticas de “gestão participativas” pelos quais os participantes são
apenas convidados a simplesmente escutar e tomar ciência de questões já
definidas.
5. continuação...
A gestão participativa é fundamental para:
- Melhorar a qualidade pedagógica do processo educacional das escolas.
- Garantir ao currículo escolar maior sentido de realidade e atualidade.
- Aumentar o profissionalismo dos professores.
-Combater o isolamento físico, administrativo e profissional dos gestores e
professores.
- Motivar o apoio das comunidades escolar e local às escolas.
- Desenvolver objetivos comuns na comunidade escola.
6. Sentido pleno da participação
A participação no seu sentido pleno, caracteriza - se por uma força de
atuação consciente, pela qual os membros de uma unidade social
reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação
da dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e de resultados, poder
este resultante de sua competência e vontade de compreender, decidir e
agir em torno de questões que lhe são afeitas (Lück,1996).
Para participar a pessoa tem que querer, tem que ter consciência que pode
exercer influência sobre o contexto de que faz parte e a falta dessa
consciência pode trazer resultados negativos para a organização e para a
comunidade escolar.
7. Gestão escolar implica criação de ambiente
participativo
A participação na dinâmica escolar não se constitui uma prática comum nas
escolas dada a tendência burocrática e centralizadora ainda vigente na
cultura organizacional. O que leva a reclamação de muitos gestores que se
sentem sozinhos para resolver os problemas da escola, por que os
professores se limitam aos problemas da sala de aula, os pais apenas os
aspectos físicos e dos materiais da escola, o que leva a uma subdivisão
dentro da escola onde cada grupo trabalham sozinhos na resolução de
problemas e soluções.
Pode – se, no entanto afirmar que essa situação acontece porque as
pessoas envolvidas não têm claro o que significa realmente participar. É
isso não é algo que vai mudar apenas por desejo e necessário aumentar o
alargamento da consciência e da competência técnica para isso.
8. continuação...
O gestor tem papel fundamental, pois ele deve promover à criação e a
sustentação de um ambiente propicio à participação plena, no processo
social escolar, dos seus profissionais, de alunos e de seus pais, uma vez que
se entende que é por essa participação que os mesmos desenvolve
consciência social critica e sentido de cidadania.
9. Ações para criar um ambiente estimulador dessa
participação:
- criar uma visão do conjunto associadas a uma ação de cooperação.
- promover um clima de confiança.
- valorizar as capacidades e aptidões dos participantes.
- associar esforços, quebrar arestas, eliminar divisões e integrar esforços.
-estabelecer demanda de trabalho centrada nas idéias e não em pessoas.
- desenvolver a pratica de assumir responsabilidades em conjunto.
10. Orientações teóricas para a gestão participativa
A literatura sobre gestão participativa reconhece que a vida organizacional
atual e altamente complexa, assim como seus problemas, por isso não é
possível para o gestor solucionar sozinho todos os problemas e questões
relativos à escola. Para resolver a esse problema adotou - se a abordagem
participativa fundada no principio de que, para organização ter sucesso, é
necessário que os gestores busquem o conhecimento especifico e a
experiência dos seus companheiros de trabalho, dividindo o poder com
representantes da comunidade escolar e local e as responsabilidades assim
são assumidas em conjunto (autoridade compartilhada).
11. Três tendências globais são encontradas a este
respeito:
Gestão participativa como elemento significativo entre as variáveis
identificadas em “escolas eficazes”;
A mudança do papel do gestor na gestão da escola;
Os vários elementos da tendência para autonomia escolar ou gestão
descentralizada.
12. Na literatura são identificadas quatro teorias,
duas de base psicologia e duas de base social
Teoria administrativa ou modelo cognitivo: Propõe que a participação
aumenta a produtividade ao disponibilizar, para a tomada de decisões,
estratégias e informações mais qualificadas, provenientes de áreas e níveis
organizacionais diferentes.
Teoria das relações humanas ou modelos afetivos: estabelece que os
ganhos de produtividade são resultados da melhoria da satisfação das
pessoas e da motivação.
Mesmo eles sendo estudados separadamente, na prática eles interagem
equilibradamente.
13. Em contraste existem os modelos de democracia
clássica e de consciência política.
O modelo de democracia clássica: permite a alienação e a apatia do
empregado que impede a qualidade do processo nas organizações e
acabam por se constituir em uma ameaça para todas as instituições
democráticas; a participação não está diretamente relacionada à produção
ou a satisfação do funcionário, mas à institucionalização e preservação da
ação e dos direitos democráticos na sociedade com um todo (Ex. lutas por
direitos civis e pela igualdade social e econômica).
O modelo de consciência política: percebe-se a participação no ambiente
de trabalho como forma de desenvolver a consciência de classe em favor
da luta do socialismo. A participação e valorizada quando se concentra em
questões sociais e políticas mais abrangentes ao invés de preocupações
mais especificas tais como salários, benefícios e condições de trabalho
(sindicatos)
14. Tendência: eficácia escolar, liderança do gestor,
ênfase na autonomia da escola
Três tendências surgem em meados da década de 1980 na gestão escolar:
Concentração em explorar e relação entre a eficácia da escola com base na
pesquisa tradicional e a participação na administração escolar,
Tendência prática e administrativa da “auto gestão escolar”,
Calcada na reconceituação do papel do gestor como gestor da escola
eficaz.
15. Gestão participativa e eficácia escolar
A primeira tendência, que trata da eficácia, esta dirigida a característica da
clientela daquela determinada escola, em que região geográfica esta
inserida, como é vista pela comunidade (reputação), seus recursos,
desempenho dos alunos.
Estudos variam na sua orientação metodológica, podendo ser desde
estudos de casos qualitativos ou etnográficos, até análises multivariadas
em larga escola, do relacionamento entre as carateristicas escolares
mensurais e o desempenho do aluno.
as características organizacionais das escolas são responsáveis por 32% na
variação do desempenho dos alunos entre as escolas, segundo Rosenholz,
1985. Entende-se então que 1/3 de perdas ou ganhos dos alunos resulta na
qualidade da escola,
partem do principio que os gestores das escolas são profissionais capazes e
trabalham para construir a escola.
16. Papel da liderança do gestor
Segundo Eberts & Stone, 1988, através dos testes padronizados sobre o
desempenho individual dos alunos, pode-se medir se a escola é eficaz.
Nas escolas eficazes os gestores atuam apoiando em toda a dinâmica da
escola, seja na infra-estrutura, no auxilio ou na liderança da parte
pedagógica ou na gestão de pessoas trazendo um clima positivo para a
ambiente estudantil.
A pesquisa realizada por Cohn & Rossmiller em 1987 da qual trata de que
os paises desenvolvem quando a gestão escolar torna-se eficaz.
Segundo Little, 1997, a escola eficaz não é só medida pelo desempenho
dos gestores lideres e sim pela harmonia entre professores, alunos e
gestores, todos contribuem para um resultado propicio.
17. Dimensões de liderança relacionadas com as
escolas eficazes
Elementos de liderança:
enfoque pedagógico do gestor
ênfase nas relações humanas
Criação de ambiente positivo,
Ações de ambiente positivo,
Ações voltadas para metas claras, realizáveis e relevantes,
Disciplina em sala de aula garantida pelos professores,
Capacitação em serviço voltadas para qestões pedagógicas,
Acompanhamento continuo das atividades escolares
18. Elementos de apoio de liderança em escolas
eficazes:
Consenso sobre valores e objetivos
Planejamento de longo prazo,
Estabilidade e manutenção do corpo docente,
Apoio em âmbito municipal e estadual para a melhoria escolar.
19. Há fatores predominantes para o alcance da
escola eficaz ou gestão escolar eficaz, são:
Apoio com objetivos claro ao estabelecimento
Descentralização,
Saber priorizar ações e problemas
Delegação da alocação de recursos,
Domínio nas inovações escolares envolvendo em mudanças dos currículos.
Criar condições necessárias para professores desenvolver sua docência.
20. Segundo Mackenzie, 1983: 10-11, qualquer currículo funciona melhor se for
implantado com entusiasmo. O ambiente da escola, de uma maneira geral,
ode ser visto como um fator fundamental para a eficácia pessoal dos seus
funcionários. A interação dos funcionários e o planejamento de objetivos
pedagógicos específicos de modo participativo ajudam a formar um
consenso sobre os valores e metas, que tornam o clima de realizações
autossustentável.
21. Lições da escola participativa
As característica da gestão participativa (Quadro 3):
Compartilhamento de autoridade e de poder,
Responsabilidade assumidas em conjunto,
Valorização de talentos e iniciativa em todos os segmentos da organização,
Compartilhamento constante e aberto de informações,
Comunicação aberta e ampla disseminação de informações.