O documento apresenta 5 atividades sobre o Romantismo e erros de linguagem. A Atividade I pede que o aluno estude as origens e características do Romantismo. A Atividade II apresenta 2 textos com erros linguísticos e pergunta sobre eles. A Atividade III é um texto sobre erros de linguagem. A Atividade IV pede um texto expositivo sobre erros de fala. A Atividade V pede para terminar exercícios de aula.
1. Atividade I
Estudar as origens e as características do Romantismo.
a) Livro de Português (p. 46 e 47)
b) http://educaterra.terra.com.br/literatura/romantismo/romantismo.htm
Depois de estudar o material acima, responda às seguintes perguntas com as suas palavras:
1) O que foi o Romantismo?
2) Como as revoluções burguesas desencadearam o movimento romântico?
3) Quais foram as características do projeto literário do Romantismo?
4) Quais foram as principais correntes românticas?
Atividade II
Texto 1
Sossega. Dicionário: mulher que tem os outros sentidos, mas é desprovida de visão.
Talento. Dicionário: característica de alguma coisa devagar.
1) No texto acima, o efeito de humor é construído pela definição inesperada dos termos sossega e talento.
Qual é o sentido “original” de cada um desses termos?
2) O desenhista se vale de um mesmo processo lingüístico para definir as duas palavras. Que processo é
esse?
3) O princípio desse processo para a criação das duas novas definições é a semelhança/ identidade sonora.
Explique.
Texto 2
A taça da Copa América almoçou ontem na Churrascaria Oásis em São Conrado, e, à noite, bebeu
chope no Bar Lagoa, levada pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
1) A notícia transcrita causa certo estranhamento a um falante de português. A que se deve esse
estranhamento? Justifique sua resposta a partir de um raciocínio lingüístico.
2) O modo como redigida a notícia sugere que seu autor desejou fazer uma crítica por meio de um efeito de
humor. Imagine, agora, que ele desejasse apenas noticiar o fato, sem emitir qualquer opinião. Reescreva a
notícia de modo a eliminar o efeito provocado pela estrutura utilizada.
Atividade III
Tropeços – a graça e a lógica de certos enganos da fala
Ivan Ângelo
O compenetrado pintor de paredes olhou as grandes manchas que se expandiam por todo o teto do banheiro
do nosso apartamento, as mais antigas já negras, umas amarronzadas, outras esverdeadas, pediu uma
escada, subiu, desceu, subiu, apalpou em vários pontos e deu seu diagnóstico:
– Não adianta pintar. Aqui tem muita quot;humildadequot;.
Levei segundos para compreender que ele queria dizer quot;umidadequot;. E consegui não rir. Durante a conversa, a
expressão surgiu outras vezes, não escapara em falha momentânea.
Há palavras que são armadilhas para os ouvidos, mesmo de pessoas menos humildes. São captadas de uma
forma, instalam-se no cérebro com seu aparato de sons e sentidos – sons parecidos e sentidos inadequados
– e saltam frescas e absurdas no meio de uma conversa. São enganos do ouvido, mais do que da fala. Como
o tropeção de uma pessoa de boas pernas não é um erro do caminhar, mas do ver.
Resultam muitas vezes formas hilárias. O zelador do nosso prédio deu esta explicação por não estar o
elevador automático parando em determinados andares:
– O computador entrou em quot;pânicoquot;.
Não sei se ele conhece a palavra quot;panequot;. Deve ter sido daquela forma que a ouviu e gravou. Sabemos que é
quot;panequot;, ele assimilou quot;pânicoquot; – a coisa que nomeamos é a mesma, a comunicação foi feita. Tropeço também
é linguagem.
O cheque bancário é freqüentemente vítima de um tropicão desses. Muita gente diz, no final de uma história
de esperteza ou de desacordo comercial, que mandou quot;assustarquot; um cheque. Pois outro dia encontrei alguém
que mandou quot;desbronquearquot; o cheque. Linguagens... Imagino a viagem que a palavra quot;desbloquearquot; fez na
cabeça da pessoa: a troca comum do quot;lquot; pelo quot;rquot;, a estranheza que se seguiu, o acréscimo de um quot;nquot; e aí,
sim, a coisa ficou parecida com alguma coisa, bronca, desbronquear, sem bronca. Muita palavra com status
de dicionário nasceu assim.
Já ouvi de um mecânico que o motor do carro estava quot;rastreandoquot;, em vez de quot;rateandoquot;. Talvez a palavra
correta lhe lembrasse rato e a descartara como improvável. quot;Rastrearquot; pareceria melhor raiz, traz aquela
2. idéia de vai e volta e vacila, como quem segue um rastro... Sabe-se lá. Há algum tempo, quando eu
procurava um lugar pequeno para morar, o zelador mostrou-me um quarto-e-sala quot;conjugalquot;. Tem lógica,
não? Muitos erros são elaborações. Não teriam graça se não tivessem lógica. [...]
http://veja.abril.com.br/vejasp/230403/cronica.html
Nos exemplos apresentados, o que se observa é um mesmo procedimento por parte dos falantes: diante de
um termo desconhecido, alteram sua forma, tornando-a semelhante a alguma outra palavra cujo sentido
conhecem e cujo uso seria “admissível” naquele contexto. Esse processo é conhecido como etimologia
popular. Você provavelmente já ouviu expressões como assustar o cheque (sustar o cheque), vagem afogada
(por vagem refogada), etc. Sua tarefa será dizer qual a forma correta e explicar qual foi o procedimento
lingüístico que, provavelmente, determinou sua criação.
• Casas germinadas
• Trocar o fuzil
• Raio ultraviolento
• Dente do cisne
• Tapar o sal com a peneira
• Ralar a carlota do carro
• Chuva de granito
• Instintor de incêndio
Atividade IV
O texto Tropeços, de Ivan Ângelo, é uma crônica. Crie um texto expositivo com fatos relacionados a algum
engano em relação à fala das pessoas. Você pode escolher um dos tipos de texto vistos em sala de aula.
Atividade V
Terminar exercícios começados em aula e não finalizados. Estes não serão entregues junto com as tarefas
anteriores, ficarão no caderno.