1. O documento apresenta a agenda de trabalho de duas aulas sobre diagnóstico psicopedagógico clínico, abordando tópicos como objetivos, bibliografia, atividades em grupo e as duas dimensões do diagnóstico.
2. Serão discutidas as etapas do processo diagnóstico, como anamnese, coleta de dados e organização das informações, visando a compreensão global do sujeito.
3. As duas dimensões do diagnóstico - técnica e clínica - serão explicadas, enfatiz
2. Apresentação
Graduada em Psicologia Clínica pela PUC Minas
Mestre em Educação pelo CEFET - MG
Graduanda em Filosofia pela FAJE
Psicóloga clínica
Professora universitária
Contato: ivanacarvalho@yahoo.com.br
3. Agenda de trabalho
18/19 de agosto de 2013
1. Ementa e objetivos da disciplina.
2. Referências bibliográficas básicas.
3. Atividade em grupos: a especificidade do diagnostico psicopedagógico.
4. As duas dimensões do diagnóstico psicopedagógico: dimensão técnica
e dimensão clínica.
5. Explicitação dos componentes gerais das dimensões técnica e clínica do
diagnóstico psicopedagógico clínico.
6. O primeiro contato telefônico.
7. Próxima aula: ler texto sobre Anamnese e estudar dois Roteiros de
Anamnese (enviados por email).
4. Ementa da disciplina
A especificidade do diagnóstico psicopedagógico clínico:
Fundamentação teórica.
O processo diagnóstico.
Instrumentos, procedimentos e análise.
Análise crítica da prática diagnóstica.
5. Objetivos
Conhecer as teorias e conceitos que fundamentam o
diagnóstico psicopedagógico clínico.
Conhecer os modelos de diagnóstico psicopedagógico clínico.
Possibilitar um posicionamento crítico em relação às teorias e
à avaliação psicopedagógica.
Instrumentalizar o profissional para a prática
diagnóstica, através de reflexão critica frente aos recursos
existentes e à criação de novas estratégias de avaliação
psicopedagógica.
6. Distribuição de pontos
Atividades em classe e extraclasse: 70 pontos.
Produção escrita ao final da disciplina: 30 pontos.
Média para aprovação: 70 pontos.
Frequência: mínimo de 75% da carga horária da
disciplina (35ha), ou seja, cinco encontros do total de
sete.
7. Bibliografia Básica
SAMPAIO, Simaia. Manual
prático do diagnóstico
psicopedagógico clínico. Rio de
Janeiro: Wak, 2009.
WEISS, Maria Lúcia L.
Psicopedagogia clínica: uma
visão diagnóstica. 13. ed. Rio de
Janeiro: Lamparina, 2008.
8. Bibliografia Básica
FERNÁNDEZ, Alicia. A
inteligência aprisionada:
abordagem psicopedagógica
clínica da criança e sua
família. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1991.
PAIN, Sara. Diagnóstico e
tratamento dos problemas
de aprendizagem. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1986.
9. Atividade em grupos
1. Observar a gravura enfatizando o aspecto destinado
ao grupo.
2. Responder, por escrito, à pergunta: a partir do
aspecto que lhe foi destinado, quais fatores podem
“atrapalhar a vida escolar de uma criança?”
(BOSSA, 2000, p. 32).
3. Socializar para a turma.
10. Socialização
Grupo 1: relação criança e família.
Grupo 2: relação criança e instituição escolar.
Grupo 3: relação criança e professor.
Grupo 4: relação criança e colegas de sala.
Grupo 5: relação criança e material didático.
Grupo 6: relação criança e contexto histórico.
11.
12. Pergunta central
do Diagnóstico Psicopedagógico
Pais:
Como resolver/eliminar/tratar o problema de
aprendizagem do meu filho?
Psicopedagogo:
Por que o sujeito sofre desse problema de
aprendizagem?
13. A função fundamental do diagnóstico
Identificar as causas da
dificuldade de aprendizagem
em cada caso clínico.
E...
Indicar os encaminhamentos
interventivos mais pertinentes
para a resolução da dificuldade
de aprendizagem.
15. Consideração inicial quanto aos termos
Diagnóstico psicopedagógico: forte conotação
médico-psicológica centrada na classificação de
doenças e no seu tratamento visando à cura.
Devido a essa conotação, muito autores têm
preferido adotar a expressão: avaliação
psicopedagógica.
Deslocamento do enfoque médico para o enfoque
educacional.
16. Quando falamos de diagnóstico, referimo-nos a uma atividade
limitada à busca de patologias nos indivíduos como causa
explicativa de seus desajustes ou dificuldades
e, portanto, relacionada com um modelo médico-explicativo de
conduta. Se falamos de avaliação, referimo-nos a um tipo de
informação muito mais amplo sobre a pessoa, que não fica
centrado exclusivamente no indivíduo, mas também no seu
ambiente e na interação entre ambos, e que não utiliza como
procedimento principal e quase único os testes psicológicos ou a
avaliação clínica [médica]. (SOLÉ, 2001, p. 188, grifo nosso).
SOLÉ, Isabel. Orientação educacional e intervenção psicopedagógica.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
19. Dimensão técnica – aspectos gerais
Todo diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma
investigação, uma pesquisa do que não vai bem com o
sujeito em relação ao processo de aprendizagem.
Trata-se, portanto, de esclarecer uma queixa.
A queixa pode ser formulada: pelo próprio sujeito, pela
família, pela escola, por outros profissionais que
atendem o sujeito.
Podem existir semelhanças e diferenças na formulação
da queixa. Isto deve ser levado em conta pelo
psicopedagogo que deve delimitá-la com clareza.
20. Queixa
APRENDIZAGEM
Não aprender.
Aprender com dificuldade.
Aprender com lentidão.
Não revelar o que aprendeu.
Fugir de situações de
aprendizagem.
Entre outras.
COMPORTAMENTO
Agitação.
Agressividade.
Impulsividade.
Desinteresse.
Apatia.
Timidez.
Fobia social.
Entre outros.
21. Atividade em grupos
Das 12 queixas apresentadas, escolher 3 delas e
formular uma primeira hipótese diagnóstica para
cada uma.
Responder: para vocês, existe diferença entre ouvir a
queixa e escutar a queixa? Se sim, qual a diferença?
22. Queixas: a elaboração das primeiras hipóteses
A partir da formulação da queixa, o psicopedagogo deve elaborar as
primeiras hipóteses investigativas.
Vejamos quais hipóteses poderiam ser elaboradas a partir das
queixas seguintes: socialização da atividade.
1. Parece que ele não guarda nada.
2. Não tiro nota boa porque relaxo. Não presto atenção. Só consigo
quando alguém ajuda.
3. Ele não faz nada na sala, não fixa em nada, não presta atenção na
aula.
4. Não sou inteligente a ponto de olhar o professor explicando e
entender na hora.
23. Queixas: a elaboração das primeiras hipóteses
5. Lê bem, mas não consegue escrever. É ótimo na matemática, mas
sempre foi mal em português.
6. Erro na escrita porque faço muito rápido, não sei fazer devagar.
Não gosto de ler livro. O que eu gosto mais é da aula de música.
Não gosto de dividir, não sei conta de dividir.
7. Vai sempre mal na escola, mas eu também era assim e hoje estou
muito bem. Estou aqui porque a escola mandou.
8. Estudo, na hora da prova dá nervoso e eu esqueço. Estou me
esforçando. Nas matérias não vou nada bem. Não sei conseguir
resultado melhor. Não gostei da professora, gritava muito.
9. Ele é cabeça-dura que nem eu! Lá em casa, ninguém sabe nada.
Acho que não adianta...
24. Queixas: a elaboração das primeiras hipóteses
10. Não estudo, não tenho paciência para estudar. Só agora, na 5ª
série, é que as matérias são mais difíceis. Na prova final, vou
estudar feito um condenado!
11. Acho que está tudo bem! Não sei por que a professora disse para
eu trazer ele aqui.
12. Eu não queria aprender a ler e a escrever. Tenho medo de tirar
nota baixa, repetir ano e perder os amigos. Tive dificuldade no
colégio A, não era bom o ensino; aí, minha mãe me tirou e pôs em
outra escola; aí, o segundo colégio não era bom e minha mãe
botou em outro; aí, ela não gostou e eu voltei para o primeiro.
25. Coleta de dados sobre o sujeito
Aspectos orgânicos.
Aspectos familiares.
Aspectos psíquicos.
Aspectos escolares.
Aspectos cognitivos.
Aspectos sociais.
Aspectos contextuais. Fonte: WEISS, 2008, p. 32
26. Atividade individual
Ler o texto “Etapas da Avaliação Psicopedagógica”
assinalando as informações relevantes.
Identificar as etapas da avaliação psicopedagógica
27. Etapas da Avaliação Psicopedagógica
Primeiro contato com os pais:
Telefônico e presencial
Anamenese
Sessões com o paciente
Análise do material escolar
Contato com a escola
Contato com profissionais que atendem o
paciente (se for o caso)
Devolutiva e Encaminhamentos
28. Organização dos dados - desafio
Proceder à amarração dos
dados numa rede de
sentido, de unidade, de
integração que nos permita
uma gestalt, uma
compreensão global sobre
a forma de aprender do
sujeito.
Essa organização só é
possível mediante a
amálgama das teorias
que fundamentam a
Psicopedagogia.
Essa compreensão global sobre a forma de
aprender do sujeito não é uma verdade pronta e
acabada. É, antes, uma hipótese diagnóstica
sempre provisória.
29. Dimensão clínica – aspectos gerais
No manejo da relação clínica entre psicopedagogo e
sujeito deve-se levar em consideração:
A especificidade da clínica da criança, do adolescente
e do adulto.
A escuta psicopedagógica.
A dimensão do sintoma.
A transferência e a contratransferência.
O desejo de aprender.