A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
O papel educacional do museu de ciências
1. O papel educacional do
Museu de Ciências: desafios
e transformações
conceituais.
Carla Gruzman e Vera Helena F. de Siqueira
2. Autoras:
Carla Gruzman
Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da
Universidade de São Paulo, possui Mestrado em Tecnologia
Educacional nas Ciências da Saúde pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (2003) e graduação em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (1984). É tecnologista em
saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz.
E-mail: carlag@coc.fiocruz.br
Vera Helena F. de Siqueira
Núcleo de Tecnologia Educacional para as Ciências de Saúde -
NUTES, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil. E-mail: verahfs@yahoo.com.br
3. O que é museu?
Entrada do Museu Ashmoleano, fundado em
1683, o primeiro dos museus modernos.
4. Introdução
Missão Cultural;
Função de
preservar, conservar, pesquisar, expor e é um
campo fértil para as práticas educativas;
Compromisso de empreender um dialogo com
diferentes públicos que o frequentam;
Museu-público torna-se uma tentativa de
discussões;
A articulação com a sociedade se intensifica a
5. O museu
Surgimento no renascimento;
Ampliação no séc. XVII e XVIII, devido o crescimento das
coleções;
A feição pública do museu veio no séc. XVIII;
O entusiasmo de organização do conhecimento, fez
surgir um grande número de novos museus.
8. O museu
No séc. XIX há o surgimento de novos museus e os
aspectos educativos tornam-se motivos de reflexão;
Inicio da era das grandes exposições internacionais;
Os museus do séc. XX passam a ter exposições de âmbito
educativo;
Na 2ª Guerra Mundial os museus começam a ter a vertente
educacional voltada para maior participação do visitante;
Por volta do séc. XIX aparecem no Brasil os museus de
ciência .
10. O Museu
Nos anos 80 foram criados museus e centros de ciência com
ênfase na educação e difusão científicas;
Museu de Astronomia e Ciências Afins, RJ
11. O museu
Nos anos 90 as ações voltadas para difusão científica,
ganharam impulso com editais elaborados por instâncias
governamentais;
A inauguração de quatro instituições museológicas mostram
todos os esforços para difusão científica.
Museu de Ciência e Tecnologia da PUC/RS
12. ICOM (1946)- Conselho Internacional
de Museus;
UNESCO-Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciências e
Cultura.
13. (1958-1992): Debates e
aprofundamentos sobre o papel
social dos museus.
Desde a inclusão de diferentes tipos de públicos a ênfase na
forma de exploração dos objetos em exposição para melhor
compreensão do público.
Da flexibilização da interpretação dos objetos de museu á
necessidade de reconhecer as expectativas do usuário do
museu.
Da utilização de linguagens de comunicação familiares aos
visitantes à busca pela inclusão de diferentes grupos culturais;
Do aprofundamento das relações com as comunidades mais
próximas da instituição à ampliação da relação do museu com
seu meio social, politico e econômico, com parte da missão
institucional.
14. Definição atual dos museus:
Além de suas funções de preservar, conservar, pesquisar,
comunicar e expor; são instituições a serviço da sociedade,
voltados para o estudo, lazer e educação.
AAM-Associação Americana de
Museus, destacou :
Os museus proporcionam o seu mais frutífero serviço público
justamente ao oferecer uma experiência educacional no seu
amplo sentido. Promovendo a habilidade de viver
produtivamente numa sociedade pluralista e de contribuir
com as resoluções dos desafios com os quais nos
deparamos com cidadãos globais. A responsabilidade
pública educacional dos museus apresenta duas facetas:
excelência e igualdade (...)
15. Antes os múltiplos desafios do futuro, vislumbra-se
na educação um importante trunfo para a
construção das ideias da paz, liberdade e justiça
social. Tendo em tese a globalização indo de
encontro com as ideias igualitária dos museus.
17. Morin (08/07/1921)
É um antropólogo, sociólogo e filósofo francês, de família
judia;
Durante a 2ª Guerra Mundial, participou da resistência
francesa.
Segundo Morin, no séc. XX os progressos não eram
acompanhados pela reflexão crítica, pois o conhecimento
estava disperso em vários campos disciplinares.
18. Aspectos dos estudos de
Morin(2000)
Ele introduz o conhecimento de forma abstrata;
Coloca obstáculos na compreensão;
Afirmava que as ciências, permitiam certezas, mas
também apontavam incertezas;
Neste sentido, Morin acreditava que a educação
deveria ser baseada na incerteza.
19. Segundo o texto elaborado pelo
ICOM no Brasil:
“ o objetivo da educação em museus é oferecer a
comunicação, informação, o aprendizado, a
construção da cidadania e o entendimento do que
seja identidade” (Studart, et.al, 2004, p.37)
20. Desafios colocados a educação
referente aos museus:
1980: A UNESCO firma compromisso para
desenvolvimento das ciências;
O programa “ ciências para todos”.
21. Delgado e Quevedo
Segundo Delgado e Quevedo(1997) a ciência era:
“ um conjunto de atividades sociais realizadas por
indivíduos de caráter amplo e com estratégias
cognitiva.”
Nesse sentido o conhecimento seria mais dinâmico.
22. A ciência no campo da
popularização
É um monólogo, descontextualizado pois ao
homogeneizar a sociedade, se desconhece a
cultura.
24. Feshman (1999)
Para ele, a importância das ciências era a
possibilidade de focalizar as novas necessidades
sociais de enfrentar imprevistos,
Feshman propõe três gerações de museus:
1. Eleger o objeto histórico como foco da exposição;
2. Buscar maior comunicação com o público;
3. Tem como missão a educação do público visitante.
25. Museus de 1º e 2º geração
Em ambas as instituições a comunicação é reflexo de uma
pedagogia tradicional.
- O museu expõe o conhecimento de forma autoritária e o
visitante tem um papel passivo nesse processo.
Ainda na Segunda Geração, formam-se museus com
características mais participativas que valorizam a interação
do visitante com a exposição (hands-on).
-Indicado pelos Educadores da Escola nova;
-Tendência muito disseminada na Educação Escolar na década
de 60;
-Maior interação dos visitantes;
-Contavam com aparatos e displays interativos;
-Apresentavam uma resposta certa , que era reforçada no final
da atividade;
26. Museus da 3º geração
Preocupação com a alfabetização cientifica;
Focaliza o papel da ação do sujeito na aprendizagem;
Interação com a exposição a partir de diferentes
dispositivos;
Comunicação entre os visitantes e a ciência é mediada
por uma maior interatividade com os aparatos.
(Característica marcante).
Procurava utilizar mais aparatos com resposta aberta;
27.
28. Wagensberg
Doutor em física pela Universidade de
Barcelona, pesquisador, museólogo, escritor.
É referência para museus de ciências no mundo;
Professor da teoria dos processos irreversíveis;
29. Afirma que:
A função primordial de um museu de ciências é o estimulo à curiosidade
sobre o conhecimento e o método cientifico.
A exposição e os elementos do museu instigam os visitantes nos seguintes
aspectos
-Interatividade Manual
Emoção provocada por meio da manipulação dos objetos;
-Interatividade Mental.
Reflexão e a associação de ideias entre conceitos científicos e do cotidiano;
-Interatividade Cultural.
Valoriza a construção das identidades das comunidades do entorno do
museu;
“Ao visitar um Museu de ciências o visitante deve sair com mais perguntas
do que tinha quando entrou.”
- Dessa maneira o museu teria alcançado o objetivo de atuar como uma
ferramenta para mudança individual e social.