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O papel educacional do
Museu de Ciências: desafios
e transformações
conceituais.
Carla Gruzman e Vera Helena F. de Siqueira
Autoras:
Carla Gruzman
Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da
Universidade de São Paulo, possui Mestrado em Tecnologia
Educacional nas Ciências da Saúde pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (2003) e graduação em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (1984). É tecnologista em
saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz.
E-mail: carlag@coc.fiocruz.br
Vera Helena F. de Siqueira
Núcleo de Tecnologia Educacional para as Ciências de Saúde -
NUTES, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil. E-mail: verahfs@yahoo.com.br
O que é museu?
Entrada do Museu Ashmoleano, fundado em
1683, o primeiro dos museus modernos.
Introdução
Missão Cultural;
Função de
preservar, conservar, pesquisar, expor e é um
campo fértil para as práticas educativas;
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O museu
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Ampliação no séc. XVII e XVIII, devido o crescimento das
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A feição pública do museu veio no séc. XVIII;
O entusiasmo de organização do conhecimento, fez
surgir um grande número de novos museus.
British Museum (1753), Londres
O museu
 No séc. XIX há o surgimento de novos museus e os
aspectos educativos tornam-se motivos de reflexão;
 Inicio da era das grandes exposições internacionais;
 Os museus do séc. XX passam a ter exposições de âmbito
educativo;
 Na 2ª Guerra Mundial os museus começam a ter a vertente
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ciência .
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 Nos anos 80 foram criados museus e centros de ciência com
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ganharam impulso com editais elaborados por instâncias
governamentais;
 A inauguração de quatro instituições museológicas mostram
todos os esforços para difusão científica.
Museu de Ciência e Tecnologia da PUC/RS
ICOM (1946)- Conselho Internacional
de Museus;
UNESCO-Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciências e
Cultura.
(1958-1992): Debates e
aprofundamentos sobre o papel
social dos museus.
 Desde a inclusão de diferentes tipos de públicos a ênfase na
forma de exploração dos objetos em exposição para melhor
compreensão do público.
 Da flexibilização da interpretação dos objetos de museu á
necessidade de reconhecer as expectativas do usuário do
museu.
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visitantes à busca pela inclusão de diferentes grupos culturais;
 Do aprofundamento das relações com as comunidades mais
próximas da instituição à ampliação da relação do museu com
seu meio social, politico e econômico, com parte da missão
institucional.
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 Além de suas funções de preservar, conservar, pesquisar,
comunicar e expor; são instituições a serviço da sociedade,
voltados para o estudo, lazer e educação.
AAM-Associação Americana de
Museus, destacou :
 Os museus proporcionam o seu mais frutífero serviço público
justamente ao oferecer uma experiência educacional no seu
amplo sentido. Promovendo a habilidade de viver
produtivamente numa sociedade pluralista e de contribuir
com as resoluções dos desafios com os quais nos
deparamos com cidadãos globais. A responsabilidade
pública educacional dos museus apresenta duas facetas:
excelência e igualdade (...)
Antes os múltiplos desafios do futuro, vislumbra-se
na educação um importante trunfo para a
construção das ideias da paz, liberdade e justiça
social. Tendo em tese a globalização indo de
encontro com as ideias igualitária dos museus.
Museu X Internet
Museu:
preservar, conservar, pesquisar, comunicar e
expor.
Internet:
Preservar, conservar, pesquisar, comunicar e
expor.
Morin (08/07/1921)
 É um antropólogo, sociólogo e filósofo francês, de família
judia;
 Durante a 2ª Guerra Mundial, participou da resistência
francesa.
 Segundo Morin, no séc. XX os progressos não eram
acompanhados pela reflexão crítica, pois o conhecimento
estava disperso em vários campos disciplinares.
Aspectos dos estudos de
Morin(2000)
Ele introduz o conhecimento de forma abstrata;
Coloca obstáculos na compreensão;
Afirmava que as ciências, permitiam certezas, mas
também apontavam incertezas;
Neste sentido, Morin acreditava que a educação
deveria ser baseada na incerteza.
Segundo o texto elaborado pelo
ICOM no Brasil:
“ o objetivo da educação em museus é oferecer a
comunicação, informação, o aprendizado, a
construção da cidadania e o entendimento do que
seja identidade” (Studart, et.al, 2004, p.37)
Desafios colocados a educação
referente aos museus:
1980: A UNESCO firma compromisso para
desenvolvimento das ciências;
O programa “ ciências para todos”.
Delgado e Quevedo
Segundo Delgado e Quevedo(1997) a ciência era:
“ um conjunto de atividades sociais realizadas por
indivíduos de caráter amplo e com estratégias
cognitiva.”
Nesse sentido o conhecimento seria mais dinâmico.
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popularização
É um monólogo, descontextualizado pois ao
homogeneizar a sociedade, se desconhece a
cultura.
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referente ao mundo
Educação na valorização da aprendizagem ao longo da
vida.
Feshman (1999)
Para ele, a importância das ciências era a
possibilidade de focalizar as novas necessidades
sociais de enfrentar imprevistos,
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1. Eleger o objeto histórico como foco da exposição;
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3. Tem como missão a educação do público visitante.
Museus de 1º e 2º geração
 Em ambas as instituições a comunicação é reflexo de uma
pedagogia tradicional.
- O museu expõe o conhecimento de forma autoritária e o
visitante tem um papel passivo nesse processo.
 Ainda na Segunda Geração, formam-se museus com
características mais participativas que valorizam a interação
do visitante com a exposição (hands-on).
-Indicado pelos Educadores da Escola nova;
-Tendência muito disseminada na Educação Escolar na década
de 60;
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-Apresentavam uma resposta certa , que era reforçada no final
da atividade;
Museus da 3º geração
Preocupação com a alfabetização cientifica;
Focaliza o papel da ação do sujeito na aprendizagem;
Interação com a exposição a partir de diferentes
dispositivos;
Comunicação entre os visitantes e a ciência é mediada
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Wagensberg
Doutor em física pela Universidade de
Barcelona, pesquisador, museólogo, escritor.
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Professor da teoria dos processos irreversíveis;
Afirma que:
 A função primordial de um museu de ciências é o estimulo à curiosidade
sobre o conhecimento e o método cientifico.
 A exposição e os elementos do museu instigam os visitantes nos seguintes
aspectos

-Interatividade Manual
 Emoção provocada por meio da manipulação dos objetos;
-Interatividade Mental.
 Reflexão e a associação de ideias entre conceitos científicos e do cotidiano;
-Interatividade Cultural.
 Valoriza a construção das identidades das comunidades do entorno do
museu;

 “Ao visitar um Museu de ciências o visitante deve sair com mais perguntas
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O papel educacional do museu de ciências

  • 1. O papel educacional do Museu de Ciências: desafios e transformações conceituais. Carla Gruzman e Vera Helena F. de Siqueira
  • 2. Autoras: Carla Gruzman Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de São Paulo, possui Mestrado em Tecnologia Educacional nas Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1984). É tecnologista em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz. E-mail: carlag@coc.fiocruz.br Vera Helena F. de Siqueira Núcleo de Tecnologia Educacional para as Ciências de Saúde - NUTES, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: verahfs@yahoo.com.br
  • 3. O que é museu? Entrada do Museu Ashmoleano, fundado em 1683, o primeiro dos museus modernos.
  • 4. Introdução Missão Cultural; Função de preservar, conservar, pesquisar, expor e é um campo fértil para as práticas educativas; Compromisso de empreender um dialogo com diferentes públicos que o frequentam; Museu-público torna-se uma tentativa de discussões; A articulação com a sociedade se intensifica a
  • 5. O museu Surgimento no renascimento; Ampliação no séc. XVII e XVIII, devido o crescimento das coleções; A feição pública do museu veio no séc. XVIII; O entusiasmo de organização do conhecimento, fez surgir um grande número de novos museus.
  • 6.
  • 8. O museu  No séc. XIX há o surgimento de novos museus e os aspectos educativos tornam-se motivos de reflexão;  Inicio da era das grandes exposições internacionais;  Os museus do séc. XX passam a ter exposições de âmbito educativo;  Na 2ª Guerra Mundial os museus começam a ter a vertente educacional voltada para maior participação do visitante;  Por volta do séc. XIX aparecem no Brasil os museus de ciência .
  • 9. Museu do Ipiranga ( atual Museu Paulista) Museu Nacional do Rio de Janeiro
  • 10. O Museu  Nos anos 80 foram criados museus e centros de ciência com ênfase na educação e difusão científicas; Museu de Astronomia e Ciências Afins, RJ
  • 11. O museu  Nos anos 90 as ações voltadas para difusão científica, ganharam impulso com editais elaborados por instâncias governamentais;  A inauguração de quatro instituições museológicas mostram todos os esforços para difusão científica. Museu de Ciência e Tecnologia da PUC/RS
  • 12. ICOM (1946)- Conselho Internacional de Museus; UNESCO-Organização das Nações Unidas para Educação, Ciências e Cultura.
  • 13. (1958-1992): Debates e aprofundamentos sobre o papel social dos museus.  Desde a inclusão de diferentes tipos de públicos a ênfase na forma de exploração dos objetos em exposição para melhor compreensão do público.  Da flexibilização da interpretação dos objetos de museu á necessidade de reconhecer as expectativas do usuário do museu.  Da utilização de linguagens de comunicação familiares aos visitantes à busca pela inclusão de diferentes grupos culturais;  Do aprofundamento das relações com as comunidades mais próximas da instituição à ampliação da relação do museu com seu meio social, politico e econômico, com parte da missão institucional.
  • 14. Definição atual dos museus:  Além de suas funções de preservar, conservar, pesquisar, comunicar e expor; são instituições a serviço da sociedade, voltados para o estudo, lazer e educação. AAM-Associação Americana de Museus, destacou :  Os museus proporcionam o seu mais frutífero serviço público justamente ao oferecer uma experiência educacional no seu amplo sentido. Promovendo a habilidade de viver produtivamente numa sociedade pluralista e de contribuir com as resoluções dos desafios com os quais nos deparamos com cidadãos globais. A responsabilidade pública educacional dos museus apresenta duas facetas: excelência e igualdade (...)
  • 15. Antes os múltiplos desafios do futuro, vislumbra-se na educação um importante trunfo para a construção das ideias da paz, liberdade e justiça social. Tendo em tese a globalização indo de encontro com as ideias igualitária dos museus.
  • 16. Museu X Internet Museu: preservar, conservar, pesquisar, comunicar e expor. Internet: Preservar, conservar, pesquisar, comunicar e expor.
  • 17. Morin (08/07/1921)  É um antropólogo, sociólogo e filósofo francês, de família judia;  Durante a 2ª Guerra Mundial, participou da resistência francesa.  Segundo Morin, no séc. XX os progressos não eram acompanhados pela reflexão crítica, pois o conhecimento estava disperso em vários campos disciplinares.
  • 18. Aspectos dos estudos de Morin(2000) Ele introduz o conhecimento de forma abstrata; Coloca obstáculos na compreensão; Afirmava que as ciências, permitiam certezas, mas também apontavam incertezas; Neste sentido, Morin acreditava que a educação deveria ser baseada na incerteza.
  • 19. Segundo o texto elaborado pelo ICOM no Brasil: “ o objetivo da educação em museus é oferecer a comunicação, informação, o aprendizado, a construção da cidadania e o entendimento do que seja identidade” (Studart, et.al, 2004, p.37)
  • 20. Desafios colocados a educação referente aos museus: 1980: A UNESCO firma compromisso para desenvolvimento das ciências; O programa “ ciências para todos”.
  • 21. Delgado e Quevedo Segundo Delgado e Quevedo(1997) a ciência era: “ um conjunto de atividades sociais realizadas por indivíduos de caráter amplo e com estratégias cognitiva.” Nesse sentido o conhecimento seria mais dinâmico.
  • 22. A ciência no campo da popularização É um monólogo, descontextualizado pois ao homogeneizar a sociedade, se desconhece a cultura.
  • 23. Atuais desafios educacionais referente ao mundo Educação na valorização da aprendizagem ao longo da vida.
  • 24. Feshman (1999) Para ele, a importância das ciências era a possibilidade de focalizar as novas necessidades sociais de enfrentar imprevistos, Feshman propõe três gerações de museus: 1. Eleger o objeto histórico como foco da exposição; 2. Buscar maior comunicação com o público; 3. Tem como missão a educação do público visitante.
  • 25. Museus de 1º e 2º geração  Em ambas as instituições a comunicação é reflexo de uma pedagogia tradicional. - O museu expõe o conhecimento de forma autoritária e o visitante tem um papel passivo nesse processo.  Ainda na Segunda Geração, formam-se museus com características mais participativas que valorizam a interação do visitante com a exposição (hands-on). -Indicado pelos Educadores da Escola nova; -Tendência muito disseminada na Educação Escolar na década de 60; -Maior interação dos visitantes; -Contavam com aparatos e displays interativos; -Apresentavam uma resposta certa , que era reforçada no final da atividade;
  • 26. Museus da 3º geração Preocupação com a alfabetização cientifica; Focaliza o papel da ação do sujeito na aprendizagem; Interação com a exposição a partir de diferentes dispositivos; Comunicação entre os visitantes e a ciência é mediada por uma maior interatividade com os aparatos. (Característica marcante). Procurava utilizar mais aparatos com resposta aberta;
  • 27.
  • 28. Wagensberg Doutor em física pela Universidade de Barcelona, pesquisador, museólogo, escritor. É referência para museus de ciências no mundo; Professor da teoria dos processos irreversíveis;
  • 29. Afirma que:  A função primordial de um museu de ciências é o estimulo à curiosidade sobre o conhecimento e o método cientifico.  A exposição e os elementos do museu instigam os visitantes nos seguintes aspectos  -Interatividade Manual  Emoção provocada por meio da manipulação dos objetos; -Interatividade Mental.  Reflexão e a associação de ideias entre conceitos científicos e do cotidiano; -Interatividade Cultural.  Valoriza a construção das identidades das comunidades do entorno do museu;   “Ao visitar um Museu de ciências o visitante deve sair com mais perguntas do que tinha quando entrou.”  - Dessa maneira o museu teria alcançado o objetivo de atuar como uma ferramenta para mudança individual e social.