2. O nacional-cançonetismo 40-69
António Calvário
// Música ligeira incentivada pela ditadura do Estado Novo
(33-74);
// Emissora Nacional (1935); RTP (1957);
// Em 1964, 1º Grande Prémio TV da Canção Portuguesa -
António Calvário - "Oração";
//Simone de Oliveira; António Calvário; Madalena Iglésias;
Maria de Lourdes Resende; Maria Clara; Tony de Matos;
Milú; Francisco José; Luiz Piçarra; etc;
// O folclore, o fado e Amália Rodrigues.
Madalena Iglésias
3. Nasce o rock em Portugal! 1960
Os Conchas
// Os Babies de José Cid (55-58);
// Havia também Zeca do Rock, Joaquim Costa, Nelo do
Twist, Fernando Conde…e Victor Gomes e os seus saltos “à
Tarzan” (solistas com banda de suporte);
// A 28 Out 60, Os Conchas e Daniel Bacelar gravaram “Os
Caloiros da Canção”. Foi o primeiro disco do rock'n'roll
português;
// Estava a chegar o yé-yé - tolerado mas não apoiado!
Victor Gomes
4. O primeiro YEAH! 1961
Zeca do Rock
// Um ano depois acontece o primeiro ‘Yeah’ do rock
português;
// Zeca do Rock era José das Dores e o grito foi dado no
tema “Sansão foi Enganado” (1961);
5. As estrelas do Yé-Yé 1964
Conjunto Mistério
// Fenómeno juvenil associado aos estudantes e aos bailes
do liceu;
// Musicalmente bastante incipientes, limitavam-se a fazer
instrumentais e versões de grupos internacionais;
// ‘Cópias’ de The Shadows e Beatles;
// Versões de tradicionais portugueses - Conjunto Mistério.
6. Os campeões do Yé-Yé 1966
Os Claves
// O Concurso de Conjunto do Tipo do “The Shadows” (1963);
// Concurso Yé-Yé no Teatro Monumental (65/66) ganho pel’Os
Claves – 73 grupos e 350 jovens;
// Em meados dos anos 60, seriam cerca de 300 os grupos
deste tipo: Os Titãs, Os Rebeldes (moç), Os Morgans, Os Charruas
(Dany Silva; cv), Os Claves, Os Rocks (Eduardo Nascimento; ang), Os
Ekos, Chinchilas, Os Álamos, Os Sharks, Os Jets, Os Conchas, Os
Steamers; Os Tártaros, Quinteto Académico e os Sheiks.
Chinchilas
8. Sheiksmania... 1966
Sheiks
// Sheiks foram o principal grupo do Yé-Yé. Chegou mesmo a
haver uma espécie de Sheiksmania (Paulo de Carvalho e
Carlos Mendes);
// Por força da guerra colonial (61-74), os grupos sofriam
muitas alterações ou terminavam, mesmo. Os Sheiks não
foram exceção;
// Poucos sobressaíam: Sheiks, Chinchilas, The Jets...
11. ...os Pop Five Music Incorporated 1970
Pop Five Music Incorporated
12. A Lenda do Quarteto 1111 1967
Quarteto 1111
// Com origem no Conjunto Mistério, o Quarteto 1111
(Estoril, 1967) assume-se com o primeiro grupo português
verdadeiramente original (com José Cid e posteriormente
com Tozé Brito);
// "A Lenda de El-Rei D. Sebastião", EP de 1967, como
segundo marco da história do rock em Portugal – transição
do ye-yé.
13. Na Vanguarda com o Quarteto
1111
1970
Quarteto 1111
// Editado em 1970, “Quarteto 1111” foi retirado do mercado
pela Censura, 3 dias depois;
// Aborda temas fraturantes como a guerra colonial, a
pobreza, o racismo, etc.;
// Aproximação ao rock progressivo.
14. ...e a Filarmónica Fraude 1969
Filarmónica Fraude
// “Epopeia” de 1969 mostra uma fusão original, de uma
poética cuidada com o rock e a música tradicional;
// O grupo existiu apenas durante um ano (69) mas editou 1
álbum, 3 EPs e 3 singles;
// O grupo está na base de um outro importante marco da
música nacional: a Banda do Casaco.
15. A transição dos Anos 70 1971
Duo Ouro Negro
// Época da transição e de inovação em vários géneros;
// 3 períodos: pré-25 de Abril; o PREC; pós-25 de Abril;
// Vilar de Mouros em 1971 (Manfred Mann e Elton John,
com Quarteto 1111, Psico, Objectivo, Pentágono, Pop Five
Music Incorporated, Sindikato);
// Profissionalização da indústria;
// Duo Ouro Negro lança "Blackground", com a colaboração
dos Objectivo e de Fernando Girão (Very Nice).
18. Música de intervenção 1971
José Mário Branco
// Bastante críticos do yé-yé, os baladeiros eram os grandes
instigadores da canção de intervenção política;
// No verão de 70, um festival em Oeiras seria cancelado no
próprio dia pela PIDE, com forte ofensiva da polícia…Zeca
Afonso no alinhamento;
// 3 discos fundamentais em 71: “Cantigas do Maio” - Zeca
Afonso; “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” -
JM Branco; “Gente de Aqui e de Agora” - Adriano C. de
Oliveira.
Adriano Correia
de Oliveira
19. O 25 de Abril 1974
José Afonso
// Viragem importante. A liberdade de expressão transforma
toda a música - a mensagem.
// Em 74/75, o rock é ofuscado pelas canções proibidas de
outrora;
//Palcos ocupados por: Luís Cília, Fausto, Janita Salomé, José
Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Sérgio
Godinho, Vitorino, Padre Fanhais, José Jorge Letria, Manuel Freire, José
Barata-Moura, Brigada Vitor Jara, GAC (Grupo de Ação Cultural);
// Participação política ativa.
20. Música Popular Portuguesa 1977
Carlos do Carmo
// Com o 25 de Abril e aproveitando a onda aglutinadora
dos baladeiros, a MPP tem também um enorme impulso;
// Acompanhando a fase seguinte, entram em cena nomes
como Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Carlos do
Carmo, Pedro Barroso, Carlos Mendes, Green Windows,
Carlos Paião, etc.
21. A fenomenal Banda do Casaco 1977
Banda do Casaco
// Originalidade;
// Juntava a pesquisa etnográfica à música pop, durando de
74 a 84 (7 LPs);
// Projeto único e de formação variável, a Banda do Casaco
contou com várias vocalistas: Cândida Soares (Cândida
Branca-Flor), Né Ladeiras e Gabriela Schaaf).
22. Os movimentos perpétuos de
Carlos Paredes
1967
Carlos Paredes
// Carlos Paredes (1925/2004) tem um papel central na
divulgação da música popular portuguesa – guitarra
portuguesa;
// Discografia de 1967-2000;
// 1967 - "Guitarra portuguesa"
// 1971 - "Movimento perpétuo"
23. Rock progressivo em Portugal 1973
Petrus Castrus
// Petrus Castrus (71/78) editam “Mestre” em 1973, disco
incontornável da nova música nacional - Júlio Pereira.
// Com o fim do PREC, inicia-se nova ascensão roqueira.
Estávamos em 76.
// Outros grupos: como Kamasutra, Objectivo, Beatnicks,
Albatroz, Sindikato (Jorge Palma), Xarhanga (Júlio Pereira),
Pentágono, Ananga Ranga, Psico, Arte & Ofício e
Tantra...antes do BOOM.
26. José Cid e os 10.000 Anos 1978
José Cid
// Na transição do Quarteto 1111;
// Um papel central em toda a obra do Quarteto 1111 assim
como no lançamento da música moderna portuguesa;
// Finalizado com um disco seminal de rock progressivo;
// Consta em várias listas mundiais dos melhores discos de
rock progressivo…:”10.000 Anos depois entre Vénus e
Marte”.
27. O punk e o pré-BOOM 1978
Aqui D’el Rock
// No fim dos anos 70, nascem novas ideias e novos grupos;
// “Música Moderna” do Corpo Diplomático (1979);
// Nascem os Trovante de Luís Represas e João Gil;
// Go Graal Blues Band (79/87) - Paulo Gonzo;
// E nasce o punk dos Faíscas e dos Aqui D’El Rock -“Há
Que Violentar o Sistema”;
// Ainda em 78 e numa onda punk, nascem Minas &
Armadilhas, Xutos & Pontapés e UHF.
29. O BOOM do rock português 1980
UHF
// “Chico Fininho” do disco “Ar de Rock”, marca esta fase,
que duraria apenas 3 anos…
// Aceitação dos media em particular da TV (Júlio Isidro);
// Editoras fortemente disponíveis para a edição;
// Uma aceitação generalizada do público;
// Jafumega, Salada de Frutas, Taxi, Street Kids, Rádio
Macau, GNR, Adelaide Ferreira, Trabalhadores do Comércio,
Roquivários, Grupo de Baile, ,Heróis do Mar, UHF, etc.
30. A Pop kitsch de António Variações 1983
António Variações
31. E depois do BOOM 1987
Mão Morta
// 3 anos depois, em 84, tinha tudo voltado ao “normal”;
// Rock Rendez-Vous (80-90) - Concursos de Música
Moderna;
// Nascem novos projetos: Mão Morta, Pop Dell’Arte, Sétima
Legião, Mler Ife Dada, Anamar, BAN e Delfins;
// Novo fôlego punk: Peste & Sida, Crise Total e Mata Ratos;
// Metal com Tarântula, Ibéria, V12 e STS Paranoid (depois
do hard-rock dos Psico e Play-boys nos anos 70).
34. //Incluída na música tradicional, uma vertente mais
folclorista em alguns projectos;
// Brigada Vitor Jara (75), Vai de Roda (78), Raízes (80),
Ronda dos 4 Caminhos (83), Andarilhos (91), Gaiteiros de
Lisboa (91), Quadrilha (91), Galandum Galundaina (96), etc.
// A Influência de Júlio Pereira (desde 71 – Petrus Castrus;
Xharanga; Cavaquinho; Braguesa).
A música tradicional 1988
Júlio Pereira
35. // Bana (cv), desde a década de 70 a abrir as portas de
Portugal aos músicos cabo-verdianos. Com mais de 50
discos editados;
//Dany Silva (cv) vive em Portugal desde 1961 (Os
Charruas; Quinteto Académico+2; Four Kings);
// Tito Paris (cv) radicado em Lisboa desde 1982.
Enraizamento africano 1981
Dany SilvaBana
36. //Duo Ouro Negro (ang) continua a gravar até 85, quando
morre Milo;
// Waldemar Bastos (ang) edita em 83 “Estamos Juntos;
// Em 1988, Bonga regressa a Portugal, dezassete anos
depois de ter fugido clandestinamente;
// Bonga é o primeiro africano Disco de Ouro e de Platina
em Portugal.
Enraizamento africano 1989
BongaWaldemar Bastos
37. A explosão dos anos 90 1990
Madredeus
// Explosão em várias áreas: jazz, electrónica, metal,
experimental e improvisada, tradicional, hip-hop, fado, etc;
// GNR, UHF, Rui Veloso e Mão Morta, em forte atividade;
// Manuel João Vieira instala-se com um 'agitador pop' (Ena
Pá 2000, Corações de Atum, Irmãos Catita, etc.);
// Fundador da Sétima Legião e Madredeus, Rodrigo Leão,
inicia uma carreira de sucesso;
// E Nós Pimba!
48. Jazz em português 1987
António Pinho Vargas
//Influência da escola do Hot Clube de Portugal, mais antigo
de Portugal (1948);
// Na década de 90, começam a surgir uma série de
instrumentistas de elite: M. Laginha, B. Sassetti e Pinho
Vargas (piano); Carlos Barretto, Carlos Bica e Zé Eduardo
(contrabaixo); Mário Delgado (Guitarra); Alexandra Frazão e
José Salgueiro (bateria); Laurent Filipe (trompete); Carlos
Martins e Rui Azul (saxofone); Maria João (voz).
49. Músicas novas e improvisadas 1995
Telectu
// Maior reconhecimento, no clássico e contemporâneo,
com nomes como Jorge Peixinho ou Emmanuel Nunes,
mas também nas músicas ditas modernas – ligações ao
jazz e à música eletrónica.
// Telectu (Jorge Lima Barreto e Vitor Rua); Carlos Zíngaro
(violinista); Rafael Toral (máquinas e eletrónica); Ernesto
Rodrigues (violinista); Sei Miguel (trompete de bolso);
Osso Exótico (David Maranha); Miso Ensemble (Miguel
Azguime).
50. E nós...Pimba! 1994
Emanuel
// Estilo de música popular ou folclórica, com letras que
frequentemente derivam para temáticas românticas ou
mesmo de cariz sexual mais ou menos explícito.
// A expressão ganha força por volta de 1994 por acção da
canção de Emanuel , “Pimba, pimba”;
//Associado aos bailes de aldeia e com muita exposição
televisiva;
// Quim Barreiros, o verdadeiro pai do Pimba!
51. O nascimento do Rap 1994
Black Company
// Margem Sul, Miratejo, berço do rap luso;
// Em meados de 80, a nova veia europeísta e de costas
voltadas para África...
// É neste contexto que se estreiam Da Weasel com “More
Than 30 Motherf***s” em 92 e General D em 1994, com
“PortuKKKal É Um Erro” – falhanços comerciais.
// O crescente interesse dos media faz nascer a compilação
“Rapública” (Sony, 1994);
// Com Black Company, Zona Dread, Funky D, Boss AC,
New Tribe, Líderes da Nova Mensagem e Family.
// Vende 15.000 unidades, graças ao 'vazio' de “Nadar".
52. O nascimento do Rap 1995
General D e os Karapinhas
// Um movimento que nunca mais parou - em 95 com novos
discos de Black Company, General D e Da Weasel;
// Estendeu-se a todos os grandes centros e passados
alguns anos, o país estava ocupado pelo rap…
// Para história, entre muitos outros, foram ficando os
nomes de Sam the Kid, Valete, Xeg, NBC, Chullage, D-Mars,
NelAssassin, Boss AC, Dealema, Mind da Gap, Factor
Activo, etc.
53. A Internet e o netaudio 2000
Hipnótica + Unixx
// Novas formas de edição (netaudio, autor), novos
formatos (digital), novas formas de distribuição e novos
processos de gravação e produção;
// T(H)REE I - Portugal, Hong Kong e Macau
// T(H)REE II - Portugal, Filipinas e Singapura
// T(H)REE III - Portugal, Coreia do Sul e Japão