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1062       ARTIGO ARTICLE




       Impacto da internação na prática do aleitamento
       materno em hospital pediátrico de Salvador,
       Bahia, Brasil

       Impact of hospitalization on breastfeeding
       practices in a pediatric hospital in
       Salvador, Bahia State, Brazil



                                                                                                 Edna Lúcia Souza 1
                                                                                                 Luciana Rodrigues Silva 1
                                                                                                 Ana Carolina Souza Sá 1
                                                                                                 Clara Maia Bastos 1
                                                                                                 Andrea Borges Diniz 1
                                                                                                 Carlos Maurício Cardeal Mendes      1




                                          Abstract                                               Introdução

       1Faculdade de Medicina da          This cross-sectional study enrolled 97 inpatients      A Organização Mundial da Saúde (OMS) reco-
       Bahia, Universidade Federal
       da Bahia, Salvador, Brasil.
                                          at a teaching hospital in Salvador, Bahia, Brazil,     menda que todas as crianças recebam aleita-
                                          to determine breastfeeding prevalence in infants       mento materno exclusivo até os seis meses de
       Correspondência                    less than 4 months of age hospitalized due to re-      vida e que, após esse período, continuem sendo
       E. L. Souza
       Departamento de Pediatria,         spiratory infection, and to evaluate the impact        amamentadas, até os dois anos ou mais, junta-
       Faculdade de Medicina da           of hospitalization on breastfeeding. Patients’         mente com a utilização de alimentos comple-
       Bahia, Universidade Federal
                                          mothers were interviewed, and a standardized           mentares 1.
       da Bahia.
       Av. Paulo VI 2200, apto. 104,      questionnaire was completed. After hospital dis-           Diversas evidências apontam para os efeitos
       Salvador, BA 41810-001,            charge, medical records were reviewed and infor-       benéficos do aleitamento materno para a crian-
       Brasil.
                                          mation on the infant’s feeding practices during        ça, na prevenção de doenças a curto e a longo
       ednalu@ufba.br
                                          hospitalization was recorded. Exclusive breast-        prazo, além daqueles de ordem nutricional, psi-
                                          feeding was observed in 57.1% of patients, but it      cológica, afetiva, social e econômica 1,2. Apesar
                                          was interrupted in 35.4%, with the introduction        disso, a prevalência de aleitamento materno
                                          of infant formula during hospitalization. Mean         exclusivo ainda é baixa no Brasil. Dados do Mi-
                                          duration was not associated with the introduc-         nistério da Saúde 3 evidenciaram que, em 1999,
                                          tion of complementary feeding in the hospital.         88% dos lactentes de 0 a 30 dias de vida eram
                                          In the bivariate analysis, early interruption of ex-   amamentados, mas apenas 53,1% o faziam de
                                          clusive breastfeeding was associated with higher       forma exclusiva. Na Região Nordeste, a porcenta-
                                          maternal schooling and lower family income.            gem de crianças amamentadas foi ainda menor
                                          Prevalence of exclusive breastfeeding was low.         (86,7%), embora a porcentagem de aleitamento
                                          Hospitalization contributed to early interruption      exclusivo tenha sido mais elevada (55,4%). Esse
                                          of exclusive breastfeeding in 35.4% of infants,        mesmo estudo demonstrou que, em Salvador,
                                          possibly due to inadequate hospital infrastruc-        Bahia, 85,5% dos lactentes de 0 a 30 dias de idade
                                          ture and insufficient support from health profes-      eram amamentados, mas apenas 43% estavam
                                          sionals to maintain exclusive breastfeeding.           em aleitamento materno exclusivo. Os dados
                                                                                                 revelaram outro ponto alarmante: apenas 9,7%
                                          Breast Feeding; Weaning; Hospitalization; Infant;      das crianças brasileiras atingiam os seis meses de
                                          Respiratory Tract Infections                           vida em aleitamento materno exclusivo. No Nor-
                                                                                                 deste, a porcentagem foi de 10,7% e, em Salvador,
                                                                                                 6,7%. Por outro lado, os dados da cidade de Feira



       Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO               1063



de Santana, Bahia, que dispõe de um amplo pro-       radiológicas (condensação alveolar e/ou bron-
grama de incentivo à amamentação, apresenta-         copneumonia e/ou pneumatocele e/ou derrame
ram melhores indicadores, quando comparados          pleural e/ou abscesso). A bronquiolite foi defini-
a Salvador e outras cidades da Região Nordeste,      da pela ocorrência de tosse, taquipnéia, ausculta
observando-se que 69,2% das crianças menores         de crépitos e/ou sibilância, associadas ou não a
de um ano ainda eram amamentadas, enquanto           alterações radiológicas, como sinais de hiperin-
38,5% daquelas menores de sete meses faziam          suflação e/ou atelectasias.
aleitamento materno exclusivo 4.                         As mães ou responsáveis pelas crianças fo-
    O êxito na prática do aleitamento materno        ram entrevistados por estudantes de medicina
relaciona-se com as características biológicas da    da Faculdade de Medicina da Bahia (FAMEB) da
criança e da mãe, bem como aos fatores sócio-        UFBA, previamente treinadas pelo pesquisador
culturais e às práticas desenvolvidas nos serviços   principal. Foi aplicado um questionário para co-
de saúde 5. Nesse sentido, a criação do programa     leta de informações sobre: características demo-
Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), em      gráficas, realização do atendimento pré-natal,
1992, teve como principal objetivo a capacitação     perda prematura de líquido, condições do parto
de profissionais de saúde e dos próprios estabe-     e do nascimento e o quadro clínico da criança.
lecimentos de saúde como maternidades, para o        As informações referentes ao aleitamento ma-
fornecimento de informações corretas às mães,        terno, introdução de outros alimentos e desma-
durante a internação, sobre a amamentação e          me foram pesquisadas através da ficha de ana-
para a adoção de práticas e rotinas favoráveis ao    mnese padronizada do hospital, onde constam
aleitamento materno. Com isso, enfatizou-se a        as informações sobre a alimentação. Após a alta
grande importância dos serviços de atendimento       hospitalar, o prontuário foi revisado, registrando-
à saúde na proteção, promoção e apoio à prática      se as informações sobre as práticas alimentares
do aleitamento materno 6. Entretanto, o incen-       durante a internação.
tivo à prática da amamentação não pode se res-           O aleitamento materno foi definido como
tringir ao ambiente das maternidades, devendo        exclusivo quando a criança só recebia o leite ma-
ser estendido a todas as instituições de saúde       terno e nenhum outro sólido ou líquido, com ex-
que atendem crianças, inclusive às unidades de       ceção de vitaminas ou medicamentos 1.
internação hospitalar, no intuito não apenas de          Todos os dados obtidos foram registrados
promover a iniciação dessa prática, mas também       em questionário padrão e armazenados em um
zelar pela sua manutenção. A literatura é escassa    banco de dados no programa Microsoft Access
sobre a influência do internamento hospitalar        (Microsoft Corp., Estados Unidos). Para aná-
pós-natal sobre a prática da amamentação.            lise estatística, foi utilizado o programa R (The
    Este trabalho teve como objetivos determinar     R Foundation for Statistical Computing, Viena,
a prevalência de aleitamento materno entre as        Áustria; http://www.r-project.org). A análise
crianças menores de quatro meses, internadas         descritiva consistiu no cálculo das freqüências
por infecção respiratória, em um hospital uni-       simples e relativas das variáveis estudadas com
versitário da cidade de Salvador, e descrever a      o objetivo de conhecer o perfil das mães e das
influência da internação sobre a prática do alei-    crianças internadas. Com a intenção de verificar
tamento materno.                                     possíveis associações entre co-variáveis e a in-
                                                     terrupção da amamentação exclusiva ou desma-
                                                     me, efetuou-se análise bivariada, utilizando-se
Casuística, material e métodos                       o teste de Wilcoxon e a correlação de Sperman,
                                                     em função da natureza das variáveis subjacentes.
Este foi um estudo do tipo corte transversal, re-    O teste de McNemar foi utilizado para avaliar a
alizado durante um período de vinte meses. A         significância da mudança antes, e após a inter-
população estudada integra uma investigação de       nação, em relação à manutenção ou não do alei-
infecção respiratória em lactentes. Foram inclu-     tamento materno exclusivo. Foram considerados
ídos na pesquisa todos os pacientes internados       estatisticamente significantes os resultados que
na Unidade de Pequenos Lactentes (UPL) do            tiveram a probabilidade de erro tipo 1 menor que
Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oli-         5% (p < 0,05).
veira (CPPHO) da Universidade Federal da Bahia           Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
(UFBA), entre julho de 2004 e fevereiro de 2006,     em Pesquisa da Maternidade Climério de Olivei-
com diagnóstico de pneumonia ou bronquiolite.        ra da UFBA (parecer no. 23/2004). Todos os res-
A UPL caracteriza-se por prestar a assistência a     ponsáveis pelos pacientes participantes do es-
lactentes de até quatro meses de idade.              tudo assinaram o Termo de Consentimento Livre
    A pneumonia foi definida por tosse e/ou di-      e Esclarecido.
ficuldade para respirar, associada a alterações



                                                                                   Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
1064    Souza EL et al.




                                          Resultados                                           entre internação hospitalar e interrupção do alei-
                                                                                               tamento materno exclusivo foi estatisticamente
                                          Entre julho de 2004 e fevereiro de 2006, foram       significante (p = 0,00003738) (Tabela 2).
                                          internadas 99 crianças menores de quatro meses           Trinta e seis (42,9%) lactentes já recebiam
                                          de idade e duas crianças com idade superior a        outros leites ou outros alimentos no início da
                                          quatro meses, com diagnóstico de pneumonia           internação. Vinte e nove (29,9%) crianças inter-
                                          ou bronquiolite, na UPL do CPPHO. Noventa e          romperam o aleitamento materno exclusivo no
                                          sete lactentes foram incluídos no estudo. Qua-       primeiro mês de vida, incluindo aquelas que o
                                          tro crianças foram excluídas: duas por extravio      fizeram durante a hospitalização.
                                          dos prontuários e duas por impossibilidade de            Trinta e uma crianças permaneceram em alei-
                                          obtenção de dados referentes ao aleitamento          tamento materno exclusivo até a alta e 75% des-
                                          materno.                                             sas tinham menos de dois meses de vida. Esses
                                              Sessenta e sete (69,1%) crianças eram do se-     pacientes tinham freqüência respiratória média
                                          xo masculino e 30 (30,9%), do sexo feminino. A       à admissão de 66,1 ± 10,0, enquanto o restante
                                          idade dos lactentes variou de 8 a 169 dias, com      das crianças apresentava freqüência respiratória
                                          uma média de 52,5 dias (DP = 24,74) e mediana        média de 60 ± 13,9. As características dessa sub-
                                          de 52 dias. A maioria dos lactentes procedia de      população podem ser visualizadas na Tabela 3.
                                          bairros periféricos de Salvador ou de municípios         Incluindo-se as oito crianças que nunca fo-
                                          próximos. A duração do internamento variou de        ram amamentadas, 15 já estavam desmamadas
                                          2 a 248 dias, com uma média de 16,1 e mediana        ao final da hospitalização. Dessas, duas foram
                                          de 9 dias. A Tabela 1 apresenta as características   desmamadas no período de internamento.
                                          demográficas e as condições do nascimento des-           Setenta e sete lactentes realizaram inves-
                                          tes lactentes.                                       tigação sorológica para infecção congênita ou
                                              O diagnóstico que mais freqüentemente mo-        perinatal, dos quais 12 (15,6%) obtiveram algum
                                          tivou o internamento foi a bronquiolite, com 62      resultado positivo. Oito crianças tiveram a imu-
                                          casos (63,9%). Dessas crianças, 19 tinham diag-      noglobulina M positiva para o citomegalovírus
                                          nóstico associado de pneumonia. A média de fre-      e duas foram positivas para o HIV. Sessenta e
                                          qüência respiratória dos pacientes à admissão foi    sete crianças realizaram a sorologia para Chla-
                                          59,3 ± 12,9. Trinta lactentes (30,9%) necessitaram   mydia trachomatis e 9 (13,4%) tiveram resultado
                                          de oxigenioterapia, sendo que 60% desses o fize-     positivo.
                                          ram pelo período máximo de três dias.                    Não foi observada associação entre a ida-
                                              Setenta e cinco (77,3%) pacientes apresenta-     de do desmame e a realização de pré-natal (p =
                                          vam comorbidades. Desses, 51 (68%) apresenta-        0,8705). A idade do desmame não se associou
                                          vam mais de uma comorbidade. As principais co-       ao número de consultas pré-natais (correlação
                                          morbidades foram: anemia (28%), monilíase oral       de Spearman = 0,0589; p = 0,8557). Também não
                                          (26,7%) e hérnias umbilical ou inguinal (25,3%).     houve associação entre a idade do desmame e a
                                          Treze (13,4%) crianças apresentavam atraso va-       idade materna (correlação de Spearman = 0,242;
                                          cinal.                                               p = 0,3856). Houve uma associação significante
                                              Do total de 97 crianças incluídas no estudo,     entre a idade do desmame e a escolaridade ma-
                                          82 (85,4%) mães realizaram acompanhamento            terna, de tal forma que, quanto maior o grau de
                                          pré-natal, sendo que apenas 8 (8,5%) tiveram no-     escolaridade materna, mais tardio o desmame
                                          ve ou mais consultas nesse período.                  (p = 0,0442), entretanto, essa diferença não foi tão
                                              Entre os lactentes estudados, 84 (86,6%) esta-   importante, de tal forma que a diferença entre as
                                          vam em aleitamento materno na admissão hos-          medianas nos dois grupos de mães com maior e
                                          pitalar. Oito (8,2%) crianças nunca haviam sido      menor escolaridade foi de apenas um dia. Tam-
                                          amamentadas e cinco já haviam sido desmama-          bém houve uma associação entre menor renda
                                          das antes da hospitalização. Entre as crianças que   familiar e o desmame mais tardio, mas neste ca-
                                          estavam em aleitamento materno, 48 (57,1%) fa-       so, sem significância estatística (p = 0,2481).
                                          ziam aleitamento materno exclusivo no momen-             A introdução de fórmulas lácteas durante a
                                          to da internação, enquanto 36 já recebiam leite      hospitalização não se associou à duração da in-
                                          ou outros alimentos. Entre as 48 crianças com        ternação. A mediana da internação do grupo que
                                          aleitamento materno exclusivo, 17 (35,4%) tive-      teve a introdução de fórmulas lácteas no hospital
                                          ram o aleitamento exclusivo interrompido pela        foi 9 dias, enquanto foi 12 dias para as crianças
                                          introdução de fórmula láctea no hospital, não se     que não introduziram fórmulas lácteas. Entre-
                                          incluindo aqui aquelas que receberam apenas          tanto, a avaliação do conjunto das distribuições
                                          outros líquidos. Enquanto que, entre as 36 crian-    não demonstrou diferenças (Tabela 4). A idade
                                          ças que já não estavam em aleitamento exclusivo,     da criança, à época da introdução de fórmulas
                                          nenhuma reverteu esse processo. A associação         lácteas ou outros alimentos, não esteve associa-



       Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO                 1065


Tabela 1

Características demográficas e condições de nascimento dos lactentes internados por infecção respiratória em hospital pediátrico
de Salvador, Bahia, Brasil, 2007.


 Variável                                                              n                                   %


 Idade materna (anos) *
    Média                                                      24,26 (DP = 5,9)                             -
    Mediana                                                           23                                    -
    Até 20                                                            25                                  25,8
    Maiores de 20                                                     71                                  73,2
 Escolaridade materna
    Sem escolaridade                                                   7                                   7,2
    Alfabetizada                                                       1                                   1,0
    1o grau completo                                                  12                                  12,3
    1o grau incompleto                                                38                                  39,2
    2o grau completo ou incompleto                                    32                                  32,9
    Superior completo ou incompleto                                    2                                   2,1
    Sem informação                                                     5                                   5,2
 Renda familiar (salários mínimos)
    Sem renda fixa                                                    40                                  41,2
    Até 1                                                             25                                  25,8
    2                                                                 18                                  18,5
    3 ou mais                                                          9                                   9,3
    Sem informação                                                     5                                   5,1
 Realização de pré-natal                                              82                                  84,5
    Tipo do parto
        Vaginal                                                       69                                  71,1
        Abdominal                                                     27                                  27,8
        Fórceps                                                        1                                   1,0
    Idade gestacional
        A termo                                                       76                                  77,6
    Peso ao nascer (gramas) *
        ≥ 2.500                                                       79                                  82,2
        < 2.500                                                       16                                  17,7

DP: desvio-padrão.
* Uma informação perdida




da à idade materna (correlação de Spearman =                     pido. Famílias com renda inferior a um salário
-0,0853; p = 0,5434). A idade da criança a época                 mínimo introduziram outras fórmulas lácteas ou
da introdução de fórmulas lácteas ou outros ali-                 alimentos na dieta de seus filhos, em média, aos
mentos demonstrou associação com a escolari-                     26 dias de vida e com mediana de 22 dias. Por
dade materna (p < 0,001). Mães com escolarida-                   outro lado, as famílias com renda entre um e dois
de até o 1º grau introduziram outros alimentos,                  salários mínimos mantiveram o aleitamento ma-
em média, com 29,8 dias e mediana de 30 dias,                    terno exclusivo até 27 dias de vida, em média, e
enquanto aquelas com escolaridade igual ou su-                   com uma mediana de 23 dias.
perior ao 2º grau, interromperam o aleitamento
materno exclusivo, em média, com 21,7 dias e
mediana de 20 dias.
    A idade da criança, à época da introdução de
fórmulas lácteas ou outros alimentos, esteve rela-
cionada à renda familiar (p < 0,001), de tal forma
que, quanto menor a renda, mais precocemente
o aleitamento materno exclusivo foi interrom-



                                                                                                      Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
1066    Souza EL et al.




                                          Tabela 2

                                          Interferência da hospitalização na manutenção ou não do aleitamento materno exclusivo, entre crianças internadas em um
                                          hospital pediátrico de Salvador, Bahia, Brasil, 2007 *.


                                                                                                                                     Alta


                                            Admissão                                                                     AME                      AM
                                                                                                    N (%)                N (%)                   N (%)
                                            AME                                                48 (57,1)               31 (64,6)               17 (35,4)
                                            AM                                                 36 (42,9)                0 (0,0)               34 (94,4) **
                                            Total                                             84 (100,0)               31 (37,8)               51 (62,2)

                                          * Análise estatística: teste de McNemar = 17; g.l. = 1; p = 0,00003738;
                                          ** Duas crianças foram desmamadas durante a hospitalização.




                                          Discussão                                                         do aleitamento materno exclusivo não se asso-
                                                                                                            ciou com a duração da internação, ou seja, mes-
                                          Cabe destacar que esta amostra estudada corres-                   mo crianças que permaneceram internadas por
                                          ponde a uma população selecionada de crianças                     períodos curtos tiveram o aleitamento materno
                                          internadas por infecção respiratória e compreen-                  exclusivo suspenso, indica que a introdução de
                                          de, principalmente, famílias com baixas condi-                    fórmulas lácteas não se relacionou com a gravi-
                                          ções sócio-econômicas, que representam a gran-                    dade do quadro clínico do lactente, e sugere que
                                          de maioria da população brasileira e de Salvador.                 reflita muito mais uma prática rotineira do servi-
                                          Entretanto, os resultados não poderão ser extra-                  ço do que as dificuldades inerentes à hospitaliza-
                                          polados para outras populações. É importante                      ção, relacionadas às crianças e as suas mães, co-
                                          esclarecer, também, que os dados referentes à                     mo bem apontaram Serra & Scochi 8, em estudo
                                          amamentação foram coletados de forma retros-                      qualitativo, conduzido numa unidade de terapia
                                          pectiva, fato que apresenta limitações inerentes                  intensiva neonatal, em Cuiabá, Mato Grosso. Os
                                          à metodologia do estudo.                                          autores descreveram alguns obstáculos significa-
                                              Os resultados revelaram baixa prevalência                     tivos à prática do aleitamento materno dos lac-
                                          (49,5%) de aleitamento materno exclusivo, par-                    tentes internados e constataram a falta de rotinas
                                          ticularmente se considerarmos a média de idade                    e práticas de incentivo ao aleitamento, além das
                                          das crianças. Os dados sugerem que, em Salva-                     dificuldades de ordem física, como o desconforto
                                          dor, muitos lactentes têm introdução precoce de                   das acomodações para as mães e o fornecimento
                                          outros alimentos, muitos deles, de modo inade-                    de poucas refeições ao dia. O CPPHO, hospital
                                          quado, já no primeiro mês de vida. Por outro la-                  deste estudo, não dispõe de banco de leite. As
                                          do, comparando-se aos dados do Ministério da                      mães são acomodadas em cadeiras plásticas re-
                                          Saúde de 1999 3 e ao estudo de Oliveira et al. 7, em              clináveis, com pouco conforto, sobretudo quan-
                                          Salvador, foi observada uma maior prevalência                     do a hospitalização é prolongada. As lactantes,
                                          de aleitamento materno exclusivo, ressaltando-                    cujos filhos estão sob aleitamento materno ex-
                                          se que este estudo avaliou uma amostra selecio-                   clusivo, recebem até cinco refeições diárias, en-
                                          nada de crianças, ao contrário dos dois citados,                  quanto acompanhantes. Deve-se ressaltar que
                                          que foram de base populacional e, portanto, são                   muitas dessas mães têm domicílio distante do
                                          mais representativos.                                             hospital e que, muitas vezes, têm outras crianças
                                              A constatação de que 17,5% das crianças in-                   que necessitam de sua atenção, o que dificulta a
                                          cluídas nesse estudo tiveram o aleitamento ma-                    sua permanência em tempo integral no CPPHO,
                                          terno exclusivo interrompido pela introdução de                   bem como sua locomoção. Pode-se, também, le-
                                          fórmulas lácteas durante a internação revelou-se                  vantar a hipótese da falta de apoio dos compa-
                                          alarmante e surpreendente. Os dados da freqü-                     nheiros e demais familiares para a manutenção
                                          ência respiratória média das crianças à interna-                  da amamentação.
                                          ção, bem como a utilização de oxigênio foram                           Apesar de a unidade prestar assistência a lac-
                                          semelhantes entre aquelas que se mantiveram                       tentes jovens, não existem normas que estimu-
                                          em aleitamento materno exclusivo e as demais.                     lem a prática do aleitamento materno e previna
                                          Além disso, a observação de que a interrupção                     a sua interrupção. Cabe destacar, também, que



       Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO               1067


Tabela 3

Características das crianças que permaneceram em aleitamento materno exclusivo durante a internação em hospital pediátrico
de Salvador, Bahia, Brasil, 2007.


 Variáveis                                                          n                                  %


 Sexo
    Masculino                                                       24                               77,40
    Feminino                                                        7                                22,60
 Idade do lactente (dias)
    Até 30                                                          6                                19,40
    31 a 60                                                         17                               54,80
    61 a 90                                                         8                                25,80
    Mais de 90                                                      -                                  -
 Idade materna (anos)
    Até 20                                                          7                                22,60
    21 a 30                                                         18                               58,00
    31 a 40                                                         6                                19,40
    Mais de 40                                                      -                                  -
 Renda familiar (salários mínimos)
    Sem renda fixa                                                  11                               35,50
    1                                                               9                                29,00
    2                                                               7                                22,60
    3 ou mais                                                       3                                 9,70
    Sem informação                                                  1                                 3,20
 Escolaridade materna
    Sem escolaridade                                                2                                 6,50
    1o grau completo e incompleto                                   16                               51,60
    2o grau completo e incompleto                                   10                               32,30
    Superior completo e incompleto                                  2                                 6,45
    Sem informação                                                  1                                 3,20
 Realização de pré-natal
    Sim                                                             28                               90,30
    Não                                                             3                                 9,70
 Tipo de parto
    Vaginal                                                         21                               67,70
    Abdominal                                                       9                                29,00
    Fórceps                                                         1                                 3,20
 Uso de oxigênio (dias)
    Não                                                             25                               80,60
    1                                                               3                                 9,70
    3                                                               2                                 6,50
    6                                                               1                                 3,20
 Duração da internação hospitalar (dias)
    Até 7                                                           17                               54,80
    8 a 14                                                          10                               32,30
    Mais de 14                                                      4                                12,90

Nota: média da freqüência respiratória à internação: 61,6 ± 10,0.




                                                                                                 Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
1068    Souza EL et al.




                                          Tabela 4

                                          Duração da internação hospitalar, em dias, nos grupos de crianças que iniciaram e que não iniciaram fórmula láctea no
                                          hospital.


                                                                                      Quartil 5     Quartil 25     Quartil 50      Quartil 75     Quartil 95


                                            Não iniciaram fórmula láctea (n = 49)         4              8             12             16             30,2
                                            Iniciaram fórmula láctea (n = 17)            4,6             8              9             15             134




                                          se trata de um hospital escola, contribuindo para           entre crianças que foram internadas no período
                                          a formação de diversos profissionais da área de             neonatal. Esses achados enfatizam a importância
                                          saúde como médicos, enfermeiros, nutricionis-               da capacitação sistemática de profissionais e dos
                                          tas e fisioterapeutas, portanto os dados demons-            serviços da saúde, contribuindo para o êxito da
                                          trados nesse estudo apresentam uma grande re-               prática de aleitamento materno entre as crianças
                                          levância, uma vez que se esperava que houvesse              hospitalizadas. O momento da hospitalização
                                          uma rotina que estimulasse a amamentação,                   pode representar uma oportunidade para siste-
                                          contribuindo, também, na formação de profis-                matizar várias condutas adequadas para o futuro
                                          sionais preparados para assistir e estimular a              das crianças, tais como: aleitamento materno,
                                          lactação.                                                   nutrição sadia, imunizações, prevenção de aci-
                                              Além das limitações de ordem física, já relata-         dentes e de infecções, através de reuniões entre
                                          das, esses resultados revelaram que os profissio-           os profissionais de saúde e as mães.
                                          nais de saúde, envolvidos na assistência a essas                Neste estudo, foi demonstrada uma associa-
                                          crianças, não estão preparados no sentido de                ção entre o nível sócio-econômico da família e
                                          orientar as mães e estimulá-las, adequadamente,             a introdução de alimentos complementares. Os
                                          para a manutenção do aleitamento, nem a bus-                lactentes nascidos em famílias de baixa renda
                                          carem, quando necessário, formas alternativas,              tiveram o aleitamento exclusivo interrompido
                                          como a ordenha do leite, por exemplo, ou solu-              mais precocemente. Esses dados concordam
                                          cionarem outros problemas e dúvidas comuns,                 com o trabalho de Mascarenhas et al. 12 que ava-
                                          relacionados com a prática do aleitamento. O                liou lactentes entre um e três meses de idade, na
                                          estudo de Quattrone et al. 9 avaliou o impacto da           cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, e observou
                                          internação na prática da amamentação entre 108              uma associação entre a baixa renda familiar e a
                                          lactentes, menores de seis meses, em um hospi-              interrupção do aleitamento exclusivo antes dos
                                          tal de Buenos Aires, Argentina. Os autores ob-              três meses de idade. Oliveira et al. 7 estudaram os
                                          servaram que 60% dos lactentes que eram ama-                fatores associados à interrupção precoce do alei-
                                          mentados no início da internação foram desma-               tamento exclusivo ou predominante em crianças
                                          mados até a alta, dos quais 42% o fizeram apenas            menores de 24 meses de idade, da cidade de Sal-
                                          pela hospitalização e não por causas médicas,               vador, e observaram que as condições precárias
                                          além de 17% terem relatado “hipogalactia”. Es-              de vida estavam associadas à introdução de ali-
                                          ses dados, ainda mais relevantes que os nossos,             mento complementar e desmame precoces. Por
                                          demonstram que, possivelmente, as equipes de                outro lado, em um trabalho realizado na cida-
                                          saúde têm falhado no incentivo à amamentação.               de de Feira de Santana, entre crianças menores
                                              A IHAC tem demonstrado francos benefícios               de um ano de idade, Vieira et al. 4 encontraram
                                          à amamentação, mas está limitada a maternida-               maior prevalência de aleitamento materno entre
                                          des. Desconhecemos qualquer iniciativa seme-                as crianças nascidas em famílias de baixa renda.
                                          lhante para hospitais pediátricos, que não são              Ressalte-se que essa cidade apresenta um traba-
                                          maternidades, e assistem crianças nos primeiros             lho sistemático de incentivo à amamentação, o
                                          anos de vida. Em um estudo realizado em Salva-              que pode contribuir para esses achados 13. É im-
                                          dor, Silva et al. 10 avaliaram o conhecimento ma-           portante destacar que neste estudo um grupo de
                                          terno sobre aleitamento e observaram o alto grau            crianças teve o aleitamento materno exclusivo
                                          de desinformação das mães sobre o tema, desta-              suspenso durante a hospitalização. Dessa forma,
                                          cando o papel dos profissionais de saúde no es-             a internação pode ser um potencial confundidor.
                                          clarecimento de dúvidas, especialmente durante              Além disso, trata-se de uma amostra altamente
                                          o pré-natal. O estudo de Vannuchi et al. 11 de-             selecionada, de tamanho pequeno, o que pode
                                          monstrou um impacto positivo da IHAC mesmo                  ter gerado viés de seleção.



       Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO               1069



    Este estudo não identificou associação entre           entre as crianças de mães com maior escolari-
a idade materna e o desmame, nem associação                dade, entretanto, um percentual significativo de
com a introdução precoce de outros alimentos,              crianças estava hospitalizado à época da inter-
ao contrário dos dados de Oliveira et al. 7, on-           rupção do aleitamento materno exclusivo, e por
de se verificou associação entre idade materna             isso, essa associação deve ser vista com parcimô-
e interrupção precoce do aleitamento: filhos de            nia, pois pode estar sendo influenciada por múl-
mães menores de vinte anos tiveram maior chan-             tiplos fatores ligados à hospitalização. Destaque-
ce de serem desmamados antes dos seis meses                se, também, o pequeno tamanho da amostra, a
de vida.                                                   população de estudo altamente selecionada e a
    Vasconcelos et al. 14 estudaram os fatores as-         constatação de que, em geral, trata-se de famílias
sociados à duração do aleitamento materno em               com baixo nível de escolaridade, não se obser-
crianças menores de dois anos, em Pernambuco,              vando grandes diferenças entre os subgrupos.
e observaram maior duração de aleitamento en-                   Os resultados do estudo revelaram um im-
tre aquelas que residiam na região metropolita-            pacto negativo da hospitalização na amamenta-
na de Recife, cujas famílias apresentavam renda            ção. Esses achados apontam para a necessidade
maior que dois salários mínimos e cujas mães               de se adotar medidas para melhorar a assistên-
haviam freqüentado pelo menos seis consultas               cia pré-natal, sensibilizando as mães e os outros
de pré-natal. Neste trabalho, não se obteve as-            familiares sobre a importância do aleitamento
sociação entre a realização de pré-natal e o nú-           materno. A maternidade deve dar continuidade
mero de consultas e a idade do desmame, o que              a esse trabalho, que deve ser estendido a todas
pode refletir a pequena ênfase do pré-natal no             as unidades que prestam assistência a lactentes.
incentivo à gestante para adoção do aleitamento            É fundamental que existam unidades de apoio
materno. Nesse estudo, observou-se associação              dirigidas para as mães que se encontram em fase
entre a renda familiar e o desmame e também                de lactação. É imperativo que os hospitais pe-
entre a escolaridade materna e o desmame. De               diátricos contornem as dificuldades de ordem
forma semelhante, Escobar et al. 15, avaliando             física e que se faça sensibilização e treinamento
crianças atendidas num serviço de emergência               permanente dos profissionais envolvidos com a
da cidade de São Paulo, constataram maior du-              assistência a essas crianças, no sentido de asse-
ração do aleitamento materno entre os filhos de            gurar o aleitamento exclusivo nos primeiros seis
mães com maior escolaridade. Resultados seme-              meses de vida, enfatizando esta necessidade du-
lhantes foram obtidos por Volpini & Moura 16 em            rante a hospitalização. Há real urgência de ser
um estudo realizado em Campinas, São Paulo.                criada a iniciativa amiga da criança em hospi-
Destaque-se que nossa população de crianças                tais e ambulatórios gerais que assistem lactentes,
desmamadas foi muito pequena, o que dificulta              com a criação de normas claras e bem funda-
nossas interpretações.                                     mentadas sobre o apoio ao aleitamento mater-
    Esses resultados demonstraram uma intro-               no, assegurando-se, também, a avaliação regular
dução mais precoce de leite ou outros alimentos            dessas atividades.




Resumo

Trata-se de estudo do tipo corte transversal que objeti-   hospital. Na análise bivariada, houve associação entre
vou determinar a prevalência de aleitamento materno        maior escolaridade materna e interrupção mais pre-
em lactentes menores de quatro meses, internados por       coce da amamentação exclusiva e entre renda familiar
infecção respiratória em um hospital de ensino de Sal-     mais baixa e interrupção mais precoce do aleitamento
vador, Bahia, Brasil e descrever a influência da inter-    materno exclusivo. A prevalência de aleitamento ma-
nação na prática da amamentação. As mães foram en-         terno exclusivo foi baixa e em 35,4% dos casos foi in-
trevistadas e os dados sobre alimentação foram obtidos     terrompido durante a internação hospitalar, possivel-
através de ficha padronizada nas quais são registradas     mente, por dificuldades de ordem física e pelo pequeno
informações sobre as práticas alimentares durante a        apoio da equipe de saúde no estímulo à manutenção
internação. Entre as 97 crianças incluídas, o aleita-      da amamentação.
mento materno exclusivo foi verificado em 57,1%, sen-
do interrompido em 35,4% dos pacientes pelo uso de         Aleitamento Materno; Desmame; Hospitalização; Lac-
fórmulas lácteas. A média de duração da internação         tente; Infecções Respiratórias
não se associou à introdução de fórmulas lácteas no




                                                                                          Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
1070    Souza EL et al.




                                          Colaboradores                                                Agradecimentos

                                          A. C. S. Sá e C. M. Bastos participaram da coleta dos        Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
                                          dados, interpretação dos resultados e da elaboração do       (FAPESB, processo PS 01/2005), pelo financiamento
                                          artigo. A. B. Diniz contribuiu na interpretação dos resul-   parcial do trabalho.
                                          tados e na elaboração do artigo. C. M. C. Mendes cola-
                                          borou na interpretação dos resultados e na elaboração
                                          e implementação da análise estatística. E. L. Souza par-
                                          ticipou da elaboração do projeto, da coleta dos dados,
                                          da interpretação dos resultados e da elaboração final
                                          do artigo. L. R. Silva contribuiu na interpretação dos
                                          resultados e na elaboração final do artigo.




                                          Referências

                                          1.   Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana           10. Silva LR, Vieira G, Dias CPF, Diniz-Santos DR,
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                                               de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. (Sé-        no sobre aleitamento: um estudo piloto realizado
                                               rie AS. Normas e Manuais Técnicos, 107).                    em Salvador, Bahia visando à elaboração de uma
                                          2.   Gartner LM, Morton J, Lawrence RA, Naylor AJ,               cartilha educativa. Rev Ciênc Méd Biol 2005; 4:
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                                          3.   Ministério da Saúde. Pesquisa da prevalência do             SM, Matsuo T. Iniciativa Hospital Amigo da Crian-
                                               aleitamento materno nas capitais e no Distrito Fe-          ça e aleitamento materno em unidade de neona-
                                               deral. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.                 tologia. Rev Saúde Pública 2004; 38:422-8.
                                          4.   Vieira GO, Almeida JAG, Silva LR, Cabral VA, Netto      12. Mascarenhas MLW, Albernaz EP Silva MB, Silveira
                                                                                                                                            ,
                                               PVS. Fatores associados ao aleitamento materno              RB. Prevalência de aleitamento materno exclusi-
                                               e desmame em Feira de Santana, Bahia. Rev Bras              vo nos 3 primeiros meses de vida e seus determi-
                                               Saúde Matern Infant 2004; 4:143-50.                         nantes no Sul do Brasil. J Pediatr (Rio J) 2006; 82:
                                          5.   Almeida JA, Novak FR. Amamentação: um híbrido               289-94.
                                               natureza-cultura. J Pediatr (Rio J) 2004; 80:119-25.    13. Vieira GO. A Iniciativa Hospital Amigo da Criança,
                                          6.   Lamounier JA. Promoção e incentivo ao aleitamen-            o aleitamento materno e a mastite lactacional em
                                               to materno: Iniciativa Hospital Amigo da Criança. J         Feira de Santana [Tese de Doutorado]. Salvador:
                                               Pediatr (Rio J) 1996; 72:363-8.                             Faculdade de Medicina, Universidade Federal da
                                          7.   Oliveira LPM, Assis AMO, Gomes GSS, Prado MS,               Bahia; 2005.
                                               Barreto ML. Duração do aleitamento materno,             14. Vasconcelos MGL, Lira PIC, Lima MC. Duração
                                               regime alimentar e fatores associados segundo               e fatores associados ao aleitamento materno em
                                               condições de vida em Salvador, Bahia, Brasil. Cad           crianças menores de 24 meses de idade no esta-
                                               Saúde Pública 2005; 21:1519-30.                             do de Pernambuco. Rev Bras Saúde Matern Infant
                                          8.   Serra SOA, Scochi CGS. Dificuldades maternas no             2006; 6:99-105.
                                               processo de aleitamento materno de prematuros           15. Escobar AMU, Ogawa AR, Hiratsuka M, Kawashita
                                               em uma UTI neonatal. Rev Latinoam Enferm 2004;              MY, Teruya PY, Grisi S, et al. Aleitamento mater-
                                               12:597-605.                                                 no e condições socioeconômico-culturais: fatores
                                          9.   Quattrone F, Dell Oso MA, Sanchis MC, Du Mor-               que levam ao desmame precoce. Rev Bras Saúde
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                                               2:97-9.                                                     me precoce no distrito noroeste de Campinas. Rev
                                                                                                           Nutr PUCCAMP 2005; 18:311-9.

                                                                                                           Recebido em 23/Mai/2007
                                                                                                           Versão final reapresentada em 02/Out/2007
                                                                                                           Aprovado em 25/Out/2007




       Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008

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Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTrico De Salvador, Bahia, Brasil

  • 1. 1062 ARTIGO ARTICLE Impacto da internação na prática do aleitamento materno em hospital pediátrico de Salvador, Bahia, Brasil Impact of hospitalization on breastfeeding practices in a pediatric hospital in Salvador, Bahia State, Brazil Edna Lúcia Souza 1 Luciana Rodrigues Silva 1 Ana Carolina Souza Sá 1 Clara Maia Bastos 1 Andrea Borges Diniz 1 Carlos Maurício Cardeal Mendes 1 Abstract Introdução 1Faculdade de Medicina da This cross-sectional study enrolled 97 inpatients A Organização Mundial da Saúde (OMS) reco- Bahia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil. at a teaching hospital in Salvador, Bahia, Brazil, menda que todas as crianças recebam aleita- to determine breastfeeding prevalence in infants mento materno exclusivo até os seis meses de Correspondência less than 4 months of age hospitalized due to re- vida e que, após esse período, continuem sendo E. L. Souza Departamento de Pediatria, spiratory infection, and to evaluate the impact amamentadas, até os dois anos ou mais, junta- Faculdade de Medicina da of hospitalization on breastfeeding. Patients’ mente com a utilização de alimentos comple- Bahia, Universidade Federal mothers were interviewed, and a standardized mentares 1. da Bahia. Av. Paulo VI 2200, apto. 104, questionnaire was completed. After hospital dis- Diversas evidências apontam para os efeitos Salvador, BA 41810-001, charge, medical records were reviewed and infor- benéficos do aleitamento materno para a crian- Brasil. mation on the infant’s feeding practices during ça, na prevenção de doenças a curto e a longo ednalu@ufba.br hospitalization was recorded. Exclusive breast- prazo, além daqueles de ordem nutricional, psi- feeding was observed in 57.1% of patients, but it cológica, afetiva, social e econômica 1,2. Apesar was interrupted in 35.4%, with the introduction disso, a prevalência de aleitamento materno of infant formula during hospitalization. Mean exclusivo ainda é baixa no Brasil. Dados do Mi- duration was not associated with the introduc- nistério da Saúde 3 evidenciaram que, em 1999, tion of complementary feeding in the hospital. 88% dos lactentes de 0 a 30 dias de vida eram In the bivariate analysis, early interruption of ex- amamentados, mas apenas 53,1% o faziam de clusive breastfeeding was associated with higher forma exclusiva. Na Região Nordeste, a porcenta- maternal schooling and lower family income. gem de crianças amamentadas foi ainda menor Prevalence of exclusive breastfeeding was low. (86,7%), embora a porcentagem de aleitamento Hospitalization contributed to early interruption exclusivo tenha sido mais elevada (55,4%). Esse of exclusive breastfeeding in 35.4% of infants, mesmo estudo demonstrou que, em Salvador, possibly due to inadequate hospital infrastruc- Bahia, 85,5% dos lactentes de 0 a 30 dias de idade ture and insufficient support from health profes- eram amamentados, mas apenas 43% estavam sionals to maintain exclusive breastfeeding. em aleitamento materno exclusivo. Os dados revelaram outro ponto alarmante: apenas 9,7% Breast Feeding; Weaning; Hospitalization; Infant; das crianças brasileiras atingiam os seis meses de Respiratory Tract Infections vida em aleitamento materno exclusivo. No Nor- deste, a porcentagem foi de 10,7% e, em Salvador, 6,7%. Por outro lado, os dados da cidade de Feira Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 2. IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO 1063 de Santana, Bahia, que dispõe de um amplo pro- radiológicas (condensação alveolar e/ou bron- grama de incentivo à amamentação, apresenta- copneumonia e/ou pneumatocele e/ou derrame ram melhores indicadores, quando comparados pleural e/ou abscesso). A bronquiolite foi defini- a Salvador e outras cidades da Região Nordeste, da pela ocorrência de tosse, taquipnéia, ausculta observando-se que 69,2% das crianças menores de crépitos e/ou sibilância, associadas ou não a de um ano ainda eram amamentadas, enquanto alterações radiológicas, como sinais de hiperin- 38,5% daquelas menores de sete meses faziam suflação e/ou atelectasias. aleitamento materno exclusivo 4. As mães ou responsáveis pelas crianças fo- O êxito na prática do aleitamento materno ram entrevistados por estudantes de medicina relaciona-se com as características biológicas da da Faculdade de Medicina da Bahia (FAMEB) da criança e da mãe, bem como aos fatores sócio- UFBA, previamente treinadas pelo pesquisador culturais e às práticas desenvolvidas nos serviços principal. Foi aplicado um questionário para co- de saúde 5. Nesse sentido, a criação do programa leta de informações sobre: características demo- Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), em gráficas, realização do atendimento pré-natal, 1992, teve como principal objetivo a capacitação perda prematura de líquido, condições do parto de profissionais de saúde e dos próprios estabe- e do nascimento e o quadro clínico da criança. lecimentos de saúde como maternidades, para o As informações referentes ao aleitamento ma- fornecimento de informações corretas às mães, terno, introdução de outros alimentos e desma- durante a internação, sobre a amamentação e me foram pesquisadas através da ficha de ana- para a adoção de práticas e rotinas favoráveis ao mnese padronizada do hospital, onde constam aleitamento materno. Com isso, enfatizou-se a as informações sobre a alimentação. Após a alta grande importância dos serviços de atendimento hospitalar, o prontuário foi revisado, registrando- à saúde na proteção, promoção e apoio à prática se as informações sobre as práticas alimentares do aleitamento materno 6. Entretanto, o incen- durante a internação. tivo à prática da amamentação não pode se res- O aleitamento materno foi definido como tringir ao ambiente das maternidades, devendo exclusivo quando a criança só recebia o leite ma- ser estendido a todas as instituições de saúde terno e nenhum outro sólido ou líquido, com ex- que atendem crianças, inclusive às unidades de ceção de vitaminas ou medicamentos 1. internação hospitalar, no intuito não apenas de Todos os dados obtidos foram registrados promover a iniciação dessa prática, mas também em questionário padrão e armazenados em um zelar pela sua manutenção. A literatura é escassa banco de dados no programa Microsoft Access sobre a influência do internamento hospitalar (Microsoft Corp., Estados Unidos). Para aná- pós-natal sobre a prática da amamentação. lise estatística, foi utilizado o programa R (The Este trabalho teve como objetivos determinar R Foundation for Statistical Computing, Viena, a prevalência de aleitamento materno entre as Áustria; http://www.r-project.org). A análise crianças menores de quatro meses, internadas descritiva consistiu no cálculo das freqüências por infecção respiratória, em um hospital uni- simples e relativas das variáveis estudadas com versitário da cidade de Salvador, e descrever a o objetivo de conhecer o perfil das mães e das influência da internação sobre a prática do alei- crianças internadas. Com a intenção de verificar tamento materno. possíveis associações entre co-variáveis e a in- terrupção da amamentação exclusiva ou desma- me, efetuou-se análise bivariada, utilizando-se Casuística, material e métodos o teste de Wilcoxon e a correlação de Sperman, em função da natureza das variáveis subjacentes. Este foi um estudo do tipo corte transversal, re- O teste de McNemar foi utilizado para avaliar a alizado durante um período de vinte meses. A significância da mudança antes, e após a inter- população estudada integra uma investigação de nação, em relação à manutenção ou não do alei- infecção respiratória em lactentes. Foram inclu- tamento materno exclusivo. Foram considerados ídos na pesquisa todos os pacientes internados estatisticamente significantes os resultados que na Unidade de Pequenos Lactentes (UPL) do tiveram a probabilidade de erro tipo 1 menor que Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oli- 5% (p < 0,05). veira (CPPHO) da Universidade Federal da Bahia Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (UFBA), entre julho de 2004 e fevereiro de 2006, em Pesquisa da Maternidade Climério de Olivei- com diagnóstico de pneumonia ou bronquiolite. ra da UFBA (parecer no. 23/2004). Todos os res- A UPL caracteriza-se por prestar a assistência a ponsáveis pelos pacientes participantes do es- lactentes de até quatro meses de idade. tudo assinaram o Termo de Consentimento Livre A pneumonia foi definida por tosse e/ou di- e Esclarecido. ficuldade para respirar, associada a alterações Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 3. 1064 Souza EL et al. Resultados entre internação hospitalar e interrupção do alei- tamento materno exclusivo foi estatisticamente Entre julho de 2004 e fevereiro de 2006, foram significante (p = 0,00003738) (Tabela 2). internadas 99 crianças menores de quatro meses Trinta e seis (42,9%) lactentes já recebiam de idade e duas crianças com idade superior a outros leites ou outros alimentos no início da quatro meses, com diagnóstico de pneumonia internação. Vinte e nove (29,9%) crianças inter- ou bronquiolite, na UPL do CPPHO. Noventa e romperam o aleitamento materno exclusivo no sete lactentes foram incluídos no estudo. Qua- primeiro mês de vida, incluindo aquelas que o tro crianças foram excluídas: duas por extravio fizeram durante a hospitalização. dos prontuários e duas por impossibilidade de Trinta e uma crianças permaneceram em alei- obtenção de dados referentes ao aleitamento tamento materno exclusivo até a alta e 75% des- materno. sas tinham menos de dois meses de vida. Esses Sessenta e sete (69,1%) crianças eram do se- pacientes tinham freqüência respiratória média xo masculino e 30 (30,9%), do sexo feminino. A à admissão de 66,1 ± 10,0, enquanto o restante idade dos lactentes variou de 8 a 169 dias, com das crianças apresentava freqüência respiratória uma média de 52,5 dias (DP = 24,74) e mediana média de 60 ± 13,9. As características dessa sub- de 52 dias. A maioria dos lactentes procedia de população podem ser visualizadas na Tabela 3. bairros periféricos de Salvador ou de municípios Incluindo-se as oito crianças que nunca fo- próximos. A duração do internamento variou de ram amamentadas, 15 já estavam desmamadas 2 a 248 dias, com uma média de 16,1 e mediana ao final da hospitalização. Dessas, duas foram de 9 dias. A Tabela 1 apresenta as características desmamadas no período de internamento. demográficas e as condições do nascimento des- Setenta e sete lactentes realizaram inves- tes lactentes. tigação sorológica para infecção congênita ou O diagnóstico que mais freqüentemente mo- perinatal, dos quais 12 (15,6%) obtiveram algum tivou o internamento foi a bronquiolite, com 62 resultado positivo. Oito crianças tiveram a imu- casos (63,9%). Dessas crianças, 19 tinham diag- noglobulina M positiva para o citomegalovírus nóstico associado de pneumonia. A média de fre- e duas foram positivas para o HIV. Sessenta e qüência respiratória dos pacientes à admissão foi sete crianças realizaram a sorologia para Chla- 59,3 ± 12,9. Trinta lactentes (30,9%) necessitaram mydia trachomatis e 9 (13,4%) tiveram resultado de oxigenioterapia, sendo que 60% desses o fize- positivo. ram pelo período máximo de três dias. Não foi observada associação entre a ida- Setenta e cinco (77,3%) pacientes apresenta- de do desmame e a realização de pré-natal (p = vam comorbidades. Desses, 51 (68%) apresenta- 0,8705). A idade do desmame não se associou vam mais de uma comorbidade. As principais co- ao número de consultas pré-natais (correlação morbidades foram: anemia (28%), monilíase oral de Spearman = 0,0589; p = 0,8557). Também não (26,7%) e hérnias umbilical ou inguinal (25,3%). houve associação entre a idade do desmame e a Treze (13,4%) crianças apresentavam atraso va- idade materna (correlação de Spearman = 0,242; cinal. p = 0,3856). Houve uma associação significante Do total de 97 crianças incluídas no estudo, entre a idade do desmame e a escolaridade ma- 82 (85,4%) mães realizaram acompanhamento terna, de tal forma que, quanto maior o grau de pré-natal, sendo que apenas 8 (8,5%) tiveram no- escolaridade materna, mais tardio o desmame ve ou mais consultas nesse período. (p = 0,0442), entretanto, essa diferença não foi tão Entre os lactentes estudados, 84 (86,6%) esta- importante, de tal forma que a diferença entre as vam em aleitamento materno na admissão hos- medianas nos dois grupos de mães com maior e pitalar. Oito (8,2%) crianças nunca haviam sido menor escolaridade foi de apenas um dia. Tam- amamentadas e cinco já haviam sido desmama- bém houve uma associação entre menor renda das antes da hospitalização. Entre as crianças que familiar e o desmame mais tardio, mas neste ca- estavam em aleitamento materno, 48 (57,1%) fa- so, sem significância estatística (p = 0,2481). ziam aleitamento materno exclusivo no momen- A introdução de fórmulas lácteas durante a to da internação, enquanto 36 já recebiam leite hospitalização não se associou à duração da in- ou outros alimentos. Entre as 48 crianças com ternação. A mediana da internação do grupo que aleitamento materno exclusivo, 17 (35,4%) tive- teve a introdução de fórmulas lácteas no hospital ram o aleitamento exclusivo interrompido pela foi 9 dias, enquanto foi 12 dias para as crianças introdução de fórmula láctea no hospital, não se que não introduziram fórmulas lácteas. Entre- incluindo aqui aquelas que receberam apenas tanto, a avaliação do conjunto das distribuições outros líquidos. Enquanto que, entre as 36 crian- não demonstrou diferenças (Tabela 4). A idade ças que já não estavam em aleitamento exclusivo, da criança, à época da introdução de fórmulas nenhuma reverteu esse processo. A associação lácteas ou outros alimentos, não esteve associa- Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 4. IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO 1065 Tabela 1 Características demográficas e condições de nascimento dos lactentes internados por infecção respiratória em hospital pediátrico de Salvador, Bahia, Brasil, 2007. Variável n % Idade materna (anos) * Média 24,26 (DP = 5,9) - Mediana 23 - Até 20 25 25,8 Maiores de 20 71 73,2 Escolaridade materna Sem escolaridade 7 7,2 Alfabetizada 1 1,0 1o grau completo 12 12,3 1o grau incompleto 38 39,2 2o grau completo ou incompleto 32 32,9 Superior completo ou incompleto 2 2,1 Sem informação 5 5,2 Renda familiar (salários mínimos) Sem renda fixa 40 41,2 Até 1 25 25,8 2 18 18,5 3 ou mais 9 9,3 Sem informação 5 5,1 Realização de pré-natal 82 84,5 Tipo do parto Vaginal 69 71,1 Abdominal 27 27,8 Fórceps 1 1,0 Idade gestacional A termo 76 77,6 Peso ao nascer (gramas) * ≥ 2.500 79 82,2 < 2.500 16 17,7 DP: desvio-padrão. * Uma informação perdida da à idade materna (correlação de Spearman = pido. Famílias com renda inferior a um salário -0,0853; p = 0,5434). A idade da criança a época mínimo introduziram outras fórmulas lácteas ou da introdução de fórmulas lácteas ou outros ali- alimentos na dieta de seus filhos, em média, aos mentos demonstrou associação com a escolari- 26 dias de vida e com mediana de 22 dias. Por dade materna (p < 0,001). Mães com escolarida- outro lado, as famílias com renda entre um e dois de até o 1º grau introduziram outros alimentos, salários mínimos mantiveram o aleitamento ma- em média, com 29,8 dias e mediana de 30 dias, terno exclusivo até 27 dias de vida, em média, e enquanto aquelas com escolaridade igual ou su- com uma mediana de 23 dias. perior ao 2º grau, interromperam o aleitamento materno exclusivo, em média, com 21,7 dias e mediana de 20 dias. A idade da criança, à época da introdução de fórmulas lácteas ou outros alimentos, esteve rela- cionada à renda familiar (p < 0,001), de tal forma que, quanto menor a renda, mais precocemente o aleitamento materno exclusivo foi interrom- Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 5. 1066 Souza EL et al. Tabela 2 Interferência da hospitalização na manutenção ou não do aleitamento materno exclusivo, entre crianças internadas em um hospital pediátrico de Salvador, Bahia, Brasil, 2007 *. Alta Admissão AME AM N (%) N (%) N (%) AME 48 (57,1) 31 (64,6) 17 (35,4) AM 36 (42,9) 0 (0,0) 34 (94,4) ** Total 84 (100,0) 31 (37,8) 51 (62,2) * Análise estatística: teste de McNemar = 17; g.l. = 1; p = 0,00003738; ** Duas crianças foram desmamadas durante a hospitalização. Discussão do aleitamento materno exclusivo não se asso- ciou com a duração da internação, ou seja, mes- Cabe destacar que esta amostra estudada corres- mo crianças que permaneceram internadas por ponde a uma população selecionada de crianças períodos curtos tiveram o aleitamento materno internadas por infecção respiratória e compreen- exclusivo suspenso, indica que a introdução de de, principalmente, famílias com baixas condi- fórmulas lácteas não se relacionou com a gravi- ções sócio-econômicas, que representam a gran- dade do quadro clínico do lactente, e sugere que de maioria da população brasileira e de Salvador. reflita muito mais uma prática rotineira do servi- Entretanto, os resultados não poderão ser extra- ço do que as dificuldades inerentes à hospitaliza- polados para outras populações. É importante ção, relacionadas às crianças e as suas mães, co- esclarecer, também, que os dados referentes à mo bem apontaram Serra & Scochi 8, em estudo amamentação foram coletados de forma retros- qualitativo, conduzido numa unidade de terapia pectiva, fato que apresenta limitações inerentes intensiva neonatal, em Cuiabá, Mato Grosso. Os à metodologia do estudo. autores descreveram alguns obstáculos significa- Os resultados revelaram baixa prevalência tivos à prática do aleitamento materno dos lac- (49,5%) de aleitamento materno exclusivo, par- tentes internados e constataram a falta de rotinas ticularmente se considerarmos a média de idade e práticas de incentivo ao aleitamento, além das das crianças. Os dados sugerem que, em Salva- dificuldades de ordem física, como o desconforto dor, muitos lactentes têm introdução precoce de das acomodações para as mães e o fornecimento outros alimentos, muitos deles, de modo inade- de poucas refeições ao dia. O CPPHO, hospital quado, já no primeiro mês de vida. Por outro la- deste estudo, não dispõe de banco de leite. As do, comparando-se aos dados do Ministério da mães são acomodadas em cadeiras plásticas re- Saúde de 1999 3 e ao estudo de Oliveira et al. 7, em clináveis, com pouco conforto, sobretudo quan- Salvador, foi observada uma maior prevalência do a hospitalização é prolongada. As lactantes, de aleitamento materno exclusivo, ressaltando- cujos filhos estão sob aleitamento materno ex- se que este estudo avaliou uma amostra selecio- clusivo, recebem até cinco refeições diárias, en- nada de crianças, ao contrário dos dois citados, quanto acompanhantes. Deve-se ressaltar que que foram de base populacional e, portanto, são muitas dessas mães têm domicílio distante do mais representativos. hospital e que, muitas vezes, têm outras crianças A constatação de que 17,5% das crianças in- que necessitam de sua atenção, o que dificulta a cluídas nesse estudo tiveram o aleitamento ma- sua permanência em tempo integral no CPPHO, terno exclusivo interrompido pela introdução de bem como sua locomoção. Pode-se, também, le- fórmulas lácteas durante a internação revelou-se vantar a hipótese da falta de apoio dos compa- alarmante e surpreendente. Os dados da freqü- nheiros e demais familiares para a manutenção ência respiratória média das crianças à interna- da amamentação. ção, bem como a utilização de oxigênio foram Apesar de a unidade prestar assistência a lac- semelhantes entre aquelas que se mantiveram tentes jovens, não existem normas que estimu- em aleitamento materno exclusivo e as demais. lem a prática do aleitamento materno e previna Além disso, a observação de que a interrupção a sua interrupção. Cabe destacar, também, que Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 6. IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO 1067 Tabela 3 Características das crianças que permaneceram em aleitamento materno exclusivo durante a internação em hospital pediátrico de Salvador, Bahia, Brasil, 2007. Variáveis n % Sexo Masculino 24 77,40 Feminino 7 22,60 Idade do lactente (dias) Até 30 6 19,40 31 a 60 17 54,80 61 a 90 8 25,80 Mais de 90 - - Idade materna (anos) Até 20 7 22,60 21 a 30 18 58,00 31 a 40 6 19,40 Mais de 40 - - Renda familiar (salários mínimos) Sem renda fixa 11 35,50 1 9 29,00 2 7 22,60 3 ou mais 3 9,70 Sem informação 1 3,20 Escolaridade materna Sem escolaridade 2 6,50 1o grau completo e incompleto 16 51,60 2o grau completo e incompleto 10 32,30 Superior completo e incompleto 2 6,45 Sem informação 1 3,20 Realização de pré-natal Sim 28 90,30 Não 3 9,70 Tipo de parto Vaginal 21 67,70 Abdominal 9 29,00 Fórceps 1 3,20 Uso de oxigênio (dias) Não 25 80,60 1 3 9,70 3 2 6,50 6 1 3,20 Duração da internação hospitalar (dias) Até 7 17 54,80 8 a 14 10 32,30 Mais de 14 4 12,90 Nota: média da freqüência respiratória à internação: 61,6 ± 10,0. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 7. 1068 Souza EL et al. Tabela 4 Duração da internação hospitalar, em dias, nos grupos de crianças que iniciaram e que não iniciaram fórmula láctea no hospital. Quartil 5 Quartil 25 Quartil 50 Quartil 75 Quartil 95 Não iniciaram fórmula láctea (n = 49) 4 8 12 16 30,2 Iniciaram fórmula láctea (n = 17) 4,6 8 9 15 134 se trata de um hospital escola, contribuindo para entre crianças que foram internadas no período a formação de diversos profissionais da área de neonatal. Esses achados enfatizam a importância saúde como médicos, enfermeiros, nutricionis- da capacitação sistemática de profissionais e dos tas e fisioterapeutas, portanto os dados demons- serviços da saúde, contribuindo para o êxito da trados nesse estudo apresentam uma grande re- prática de aleitamento materno entre as crianças levância, uma vez que se esperava que houvesse hospitalizadas. O momento da hospitalização uma rotina que estimulasse a amamentação, pode representar uma oportunidade para siste- contribuindo, também, na formação de profis- matizar várias condutas adequadas para o futuro sionais preparados para assistir e estimular a das crianças, tais como: aleitamento materno, lactação. nutrição sadia, imunizações, prevenção de aci- Além das limitações de ordem física, já relata- dentes e de infecções, através de reuniões entre das, esses resultados revelaram que os profissio- os profissionais de saúde e as mães. nais de saúde, envolvidos na assistência a essas Neste estudo, foi demonstrada uma associa- crianças, não estão preparados no sentido de ção entre o nível sócio-econômico da família e orientar as mães e estimulá-las, adequadamente, a introdução de alimentos complementares. Os para a manutenção do aleitamento, nem a bus- lactentes nascidos em famílias de baixa renda carem, quando necessário, formas alternativas, tiveram o aleitamento exclusivo interrompido como a ordenha do leite, por exemplo, ou solu- mais precocemente. Esses dados concordam cionarem outros problemas e dúvidas comuns, com o trabalho de Mascarenhas et al. 12 que ava- relacionados com a prática do aleitamento. O liou lactentes entre um e três meses de idade, na estudo de Quattrone et al. 9 avaliou o impacto da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, e observou internação na prática da amamentação entre 108 uma associação entre a baixa renda familiar e a lactentes, menores de seis meses, em um hospi- interrupção do aleitamento exclusivo antes dos tal de Buenos Aires, Argentina. Os autores ob- três meses de idade. Oliveira et al. 7 estudaram os servaram que 60% dos lactentes que eram ama- fatores associados à interrupção precoce do alei- mentados no início da internação foram desma- tamento exclusivo ou predominante em crianças mados até a alta, dos quais 42% o fizeram apenas menores de 24 meses de idade, da cidade de Sal- pela hospitalização e não por causas médicas, vador, e observaram que as condições precárias além de 17% terem relatado “hipogalactia”. Es- de vida estavam associadas à introdução de ali- ses dados, ainda mais relevantes que os nossos, mento complementar e desmame precoces. Por demonstram que, possivelmente, as equipes de outro lado, em um trabalho realizado na cida- saúde têm falhado no incentivo à amamentação. de de Feira de Santana, entre crianças menores A IHAC tem demonstrado francos benefícios de um ano de idade, Vieira et al. 4 encontraram à amamentação, mas está limitada a maternida- maior prevalência de aleitamento materno entre des. Desconhecemos qualquer iniciativa seme- as crianças nascidas em famílias de baixa renda. lhante para hospitais pediátricos, que não são Ressalte-se que essa cidade apresenta um traba- maternidades, e assistem crianças nos primeiros lho sistemático de incentivo à amamentação, o anos de vida. Em um estudo realizado em Salva- que pode contribuir para esses achados 13. É im- dor, Silva et al. 10 avaliaram o conhecimento ma- portante destacar que neste estudo um grupo de terno sobre aleitamento e observaram o alto grau crianças teve o aleitamento materno exclusivo de desinformação das mães sobre o tema, desta- suspenso durante a hospitalização. Dessa forma, cando o papel dos profissionais de saúde no es- a internação pode ser um potencial confundidor. clarecimento de dúvidas, especialmente durante Além disso, trata-se de uma amostra altamente o pré-natal. O estudo de Vannuchi et al. 11 de- selecionada, de tamanho pequeno, o que pode monstrou um impacto positivo da IHAC mesmo ter gerado viés de seleção. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 8. IMPACTO DA INTERNAÇÃO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO 1069 Este estudo não identificou associação entre entre as crianças de mães com maior escolari- a idade materna e o desmame, nem associação dade, entretanto, um percentual significativo de com a introdução precoce de outros alimentos, crianças estava hospitalizado à época da inter- ao contrário dos dados de Oliveira et al. 7, on- rupção do aleitamento materno exclusivo, e por de se verificou associação entre idade materna isso, essa associação deve ser vista com parcimô- e interrupção precoce do aleitamento: filhos de nia, pois pode estar sendo influenciada por múl- mães menores de vinte anos tiveram maior chan- tiplos fatores ligados à hospitalização. Destaque- ce de serem desmamados antes dos seis meses se, também, o pequeno tamanho da amostra, a de vida. população de estudo altamente selecionada e a Vasconcelos et al. 14 estudaram os fatores as- constatação de que, em geral, trata-se de famílias sociados à duração do aleitamento materno em com baixo nível de escolaridade, não se obser- crianças menores de dois anos, em Pernambuco, vando grandes diferenças entre os subgrupos. e observaram maior duração de aleitamento en- Os resultados do estudo revelaram um im- tre aquelas que residiam na região metropolita- pacto negativo da hospitalização na amamenta- na de Recife, cujas famílias apresentavam renda ção. Esses achados apontam para a necessidade maior que dois salários mínimos e cujas mães de se adotar medidas para melhorar a assistên- haviam freqüentado pelo menos seis consultas cia pré-natal, sensibilizando as mães e os outros de pré-natal. Neste trabalho, não se obteve as- familiares sobre a importância do aleitamento sociação entre a realização de pré-natal e o nú- materno. A maternidade deve dar continuidade mero de consultas e a idade do desmame, o que a esse trabalho, que deve ser estendido a todas pode refletir a pequena ênfase do pré-natal no as unidades que prestam assistência a lactentes. incentivo à gestante para adoção do aleitamento É fundamental que existam unidades de apoio materno. Nesse estudo, observou-se associação dirigidas para as mães que se encontram em fase entre a renda familiar e o desmame e também de lactação. É imperativo que os hospitais pe- entre a escolaridade materna e o desmame. De diátricos contornem as dificuldades de ordem forma semelhante, Escobar et al. 15, avaliando física e que se faça sensibilização e treinamento crianças atendidas num serviço de emergência permanente dos profissionais envolvidos com a da cidade de São Paulo, constataram maior du- assistência a essas crianças, no sentido de asse- ração do aleitamento materno entre os filhos de gurar o aleitamento exclusivo nos primeiros seis mães com maior escolaridade. Resultados seme- meses de vida, enfatizando esta necessidade du- lhantes foram obtidos por Volpini & Moura 16 em rante a hospitalização. Há real urgência de ser um estudo realizado em Campinas, São Paulo. criada a iniciativa amiga da criança em hospi- Destaque-se que nossa população de crianças tais e ambulatórios gerais que assistem lactentes, desmamadas foi muito pequena, o que dificulta com a criação de normas claras e bem funda- nossas interpretações. mentadas sobre o apoio ao aleitamento mater- Esses resultados demonstraram uma intro- no, assegurando-se, também, a avaliação regular dução mais precoce de leite ou outros alimentos dessas atividades. Resumo Trata-se de estudo do tipo corte transversal que objeti- hospital. Na análise bivariada, houve associação entre vou determinar a prevalência de aleitamento materno maior escolaridade materna e interrupção mais pre- em lactentes menores de quatro meses, internados por coce da amamentação exclusiva e entre renda familiar infecção respiratória em um hospital de ensino de Sal- mais baixa e interrupção mais precoce do aleitamento vador, Bahia, Brasil e descrever a influência da inter- materno exclusivo. A prevalência de aleitamento ma- nação na prática da amamentação. As mães foram en- terno exclusivo foi baixa e em 35,4% dos casos foi in- trevistadas e os dados sobre alimentação foram obtidos terrompido durante a internação hospitalar, possivel- através de ficha padronizada nas quais são registradas mente, por dificuldades de ordem física e pelo pequeno informações sobre as práticas alimentares durante a apoio da equipe de saúde no estímulo à manutenção internação. Entre as 97 crianças incluídas, o aleita- da amamentação. mento materno exclusivo foi verificado em 57,1%, sen- do interrompido em 35,4% dos pacientes pelo uso de Aleitamento Materno; Desmame; Hospitalização; Lac- fórmulas lácteas. A média de duração da internação tente; Infecções Respiratórias não se associou à introdução de fórmulas lácteas no Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008
  • 9. 1070 Souza EL et al. Colaboradores Agradecimentos A. C. S. Sá e C. M. Bastos participaram da coleta dos Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia dados, interpretação dos resultados e da elaboração do (FAPESB, processo PS 01/2005), pelo financiamento artigo. A. B. Diniz contribuiu na interpretação dos resul- parcial do trabalho. tados e na elaboração do artigo. C. M. C. Mendes cola- borou na interpretação dos resultados e na elaboração e implementação da análise estatística. E. L. Souza par- ticipou da elaboração do projeto, da coleta dos dados, da interpretação dos resultados e da elaboração final do artigo. L. R. Silva contribuiu na interpretação dos resultados e na elaboração final do artigo. Referências 1. Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana 10. Silva LR, Vieira G, Dias CPF, Diniz-Santos DR, da Saúde. Guia alimentar para crianças menores Ferraz F, Carneiro G, et al. Conhecimento mater- de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. (Sé- no sobre aleitamento: um estudo piloto realizado rie AS. Normas e Manuais Técnicos, 107). em Salvador, Bahia visando à elaboração de uma 2. Gartner LM, Morton J, Lawrence RA, Naylor AJ, cartilha educativa. Rev Ciênc Méd Biol 2005; 4: O’Hare D, Schanler RJ, et al. Breastfeeding and the 186-93. use of human milk. Pediatrics 2005; 115:496-506. 11. Vannuchi MTO, Monteiro CA, Réa MF, Andrade 3. Ministério da Saúde. Pesquisa da prevalência do SM, Matsuo T. Iniciativa Hospital Amigo da Crian- aleitamento materno nas capitais e no Distrito Fe- ça e aleitamento materno em unidade de neona- deral. Brasília: Ministério da Saúde; 2001. tologia. Rev Saúde Pública 2004; 38:422-8. 4. Vieira GO, Almeida JAG, Silva LR, Cabral VA, Netto 12. Mascarenhas MLW, Albernaz EP Silva MB, Silveira , PVS. Fatores associados ao aleitamento materno RB. Prevalência de aleitamento materno exclusi- e desmame em Feira de Santana, Bahia. Rev Bras vo nos 3 primeiros meses de vida e seus determi- Saúde Matern Infant 2004; 4:143-50. nantes no Sul do Brasil. J Pediatr (Rio J) 2006; 82: 5. Almeida JA, Novak FR. Amamentação: um híbrido 289-94. natureza-cultura. J Pediatr (Rio J) 2004; 80:119-25. 13. Vieira GO. A Iniciativa Hospital Amigo da Criança, 6. Lamounier JA. Promoção e incentivo ao aleitamen- o aleitamento materno e a mastite lactacional em to materno: Iniciativa Hospital Amigo da Criança. J Feira de Santana [Tese de Doutorado]. Salvador: Pediatr (Rio J) 1996; 72:363-8. Faculdade de Medicina, Universidade Federal da 7. Oliveira LPM, Assis AMO, Gomes GSS, Prado MS, Bahia; 2005. Barreto ML. Duração do aleitamento materno, 14. Vasconcelos MGL, Lira PIC, Lima MC. Duração regime alimentar e fatores associados segundo e fatores associados ao aleitamento materno em condições de vida em Salvador, Bahia, Brasil. Cad crianças menores de 24 meses de idade no esta- Saúde Pública 2005; 21:1519-30. do de Pernambuco. Rev Bras Saúde Matern Infant 8. Serra SOA, Scochi CGS. Dificuldades maternas no 2006; 6:99-105. processo de aleitamento materno de prematuros 15. Escobar AMU, Ogawa AR, Hiratsuka M, Kawashita em uma UTI neonatal. Rev Latinoam Enferm 2004; MY, Teruya PY, Grisi S, et al. Aleitamento mater- 12:597-605. no e condições socioeconômico-culturais: fatores 9. Quattrone F, Dell Oso MA, Sanchis MC, Du Mor- que levam ao desmame precoce. Rev Bras Saúde tier A. Abandono de la lactancia como consecuen- Matern Infant 2002; 2: 253-61. cia de la internación pediátrica. Med Infant 1995; 16. Volpini CCA, Moura EC. Determinantes do desma- 2:97-9. me precoce no distrito noroeste de Campinas. Rev Nutr PUCCAMP 2005; 18:311-9. Recebido em 23/Mai/2007 Versão final reapresentada em 02/Out/2007 Aprovado em 25/Out/2007 Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1062-1070, mai, 2008