Palestra proferida a convite da Universidade do Minho, em Braga, Portugal, em 2012. O objetivo era discutir a força e o alcance estratégico do poder econômico dos países lusófonos, bem como as dificuldades e oportunidades que os mesmos apresentam.
A Lusofonia em sua Dimensão Econômica - Diógenes L. Neto - MSc, MPA, MBA
1.
2. Lusofonia em sua
Dimensão Econômica
Desafios e Oportunidades Comuns às
Nações de Língua Portuguesa
Universidade do Minho
Campus de Gualtar Maio - 2012
Diógenes Lima Neto – MSc, MPA, MBA
Divisão de Gestão de Projetos Internacionais
Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica
Força Aérea Brasileira
3. Objetivo
Fazer compreender os principais aspectos
que compõem a dimensão econômica do
universo lusófono, bem como algumas
considerações sobre oportunidades de
negócios e trabalho.
4. Roteiro
• Economia ?
• Quem somos nós, os lusófonos ?
• Onde queremos chegar ?
• Brasil e Portugal: o eixo estratégico lusófono
• Brasil: momento de oportunidades estratégicas
• Conclusões
7. Raízes Comuns da Dimensão Econômica
• Quais as raízes econômicas comuns aos países lusófonos?
– Todos foram colônias, com exceção óbvia de Portugal.
– Suas “economias” foram iniciadas com base no
extrativismo vegetal e mineral.
– Tinham economias apoiadas no escravagismo de negros e
índios.
– Em decorrência da “economia de dominação”, a
abordagem lógica foi de manter as colônias
subdesenvolvidas.
– Ética católica-apostólica-romana versus a busca pelo lucro.
– Guerras civis.
Tornou a relação povo-governo perniciosamente paternalista
12. A Vantagem Competitiva das Nações
Fatores de
Produção
• Empregos qualificados
• Infraestrutura
Condições de
demanda
• A natureza da demanda
do mercado interno por
produtos e serviços.
Indústrias
relacionadas
e de apoio
• Presença (ou ausência) de
indústrias fornecedoras (e
outras relacionadas) que
sejam internacionalmente
competitivas.
Estratégia, Es
trutura e
Rivalidade
das empresas
• As condições que ditam
como as empresas são
criadas, organizadas e
geridas, bem como a
natureza da rivalidade
doméstica.
Michael Porter
“A Vantagem Competitiva das Nações”
Harvard Business Review – 1990 (4)
13. A Vantagem Competitiva das
Nações, Estados e Regiões Michael Porter
Harvard Business School
Advanced Management Program- 2009 (5)
Queda das barreiras de
comércio e investimento
internacionais
Globalização dos mercados e
dos investimentos de capital
Globalização da cadeia de
valor das empresas
Aumento da competição
baseada em conhecimentos e
habilidades
Aumento da dependência de
instituições, parceiros e
fornecedores externos
Aumento dos custos logísticos
em função dos custos de
energia e de emissão
Custos de China e Índia
subindo rapidamente
Elevação da capacidade
competitiva está ocorrendo
em diversos países
A mudança da natureza da competição aos níveis doméstico e internacional
“Aumentar a capacidade competitiva é, cada vez mais, essencial à prosperidade de um país.”
14. O Alcance Econômico-Estratégico Lusófono
De quais grupos econômico-estratégicos, globais e regionais, a
lusofonia participa?
– Pelo menos 24 grupos distintos, dentre os quais…
OIC – Organisation for Islamic Cooperation
União Europeia
OTAN - NATO
ONU
15. CRISES
Infraestrutura
Energia, Portos, Rodovias, Ferrovias, TIC
Educação
Universitária, Pesquisa & Desenvolvimento
Setor Privado
Maquinário
Técnicas de produção
Métodos de gestão
…
COMPETITIVOADMINISTRATIVO
Sistema Político-Administrativo
• Representatividade popular questionável
• Adm. Pública inexperiente e/ou pouco
profissional
• Pouco controle e/ou transparência administrativa
• Estrutura jurídico-legal incipiente e/ou confusa
O que nos deixa para trás ?
Necessidade de grande
volume de recursos
Assunção de grandes
riscos pelos políticos
Endividamento Externo
Gestão Pública
temerária
16. Mas temos algumas vantagens…
Recursos naturais estratégicos
• Petróleo, diamantes, ouro, água doce, urânio, minério de
ferro, quartzo, entre outros.
Produção agro-pecuária
• Açúcar, milho, soja, café, azeitonas, uva
• Gado bovino, caprino, aves
Produção industrial
• Têxteis, roupas, sapatos, automóveis, aviões, vinho,
químicos, cimento, cerveja, alimentos enlatados, aço
Eco-businesses
• Biodiversidade
• “Carbon offsets”
• Eco-turismo
18. Eixo Brasil – Portugal:
Dimensão Negócios - I
Milhares de euros
http://www.camaraportuguesa.com.br/
Milhares de euros
19. Eixo Brasil – Portugal:
Dimensão Negócios - II
Diário Económico – 28 Mar 2012
20.
21. República Federativa do Brasil
• República Federativa do Brasil
• 26 Estados e 1 Distrito Federal
• Área: 8,5 milhões Km2
• População: > 192 milhões
• PIB: > US$ 2.390 mil milhões
22. Brasil:
Momento de Grandes Oportunidades ao Universo Lusófono
• O Brasil sediará três megaeventos
internacionais:
– Copa do Mundo FIFA de Futebol - 2014
– Jogos Olímpicos – 2016
– Jogos Paralímpicos - 2016
Milhares de oportunidades de empregos e negócios estão a
surgir neste exato momento…
35. Brasil:
Outras Oportunidades de Trabalho
FONTE: http://www.administradores.com.br
• Gerente de Contabilidade
• Profissional da Área de Logística
• Gerente Industrial
• Especialistas em meio ambiente
• Engenheiros
• Profissionais da Construção Civil
• Profissionais da área de Energia
• Profissionais da Área de Petróleo
e Gás
37. Visto para Trabalhar no Brasil
• As boas relações Brasil-Portugal permitem que seus
cidadãos visitem o outro país sem necessidade de
visto, desde que não seja a trabalho e por período
inferior a 90 dias.
• Por outro lado, para trabalhar no Brasil, há que se
solicitar um VISTO TEMPORÁRIO para trabalho, o qual
vale pelo tempo do contrato de trabalho e pode ser
renovado (Lei nº 6.815/80, art. 13, inc. V).
• Há outras situações, menos comuns (cientistas,
jornalistas, ministros de confissão religiosa, etc.)
• Menores de 18 anos: autorização dos pais.
• Em Portugal, tal visto pode ser solicitado junto aos
consulados do Brasil em Lisboa, Porto ou Faro.
• Pedir com antecedência, pois o processo demora
vários dias.
http://www.consulado-brasil.pt/
Maiores informações:
Consulado Geral do Brasil em Lisboa
38. Conclusões
• Existe, sem sombra de dúvidas, uma dimensão
econômica lusófona mundialmente significativa.
• Regra geral, mas por razões distintas, carecemos de
investimentos em educação e infraestrutura.
• O eixo estratégico Brasil-Portugal constitui-se,
efetivamente, em importante mais-valia para todas as
demais nações lusófonas.
• O Brasil apresenta um momento extremamente
positivo que pode e deve ser aproveitado pela
comunidade lusófona, seja em termos de negócios,
seja em termos de oportunidades de trabalho.
39. Roteiro
• Economia ?
• Quem somos nós, os lusófonos ?
• Onde queremos chegar ?
• Brasil e Portugal: o eixo estratégico lusófono
• Brasil: momento de oportunidades estratégicas
• Conclusões
40. Objetivo
Fazer compreender os principais aspectos
que compõem a dimensão econômica do
universo lusófono, bem como algumas
considerações sobre oportunidades de
negócios e trabalho.
42. Obrigado a todos pela presença!
Ministério da Defesa do Brasil
Diógenes Lima Neto – MSc, MPA, MBA
Divisão de Gestão de Projetos Internacionais
Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica
Força Aérea Brasileira
diogeneslima@brasiladmin.com
Universidade Gama Filho – Brasília
43. Referências bibliográficas
(1) Declaração de Luanda, 2010. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Disponível em http://www.cplp.org
(2) Index Mundi – Country Profiles. Disponível em http://www.indexmundi.com/
(3) FMI – Fundo Monetário Internacional (IMF – International Monetary Fund). Disponível em http://www.imf.org/external/index.htm
(4) Porter, Michael E. 1990. “The Competitive Advantage of Nations” in Harvard Business Review , March/April.
(5) Porter, Michael E. 2009. “The Competitive Advantage of Nations, States and Regions”. Presentation. Advanced Mangement
Program. April 15, 2009.
(6) Standard & Poors. 2011. “Foreign currency rating” in Sovereigns Rating List. Disponível em
http://www.standardandpoors.com/ratings/sovresearch/en/us