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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
MARIA ALVES DA SILVA
O USO DAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS
NAS AULAS DE BIOLOGIA
IGUATU-CEARÁ
2014
II
MARIA ALVES DA SILVA
O USO DAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS
NAS AULAS DE BIOLOGIA
Monografia apresentada à Coordenação do Curso de
Ciências Biológicas da Faculdade de Educação,
Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual
do Ceará, como requisito parcial para a conclusão do
curso.
Orientação: Prof. Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva
IGUATU-CEARÁ
2014
III
S586u Silva, Maria Alves da.
O Uso das Tecnologias como Ferramentas Pedagógicas nas Aulas
de Biologia / Maria Alves da Silva. [Orientada por] Fernando
Roberto Ferreira Silva. – Iguatu, 2014.
34 p.
Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará,
Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas, Iguatu, 2014.
1. Ensino da Biologia 2. Recursos 3 Aprendizagem
4.Conhecimentos Significativos
I. Silva, Fernando Roberto Ferreira (Orient.) II. Universidade
IVIV
V
RESUMO
O ensino de Biologia deve vir aliado a recursos que possam tornar sua
aprendizagem mais eficiente para os alunos. O uso de tecnologias de informação e
conhecimento estão entre as alternativas pedagógicas utilizadas atualmente pelas
escolas. Neste estudo, a questão central é responder se as aulas de Biologia do
Ensino Médio têm sido desenvolvidas com a utilização das tecnologias como
ferramentas dinamizadoras do processo ensino-aprendizagem. Para isso, pretende-
se alcançar como objetivo verificar como os alunos do Ensino Médio veem a
inserção das tecnologias de comunicação e informação nas aulas de Biologia, tendo
como população da pesquisa, alunos do 1º ano do Ensino Médio da E.E.M.
Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota, em Quixelô-CE. Com o resultado foi
mostrado que as tecnologias de informação e comunicação estão sendo utilizadas
como complemento importante nas aulas de Biologia, contribuindo para a
aprendizagem dos alunos através da construção de conhecimentos significativos
nessa área.
Palavras-chave: Ensino da Biologia: Recursos Tecnológicos; Aprendizagem;
Conhecimentos significativos.
VI
ABSTRACT
The teaching of biology should come together with resources to make your learning
more efficient for students. The use of information technology and knowledge are
among the pedagogical alternatives currently used by schools. In this study, the
central question is to answer whether the biology classes of high school have been
developed with the use of technologies as tools of a motor learning process? For
this, we intend to achieve the aim of investigating how the high school students see
the integration of information and communication technologies in biology classes,
with the population of the research students of the 1st year of high school EEM
Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota in Quixelô-CE. The expected outcome for
this study is that information and communication technologies are being used to
supplement important in biology classes, contributing to student learning by building
significant expertise in this area.
Keywords: biology teaching; Resources technologies, Learning, Knowledge
significant
VII
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 08
2 OBJETIVOS ................................................................................................ 10
2.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................ 10
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.......................................................................... 10
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................... 11
3.1 AS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA ....................................................
3.2 O ENSINO DE BIOLOGIA.............................................................................
3.3 O ENSINO DE BIOLOGIA E AS TIC.............................................................
4 METODOLOGIA..........................................................................................
4.1 TIPO DE PESQUISA.....................................................................................
11
13
15
17
17
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA.......................................................................... 17
4.3 LOCAL DA PESQUISA................................................................................. 17
4.4 COLETA DOS DADOS ................................................................................. 18
4.5 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................ 18
4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA.......................................... 18
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................. 20
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 29
REFERÊNCIAS................................................................................................ 31
APÊNDICES....................................................................................................... 33
8
1 INTRODUÇÃO
O cenário da escola atual apresenta-se de forma a inserir no processo
ensino-aprendizagem, com maior intensificação, um uso variado de recursos
didáticos. Observando a realidade da rede pública de ensino, sabe-se que uma
proposta de utilização de diferentes recursos, há algumas décadas, era praticamente
inviável, por conta da situação das escolas, cuja carência de recursos era visível,
quando se observava problemas de aquisição, inclusive, de materiais básicos, como
livros didáticos, por exemplo.
No entanto, esta é uma realidade que, gradativamente, vem sendo
mudada. As escolas públicas, senão a maioria delas, já dispõem de recursos,
principalmente, aqueles relacionados às Tecnologias da Informação e Comunicação
- TIC. Pressupõe-se, então, a partir da aquisição de novas ferramentas pedagógicas,
pelas escolas públicas, que todas as áreas de conhecimento foram revigoradas em
seu planejamento de ensino e sua abordagem em sala de aula.
Entre as áreas de conhecimento, tem-se a Biologia, cujo procedimento
didático-metodológico para sua aplicação em sala de aula, é alvo de críticas já que
para alguns autores, como será observado ao longo deste estudo, ainda prevalece
uma abordagem essencialmente teórica, voltada para a descrição e segmentação
dos conteúdos, que não resultam em uma aprendizagem satisfatória, já que acaba
havendo uma tendência à memorização pelos alunos do que à construção do
conhecimento, de forma significativa (KRASILCHIK, 2000).
Tratar do ensino de Biologia aliado ao uso das novas tecnologias significa
colocar a escola em sintonia com o contexto social atual, no qual a informação e o
conhecimento têm sido cada vez mais democratizados, e novas descobertas
científicas estão presentes diariamente, no cotidiano dos alunos, por meio de mídias
diversas, e já não se concebe que a escola fique alheia a tudo isso.
Os alunos veem na mídia discussões acerca de assuntos relacionados à
genética, ecologia, citologia, enfim, a gama de conhecimentos inseridos na área de
Biologia e isso acaba despertando sua curiosidade e vontade de aprofundar-se
acerca dessas abordagens na escola.
É daí, principalmente, que surge a necessidade de que os recursos sejam
utilizados de forma a promover o conhecimento de uma forma mais sistematizada,
aprimorando as informações que o aluno já traz de seu contexto. E isso só
9
acontecerá a partir do momento em que a escola corrigir as lacunas existentes no
ensino de Biologia, trabalhando-o de forma a inserir uma aprendizagem satisfatória e
o que se traz como pressuposto é que, diante de uma preparo adequado, as
tecnologias podem contribuir muito para que isto aconteça.
Vendo a utilização das TIC como ferramentas fomentadoras da
distribuição e do compartilhamento de informações e conhecimentos, vê-se a
pertinência da amplitude de sua utilização nas aulas de Biologia, que deve ser
tratada em sala de aula com uma abordagem metodológica funcional.
A relevância dessa temática é, porque apesar das dificuldades que
fizeram e fazem parte do processo ensino-aprendizagem, muitos professores têm
sua prática docente marcada pela não acomodação. Assim, têm buscado formas de
apresentar um ensino dinâmico o que pode ser observada no cotidiano de algumas
escolas.
Providos dos meios necessários de TIC, entre outros recursos, espera-se
ao final desta investigação, encontrar respostas que venham a corroborar o
pensamento inicial, no que se refere aos recursos tecnológicos contribuírem
positivamente para o processo ensino-aprendizagem em Biologia.
Considera-se, nesse caso, ter o aluno mais condições de responder
positiva ou negativamente a determinadas metodologias e utilização de recursos
didáticos, já que a finalidade do ensino está em sua formação, na construção do seu
conhecimento, e, assim, a efetividade e eficácia do método tem condições de ser
melhor avaliado pelos discentes, sobretudo, a partir dos resultados que se tem em
relação ao seu desempenho.
10
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Verificar como os alunos de uma turma de 1º ano do Ensino Médio da
Escola de Ensino Médio Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota veem a inserção
das tecnologias de comunicação e informação nas aulas de Biologia.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Identificar as inovações presentes com o uso de tecnologias no
processo ensino-aprendizagem, a partir da percepção dos alunos;
 Analisar as dificuldades presentes no ensino de Biologia e os
norteamentos para superá-las;
 Discutir sobre os caminhos a serem tomados para a inserção das
tecnologias no ensino de Biologia.
11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 AS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA
Vêm sendo observado nas últimas décadas que as mudanças e
evoluções no campo da ciência e da tecnologia têm sido intensas. Tais mudanças
devem ser percebidas como resultado de um processo presente nos diversos
setores da sociedade, que tem tido acesso a recursos cada vez mais modernos e
práticos. Para garantir a continuidade desse desenvolvimento é preciso entender a
educação como norteadora e definidora desses avanços, ou seja, é através da
educação que essas mudanças ocorrem (ARAÚJO; SILVA, 2012).
Isso acompanha as mudanças que vêm ocorrendo na escola, nas últimas
décadas, e que, atualmente, são contínuas, quando o caminho aponta para que
mais avanços surjam em relação à instituição e à condução de sua prática
pedagógica.
Por um longo tempo, era concebida a escola, como o local privilegiado no
qual se obtinham informações e conhecimentos. Esta realidade mudou,
principalmente, em um momento em que o acesso à informação torna-se cada vez
mais democrático, existindo, para isso, espaços diversificados, mudança
possibilitada, sobretudo, pelas tecnologias atuais. Isso faz com que se veja a
necessidade de a escola estar preparada para um trabalho com novas habilidades,
levando os alunos a terem uma visão crítica dessas informações e de seus espaços
de difusão, aprendendo, ainda, a compará-las e sintetizá-las. Para isso, a escola
deve utilizar as mídias e tecnologias, contextualizando sua prática pedagógica às
inovações presentes no mundo atual (RUPPENTHAL, SANTOS E PRATI (2011).
Atualmente, as tecnologias transformam-se cada vez mais em um
importante suporte para a educação, conduzindo a prática docente ao desafio de
inserir ações inovadoras, buscando alternativas que tornem o processo ensino-
aprendizagem dinâmico, interessante e producente para a construção do
conhecimento e o desenvolvimento pleno do aluno.
As TIC têm como principal função a transmissão de informação através de
redes de computadores e meios de comunicação. Dentre as possibilidades
pedagógicas de tecnologia na escola estão computadores, notebooks, TV, DVD,
aparelho de som, câmera digital, projetor, smartphones e internet, usados para criar
12
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, como principais equipamentos de apoio para
os alunos.
As TIC funcionam de forma a oferecer ao professor um importante auxílio,
no que se refere à transmissão do conhecimento, possibilitando a inovação na forma
de ensinar, com criatividade e dinamismo, levando o aluno a novas descobertas, à
motivação para investigar, promovendo, também, o diálogo contínuo. O aluno,
então, pode se sentir mais motivado para a construção do conhecimento, o que
mostra que as tecnologias podem ser caracterizadas como um importante
instrumento de apoio no processo ensino-aprendizagem (MERCADO, 2002).
Acompanhando o que pensa Almeida (2005) apud Araújo e Silva, (2012),
que destacam a importância do uso das tecnologias na educação, exaltando que
estas podem estabelecer múltiplas conexões entre os sujeitos do processo
educativo, analisa-se, também, o quanto os recursos tecnológicos contribuem como
facilitadores da construção do conhecimento, como também, para o processo de
motivação dos alunos, que acabam ficando mais interessados nas aulas.
É importante observar a inserção das TIC na aprendizagem, sob a
perspectiva das alternativas que surgem relacionadas à intercomunicação e
informação, sendo fundamental destacar que, para que esse processo traga
resultados positivos, as tecnologias devem ser trabalhadas de forma adequada, com
reflexão, formação dos professores, crítica e interação.
Moran (1994) considera importante promover a interação entre o aluno e
o professor, por meio de um trabalho colaborativo, que favoreça, também, a
interação com os demais colegas, compartilhando atividades, opinando, tomando
decisões, explorando os recursos tecnológicos, principalmente facilitado com o uso
do computador.
O professor e, também, a escola, de um modo geral, devem entender que
alternativas que tenham como finalidade facilitar a construção do conhecimento e
oferecer mais motivação, trazer maior dinamismo às aulas, não podem ser
descartadas no processo ensino-aprendizagem.
O que se subentende a partir daí, é que o professor deve estar aberto
para a inserção de práticas inovadoras, quando se insere nesse processo o uso das
tecnologias como ferramentas pedagógicas, sobretudo, as TIC.
Quando se faz referência às tecnologias na escola, algo que se faz
essencial, é que não se trata apenas de prover a instituição de recursos, com a
13
instalação de equipamentos. A sua utilização deve fazer sentido para a
aprendizagem, pois, de acordo com a análise de Barreto (2001), o fato de a escola
dispor de recursos tecnológicos sem que seja levado em conta o desenvolvimento
de competências que esses recursos vão proporcionar, não é determinante para a
eficácia de sua utilização. A escola precisa estar preparada para lidar com essas
tecnologias de forma producente e inserir esses recursos nas práticas educacionais,
de forma a extrair o que eles podem trazer de positivo para o processo ensino-
aprendizagem.
Para Cox (2003) apud Moraes (2010, p. 19):
“[...] tecnologias de informação e comunicação, em prática, são aliadas aos
recursos tradicionais; quadro negro, livros, vídeos, cadernos, papéis, giz,
propondo que as ferramentas disponibilizadas pela informática não sugerem
a substituição de ações e sim o complemento e reformulação destas.
A importância desse pensamento aponta para uma das questões
relacionadas ao uso de tecnologias na educação, que é o desafio que a escola tem
à frente, no sentido de estar preparada para lidar com esses recursos, torná-los
eficientes para a aprendizagem do aluno e, sobretudo, entender que eles devem
atuar como complemento no processo educativo.
3.2 O ENSINO DE BIOLOGIA
Sobrinho (2009), fazendo uma reflexão sobre o ensino de Biologia, na
forma como é tratado em muitas escolas, chega à conclusão que, muitas vezes, há
o desenvolvimento das aulas com base meramente nos livros didáticos, trabalhadas
na forma de repasse de conhecimento já pronto, numa metodologia centrada no
professor, prevalecendo as aulas expositivas, vez ou outra havendo a demonstração
de alguns experimentos, com foco muito mais na memorização do que no
desenvolvimento da aprendizagem.
Esta crítica que o autor faz é porque muitos professores ainda se sentem
fortemente ligados ao ensino tradicional, não conseguindo desvincular-se dele, e,
assim, complementando seu pensamento, o autor ainda traz que:
Num panorama geral das escolas no país, percebemos que nelas vigoram
um ensino padronizado, tratando os conteúdos escolares igualmente, onde
alunos e professores participam como atores que desempenham seus
papéis, não se envolvendo com quem produziu os conteúdos ou na forma
14
como estes chegam até eles. Nossas escolas, ainda tradicionalista, não têm
conseguido acompanhar e se adequar à evolução das pesquisas
(SOBRINHO, 2009, p.10).
Talvez o autor esteja generalizando ou exagerando em sua percepção
sobre o ensino de Biologia, já que não se pode negar que alguns avanços têm
acontecido de forma evidente, o que não implica em afirmar que seu pensamento
esteja totalmente equivocado, já que algumas escolas ainda se deparam com essa
realidade.
Alguns pesquisadores na área das Ciências, como por exemplo Wood-
Robinson et al. (1998), destacam em seus estudos a necessidade de educar o
homem para a cidadania responsável por meio de uma alfabetização que contemple
uma formação científica. É na escola, ambiente cultural apropriado, que se deve
iniciar um processo que permita aos cidadãos obter informações e desenvolver a
capacidade crítica.
A Biologia é um campo que, frequentemente, desperta questionamentos
por parte dos alunos, que querem saber sobre temas atuais. Eles questionam não
somente conceitos, mas, o desenvolvimento das experiências, os pontos positivos e
negativos, os resultados, etc. São questões científicas e tecnológicas que, embora
estejam constantemente sendo abordadas nos mais diversos espaços e traduzam
uma convivência com as inovações tecnológicas, necessitam de um embasamento
científico para as respostas.
Vê-se que, diante dessa realidade, a superficialidade do ensino de
Biologia não tem espaço na escola e é necessário ainda que os professores deem a
esse ensino outras funções, fora daquelas que, por tradição, se fazem presente no
currículo escolar.
A aula de biologia trabalhada pelos professores deve-se apresentar à vida
cotidiana como uma possibilidade de explicitar os conceitos biológicos,
provocando o interesse do aluno para dar visibilidade aos conceitos da
biologia. No cotidiano deve proporcionar situações que mostre o papel da
ciência apresentados através dos costumes, dos hábitos e dos problemas
socioambientais para solucionar os problemas. Assim, os professores
mostrarão como a biologia pode responder as necessidades humanas,
levando para a sala de aula assuntos do cotidiano dos alunos, dando
oportunidade para eles conhecerem os aspectos relacionados à ciência, à
tecnologia e à sociedade (DEMO apud SOBRINHO, 2009, p. 21).
15
Diante do ensino de Biologia, o professor depara-se com alguns desafios,
como estar preparado para os vários questionamentos que surgem em relação a
uma área em constante renovação e, consequentemente, tornar esse ensino
atraente o bastante para que desperte o aluno para a motivação em construir novos
conhecimentos e tornar esses conhecimentos significativos.
Porém, ainda se percebe que grande parte dos professores é resistente a
mudanças e insiste em permanecer na estratégia de que o professor continua sendo
o detentor do saber. Diante dessas inovações que estão ocorrendo, o educador que
ainda pensa dessa forma encontra grandes dificuldades, pois os alunos que são
recebidos hoje, em sala de aula, se expressam, se comportam, vivem de formas
diferentes e é preciso estar atento a essas transformações.
3.3 O ENSINO DE BIOLOGIA E AS TIC
Para Seabra (2005), tecnologia educacional é, por exemplo, usar uma lata
de água, um pedaço de madeira e uma pedra para explicar a flutuação dos corpos; e
complementa que em contrapartida, apertar a tecla de um vídeo sobre o assunto e
deixar os alunos o assistirem passivamente, nada tem de tecnologia.
Então, deve-se ter em mente que existe um grande equívoco quando o
professor diz que faz uso da tecnologia educacional, porque reserva algumas aulas
para os alunos assistirem a um filme, por exemplo. A educação tecnológica deve ser
aplicada de forma a contribuir para o exercício crítico de construção de saberes.
Complementando, deve-se considerar o tratamento dos conteúdos
através de uma abordagem que privilegie a História da Ciência, e as relações entre
Ciência, Tecnologia e Sociedade, como possibilidade de permitir aos alunos novas
interpretações do mundo natural e social (ALVES; CALDEIRA, 2005, p. 74).
Modificando e dinamizando as aulas, o professor terá mais tempo para
observar as especificidades de seus alunos, podendo criar estratégias de inclusão
para todos.
As tecnologias, dentro de um projeto pedagógico inovador, facilitam o
processo de ensino-aprendizagem: sensibilizam para novos assuntos,
trazem informações novas, diminuem a rotina, nos ligam com o mundo, com
as outras escolas, aumentam a interação, (redes eletrônicas) permitem a
personalização (adaptando ao ritmo de trabalho de cada aluno) e se
comunicam facilmente com o aluno, porque trazem para sala de aula as
linguagens e comunicação do dia-a-dia.(MORAN, 1994, p.237).
16
Com a Informática avançando continuamente, tem-se cada vez mais
alternativas de utilização dos recursos de acesso ao conhecimento e à informação
pelo aluno, funcionando como importantes complementos às atividades pedagógicas
realizadas pela escola.
O conhecimento não é algo que acontece de forma isolada, como se
vislumbrava no ensino tradicional, quando existia uma concepção de conhecimento
no qual bastava o mero repasse do conteúdo, ao aluno. Assim, a tecnologia deve vir
de forma a compor esse processo de construção de conhecimento, possibilitando a
reflexão e a análise crítica, sendo um apoio pedagógico para a efetivação da
aprendizagem.
O papel do professor, nesse processo, é de atuar na mediação da
aprendizagem mediante o uso de tecnologias, sempre buscando as inovações nesse
campo e utilizando estratégias para que estas se adequem na proposta de ensino,
visando resultados significativos.
A tecnologia utilizada deve vir inserida dentro de um projeto específico de
ensino e ser um recurso, entre outros, para dar suporte à aprendizagem e não ser
considerado isoladamente, como se sozinha pudesse desempenhar um papel, sem
estar integrada a outros suportes da ação pedagógica.
17
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
O presente estudo traz uma pesquisa descritivo-exploratória com
abordagem qunti-qualitativa. Para Minayo (2007) a abordagem quantitativa traduz
em números as informações e opiniões para serem analisadas e classificadas,
utilizando-se as técnicas estatísticas.
Conforme Triviños (1987), a pesquisa de natureza descritiva é aquela que
tem como foco essencial o desejo de conhecer uma realidade, ou seja, descrever
fatos e fenômenos de uma determinada situação. O estudo exploratório, segundo
Gil (1999), é aquele que envolve levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas
que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de
exemplos que estimulem a compreensão.
A abordagem qualitativa é aquela que se aplica ao estudo da história, das
relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, sendo
também o resultado das interpretações que os seres humanos fazem com relação a
sua vivência e ao processo de construção do meio em que vivem e de si mesmo,
enfatizando seus sentimentos e pensamentos (MINAYO, 2007).
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população do estudo foi composta pelas turmas do 1º ano do Ensino
Médio da E. E. M Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota. As turmas do 1º ano
são formadas por 142 alunos, participando da amostra, 82 alunos, escolhidos pela
disponibilidade em participar da pesquisa.
4.3 LOCAL DE ESTUDO
O local de estudo foi a E. E. M Gonzaga Mota, única escola de Ensino
Médio regular do Município de Quixelô/CE, sendo uma escola da rede pública
estadual de ensino.
18
A Escola de Ensino Médio Prof. Luiz Gonzaga da Fonseca Mota foi
fundada em Abril de 1986 e autorizada em 6 de Fevereiro de 1991 sendo
reconhecida em 13 de janeiro de 1996, hoje está referendada no PARECER Nº:
01022/02 do Conselho de Educação do Ceará.
Por ser a única escola existente em Quixelô que tem o Ensino Médio
como modalidade de ensino, a E. E. M. Prof. Luiz Gonzaga da Fonseca Mota
absorve quase toda a demanda do município, com exceção dos que podem pagar
uma escola particular e que se deslocam para outra cidade.
A escola atende a todos os discentes do município na qual está inserida
na modalidade de Ensino Médio, por isso tem uma forte diversidade social, cultural e
econômica. Concluindo em total de 1065 alunos assim distribuídos: vespertino com
299 alunos e noturno com 766 alunos. Sendo que funcionam turmas de Educação
de Jovens e Adultos - EJA à noite que não estão incluídos nessa distribuição.
4.4 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi feita através de um roteiro de entrevista
semiestruturada individual (APÊNDICE A). A entrevista, segundo Leopardi (2002),
requer um diálogo programado entre pesquisador e entrevistado. No caso em
particular da entrevista semiestruturada, combina-se perguntas abertas e fechadas,
possibilitando assim, a quem está sendo entrevistado, discorrer sobre o tema em
questão sem se deter à indagação formulada (MINAYO, 2007).
.
4.5 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram demonstrados através de tabelas e analisados conforme
seus resultados, sendo que, na última questão, por se tratar de uma pergunta
aberta, utilizou-se a análise do conteúdo que conforme Minayo (2007) é um dos
métodos mais comumente adotados para representar o tratamento de dados de
pesquisa qualitativa.
Nessa proporção, os dados obtidos na entrevista foram submetidos a uma
estruturação criteriosa por meio da técnica de análise de conteúdo, estabelecendo
relações entre os resultados obtidos com a literatura.
19
4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA
A pesquisa em questão cumpriu os requisitos da Resolução Nº. 196/96,
do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde (CNS/MS), que trata das
diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisas que envolvem seres
humanos.
Esta Resolução visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à
comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado, incorporada pelos
quatro princípios básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e
justiça (BRASIL, 1996).
Atentando aos quatro princípios éticos os responsáveis pelos
participantes assinarão um (TALE) para o estudo, em duas vias (APÊNDICE B e C),
sendo esclarecidos que poderiam retirar-se da pesquisa no momento em que o
desejarem. Além disso, foram orientados acerca do anonimato, natureza da
pesquisa, objetivos, sigilo das informações dadas e possíveis benefícios da pesquisa
para a comunidade.
20
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os alunos entrevistados apresentam uma faixa etária entre 14 e 23 anos,
sendo, no entanto, a média de idade geral, de 15 anos. Verificou-se uma maior
participação de meninas na pesquisa, totalizando 51 entrevistadas, enquanto os
meninos somaram apenas 31.
Os alunos foram questionados em relação aos recursos utilizados em sala
de aula. Assim, eles foram questionados se há utilização de recursos diversos. Além
disso, compreendendo que a utilização de recursos comumente é parte da
metodologia aplicada pelo professor, foi solicitado que os alunos avaliassem a
metodologia utilizada no ensino de Biologia, em sua sala de aula. Complementando
ainda esta questão acerca da metodologia, quis-se saber dos alunos se eles
consideram que o método e os recursos utilizados influenciam no seu rendimento
escolar, e as respostas a esses questionamentos são demonstrados na tabela
abaixo:
TABELA 01 – Os recursos tecnológicos em sala e a metodologia do professor
Variáveis N %
Valorização dos recursos nas aulas de Biologia
Sim 19 23
Nem sempre 46 56
Nunca 17 21
Avaliação da metodologia nas aulas de Biologia
Ótima 10 12
Boa 43 52
Regular 27 33
Ruim 02 03
Metodologia e recursos: determinantes para o rendimento do aluno
Sim 72 88
Não 10 12
Fonte: Dados da pesquisa
Percebe-se entre a maioria dos alunos (56%) uma percepção de que a
utilização de recursos diversos durante as aulas de Biologia não tem sido prática
constante. Por se tratar de alunos cursando o mesmo ano letivo, mas pertencendo a
21
turmas diferentes, pressupõe-se que seja esse o motivo das divergências nas
respostas, pois 23% dos alunos afirmam haver a diversificação de recursos e 21%,
que isso nunca acontece.
Corroborando o que já foi discutido neste estudo, encontra-se em Silva et
al (2012), vários aspectos que justificam a utilização de recursos diversificados em
sala de aula, sendo que na pesquisa desses autores, realizada em uma escola
pública de Teresina-PI, eles verificaram os resultados provindos do uso de vários
recursos didáticos vários em aulas de Ciências Naturais e chegaram à conclusão de
que essa diversificação, além de facilitar a aprendizagem, preenche, também,
lacunas importantes que são legados do ensino tradicional, enfatizando, porém, que
é fundamental o preparo do professor para a aplicação desses recursos de forma
satisfatória.
Sobre a metodologia, entre as avaliações ótima e boa, que obtiveram,
respectivamente, 12% e 52% das respostas, pode-se analisar que, consideradas em
conjunto, apontam para uma avaliação positiva pela maioria dos alunos, com uma
grande predominância daqueles que afirmaram ser boa a metodologia utilizada. No
entanto, não se pode deixar de destacar, também, que 33% dos alunos consideram
a metodologia apenas regular e 3%, ruim.
As respostas parecem positivas se consideradas quantitativamente, já
que uma avaliação boa não deixa de ser um resultado satisfatório. Porém, isso não
significa ignorar as respostas que apontam para uma metodologia regular ou ruim,
mesmo que nesta última, o percentual pareça pouco significativo. Isso porque, em
uma sala de aula, o aluno deve ser considerado em suas necessidades e
dificuldades individuais, e, partindo dessa premissa, percebe-se uma necessidade
de melhora na metodologia.
Importante, também, e daí a razão pelo qual foi solicitada essa avaliação
sobre metodologia aos alunos, é observar como eles percebem a ação docente, a
prática cotidiana em sala de aula. Numa pesquisa realizada por Albrecht e Krüger
(2013) sobre metodologia tradicional x metodologia diferenciada, entre as
conclusões tiradas eles perceberam o quanto a metodologia diferenciada, que
valorize o cotidiano do aluno, lhe desperta o interesse pela aula, se torna mais
interessante e motivadora, diferente daquelas aulas em que há apenas a explanação
do professor, cabendo ao aluno apenas ouvir, numa situação passiva.
22
Quanto ao uso de recursos, como determinantes para o seu rendimento
escolar, a grande maioria (88%) vê esses dois aspectos metodologia e recursos que,
na realidade, estão interligados, metodologias e, enquanto 12% não consideram
assim.
Existem muitos aspectos que influenciam no rendimento do aluno,
relacionados a fatores internos e externos. Por esta razão, que determinar algo
específico como responsável pelo rendimento escolar não seria adequado. Porém,
exatamente entre esses fatores, estão a metodologia e os recursos utilizados em
sala de aula, já que uma prática de ensino não dinâmica, muito comum no ensino
tradicional, foi demonstrada ineficaz, tanto que várias teorias vêm sendo construídas
em busca de métodos de ensino cada vez mais inovadores.
Na questão seguinte, os alunos foram questionados se o uso de recursos
tecnológicos facilita a aprendizagem, sendo-lhes apresentadas alternativas que
justificavam sua resposta:
TABELA 02 – O uso de recursos tecnológicos como facilitadores da aprendizagem
Resposta N %
Sim, quando utilizados da forma adequada 37 51
Sim, porque deixa o aluno mais motivado 42 45
Não, deixa os alunos mais dispersos. 03 04
Não faz diferença - -
Fonte: Dados da pesquisa
Quase todos os alunos consideram os recursos tecnológicos facilitadores
da aprendizagem, sendo que 51% afirma que isso acontece somente quando estes
são utilizados de forma adequada e 45%, justificam a sua importância apontando o
fator motivação como principal aspecto.
Estes são aspectos já discutidos neste estudo, principalmente, no que diz
respeito ao uso das tecnologias em sala de aula, provido de sentido, ou seja, com
base em objetivos bem estabelecidos, preparo adequado do professor, já que,
reiterando o que já se afirmou antes, não basta apenas dispor dos recursos, mas,
sobretudo, aplica-los de forma que eles cumpram as finalidades dentro do processo
ensino-aprendizagem e só assim, trabalha-se também de forma a promover a
motivação dos alunos e um maior interesse pelas aulas.
23
Ainda em relação aos recursos tecnológicos, encontra-se em Aguiar
(2008, p. 65) que:
A necessidade de implementação do uso de novas tecnologias na educação
requer um repensar da prática pedagógica em sala de aula, requer uma
mudança nos currículos de maneira que contemple os interesses do aluno
já que o aprender não está centrado no professor mas no processo ensino-
aprendizagem do aluno quando, então, sua participação ativa determina a
construção do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades cognitivas.
Como se pode acompanhar a partir do pensamento da autora, não se
trata de um uso aleatório, isolado, mas, algo que traga realmente uma mudança
significativa no processo ensino-aprendizagem.
No que diz respeito ao ensino de Biologia, respondendo sobre o que
consideram mais importante na utilização de tecnologias como recursos
pedagógicos, os alunos apresentaram as seguintes respostas:
TABELA 03 – Tecnologias como recursos pedagógicos em Biologia
Resposta N %
Facilita a pesquisa e a compreensão dos conceitos 15 18
Torna a aula mais interessante, despertando o interesse do aluno 52 64
Permite a inserção de aulas práticas, no laboratório 10 12
São recursos como quaisquer outros 05 06
Fonte: Dados da pesquisa
Os recursos tecnológicos nas aulas de Biologia são considerados, pela
maioria dos alunos (64%) como um fator para tornar as aulas mais interessantes e,
consequentemente, despertar seu interesse pelas mesmas. A funcionalidade desses
recursos para possibilitar as pesquisas e contribuir para a compreensão dos
conceitos esteve presente em 18% das respostas; em relação às aulas práticas, no
laboratório, 12% dos alunos consideraram esse aspecto mais interessante e um
pequeno número (6%), não considera que os recursos tecnológicos sejam algo
especial, sendo vistos como quaisquer outros.
Mas, em que realmente esses recursos podem contribuir para o
conhecimento em Biologia? Sabe-se que os aspectos presentes nas respostas,
como a facilitação de pesquisas, compreensão de conceitos, motivação, aulas
práticas fazem parte do conjunto de contribuições que as tecnologias podem
fornecer a qualquer campo de conhecimento, sobretudo, áreas como Biologia,
24
Química, Física entre outros. Entretanto, não se pode ignorar que existem dois
aspectos dinâmicos em relação à questão feita aos alunos, o primeiro, diz respeito
às tecnologias em si e, o segundo, ao campo de conhecimento Biologia. Dessa
forma, é preciso compreender toda a abrangência desses aspectos.
Por exemplo, quando se fala em tecnologias, existe um gama de opções
e, atualmente, a escola conta com esses recursos de forma variada. Se for levada
em conta somente a internet, a partir daí, as possibilidades são múltiplas, pesquisas,
produção de blogs, vídeos, tem-se ainda, laboratório, projetores multimídias etc. E o
conhecimento biológico em sua multiplicidade de saberes, envolvendo diferentes
vertentes, indo do mero conhecimento acerca dos seres vivos, de uma forma geral à
complexidade das questões atuais, como pesquisa de células tronco, projeto
Genoma, os avanços constantes nas áreas de pesquisas sobre os quais os
professores devem estar atualizados, para não terem um ensino obsoleto. Além
disso, existe o conhecimento que o aluno traz, provindo, também, das tecnologias e
acaba levantando questionamentos importantes em sala de aula.
O que se está querendo fazer perceber, então, é que acaba delimitando
muito algo tão abrangente, quando se busca uma resposta única para o uso de
recursos tecnológicos nas aulas de Biologia e sua importância, por todo o
dinamismo que existe neste processo, principalmente, se a ação docente foi
preparada de forma a levar aos alunos à percepção de que não é apenas uma forma
de apresentar aulas diferentes, mas, de apresentar uma construção de
conhecimento que, aliada às demais ferramentas didáticas, torna-se diferenciada.
Esta reflexão acaba sendo uma forma de compreender melhor a questão
seguinte, quando os alunos foram questionados quanto ao comportamento
pedagógico do professor, ao usar as tecnologias em sala de aula:
TABELA 04 – Como o professor usa a tecnologia em sala de aula
Resposta N %
Utiliza-a contextualizada ao conhecimento administrado 57 70
Utiliza-a como forma de passar o tempo, sem contexto com o conteúdo 02 02
Não sabe utilizar como deveria, tornando tudo mais confuso 03 04
Não utiliza 20 24
Fonte: Dados da pesquisa
25
A maioria dos participantes (70%) considera que o professor usa a
tecnologia aliada ao conhecimento a ser administrada, para 20%, o professor não
utiliza nenhuma tecnologia; aqueles que consideram que o professor usa a
tecnologia de forma descontextualizada, como uma forma de passar o tempo e os
que acham que o uso inadequado torna os conteúdos mais confusos, são
respectivamente, 2% e 4% dos entrevistados.
Apesar de não ser maioria, essas respostas relacionadas ao uso para
passar o tempo e uso inadequado são eventos comuns em muitas escolas, isso com
base em conhecimento empírico, no cotidiano que se conhece das salas de aula.
Pode acontecer, por exemplo, de o professor passar um filme durante a aula, mas,
de forma aleatória, não há uma abordagem específica, não há questionamentos
acerca do que se viu ou, então, considerar interessante um determinado material,
um vídeo, por exemplo, que, apesar de contextualizado ao conhecimento, não se
mostra funcional, por não ter havido um planejamento, não ter sido estabelecida
uma forma de inserir aquele vídeo e torná-lo instigante para o aluno, por falta de
preparo do professor.
Esta, porém, parece não se constituir a realidade da maioria dos
entrevistados já que é significativo o número de alunos que veem a utilização das
tecnologias como forma de contribuir para o conteúdo e, consequentemente, para a
construção do conhecimento.
A importância de reiterar mais uma vez o papel da escola e do professor
em relação ao uso de tecnologias em sala de aula, é fundamental, acompanhando o
que analisa Valente apud Andreis e Scheid (2010, p.63), ao apresentar que, diante
disso:
O perfil docente deixa, gradativamente, de basear-se na possibilidade de
transmissão de conhecimento, passando a exigir um trabalho de
estimulação da curiosidade, busca de informações, facilitação do processo
de aprendizagem dos alunos, coordenação das ações, incentivo aos
questionamentos, contextualização dos resultados e adaptação dos saberes
ensinados à realidade das práticas sociais dos alunos.
Assim, volta-se para a necessidade de que a prática pedagógica baseada
no uso de tecnologias, venha de forma a possibilitar ao aluno, a construção de um
conhecimento, a partir da motivação que se estabelece para que ele questione,
26
sinta-se instigado a saber mais, a pesquisar, fazer experiências, reelaborar esses
conhecimentos.
Os alunos foram solicitados a opinarem e darem sugestões quanto ao
uso de tecnologias nas aulas de Biologia. A maioria deles preferiu se deter em
apresentar o que gostariam que acontecesse mais, estando as aulas nas salas de
informática presente em quase todas as respostas. Eles consideram que é preciso
trabalhar mais com a prática, levar o aluno a pesquisar, manusear material, fazer
experiências, sendo o laboratório também, uma das reivindicações presentes. Como
afirmou um dos alunos:
“Eu acho que a tecnologia em sala de aula, do jeito que é feito na escola,
passam vídeo, filme, aí, a gente faz atividade é bom, mas, não é suficiente.
A escola dispõe de sala de informática, de laboratório, mas, raramente é
usado pelo professor, nas atividades. E a gente ver que quando o professor
usa uma vez ou outra, o resultado é muito melhor, até porque facilita o
trabalho do professor, que as vezes não tem as informações todas que a
gente quer sobre um assunto e com a pesquisa na internet, a gente acaba
descobrindo e debatendo em sala de aula” (aluno entrevistado)
Outros depoimentos, foram:
“ Deveria usar mais o Datashow, é bom quando o professor usa e,
também, vai explicada e fazendo perguntas”
“ Em Biologia, tem assunto que a imagem explica mais do que texto ou o
que o professor diz. Por isso, acho que devia ter mais aulas práticas, no laboratório,
tem uns jogos lá, que a gente estuda as partes do corpo humano, entende alguns
fenômenos, tudo fica mais fácil”
- “Eu acho que tem recursos, mas, o professor não utiliza; tem preguiça”;
- “O professor prefere usar o livro didático, mandar a gente fazer atividade
no caderno, trabalhar com apostila, do que usar computador ou outro recurso.
Outros professores usam, mas, o de Biologia, não”.
Estes foram alguns depoimentos, mas, como já citado, a maioria sugeriu
mais uso da sala de informática e, citando, também, o laboratório. Quando eles
reclamam que existem os recursos, porém, os professores não utilizam, e um deles,
como se observou no depoimento, atribui isso à preguiça do docente, sabe-se que
nem sempre é assim. Como explicam Ruppenthal, Santos e Prati (2011, p.389):
Os recursos estão disponíveis, e se mostram como ferramentas eficazes
para que os alunos participem das aulas ativamente. Mas ainda se faz
27
necessária à formação contínua de professores para o uso pedagógico das
mídias e principalmente a vontade de modificar as práticas docentes e
inovar as metodologias no ensino de Ciências.
Durante todo o estudo, foi muito reforçada a questão do preparo docente,
mas, é porque o professor é essencial nesse processo. Ele que é, diretamente, o
responsável pelo sucesso ou fracasso de sua prática, ou seja, se utiliza os recursos
sem conhecê-los direito, seja porque segue uma determinação da escola ou ver
nesta uma forma de preencher o tempo da aula, seja porque colocou no
planejamento, estabeleceu objetivos, mas, não procurou conhecer o material a ser
utilizado, tudo isso vai implicar em influência negativa para a utilização da tecnologia
em sala de aula.
O que acontece de forma não rara, é que as escolas dispõem de recursos
tecnológicos, como computador, projetor multimídia, televisão e outros tantos que
permitem a utilização do livro didático, tendo ainda, acesso a acervos de vídeos
disponibilizados pelo Ministério da Educação, mas, parecem não se dar conta da
necessidade de um trabalho que trata à tona a utilização desses recursos de forma a
contribuir para a aprendizagem do aluno. Os recursos tecnológicos devem ser
utilizados de forma a ser um adendo importante para a aprendizagem do aluno, em
qualquer área de conhecimento.
Porém, o papel do professor, a sua postura, é fundamental para o
sucesso do uso desses recursos. Muitas vezes, os professores atribuem a falta de
interesse dos alunos a fatores variados, mas, nem sempre procuram fazer um
autocrítica de como está o seu desempenho. Não procuram inovar, são resistentes
às mudanças e isso acaba comprometendo o desenvolvimento das aulas, de forma
satisfatória. Vê-se aí a importância de um trabalho para o qual os alunos estavam
motivados, motivação esta também do professor, que acaba tendo um norteamento
claro do que fazer para despertar o interesse dos alunos nesse processo de
desenvolvimento.
Já não se pode mais pensar na educação configurada de uma forma
essencialmente teórica, principalmente quando se fala tanto em aprendizagem
significativa (AUSUBEL, 1982), ou seja, aquela que tem como foco o exame da
realidade, a verificação de contextos, buscando interconexões entre estes e o
conhecimento a ser produzido. Pelizzari et al (2002, p. 38) aponta as condições para
ocorrer a aprendizagem significativa, seguindo as concepções de Ausubel:
28
Em primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o
indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a
aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser
aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser
lógica e psicologicamente significativo: o significado lógico depende
somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma
experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos
conteúdos que têm significado ou não para si próprio.
Neste tipo de aprendizagem, é essencial que o aluno esteja sempre
descobrindo e redescobrimento o conhecimento, e, ao fazer isso, está se realizando
uma forma de aprender prazerosa.
A aprendizagem significativa não se refere a acúmulo de informações ou
aprendizagem “correta”, mas de conteúdo para o qual foi atribuído sentido e que, por
isso, passa a determinar a assimilação de novos conteúdos, assim como modifica a
pessoa.
Dentro dessa compreensão da aprendizagem significativa, percebe-se
que os recursos didáticos utilizados nas aulas de Biologia serão úteis para o
conhecimento, como já se enfatizou no início deste estudo, se eles vierem
carregados de significado, não se deve sucumbir apenas a modismos, mas, extrair
dos recursos, quaisquer que sejam eles, tudo que eles podem trazer de positivo para
a aprendizagem dos alunos e o êxito do processo educativo.
29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola precisa acompanhar as constantes mutações da sociedade e
estas têm acontecido em processo contínuo, e a imprescindibilidade com que se
exige da educação está em sintonia com essas mudanças nasce da premissa que é
necessário para o processo ensino-aprendizagem estar contextualizado, social e
historicamente, com a comunidade da qual faz parte e para a qual se pretende
formar o indivíduo apto em habilidades e competências.
Um estudo no qual se propôs a investigar a importância das tecnologias
como ferramentas pedagógicas nas aulas de Biologia vem a confirmar essas
mudanças que a escola tem acompanhado e, principalmente, mostra uma nova
realidade de ensino, no qual novos recursos são inseridos.
A chegada de recursos tecnológicos, como computadores, projetores, a
organização de laboratórios, são iniciativas relativamente novas, daí, a necessidade
de uma maior capacitação dos professores, principalmente, porque, por mais
democratização digital que se tenha hoje, muitos professores estão ainda iniciando
esse processo de inclusão, principalmente, em cidades de pequeno porte, quando
até mesmo a captação de sinal de internet é falha.
Algo bastante enfatizado durante todo o estudo foi a necessidade de
sintonia entre os recursos e o preparo do professor, mostrando que somente o
provimento de recursos tecnológicos, por mais avançados que sejam, não se
resultará satisfatório, se não for inserido numa ação docente condizente.
A pesquisa realizada com os alunos que buscou, principalmente, verificar
como eles veem a inserção das tecnologias nas aulas de Biologia, trouxe algumas
constatações, como o fato de que os alunos consideram que o professor deveria
usar mais esses recursos, pois, como opinou a maioria, não se trata de uso
frequente em sala de aula.
Outro resultado mostrou que as tecnologias acabam tornando as aulas
mais interessantes, na percepção dos alunos, apresentando, ainda, que quando
utilizada, pelo menos como é visto pela maioria, o professor o faz em contexto com
os conteúdos trabalhados.
30
Os resultados da pesquisa trouxeram alguns pontos divergentes,
principalmente, entre alunos que afirmam haver o uso de tecnologias e outros, que
isso não acontece nunca, ou que enquanto em uma pergunta, como já citado, os
alunos admitem haver uma utilização em consonância com o conteúdo, já em outra,
há a afirmação de que o professor ignora os recursos.
Mas, de uma forma geral, respondendo ao problema da pesquisa,
conforme foi constatado com os resultados, as tecnologias até vêm dando uma nova
dinâmica ao ensino de Biologia na escola pesquisada, porém, é preciso ainda
melhorar um pouco, trazer novos elementos para a sala de aula, um maior
investimento em aulas práticas e, como colocado pelos alunos, maior uso da sala de
informática e do laboratório.
31
REFERÊNCIAS
AGUIAR, E.V.B. As novas tecnologias e o ensino-aprendizagem. Vértices, v. 10, n.
1/3, jan./dez. 2008, p. 63-71.
ALBRECHT, L.D; KRÜGER, V. Metodologia tradicional x Metodologia diferenciada: a
opinião de alunos. Revista EDEQ, n. 33, 2013. Disponível em:
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/edeq/issue/view/132. Acesso em
10/12/2013.
ALVES, S. B. F.; CALDEIRA, A. M. A. Biologia e ética: um estudo sobre a
compreensão e atitudes de alunos do ensino médio frente ao tema genoma/DNA.
Ensaio. Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte-MG, vol. 7, n.1, ago.
2005.
ANDREIS I. V; SCHEID, N.M.J. O uso das tecnologias nas aulas de Biologia.
Vivências. Vol.6, N.11: p.58-64, Outubro/2010.
ARAÚJO, M. C. M. de; SILVA, M. A. da. Contribuições do Laptop e da Rádio
Escolar para a Aprendizagem. Iguatu-CE: UFC Virtual/NTE/CREDE 16, 2012.
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São
Paulo: Moraes, 1982.
BARRETO, R. G. Tecnologias educacionais e educação à distância: avaliando
políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.
BRASIL. Resolução 196/96 de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e
normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Conselho
Nacional de Saúde, Brasília-DF, 10 de out. de 1996.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Ed. Atlas, 1999.
KRASILCHIK, M.Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo
Perspec., São Paulo, v. 14, n. 1, Mar. 2000
MARCONI, M; LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho Científico:
procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e
trabalhos científicos. 6. Ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2006.
MERCADO, L.P.L. (Org.). Novas tecnologias na educação: Reflexões sobre a
prática. Maceió. EDUFAL, 2002.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis-RJ:
Vozes, 2007.
_____. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. Editora
HUCITEC. São Paulo: 2010.
32
MORAES, M. R. M. de. Implicações do uso laptop individual nas atividades
educacionais: experiência de uma escola de tempo integral da rede municipal de
Campo Grande – MS. Campo Grande - MS: UCDB. 2010.
MORAN, J. M. Influência dos meios de comunicação no conhecimento. Revista Ci.
Inf., Brasília-DF, v. 23, p. 233-238, maio/ago. 1994.
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2, jul./dez. 2011.
SILVA, M.A.S; SOARES, I.R; ALVES, F.C; SANTOS, M.N.B. Utilização de Recursos
Didáticos no processo de ensino e aprendizagem de Ciências Naturais em turmas
de 8º e 9º anos de uma Escola Pública de Teresina no Piauí. VII CONNEPI –
Congresso Norte e Nordeste de Pesquisa e Educação, 19 a 21 out, Palmas-To,
2012.
SOBRINHO, R.S. A importância do ensino da Biologia para o cotidiano.
Monografia (Licenciatura) Biologia, Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF,
Fortaleza-Ce, 2009.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução á pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa
qualitativa em Educação. São Paulo: Atlas, 1987.
WOOD-ROBINSON, C.; et al. Genética y Formación Científica: Resultados de un
projeto de investigación y sus implicaciones sobre los programas escolares y la
enseñanza. Enseñanza de lãs Ciencias, v.16, n.1, p. 43-61, 1998.
33
APÊNDICE A – Roteiro da entrevista com os alunos do 1º ano do Ensino
Médio da E. E. M Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota, em Quixelô-CE.
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI
Curso de Ciências Biológicas
Responsável pela pesquisa: Maria Alves da Silva
Orientador: Prof. Me. Fernando Roberto Ferreira Silva
Tema: O uso das tecnologias como ferramentas pedagógicas nas aulas de Biologia
PERFIL:
IDADE _____
SEXO ______
1 As aulas de Biologia têm sido realizadas, valorizando a utilização de recursos
diversos?
a) Sim
b) Nem sempre
c) Nunca
2 Como você avalia a metodologia utilizada no ensino de Biologia, em sua escola:
a) Ótima
b) Boa
c) Regular
d) Ruim
3 Você acha que o tipo de metodologia e a utilização de recursos determinam seu
rendimento?
a) Sim
b) Não
4 Em sua opinião, o uso de recursos tecnológicos facilitam a aprendizagem
a) Sim, quando utilizados da forma adequada
b) Sim, porque deixa o aluno mais motivado
c) Não, deixa os alunos mais dispersos.
c) Não faz diferença
5 O que você considera como mais importante na utilização das tecnologias como
recursos pedagógicos, nas aulas de Biologia:
a) Facilita a pesquisa e a compreensão dos conceitos
b) Torna a aula mais interessante, despertando o interesse do aluno
c) Permite a inserção de aulas práticas, no laboratório.
d) São recursos como qualquer outro.
34
6 Ao usar a tecnologia em sala de aula, seu professor:
a) Utiliza-a contextualizada ao conhecimento administrado
b) Utiliza-a como forma de passar o tempo, sem contexto com o conteúdo
c) Não sabe utilizar como deveria, tornando tudo mais confuso.
d) Não utiliza
7 Que sugestões você daria para o uso das tecnologias de informação e
conhecimento nas aulas de Biologia?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
35
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI
Curso de Ciências Biológicas
_______________________________________________________________
APÊNDICE B - TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (TALE)
Maria Alves da Silva, aluna do Curso de Ciências Biológicas da
Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu- FECLI/Universidade Estadual
do Ceará – UECE, está realizando a pesquisa intitulada “O USO DAS
TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS NAS AULAS DE
BIOLOGIA”, que tem como objetivo verificar como os alunos de uma turma de 1º ano
do Ensino Médio da Escola de Ensino Médio Professor Luiz Gonzaga da Fonseca
Mota veem a inserção das tecnologias de comunicação e informação nas aulas de
Biologia.
Para isso, está desenvolvendo um estudo que consta das seguintes
etapas: contato com a escola; envio do termo de assentimento aos sujeitos através
dos coordenadores da escola; envio do instrumento de coleta aqueles a quem foi
autorizado participar e que assinarem o termo; recolhimento dos instrumentos;
organização e análise dos dados; construção do relatório da pesquisa e divulgação
dos resultados em meio científico.
Por essa razão, seu filho está sendo convidado para participar da
pesquisa. Sua participação consistirá em responder uma entrevista que será
realizada pela pesquisadora. O instrumento utilizado não causará nenhum tipo de
constrangimento aos sujeitos do estudo.
Todas as informações que os escolares nos fornecer será utilizada
somente para esta pesquisa. Suas respostas serão confidenciais e seu nome não
aparecerá nas entrevistas e nem quando os resultados forem apresentados.
A participação em qualquer tipo de pesquisa é voluntária. Caso autorize a
participação, não receberá nenhuma compensação financeira. Também não sofrerá
qualquer prejuízo se não aceitar ou se desistir após ter iniciado o preenchimento dos
questionários.
36
Se o(a) Sr.(a) estiver de acordo com a participação do seu filho deverá
preencher e assinar o Termo de assentimento e Pós-esclarecido que se segue, e
receberá uma cópia deste Termo.
37
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI
Curso de Ciências Biológicas
APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS - ESCLARECIDO
Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o
Sr.(a)_______________________________________________________________
____________, portador(a) da cédula de identidade
__________________________, declara que, após leitura minuciosa do TCLE, teve
oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram devidamente
explicadas pelos pesquisadores, ciente dos serviços e procedimentos aos quais meu
filho será submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e
explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO na participação
voluntariamente desta pesquisa.
E, por estar de acordo, assino o presente termo.
Quixelô-CE, _______ de ________________ de _________
_________________________________________
Assinatura do responsável
_________________________________________
Assinatura do Pesquisador

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Uso das TIC na Biologia

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MARIA ALVES DA SILVA O USO DAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS NAS AULAS DE BIOLOGIA IGUATU-CEARÁ 2014
  • 2. II MARIA ALVES DA SILVA O USO DAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS NAS AULAS DE BIOLOGIA Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a conclusão do curso. Orientação: Prof. Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva IGUATU-CEARÁ 2014
  • 3. III S586u Silva, Maria Alves da. O Uso das Tecnologias como Ferramentas Pedagógicas nas Aulas de Biologia / Maria Alves da Silva. [Orientada por] Fernando Roberto Ferreira Silva. – Iguatu, 2014. 34 p. Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará, Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, Iguatu, 2014. 1. Ensino da Biologia 2. Recursos 3 Aprendizagem 4.Conhecimentos Significativos I. Silva, Fernando Roberto Ferreira (Orient.) II. Universidade
  • 5. V RESUMO O ensino de Biologia deve vir aliado a recursos que possam tornar sua aprendizagem mais eficiente para os alunos. O uso de tecnologias de informação e conhecimento estão entre as alternativas pedagógicas utilizadas atualmente pelas escolas. Neste estudo, a questão central é responder se as aulas de Biologia do Ensino Médio têm sido desenvolvidas com a utilização das tecnologias como ferramentas dinamizadoras do processo ensino-aprendizagem. Para isso, pretende- se alcançar como objetivo verificar como os alunos do Ensino Médio veem a inserção das tecnologias de comunicação e informação nas aulas de Biologia, tendo como população da pesquisa, alunos do 1º ano do Ensino Médio da E.E.M. Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota, em Quixelô-CE. Com o resultado foi mostrado que as tecnologias de informação e comunicação estão sendo utilizadas como complemento importante nas aulas de Biologia, contribuindo para a aprendizagem dos alunos através da construção de conhecimentos significativos nessa área. Palavras-chave: Ensino da Biologia: Recursos Tecnológicos; Aprendizagem; Conhecimentos significativos.
  • 6. VI ABSTRACT The teaching of biology should come together with resources to make your learning more efficient for students. The use of information technology and knowledge are among the pedagogical alternatives currently used by schools. In this study, the central question is to answer whether the biology classes of high school have been developed with the use of technologies as tools of a motor learning process? For this, we intend to achieve the aim of investigating how the high school students see the integration of information and communication technologies in biology classes, with the population of the research students of the 1st year of high school EEM Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota in Quixelô-CE. The expected outcome for this study is that information and communication technologies are being used to supplement important in biology classes, contributing to student learning by building significant expertise in this area. Keywords: biology teaching; Resources technologies, Learning, Knowledge significant
  • 7. VII SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 08 2 OBJETIVOS ................................................................................................ 10 2.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................ 10 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.......................................................................... 10 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................... 11 3.1 AS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA .................................................... 3.2 O ENSINO DE BIOLOGIA............................................................................. 3.3 O ENSINO DE BIOLOGIA E AS TIC............................................................. 4 METODOLOGIA.......................................................................................... 4.1 TIPO DE PESQUISA..................................................................................... 11 13 15 17 17 4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA.......................................................................... 17 4.3 LOCAL DA PESQUISA................................................................................. 17 4.4 COLETA DOS DADOS ................................................................................. 18 4.5 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................ 18 4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA.......................................... 18 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................. 20 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 29 REFERÊNCIAS................................................................................................ 31 APÊNDICES....................................................................................................... 33
  • 8. 8 1 INTRODUÇÃO O cenário da escola atual apresenta-se de forma a inserir no processo ensino-aprendizagem, com maior intensificação, um uso variado de recursos didáticos. Observando a realidade da rede pública de ensino, sabe-se que uma proposta de utilização de diferentes recursos, há algumas décadas, era praticamente inviável, por conta da situação das escolas, cuja carência de recursos era visível, quando se observava problemas de aquisição, inclusive, de materiais básicos, como livros didáticos, por exemplo. No entanto, esta é uma realidade que, gradativamente, vem sendo mudada. As escolas públicas, senão a maioria delas, já dispõem de recursos, principalmente, aqueles relacionados às Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC. Pressupõe-se, então, a partir da aquisição de novas ferramentas pedagógicas, pelas escolas públicas, que todas as áreas de conhecimento foram revigoradas em seu planejamento de ensino e sua abordagem em sala de aula. Entre as áreas de conhecimento, tem-se a Biologia, cujo procedimento didático-metodológico para sua aplicação em sala de aula, é alvo de críticas já que para alguns autores, como será observado ao longo deste estudo, ainda prevalece uma abordagem essencialmente teórica, voltada para a descrição e segmentação dos conteúdos, que não resultam em uma aprendizagem satisfatória, já que acaba havendo uma tendência à memorização pelos alunos do que à construção do conhecimento, de forma significativa (KRASILCHIK, 2000). Tratar do ensino de Biologia aliado ao uso das novas tecnologias significa colocar a escola em sintonia com o contexto social atual, no qual a informação e o conhecimento têm sido cada vez mais democratizados, e novas descobertas científicas estão presentes diariamente, no cotidiano dos alunos, por meio de mídias diversas, e já não se concebe que a escola fique alheia a tudo isso. Os alunos veem na mídia discussões acerca de assuntos relacionados à genética, ecologia, citologia, enfim, a gama de conhecimentos inseridos na área de Biologia e isso acaba despertando sua curiosidade e vontade de aprofundar-se acerca dessas abordagens na escola. É daí, principalmente, que surge a necessidade de que os recursos sejam utilizados de forma a promover o conhecimento de uma forma mais sistematizada, aprimorando as informações que o aluno já traz de seu contexto. E isso só
  • 9. 9 acontecerá a partir do momento em que a escola corrigir as lacunas existentes no ensino de Biologia, trabalhando-o de forma a inserir uma aprendizagem satisfatória e o que se traz como pressuposto é que, diante de uma preparo adequado, as tecnologias podem contribuir muito para que isto aconteça. Vendo a utilização das TIC como ferramentas fomentadoras da distribuição e do compartilhamento de informações e conhecimentos, vê-se a pertinência da amplitude de sua utilização nas aulas de Biologia, que deve ser tratada em sala de aula com uma abordagem metodológica funcional. A relevância dessa temática é, porque apesar das dificuldades que fizeram e fazem parte do processo ensino-aprendizagem, muitos professores têm sua prática docente marcada pela não acomodação. Assim, têm buscado formas de apresentar um ensino dinâmico o que pode ser observada no cotidiano de algumas escolas. Providos dos meios necessários de TIC, entre outros recursos, espera-se ao final desta investigação, encontrar respostas que venham a corroborar o pensamento inicial, no que se refere aos recursos tecnológicos contribuírem positivamente para o processo ensino-aprendizagem em Biologia. Considera-se, nesse caso, ter o aluno mais condições de responder positiva ou negativamente a determinadas metodologias e utilização de recursos didáticos, já que a finalidade do ensino está em sua formação, na construção do seu conhecimento, e, assim, a efetividade e eficácia do método tem condições de ser melhor avaliado pelos discentes, sobretudo, a partir dos resultados que se tem em relação ao seu desempenho.
  • 10. 10 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Verificar como os alunos de uma turma de 1º ano do Ensino Médio da Escola de Ensino Médio Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota veem a inserção das tecnologias de comunicação e informação nas aulas de Biologia. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Identificar as inovações presentes com o uso de tecnologias no processo ensino-aprendizagem, a partir da percepção dos alunos;  Analisar as dificuldades presentes no ensino de Biologia e os norteamentos para superá-las;  Discutir sobre os caminhos a serem tomados para a inserção das tecnologias no ensino de Biologia.
  • 11. 11 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 AS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Vêm sendo observado nas últimas décadas que as mudanças e evoluções no campo da ciência e da tecnologia têm sido intensas. Tais mudanças devem ser percebidas como resultado de um processo presente nos diversos setores da sociedade, que tem tido acesso a recursos cada vez mais modernos e práticos. Para garantir a continuidade desse desenvolvimento é preciso entender a educação como norteadora e definidora desses avanços, ou seja, é através da educação que essas mudanças ocorrem (ARAÚJO; SILVA, 2012). Isso acompanha as mudanças que vêm ocorrendo na escola, nas últimas décadas, e que, atualmente, são contínuas, quando o caminho aponta para que mais avanços surjam em relação à instituição e à condução de sua prática pedagógica. Por um longo tempo, era concebida a escola, como o local privilegiado no qual se obtinham informações e conhecimentos. Esta realidade mudou, principalmente, em um momento em que o acesso à informação torna-se cada vez mais democrático, existindo, para isso, espaços diversificados, mudança possibilitada, sobretudo, pelas tecnologias atuais. Isso faz com que se veja a necessidade de a escola estar preparada para um trabalho com novas habilidades, levando os alunos a terem uma visão crítica dessas informações e de seus espaços de difusão, aprendendo, ainda, a compará-las e sintetizá-las. Para isso, a escola deve utilizar as mídias e tecnologias, contextualizando sua prática pedagógica às inovações presentes no mundo atual (RUPPENTHAL, SANTOS E PRATI (2011). Atualmente, as tecnologias transformam-se cada vez mais em um importante suporte para a educação, conduzindo a prática docente ao desafio de inserir ações inovadoras, buscando alternativas que tornem o processo ensino- aprendizagem dinâmico, interessante e producente para a construção do conhecimento e o desenvolvimento pleno do aluno. As TIC têm como principal função a transmissão de informação através de redes de computadores e meios de comunicação. Dentre as possibilidades pedagógicas de tecnologia na escola estão computadores, notebooks, TV, DVD, aparelho de som, câmera digital, projetor, smartphones e internet, usados para criar
  • 12. 12 Ambientes Virtuais de Aprendizagem, como principais equipamentos de apoio para os alunos. As TIC funcionam de forma a oferecer ao professor um importante auxílio, no que se refere à transmissão do conhecimento, possibilitando a inovação na forma de ensinar, com criatividade e dinamismo, levando o aluno a novas descobertas, à motivação para investigar, promovendo, também, o diálogo contínuo. O aluno, então, pode se sentir mais motivado para a construção do conhecimento, o que mostra que as tecnologias podem ser caracterizadas como um importante instrumento de apoio no processo ensino-aprendizagem (MERCADO, 2002). Acompanhando o que pensa Almeida (2005) apud Araújo e Silva, (2012), que destacam a importância do uso das tecnologias na educação, exaltando que estas podem estabelecer múltiplas conexões entre os sujeitos do processo educativo, analisa-se, também, o quanto os recursos tecnológicos contribuem como facilitadores da construção do conhecimento, como também, para o processo de motivação dos alunos, que acabam ficando mais interessados nas aulas. É importante observar a inserção das TIC na aprendizagem, sob a perspectiva das alternativas que surgem relacionadas à intercomunicação e informação, sendo fundamental destacar que, para que esse processo traga resultados positivos, as tecnologias devem ser trabalhadas de forma adequada, com reflexão, formação dos professores, crítica e interação. Moran (1994) considera importante promover a interação entre o aluno e o professor, por meio de um trabalho colaborativo, que favoreça, também, a interação com os demais colegas, compartilhando atividades, opinando, tomando decisões, explorando os recursos tecnológicos, principalmente facilitado com o uso do computador. O professor e, também, a escola, de um modo geral, devem entender que alternativas que tenham como finalidade facilitar a construção do conhecimento e oferecer mais motivação, trazer maior dinamismo às aulas, não podem ser descartadas no processo ensino-aprendizagem. O que se subentende a partir daí, é que o professor deve estar aberto para a inserção de práticas inovadoras, quando se insere nesse processo o uso das tecnologias como ferramentas pedagógicas, sobretudo, as TIC. Quando se faz referência às tecnologias na escola, algo que se faz essencial, é que não se trata apenas de prover a instituição de recursos, com a
  • 13. 13 instalação de equipamentos. A sua utilização deve fazer sentido para a aprendizagem, pois, de acordo com a análise de Barreto (2001), o fato de a escola dispor de recursos tecnológicos sem que seja levado em conta o desenvolvimento de competências que esses recursos vão proporcionar, não é determinante para a eficácia de sua utilização. A escola precisa estar preparada para lidar com essas tecnologias de forma producente e inserir esses recursos nas práticas educacionais, de forma a extrair o que eles podem trazer de positivo para o processo ensino- aprendizagem. Para Cox (2003) apud Moraes (2010, p. 19): “[...] tecnologias de informação e comunicação, em prática, são aliadas aos recursos tradicionais; quadro negro, livros, vídeos, cadernos, papéis, giz, propondo que as ferramentas disponibilizadas pela informática não sugerem a substituição de ações e sim o complemento e reformulação destas. A importância desse pensamento aponta para uma das questões relacionadas ao uso de tecnologias na educação, que é o desafio que a escola tem à frente, no sentido de estar preparada para lidar com esses recursos, torná-los eficientes para a aprendizagem do aluno e, sobretudo, entender que eles devem atuar como complemento no processo educativo. 3.2 O ENSINO DE BIOLOGIA Sobrinho (2009), fazendo uma reflexão sobre o ensino de Biologia, na forma como é tratado em muitas escolas, chega à conclusão que, muitas vezes, há o desenvolvimento das aulas com base meramente nos livros didáticos, trabalhadas na forma de repasse de conhecimento já pronto, numa metodologia centrada no professor, prevalecendo as aulas expositivas, vez ou outra havendo a demonstração de alguns experimentos, com foco muito mais na memorização do que no desenvolvimento da aprendizagem. Esta crítica que o autor faz é porque muitos professores ainda se sentem fortemente ligados ao ensino tradicional, não conseguindo desvincular-se dele, e, assim, complementando seu pensamento, o autor ainda traz que: Num panorama geral das escolas no país, percebemos que nelas vigoram um ensino padronizado, tratando os conteúdos escolares igualmente, onde alunos e professores participam como atores que desempenham seus papéis, não se envolvendo com quem produziu os conteúdos ou na forma
  • 14. 14 como estes chegam até eles. Nossas escolas, ainda tradicionalista, não têm conseguido acompanhar e se adequar à evolução das pesquisas (SOBRINHO, 2009, p.10). Talvez o autor esteja generalizando ou exagerando em sua percepção sobre o ensino de Biologia, já que não se pode negar que alguns avanços têm acontecido de forma evidente, o que não implica em afirmar que seu pensamento esteja totalmente equivocado, já que algumas escolas ainda se deparam com essa realidade. Alguns pesquisadores na área das Ciências, como por exemplo Wood- Robinson et al. (1998), destacam em seus estudos a necessidade de educar o homem para a cidadania responsável por meio de uma alfabetização que contemple uma formação científica. É na escola, ambiente cultural apropriado, que se deve iniciar um processo que permita aos cidadãos obter informações e desenvolver a capacidade crítica. A Biologia é um campo que, frequentemente, desperta questionamentos por parte dos alunos, que querem saber sobre temas atuais. Eles questionam não somente conceitos, mas, o desenvolvimento das experiências, os pontos positivos e negativos, os resultados, etc. São questões científicas e tecnológicas que, embora estejam constantemente sendo abordadas nos mais diversos espaços e traduzam uma convivência com as inovações tecnológicas, necessitam de um embasamento científico para as respostas. Vê-se que, diante dessa realidade, a superficialidade do ensino de Biologia não tem espaço na escola e é necessário ainda que os professores deem a esse ensino outras funções, fora daquelas que, por tradição, se fazem presente no currículo escolar. A aula de biologia trabalhada pelos professores deve-se apresentar à vida cotidiana como uma possibilidade de explicitar os conceitos biológicos, provocando o interesse do aluno para dar visibilidade aos conceitos da biologia. No cotidiano deve proporcionar situações que mostre o papel da ciência apresentados através dos costumes, dos hábitos e dos problemas socioambientais para solucionar os problemas. Assim, os professores mostrarão como a biologia pode responder as necessidades humanas, levando para a sala de aula assuntos do cotidiano dos alunos, dando oportunidade para eles conhecerem os aspectos relacionados à ciência, à tecnologia e à sociedade (DEMO apud SOBRINHO, 2009, p. 21).
  • 15. 15 Diante do ensino de Biologia, o professor depara-se com alguns desafios, como estar preparado para os vários questionamentos que surgem em relação a uma área em constante renovação e, consequentemente, tornar esse ensino atraente o bastante para que desperte o aluno para a motivação em construir novos conhecimentos e tornar esses conhecimentos significativos. Porém, ainda se percebe que grande parte dos professores é resistente a mudanças e insiste em permanecer na estratégia de que o professor continua sendo o detentor do saber. Diante dessas inovações que estão ocorrendo, o educador que ainda pensa dessa forma encontra grandes dificuldades, pois os alunos que são recebidos hoje, em sala de aula, se expressam, se comportam, vivem de formas diferentes e é preciso estar atento a essas transformações. 3.3 O ENSINO DE BIOLOGIA E AS TIC Para Seabra (2005), tecnologia educacional é, por exemplo, usar uma lata de água, um pedaço de madeira e uma pedra para explicar a flutuação dos corpos; e complementa que em contrapartida, apertar a tecla de um vídeo sobre o assunto e deixar os alunos o assistirem passivamente, nada tem de tecnologia. Então, deve-se ter em mente que existe um grande equívoco quando o professor diz que faz uso da tecnologia educacional, porque reserva algumas aulas para os alunos assistirem a um filme, por exemplo. A educação tecnológica deve ser aplicada de forma a contribuir para o exercício crítico de construção de saberes. Complementando, deve-se considerar o tratamento dos conteúdos através de uma abordagem que privilegie a História da Ciência, e as relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, como possibilidade de permitir aos alunos novas interpretações do mundo natural e social (ALVES; CALDEIRA, 2005, p. 74). Modificando e dinamizando as aulas, o professor terá mais tempo para observar as especificidades de seus alunos, podendo criar estratégias de inclusão para todos. As tecnologias, dentro de um projeto pedagógico inovador, facilitam o processo de ensino-aprendizagem: sensibilizam para novos assuntos, trazem informações novas, diminuem a rotina, nos ligam com o mundo, com as outras escolas, aumentam a interação, (redes eletrônicas) permitem a personalização (adaptando ao ritmo de trabalho de cada aluno) e se comunicam facilmente com o aluno, porque trazem para sala de aula as linguagens e comunicação do dia-a-dia.(MORAN, 1994, p.237).
  • 16. 16 Com a Informática avançando continuamente, tem-se cada vez mais alternativas de utilização dos recursos de acesso ao conhecimento e à informação pelo aluno, funcionando como importantes complementos às atividades pedagógicas realizadas pela escola. O conhecimento não é algo que acontece de forma isolada, como se vislumbrava no ensino tradicional, quando existia uma concepção de conhecimento no qual bastava o mero repasse do conteúdo, ao aluno. Assim, a tecnologia deve vir de forma a compor esse processo de construção de conhecimento, possibilitando a reflexão e a análise crítica, sendo um apoio pedagógico para a efetivação da aprendizagem. O papel do professor, nesse processo, é de atuar na mediação da aprendizagem mediante o uso de tecnologias, sempre buscando as inovações nesse campo e utilizando estratégias para que estas se adequem na proposta de ensino, visando resultados significativos. A tecnologia utilizada deve vir inserida dentro de um projeto específico de ensino e ser um recurso, entre outros, para dar suporte à aprendizagem e não ser considerado isoladamente, como se sozinha pudesse desempenhar um papel, sem estar integrada a outros suportes da ação pedagógica.
  • 17. 17 4 METODOLOGIA 4.1 TIPO DE PESQUISA O presente estudo traz uma pesquisa descritivo-exploratória com abordagem qunti-qualitativa. Para Minayo (2007) a abordagem quantitativa traduz em números as informações e opiniões para serem analisadas e classificadas, utilizando-se as técnicas estatísticas. Conforme Triviños (1987), a pesquisa de natureza descritiva é aquela que tem como foco essencial o desejo de conhecer uma realidade, ou seja, descrever fatos e fenômenos de uma determinada situação. O estudo exploratório, segundo Gil (1999), é aquele que envolve levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. A abordagem qualitativa é aquela que se aplica ao estudo da história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, sendo também o resultado das interpretações que os seres humanos fazem com relação a sua vivência e ao processo de construção do meio em que vivem e de si mesmo, enfatizando seus sentimentos e pensamentos (MINAYO, 2007). 4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA A população do estudo foi composta pelas turmas do 1º ano do Ensino Médio da E. E. M Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota. As turmas do 1º ano são formadas por 142 alunos, participando da amostra, 82 alunos, escolhidos pela disponibilidade em participar da pesquisa. 4.3 LOCAL DE ESTUDO O local de estudo foi a E. E. M Gonzaga Mota, única escola de Ensino Médio regular do Município de Quixelô/CE, sendo uma escola da rede pública estadual de ensino.
  • 18. 18 A Escola de Ensino Médio Prof. Luiz Gonzaga da Fonseca Mota foi fundada em Abril de 1986 e autorizada em 6 de Fevereiro de 1991 sendo reconhecida em 13 de janeiro de 1996, hoje está referendada no PARECER Nº: 01022/02 do Conselho de Educação do Ceará. Por ser a única escola existente em Quixelô que tem o Ensino Médio como modalidade de ensino, a E. E. M. Prof. Luiz Gonzaga da Fonseca Mota absorve quase toda a demanda do município, com exceção dos que podem pagar uma escola particular e que se deslocam para outra cidade. A escola atende a todos os discentes do município na qual está inserida na modalidade de Ensino Médio, por isso tem uma forte diversidade social, cultural e econômica. Concluindo em total de 1065 alunos assim distribuídos: vespertino com 299 alunos e noturno com 766 alunos. Sendo que funcionam turmas de Educação de Jovens e Adultos - EJA à noite que não estão incluídos nessa distribuição. 4.4 COLETA DE DADOS A coleta de dados foi feita através de um roteiro de entrevista semiestruturada individual (APÊNDICE A). A entrevista, segundo Leopardi (2002), requer um diálogo programado entre pesquisador e entrevistado. No caso em particular da entrevista semiestruturada, combina-se perguntas abertas e fechadas, possibilitando assim, a quem está sendo entrevistado, discorrer sobre o tema em questão sem se deter à indagação formulada (MINAYO, 2007). . 4.5 ANÁLISE DOS DADOS Os dados foram demonstrados através de tabelas e analisados conforme seus resultados, sendo que, na última questão, por se tratar de uma pergunta aberta, utilizou-se a análise do conteúdo que conforme Minayo (2007) é um dos métodos mais comumente adotados para representar o tratamento de dados de pesquisa qualitativa. Nessa proporção, os dados obtidos na entrevista foram submetidos a uma estruturação criteriosa por meio da técnica de análise de conteúdo, estabelecendo relações entre os resultados obtidos com a literatura.
  • 19. 19 4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA A pesquisa em questão cumpriu os requisitos da Resolução Nº. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde (CNS/MS), que trata das diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisas que envolvem seres humanos. Esta Resolução visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado, incorporada pelos quatro princípios básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça (BRASIL, 1996). Atentando aos quatro princípios éticos os responsáveis pelos participantes assinarão um (TALE) para o estudo, em duas vias (APÊNDICE B e C), sendo esclarecidos que poderiam retirar-se da pesquisa no momento em que o desejarem. Além disso, foram orientados acerca do anonimato, natureza da pesquisa, objetivos, sigilo das informações dadas e possíveis benefícios da pesquisa para a comunidade.
  • 20. 20 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os alunos entrevistados apresentam uma faixa etária entre 14 e 23 anos, sendo, no entanto, a média de idade geral, de 15 anos. Verificou-se uma maior participação de meninas na pesquisa, totalizando 51 entrevistadas, enquanto os meninos somaram apenas 31. Os alunos foram questionados em relação aos recursos utilizados em sala de aula. Assim, eles foram questionados se há utilização de recursos diversos. Além disso, compreendendo que a utilização de recursos comumente é parte da metodologia aplicada pelo professor, foi solicitado que os alunos avaliassem a metodologia utilizada no ensino de Biologia, em sua sala de aula. Complementando ainda esta questão acerca da metodologia, quis-se saber dos alunos se eles consideram que o método e os recursos utilizados influenciam no seu rendimento escolar, e as respostas a esses questionamentos são demonstrados na tabela abaixo: TABELA 01 – Os recursos tecnológicos em sala e a metodologia do professor Variáveis N % Valorização dos recursos nas aulas de Biologia Sim 19 23 Nem sempre 46 56 Nunca 17 21 Avaliação da metodologia nas aulas de Biologia Ótima 10 12 Boa 43 52 Regular 27 33 Ruim 02 03 Metodologia e recursos: determinantes para o rendimento do aluno Sim 72 88 Não 10 12 Fonte: Dados da pesquisa Percebe-se entre a maioria dos alunos (56%) uma percepção de que a utilização de recursos diversos durante as aulas de Biologia não tem sido prática constante. Por se tratar de alunos cursando o mesmo ano letivo, mas pertencendo a
  • 21. 21 turmas diferentes, pressupõe-se que seja esse o motivo das divergências nas respostas, pois 23% dos alunos afirmam haver a diversificação de recursos e 21%, que isso nunca acontece. Corroborando o que já foi discutido neste estudo, encontra-se em Silva et al (2012), vários aspectos que justificam a utilização de recursos diversificados em sala de aula, sendo que na pesquisa desses autores, realizada em uma escola pública de Teresina-PI, eles verificaram os resultados provindos do uso de vários recursos didáticos vários em aulas de Ciências Naturais e chegaram à conclusão de que essa diversificação, além de facilitar a aprendizagem, preenche, também, lacunas importantes que são legados do ensino tradicional, enfatizando, porém, que é fundamental o preparo do professor para a aplicação desses recursos de forma satisfatória. Sobre a metodologia, entre as avaliações ótima e boa, que obtiveram, respectivamente, 12% e 52% das respostas, pode-se analisar que, consideradas em conjunto, apontam para uma avaliação positiva pela maioria dos alunos, com uma grande predominância daqueles que afirmaram ser boa a metodologia utilizada. No entanto, não se pode deixar de destacar, também, que 33% dos alunos consideram a metodologia apenas regular e 3%, ruim. As respostas parecem positivas se consideradas quantitativamente, já que uma avaliação boa não deixa de ser um resultado satisfatório. Porém, isso não significa ignorar as respostas que apontam para uma metodologia regular ou ruim, mesmo que nesta última, o percentual pareça pouco significativo. Isso porque, em uma sala de aula, o aluno deve ser considerado em suas necessidades e dificuldades individuais, e, partindo dessa premissa, percebe-se uma necessidade de melhora na metodologia. Importante, também, e daí a razão pelo qual foi solicitada essa avaliação sobre metodologia aos alunos, é observar como eles percebem a ação docente, a prática cotidiana em sala de aula. Numa pesquisa realizada por Albrecht e Krüger (2013) sobre metodologia tradicional x metodologia diferenciada, entre as conclusões tiradas eles perceberam o quanto a metodologia diferenciada, que valorize o cotidiano do aluno, lhe desperta o interesse pela aula, se torna mais interessante e motivadora, diferente daquelas aulas em que há apenas a explanação do professor, cabendo ao aluno apenas ouvir, numa situação passiva.
  • 22. 22 Quanto ao uso de recursos, como determinantes para o seu rendimento escolar, a grande maioria (88%) vê esses dois aspectos metodologia e recursos que, na realidade, estão interligados, metodologias e, enquanto 12% não consideram assim. Existem muitos aspectos que influenciam no rendimento do aluno, relacionados a fatores internos e externos. Por esta razão, que determinar algo específico como responsável pelo rendimento escolar não seria adequado. Porém, exatamente entre esses fatores, estão a metodologia e os recursos utilizados em sala de aula, já que uma prática de ensino não dinâmica, muito comum no ensino tradicional, foi demonstrada ineficaz, tanto que várias teorias vêm sendo construídas em busca de métodos de ensino cada vez mais inovadores. Na questão seguinte, os alunos foram questionados se o uso de recursos tecnológicos facilita a aprendizagem, sendo-lhes apresentadas alternativas que justificavam sua resposta: TABELA 02 – O uso de recursos tecnológicos como facilitadores da aprendizagem Resposta N % Sim, quando utilizados da forma adequada 37 51 Sim, porque deixa o aluno mais motivado 42 45 Não, deixa os alunos mais dispersos. 03 04 Não faz diferença - - Fonte: Dados da pesquisa Quase todos os alunos consideram os recursos tecnológicos facilitadores da aprendizagem, sendo que 51% afirma que isso acontece somente quando estes são utilizados de forma adequada e 45%, justificam a sua importância apontando o fator motivação como principal aspecto. Estes são aspectos já discutidos neste estudo, principalmente, no que diz respeito ao uso das tecnologias em sala de aula, provido de sentido, ou seja, com base em objetivos bem estabelecidos, preparo adequado do professor, já que, reiterando o que já se afirmou antes, não basta apenas dispor dos recursos, mas, sobretudo, aplica-los de forma que eles cumpram as finalidades dentro do processo ensino-aprendizagem e só assim, trabalha-se também de forma a promover a motivação dos alunos e um maior interesse pelas aulas.
  • 23. 23 Ainda em relação aos recursos tecnológicos, encontra-se em Aguiar (2008, p. 65) que: A necessidade de implementação do uso de novas tecnologias na educação requer um repensar da prática pedagógica em sala de aula, requer uma mudança nos currículos de maneira que contemple os interesses do aluno já que o aprender não está centrado no professor mas no processo ensino- aprendizagem do aluno quando, então, sua participação ativa determina a construção do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades cognitivas. Como se pode acompanhar a partir do pensamento da autora, não se trata de um uso aleatório, isolado, mas, algo que traga realmente uma mudança significativa no processo ensino-aprendizagem. No que diz respeito ao ensino de Biologia, respondendo sobre o que consideram mais importante na utilização de tecnologias como recursos pedagógicos, os alunos apresentaram as seguintes respostas: TABELA 03 – Tecnologias como recursos pedagógicos em Biologia Resposta N % Facilita a pesquisa e a compreensão dos conceitos 15 18 Torna a aula mais interessante, despertando o interesse do aluno 52 64 Permite a inserção de aulas práticas, no laboratório 10 12 São recursos como quaisquer outros 05 06 Fonte: Dados da pesquisa Os recursos tecnológicos nas aulas de Biologia são considerados, pela maioria dos alunos (64%) como um fator para tornar as aulas mais interessantes e, consequentemente, despertar seu interesse pelas mesmas. A funcionalidade desses recursos para possibilitar as pesquisas e contribuir para a compreensão dos conceitos esteve presente em 18% das respostas; em relação às aulas práticas, no laboratório, 12% dos alunos consideraram esse aspecto mais interessante e um pequeno número (6%), não considera que os recursos tecnológicos sejam algo especial, sendo vistos como quaisquer outros. Mas, em que realmente esses recursos podem contribuir para o conhecimento em Biologia? Sabe-se que os aspectos presentes nas respostas, como a facilitação de pesquisas, compreensão de conceitos, motivação, aulas práticas fazem parte do conjunto de contribuições que as tecnologias podem fornecer a qualquer campo de conhecimento, sobretudo, áreas como Biologia,
  • 24. 24 Química, Física entre outros. Entretanto, não se pode ignorar que existem dois aspectos dinâmicos em relação à questão feita aos alunos, o primeiro, diz respeito às tecnologias em si e, o segundo, ao campo de conhecimento Biologia. Dessa forma, é preciso compreender toda a abrangência desses aspectos. Por exemplo, quando se fala em tecnologias, existe um gama de opções e, atualmente, a escola conta com esses recursos de forma variada. Se for levada em conta somente a internet, a partir daí, as possibilidades são múltiplas, pesquisas, produção de blogs, vídeos, tem-se ainda, laboratório, projetores multimídias etc. E o conhecimento biológico em sua multiplicidade de saberes, envolvendo diferentes vertentes, indo do mero conhecimento acerca dos seres vivos, de uma forma geral à complexidade das questões atuais, como pesquisa de células tronco, projeto Genoma, os avanços constantes nas áreas de pesquisas sobre os quais os professores devem estar atualizados, para não terem um ensino obsoleto. Além disso, existe o conhecimento que o aluno traz, provindo, também, das tecnologias e acaba levantando questionamentos importantes em sala de aula. O que se está querendo fazer perceber, então, é que acaba delimitando muito algo tão abrangente, quando se busca uma resposta única para o uso de recursos tecnológicos nas aulas de Biologia e sua importância, por todo o dinamismo que existe neste processo, principalmente, se a ação docente foi preparada de forma a levar aos alunos à percepção de que não é apenas uma forma de apresentar aulas diferentes, mas, de apresentar uma construção de conhecimento que, aliada às demais ferramentas didáticas, torna-se diferenciada. Esta reflexão acaba sendo uma forma de compreender melhor a questão seguinte, quando os alunos foram questionados quanto ao comportamento pedagógico do professor, ao usar as tecnologias em sala de aula: TABELA 04 – Como o professor usa a tecnologia em sala de aula Resposta N % Utiliza-a contextualizada ao conhecimento administrado 57 70 Utiliza-a como forma de passar o tempo, sem contexto com o conteúdo 02 02 Não sabe utilizar como deveria, tornando tudo mais confuso 03 04 Não utiliza 20 24 Fonte: Dados da pesquisa
  • 25. 25 A maioria dos participantes (70%) considera que o professor usa a tecnologia aliada ao conhecimento a ser administrada, para 20%, o professor não utiliza nenhuma tecnologia; aqueles que consideram que o professor usa a tecnologia de forma descontextualizada, como uma forma de passar o tempo e os que acham que o uso inadequado torna os conteúdos mais confusos, são respectivamente, 2% e 4% dos entrevistados. Apesar de não ser maioria, essas respostas relacionadas ao uso para passar o tempo e uso inadequado são eventos comuns em muitas escolas, isso com base em conhecimento empírico, no cotidiano que se conhece das salas de aula. Pode acontecer, por exemplo, de o professor passar um filme durante a aula, mas, de forma aleatória, não há uma abordagem específica, não há questionamentos acerca do que se viu ou, então, considerar interessante um determinado material, um vídeo, por exemplo, que, apesar de contextualizado ao conhecimento, não se mostra funcional, por não ter havido um planejamento, não ter sido estabelecida uma forma de inserir aquele vídeo e torná-lo instigante para o aluno, por falta de preparo do professor. Esta, porém, parece não se constituir a realidade da maioria dos entrevistados já que é significativo o número de alunos que veem a utilização das tecnologias como forma de contribuir para o conteúdo e, consequentemente, para a construção do conhecimento. A importância de reiterar mais uma vez o papel da escola e do professor em relação ao uso de tecnologias em sala de aula, é fundamental, acompanhando o que analisa Valente apud Andreis e Scheid (2010, p.63), ao apresentar que, diante disso: O perfil docente deixa, gradativamente, de basear-se na possibilidade de transmissão de conhecimento, passando a exigir um trabalho de estimulação da curiosidade, busca de informações, facilitação do processo de aprendizagem dos alunos, coordenação das ações, incentivo aos questionamentos, contextualização dos resultados e adaptação dos saberes ensinados à realidade das práticas sociais dos alunos. Assim, volta-se para a necessidade de que a prática pedagógica baseada no uso de tecnologias, venha de forma a possibilitar ao aluno, a construção de um conhecimento, a partir da motivação que se estabelece para que ele questione,
  • 26. 26 sinta-se instigado a saber mais, a pesquisar, fazer experiências, reelaborar esses conhecimentos. Os alunos foram solicitados a opinarem e darem sugestões quanto ao uso de tecnologias nas aulas de Biologia. A maioria deles preferiu se deter em apresentar o que gostariam que acontecesse mais, estando as aulas nas salas de informática presente em quase todas as respostas. Eles consideram que é preciso trabalhar mais com a prática, levar o aluno a pesquisar, manusear material, fazer experiências, sendo o laboratório também, uma das reivindicações presentes. Como afirmou um dos alunos: “Eu acho que a tecnologia em sala de aula, do jeito que é feito na escola, passam vídeo, filme, aí, a gente faz atividade é bom, mas, não é suficiente. A escola dispõe de sala de informática, de laboratório, mas, raramente é usado pelo professor, nas atividades. E a gente ver que quando o professor usa uma vez ou outra, o resultado é muito melhor, até porque facilita o trabalho do professor, que as vezes não tem as informações todas que a gente quer sobre um assunto e com a pesquisa na internet, a gente acaba descobrindo e debatendo em sala de aula” (aluno entrevistado) Outros depoimentos, foram: “ Deveria usar mais o Datashow, é bom quando o professor usa e, também, vai explicada e fazendo perguntas” “ Em Biologia, tem assunto que a imagem explica mais do que texto ou o que o professor diz. Por isso, acho que devia ter mais aulas práticas, no laboratório, tem uns jogos lá, que a gente estuda as partes do corpo humano, entende alguns fenômenos, tudo fica mais fácil” - “Eu acho que tem recursos, mas, o professor não utiliza; tem preguiça”; - “O professor prefere usar o livro didático, mandar a gente fazer atividade no caderno, trabalhar com apostila, do que usar computador ou outro recurso. Outros professores usam, mas, o de Biologia, não”. Estes foram alguns depoimentos, mas, como já citado, a maioria sugeriu mais uso da sala de informática e, citando, também, o laboratório. Quando eles reclamam que existem os recursos, porém, os professores não utilizam, e um deles, como se observou no depoimento, atribui isso à preguiça do docente, sabe-se que nem sempre é assim. Como explicam Ruppenthal, Santos e Prati (2011, p.389): Os recursos estão disponíveis, e se mostram como ferramentas eficazes para que os alunos participem das aulas ativamente. Mas ainda se faz
  • 27. 27 necessária à formação contínua de professores para o uso pedagógico das mídias e principalmente a vontade de modificar as práticas docentes e inovar as metodologias no ensino de Ciências. Durante todo o estudo, foi muito reforçada a questão do preparo docente, mas, é porque o professor é essencial nesse processo. Ele que é, diretamente, o responsável pelo sucesso ou fracasso de sua prática, ou seja, se utiliza os recursos sem conhecê-los direito, seja porque segue uma determinação da escola ou ver nesta uma forma de preencher o tempo da aula, seja porque colocou no planejamento, estabeleceu objetivos, mas, não procurou conhecer o material a ser utilizado, tudo isso vai implicar em influência negativa para a utilização da tecnologia em sala de aula. O que acontece de forma não rara, é que as escolas dispõem de recursos tecnológicos, como computador, projetor multimídia, televisão e outros tantos que permitem a utilização do livro didático, tendo ainda, acesso a acervos de vídeos disponibilizados pelo Ministério da Educação, mas, parecem não se dar conta da necessidade de um trabalho que trata à tona a utilização desses recursos de forma a contribuir para a aprendizagem do aluno. Os recursos tecnológicos devem ser utilizados de forma a ser um adendo importante para a aprendizagem do aluno, em qualquer área de conhecimento. Porém, o papel do professor, a sua postura, é fundamental para o sucesso do uso desses recursos. Muitas vezes, os professores atribuem a falta de interesse dos alunos a fatores variados, mas, nem sempre procuram fazer um autocrítica de como está o seu desempenho. Não procuram inovar, são resistentes às mudanças e isso acaba comprometendo o desenvolvimento das aulas, de forma satisfatória. Vê-se aí a importância de um trabalho para o qual os alunos estavam motivados, motivação esta também do professor, que acaba tendo um norteamento claro do que fazer para despertar o interesse dos alunos nesse processo de desenvolvimento. Já não se pode mais pensar na educação configurada de uma forma essencialmente teórica, principalmente quando se fala tanto em aprendizagem significativa (AUSUBEL, 1982), ou seja, aquela que tem como foco o exame da realidade, a verificação de contextos, buscando interconexões entre estes e o conhecimento a ser produzido. Pelizzari et al (2002, p. 38) aponta as condições para ocorrer a aprendizagem significativa, seguindo as concepções de Ausubel:
  • 28. 28 Em primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio. Neste tipo de aprendizagem, é essencial que o aluno esteja sempre descobrindo e redescobrimento o conhecimento, e, ao fazer isso, está se realizando uma forma de aprender prazerosa. A aprendizagem significativa não se refere a acúmulo de informações ou aprendizagem “correta”, mas de conteúdo para o qual foi atribuído sentido e que, por isso, passa a determinar a assimilação de novos conteúdos, assim como modifica a pessoa. Dentro dessa compreensão da aprendizagem significativa, percebe-se que os recursos didáticos utilizados nas aulas de Biologia serão úteis para o conhecimento, como já se enfatizou no início deste estudo, se eles vierem carregados de significado, não se deve sucumbir apenas a modismos, mas, extrair dos recursos, quaisquer que sejam eles, tudo que eles podem trazer de positivo para a aprendizagem dos alunos e o êxito do processo educativo.
  • 29. 29 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A escola precisa acompanhar as constantes mutações da sociedade e estas têm acontecido em processo contínuo, e a imprescindibilidade com que se exige da educação está em sintonia com essas mudanças nasce da premissa que é necessário para o processo ensino-aprendizagem estar contextualizado, social e historicamente, com a comunidade da qual faz parte e para a qual se pretende formar o indivíduo apto em habilidades e competências. Um estudo no qual se propôs a investigar a importância das tecnologias como ferramentas pedagógicas nas aulas de Biologia vem a confirmar essas mudanças que a escola tem acompanhado e, principalmente, mostra uma nova realidade de ensino, no qual novos recursos são inseridos. A chegada de recursos tecnológicos, como computadores, projetores, a organização de laboratórios, são iniciativas relativamente novas, daí, a necessidade de uma maior capacitação dos professores, principalmente, porque, por mais democratização digital que se tenha hoje, muitos professores estão ainda iniciando esse processo de inclusão, principalmente, em cidades de pequeno porte, quando até mesmo a captação de sinal de internet é falha. Algo bastante enfatizado durante todo o estudo foi a necessidade de sintonia entre os recursos e o preparo do professor, mostrando que somente o provimento de recursos tecnológicos, por mais avançados que sejam, não se resultará satisfatório, se não for inserido numa ação docente condizente. A pesquisa realizada com os alunos que buscou, principalmente, verificar como eles veem a inserção das tecnologias nas aulas de Biologia, trouxe algumas constatações, como o fato de que os alunos consideram que o professor deveria usar mais esses recursos, pois, como opinou a maioria, não se trata de uso frequente em sala de aula. Outro resultado mostrou que as tecnologias acabam tornando as aulas mais interessantes, na percepção dos alunos, apresentando, ainda, que quando utilizada, pelo menos como é visto pela maioria, o professor o faz em contexto com os conteúdos trabalhados.
  • 30. 30 Os resultados da pesquisa trouxeram alguns pontos divergentes, principalmente, entre alunos que afirmam haver o uso de tecnologias e outros, que isso não acontece nunca, ou que enquanto em uma pergunta, como já citado, os alunos admitem haver uma utilização em consonância com o conteúdo, já em outra, há a afirmação de que o professor ignora os recursos. Mas, de uma forma geral, respondendo ao problema da pesquisa, conforme foi constatado com os resultados, as tecnologias até vêm dando uma nova dinâmica ao ensino de Biologia na escola pesquisada, porém, é preciso ainda melhorar um pouco, trazer novos elementos para a sala de aula, um maior investimento em aulas práticas e, como colocado pelos alunos, maior uso da sala de informática e do laboratório.
  • 31. 31 REFERÊNCIAS AGUIAR, E.V.B. As novas tecnologias e o ensino-aprendizagem. Vértices, v. 10, n. 1/3, jan./dez. 2008, p. 63-71. ALBRECHT, L.D; KRÜGER, V. Metodologia tradicional x Metodologia diferenciada: a opinião de alunos. Revista EDEQ, n. 33, 2013. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/edeq/issue/view/132. Acesso em 10/12/2013. ALVES, S. B. F.; CALDEIRA, A. M. A. Biologia e ética: um estudo sobre a compreensão e atitudes de alunos do ensino médio frente ao tema genoma/DNA. Ensaio. Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte-MG, vol. 7, n.1, ago. 2005. ANDREIS I. V; SCHEID, N.M.J. O uso das tecnologias nas aulas de Biologia. Vivências. Vol.6, N.11: p.58-64, Outubro/2010. ARAÚJO, M. C. M. de; SILVA, M. A. da. Contribuições do Laptop e da Rádio Escolar para a Aprendizagem. Iguatu-CE: UFC Virtual/NTE/CREDE 16, 2012. AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. BARRETO, R. G. Tecnologias educacionais e educação à distância: avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001. BRASIL. Resolução 196/96 de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Conselho Nacional de Saúde, Brasília-DF, 10 de out. de 1996. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Ed. Atlas, 1999. KRASILCHIK, M.Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo Perspec., São Paulo, v. 14, n. 1, Mar. 2000 MARCONI, M; LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6. Ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2006. MERCADO, L.P.L. (Org.). Novas tecnologias na educação: Reflexões sobre a prática. Maceió. EDUFAL, 2002. MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis-RJ: Vozes, 2007. _____. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. Editora HUCITEC. São Paulo: 2010.
  • 32. 32 MORAES, M. R. M. de. Implicações do uso laptop individual nas atividades educacionais: experiência de uma escola de tempo integral da rede municipal de Campo Grande – MS. Campo Grande - MS: UCDB. 2010. MORAN, J. M. Influência dos meios de comunicação no conhecimento. Revista Ci. Inf., Brasília-DF, v. 23, p. 233-238, maio/ago. 1994. PELIZZARI, Adriana et. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul.2001-jul. 2002. RUPPENTHAL, R.; SANTOS, T.L; PRATI, T.V. A utilização de mídias e TICs nas aulas de Biologia: como explorá-las. Cadernos do Aplicação, Porto Alegre, v. 24, n. 2, jul./dez. 2011. SILVA, M.A.S; SOARES, I.R; ALVES, F.C; SANTOS, M.N.B. Utilização de Recursos Didáticos no processo de ensino e aprendizagem de Ciências Naturais em turmas de 8º e 9º anos de uma Escola Pública de Teresina no Piauí. VII CONNEPI – Congresso Norte e Nordeste de Pesquisa e Educação, 19 a 21 out, Palmas-To, 2012. SOBRINHO, R.S. A importância do ensino da Biologia para o cotidiano. Monografia (Licenciatura) Biologia, Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF, Fortaleza-Ce, 2009. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução á pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em Educação. São Paulo: Atlas, 1987. WOOD-ROBINSON, C.; et al. Genética y Formación Científica: Resultados de un projeto de investigación y sus implicaciones sobre los programas escolares y la enseñanza. Enseñanza de lãs Ciencias, v.16, n.1, p. 43-61, 1998.
  • 33. 33 APÊNDICE A – Roteiro da entrevista com os alunos do 1º ano do Ensino Médio da E. E. M Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota, em Quixelô-CE. Universidade Estadual do Ceará – UECE Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI Curso de Ciências Biológicas Responsável pela pesquisa: Maria Alves da Silva Orientador: Prof. Me. Fernando Roberto Ferreira Silva Tema: O uso das tecnologias como ferramentas pedagógicas nas aulas de Biologia PERFIL: IDADE _____ SEXO ______ 1 As aulas de Biologia têm sido realizadas, valorizando a utilização de recursos diversos? a) Sim b) Nem sempre c) Nunca 2 Como você avalia a metodologia utilizada no ensino de Biologia, em sua escola: a) Ótima b) Boa c) Regular d) Ruim 3 Você acha que o tipo de metodologia e a utilização de recursos determinam seu rendimento? a) Sim b) Não 4 Em sua opinião, o uso de recursos tecnológicos facilitam a aprendizagem a) Sim, quando utilizados da forma adequada b) Sim, porque deixa o aluno mais motivado c) Não, deixa os alunos mais dispersos. c) Não faz diferença 5 O que você considera como mais importante na utilização das tecnologias como recursos pedagógicos, nas aulas de Biologia: a) Facilita a pesquisa e a compreensão dos conceitos b) Torna a aula mais interessante, despertando o interesse do aluno c) Permite a inserção de aulas práticas, no laboratório. d) São recursos como qualquer outro.
  • 34. 34 6 Ao usar a tecnologia em sala de aula, seu professor: a) Utiliza-a contextualizada ao conhecimento administrado b) Utiliza-a como forma de passar o tempo, sem contexto com o conteúdo c) Não sabe utilizar como deveria, tornando tudo mais confuso. d) Não utiliza 7 Que sugestões você daria para o uso das tecnologias de informação e conhecimento nas aulas de Biologia? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________
  • 35. 35 Universidade Estadual do Ceará – UECE Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI Curso de Ciências Biológicas _______________________________________________________________ APÊNDICE B - TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (TALE) Maria Alves da Silva, aluna do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu- FECLI/Universidade Estadual do Ceará – UECE, está realizando a pesquisa intitulada “O USO DAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS NAS AULAS DE BIOLOGIA”, que tem como objetivo verificar como os alunos de uma turma de 1º ano do Ensino Médio da Escola de Ensino Médio Professor Luiz Gonzaga da Fonseca Mota veem a inserção das tecnologias de comunicação e informação nas aulas de Biologia. Para isso, está desenvolvendo um estudo que consta das seguintes etapas: contato com a escola; envio do termo de assentimento aos sujeitos através dos coordenadores da escola; envio do instrumento de coleta aqueles a quem foi autorizado participar e que assinarem o termo; recolhimento dos instrumentos; organização e análise dos dados; construção do relatório da pesquisa e divulgação dos resultados em meio científico. Por essa razão, seu filho está sendo convidado para participar da pesquisa. Sua participação consistirá em responder uma entrevista que será realizada pela pesquisadora. O instrumento utilizado não causará nenhum tipo de constrangimento aos sujeitos do estudo. Todas as informações que os escolares nos fornecer será utilizada somente para esta pesquisa. Suas respostas serão confidenciais e seu nome não aparecerá nas entrevistas e nem quando os resultados forem apresentados. A participação em qualquer tipo de pesquisa é voluntária. Caso autorize a participação, não receberá nenhuma compensação financeira. Também não sofrerá qualquer prejuízo se não aceitar ou se desistir após ter iniciado o preenchimento dos questionários.
  • 36. 36 Se o(a) Sr.(a) estiver de acordo com a participação do seu filho deverá preencher e assinar o Termo de assentimento e Pós-esclarecido que se segue, e receberá uma cópia deste Termo.
  • 37. 37 Universidade Estadual do Ceará – UECE Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI Curso de Ciências Biológicas APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS - ESCLARECIDO Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o Sr.(a)_______________________________________________________________ ____________, portador(a) da cédula de identidade __________________________, declara que, após leitura minuciosa do TCLE, teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram devidamente explicadas pelos pesquisadores, ciente dos serviços e procedimentos aos quais meu filho será submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO na participação voluntariamente desta pesquisa. E, por estar de acordo, assino o presente termo. Quixelô-CE, _______ de ________________ de _________ _________________________________________ Assinatura do responsável _________________________________________ Assinatura do Pesquisador