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Universidade Luterana do Brasil
CST Fotografia
Laboratório em Preto e Branco
Prof. Fernando Pires
Bruna Flores
O NEGATIVO
Ansel Adams
2014/1
Visualização e tons de imagem
A visualização é o processo consciente de projetar mentalmente a imagem
fotográfica final antes de dar os primeiros passos para fotografar o objeto. É
possível uma cópia fotográfica reproduzir a amplitude de brilho da maioria dos
objetos, então uma cópia fotográfica é uma interpretação dos tons do objeto. O
primeiro passo em direção a visualização é a interpretação expressiva, é
tornar-se consciente do mundo ao redor em termos de imagem fotográfica.
Aprender a enxergar um objeto colorido em termos de tons de branco e preto
requer esforço do fotógrafo, que aprende a identificar os tons da imagem assim
como o músico aprende a reconhecer o tom da musica e o pintor, as relações
sutis entre as cores.
Luz e Filme
A luz é a radiação eletromagnética na qual o olho humano é sensível. Essa
radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da luz,
ondas de rádio, de radar, raios x, raios gamas e outras formas de energia
radialmente. O que distingue cada um dessas formas de radiação é o
comprimento de onda. Quando a luz atinge a superfície, ela pode ser
transmitida absorvida ou refletida. Se a superfície for transparente, a maior
parte da luz será transmitida. Um material translúcido tem capacidade de
transmissão muito menor e difunde a luz que passa por ele. A luz refletida
geralmente é difusa, suas reflexões correm em todas as direções de forma
praticamente uniforme.
Um filme é composto por uma emulsão de haletos de prata, sensíveis à luz,
onde uma vez expostos a ela, são ativados e reduzidos durante a revelação da
fotografia. Na exposição, a luz produz uma imagem bastante invisível,
composta dos cristais que vão formar a imagem de prata depois do revelador.
Cada filme possui características próprias, e por isso, cada um possui uma
sensibilidade à luz, o que acaba variando de acordo com o tempo de exposição
do filme. O controle do tempo de exposição e da abertura da lente permite
assegurar que a quantidade de luz que atinge o filme a partir do objeto caia
dentro da densidade do filme, o que produz uma imagem utilizável. A
velocidade ASA de um filme é apresentada por uma escala aritmética na qual o
dobro da sensibilidade corresponde ao dobro da velocidade. Para cada
duplicação do número ASA, a exposição necessária a cada cena é reduzida
pela metade. Toda escala é divida em intervalos a um terço de ponto das
variações de exposição, de modo que a cada três números temos um ponto
completo: 64 80 100 125 150 200 250 320 400 500. Embora a maioria das
câmeras e dos fotômetros esteja calibrada na escala ASA, os fabricantes
também dão as velocidades em DIN. A escala DIN é logarítmica e não
aritmética, de modo que uma duplicação na sensibilidade é indicada por um
aumento de 3 no setor de velocidade do filme. A velocidade do filme deve ser
ajustada no setor do fotômetro manual ou no da própria câmera, se esta tiver
um fotômetro embutido. Por sofrerem as ações do tempo, os filmes fotográficos
devem receber cuidados quando armazenados: embalagens apropriadas e a
temperatura em que se encontram fazem toda a diferença no combate à
danificação. Quando se fala em grãos do filme, faz-se o exame de um negativo
com um focalizador de grãos revela que ele não é composto de um campo
contínuo de tons preto e branco, mas que esses tons são simulados por um
meio de um depósito controlado de partículas pretas. Essas partículas são os
grãos da emulsão, a prata metálica reduzida depositada quando o cristal de
haleto respondeu à luz e foi relevado. A aparência da granulação na cópia final
dependerá também do grau de ampliação do negativo.
Exposição
O negativo perfeito é aquele que após exposto e revelado, persegue com os
tons visualizados na cópia funcional. Mesmo quando o fotógrafo acha que a
cópia não rendeu o resultado esperado, se a exposição e revelação do filme
foram normais, o negativo está perfeito. No processo de exposição utiliza-se
como auxílio o fotômetro, mesmo que sua luz incidente seja limitada apenas à
luz sobre o objeto a ser fotografado e não na totalidade da iluminação do
ambiente. O número resultante do fotômetro é calculado e indica a abertura e a
velocidade necessárias para melhor resultado na foto. Pode-se melhorar a
precisão da exposição fazendo a leitura de um tom médio da cena – uma
superfície de luminância uniforme a meio caminho entre as áreas mais claras e
as mais escuras da cena. Existe um cinza-médio calibrado no cartão cinza
padrão a 18% de refletância – é esse o tom com que o fotômetro foi calibrado
para registrar na cópia final. Para fazer a média das altas e baixas luzes,
examina-se o objeto procurando a área mais escura e a mais clara que se
deseja registrar na fotografia; após, ajusta-se o fotômetro no meio dessas duas
áreas. Ainda sobre a exposição da luz, temos a alternativa de super e
subexposição do filme, sendo a primeira uma imagem mais clara e a última,
mais escura.
O sistema de zonas
O sistema de zonas permite relacionar várias luminâncias de um objeto como
os tons de cinza, o branco e o preto que visualizamos, para representar cada
luminância na imagem final – é o método de visualização que utilizamos.
O sistema de zonas baseia-se na fotografia convencional, trabalhar primeiro
com o negativo e usar todas as informações necessárias para a imagem final
através do controle da cópia do negativo em papel fotográfico. Uma vez que a
relação entre a exposição indicada e o tom a cópia resultante é conhecida, a
usamos para determinar o ponto médio da escala de tons da imagem. Depois
se define a leitura da exposição feita em uma única superfície do objeto e
usada diretamente para produzir este tom cinza média na cópia. A superfície
original pode ser branca, preta ou ter um tom intermediário, a leitura dessa
superfície e sua utilização na exposição são definidas como exposição pela
zona V, e esta produzirá um cinza-médio equivalente ao cartão cinza para a
superfície na cópia final. O ajuste inicial na exposição pelo sistema de zonas
baseia-se na área mais escura do objeto na imagem em que queremos
preservar os detalhes. O sistema de Zonas é uma expressão prática da
sensitometria, a ciência que estabelece a relação entre exposição e densidade
na fotografia.
Filtros e pré-exposição
Embora diferentes entre si, os filtros e a pré-exposição são meios de adicionar
e controlar os tons dos negativos no momento da exposição. Na fotografia
preto e branco, os filtros são utilizados para modificar a relação de tonalidades
das diferentes áreas de cor do objeto, pois proporcionam uma espécie de
controle localizado de contraste. A pré- exposição consiste em dar ao negativo
uma primeira exposição sob iluminação uniforme, alinhada com uma
determinada zona baixa, antes da exposição normal do objeto. Serve para
trazer todo o negativo para um ponto inicial de exposição ou um pouco acima,
de modo que ele fique sensibilizado a níveis muito baixos de exposição
adicional.
Fotografia com luz natural
A luz natural vem principalmente de cima pra baixo, podendo vir dos lados
também. Quanto mais claro o dia, mais intensa a luz do Sol e menos intensa a
luz do céu, e, portanto, maior a diferença entre as áreas iluminadas e as áreas
de sombra. A luz direta do sol costuma ser oito vezes mais brilhantes que uma
sombra aberta, mas essa proporção pode ser maior se o ar estiver limpo, ou
menor se houver algum tipo de névoa. A iluminação do céu é bela e favorece a
tonalidade das cores.
Fotografia com luz artificial
A imagem é composta dos efeitos de luzes refletidas, independente do tipo de
iluminação utilizada para captá-la. Na luz artificial, somos livres para usá-las da
maneira que preferimos e criar o efeito que quisermos. Existem diversos tipos
de lâmpadas. Na fotografia em preto e branco, a luz de fonte como as de
lâmpadas comuns e fluorescentes e até mesmo as de velas, pode ser medida e
usada sem que precisemos nos preocupar com variações de sua cor. A
exposição na luz artificial requer uso do fotômetro, pois seus objetos são muito
pequenos para serem medidos. O do tipo Spot oferece mais precisão nos
controles de luz e contraste nos objetos. Para obter uma iluminação indireta
sob o objeto a ser fotografado, utilizamos uma parede, teto branco e liso que
causam esse efeito; o resultado final é um padrão de luz circular ou oval que se
torna a fonte de luz. Na tentativa de eliminar clarões e reflexões no ambiente,
utiliza-se o polarizados sobre a lente. Na fotografia com luz artificial em
estúdios, geralmente recorre-se ao uso do flash, para melhorar a iluminação
ambiente e obter melhores resultados, aproximados com aqueles das imagens
feitas ao ar livre.
Os procedimentos no laboratório
Inicia-se quando a luz atinge a emulsão sensível à luz e altera a carga elétrica
dos cristais de haleto de prata, fazendo-os reagir ao revelador. Após a
exposição, o negativo passa a carregar uma imagem latente invisível composta
destes alterados, que serão reduzidos a prata metálica pelo revelador. Essa
reação ocorre em todo o negativo, de acordo com a proporção de luz que
incide em cada local. A temperatura do revelador também é extremamente
importante, a melhor temperatura para se trabalhar é 20ºC, evitando as
oscilações. Depois da revelação, o filme é transferido para um banho
interruptor, que neutraliza o revelador que sobrou uma emulsão, e depois vai
para um banho de fixador ácido. A principal função do fixador é a remoção dos
haletos de prata não reduzidos que permaneceram na emulsão. Quando o
fixador cumpre sua tarefa essencial, todos os resíduos devem ser eliminados
por um processo de lavagem em água filtrada e corrente.
O revelador contém vários ingredientes além do agente revelador.
Revelador: tem a capacidade de reduzir os haletos de prata expostos a prata
metálica, o metol, a fenidona, a hidroquina, o amidol, o pirogalol e a glicina são
os mais comuns, a maioria dos reveladores para finalidades gerais possui uma
combinação de metol e hidroquinona, o metol proporciona bons detalhes ao
negativo, e a hidroquinona aumenta o contraste e produz densidade maior nas
altas-luzes.
Compensador: são os que revelam todos os detalhes das sombras e dos
meios-tons e limitam o grau de revelação das altas-luzes.
Conservantes: é usado para prolongar a vida útil e pra prevenir o
aparecimento de manchas no negativo e nas cópias.
Acelerador: proporciona o ambiente alcalino necessário à maioria dos agentes
reveladores, o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio costumam ser usados
como aceleradores.
Retardador: aumenta o contraste inibindo a redução de prata em áreas pouco
expostas, por isso, produz densidades mais baixas nas áreas de sombra o
negativo.
A maior parte dos reveladores se mantém bem conservada sob boas condições
de armazenamento o que depende da pureza da água usada nas soluções,
mas todos perdem a força com a medida em que o tempo vai passando.
Depende também do recipiente onde são armazenados, pois como a luz
acelera a oxidação, os reveladores devem ser guardados em recipientes de
aço inoxidável ou vidro marrom-escuro, alguns plásticos permitem a passagem
de moléculas de oxigênio que interfere na solução. Também é importante não
permitir que o revelador seja contaminado por outros químicos durante o
processamento do negativo.
Após a revelação o negativo é transferido para o banho interruptor que
neutraliza os resíduos alcalinos do revelador que ficaram na emulsão.
Seguindo, passa para o fixador que remove os restos de haleto de prata não
reduzidos na revelação. Uma vez fixados, os negativos são enxaguados e
colocados em uma solução hipoclareadora para maior permanência.
O laboratório
O laboratório deve ser planejado de forma que as áreas “secas e molhadas”
fiquem separadas. A área seca deve ter um amplo espaço: recomenda-se que
o ampliador fique do lado oposto da pia, um lugar para se guardar as objetivas,
lentes de aumento e outras ferramentas e acessórios para a ampliação. A pia
deve ser de materiais resistentes a água e aos químicos. O fundo deve ter uma
estrutura forte, ser plano e grande com uma inclinação para drenas os líquidos.
A ventilação é uma necessidade para remover gases e proporcionar ar fresco
durante a sessão de trabalho. Os tanques podem ser de plásticos ou de aço
inoxidável. É necessário padronizar tanto o tempo como a temperatura do
laboratório para resultados de revelação mais uniformes. No processamento da
revelação cada filme é mergulhado na água de pré-lavagem e então cada um é
transferido para o revelador. Segurando cada filme pelas bordas, coloca-se na
solução deslizando-os pelas bordas. A revelação na bandeja requer agitação
constante e cronometragem. A lavagem requer um fluxo delicado, continuo de
água em volta e no meio de cada espiral é necessário também controlar a
temperatura da água de lavagem para evitar choques térmicos nos negativos.
A qualidade da água também deve ser cuidada, pois deve ser filtrada para
remover areia, partículas metálicas e matéria orgânica. A secagem começa
colocando o negativo em um agente umidificante, que faz com que a água
escorra livremente evitando manchas. Os negativos de preferência devem ser
secos armazenados em envelopes de papel.
Controle de tons na revelação
Segundo Ansel, este controle exige modificações no processamento para
assim, chegar a um negativo equilibrado, com bons detalhes de objetos que
tenham mais ou menos contraste do que o normal. Um negativo com contraste
e textura adequados aumenta muito nossa capacidade de obter uma cópia
excelente.

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  • 1. Universidade Luterana do Brasil CST Fotografia Laboratório em Preto e Branco Prof. Fernando Pires Bruna Flores O NEGATIVO Ansel Adams 2014/1
  • 2. Visualização e tons de imagem A visualização é o processo consciente de projetar mentalmente a imagem fotográfica final antes de dar os primeiros passos para fotografar o objeto. É possível uma cópia fotográfica reproduzir a amplitude de brilho da maioria dos objetos, então uma cópia fotográfica é uma interpretação dos tons do objeto. O primeiro passo em direção a visualização é a interpretação expressiva, é tornar-se consciente do mundo ao redor em termos de imagem fotográfica. Aprender a enxergar um objeto colorido em termos de tons de branco e preto requer esforço do fotógrafo, que aprende a identificar os tons da imagem assim como o músico aprende a reconhecer o tom da musica e o pintor, as relações sutis entre as cores. Luz e Filme A luz é a radiação eletromagnética na qual o olho humano é sensível. Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da luz, ondas de rádio, de radar, raios x, raios gamas e outras formas de energia radialmente. O que distingue cada um dessas formas de radiação é o comprimento de onda. Quando a luz atinge a superfície, ela pode ser transmitida absorvida ou refletida. Se a superfície for transparente, a maior parte da luz será transmitida. Um material translúcido tem capacidade de transmissão muito menor e difunde a luz que passa por ele. A luz refletida geralmente é difusa, suas reflexões correm em todas as direções de forma praticamente uniforme. Um filme é composto por uma emulsão de haletos de prata, sensíveis à luz, onde uma vez expostos a ela, são ativados e reduzidos durante a revelação da fotografia. Na exposição, a luz produz uma imagem bastante invisível, composta dos cristais que vão formar a imagem de prata depois do revelador. Cada filme possui características próprias, e por isso, cada um possui uma sensibilidade à luz, o que acaba variando de acordo com o tempo de exposição do filme. O controle do tempo de exposição e da abertura da lente permite assegurar que a quantidade de luz que atinge o filme a partir do objeto caia dentro da densidade do filme, o que produz uma imagem utilizável. A velocidade ASA de um filme é apresentada por uma escala aritmética na qual o dobro da sensibilidade corresponde ao dobro da velocidade. Para cada
  • 3. duplicação do número ASA, a exposição necessária a cada cena é reduzida pela metade. Toda escala é divida em intervalos a um terço de ponto das variações de exposição, de modo que a cada três números temos um ponto completo: 64 80 100 125 150 200 250 320 400 500. Embora a maioria das câmeras e dos fotômetros esteja calibrada na escala ASA, os fabricantes também dão as velocidades em DIN. A escala DIN é logarítmica e não aritmética, de modo que uma duplicação na sensibilidade é indicada por um aumento de 3 no setor de velocidade do filme. A velocidade do filme deve ser ajustada no setor do fotômetro manual ou no da própria câmera, se esta tiver um fotômetro embutido. Por sofrerem as ações do tempo, os filmes fotográficos devem receber cuidados quando armazenados: embalagens apropriadas e a temperatura em que se encontram fazem toda a diferença no combate à danificação. Quando se fala em grãos do filme, faz-se o exame de um negativo com um focalizador de grãos revela que ele não é composto de um campo contínuo de tons preto e branco, mas que esses tons são simulados por um meio de um depósito controlado de partículas pretas. Essas partículas são os grãos da emulsão, a prata metálica reduzida depositada quando o cristal de haleto respondeu à luz e foi relevado. A aparência da granulação na cópia final dependerá também do grau de ampliação do negativo. Exposição O negativo perfeito é aquele que após exposto e revelado, persegue com os tons visualizados na cópia funcional. Mesmo quando o fotógrafo acha que a cópia não rendeu o resultado esperado, se a exposição e revelação do filme foram normais, o negativo está perfeito. No processo de exposição utiliza-se como auxílio o fotômetro, mesmo que sua luz incidente seja limitada apenas à luz sobre o objeto a ser fotografado e não na totalidade da iluminação do ambiente. O número resultante do fotômetro é calculado e indica a abertura e a velocidade necessárias para melhor resultado na foto. Pode-se melhorar a precisão da exposição fazendo a leitura de um tom médio da cena – uma superfície de luminância uniforme a meio caminho entre as áreas mais claras e as mais escuras da cena. Existe um cinza-médio calibrado no cartão cinza padrão a 18% de refletância – é esse o tom com que o fotômetro foi calibrado para registrar na cópia final. Para fazer a média das altas e baixas luzes,
  • 4. examina-se o objeto procurando a área mais escura e a mais clara que se deseja registrar na fotografia; após, ajusta-se o fotômetro no meio dessas duas áreas. Ainda sobre a exposição da luz, temos a alternativa de super e subexposição do filme, sendo a primeira uma imagem mais clara e a última, mais escura. O sistema de zonas O sistema de zonas permite relacionar várias luminâncias de um objeto como os tons de cinza, o branco e o preto que visualizamos, para representar cada luminância na imagem final – é o método de visualização que utilizamos. O sistema de zonas baseia-se na fotografia convencional, trabalhar primeiro com o negativo e usar todas as informações necessárias para a imagem final através do controle da cópia do negativo em papel fotográfico. Uma vez que a relação entre a exposição indicada e o tom a cópia resultante é conhecida, a usamos para determinar o ponto médio da escala de tons da imagem. Depois se define a leitura da exposição feita em uma única superfície do objeto e usada diretamente para produzir este tom cinza média na cópia. A superfície original pode ser branca, preta ou ter um tom intermediário, a leitura dessa superfície e sua utilização na exposição são definidas como exposição pela zona V, e esta produzirá um cinza-médio equivalente ao cartão cinza para a superfície na cópia final. O ajuste inicial na exposição pelo sistema de zonas baseia-se na área mais escura do objeto na imagem em que queremos preservar os detalhes. O sistema de Zonas é uma expressão prática da sensitometria, a ciência que estabelece a relação entre exposição e densidade na fotografia. Filtros e pré-exposição Embora diferentes entre si, os filtros e a pré-exposição são meios de adicionar e controlar os tons dos negativos no momento da exposição. Na fotografia preto e branco, os filtros são utilizados para modificar a relação de tonalidades das diferentes áreas de cor do objeto, pois proporcionam uma espécie de controle localizado de contraste. A pré- exposição consiste em dar ao negativo uma primeira exposição sob iluminação uniforme, alinhada com uma determinada zona baixa, antes da exposição normal do objeto. Serve para
  • 5. trazer todo o negativo para um ponto inicial de exposição ou um pouco acima, de modo que ele fique sensibilizado a níveis muito baixos de exposição adicional. Fotografia com luz natural A luz natural vem principalmente de cima pra baixo, podendo vir dos lados também. Quanto mais claro o dia, mais intensa a luz do Sol e menos intensa a luz do céu, e, portanto, maior a diferença entre as áreas iluminadas e as áreas de sombra. A luz direta do sol costuma ser oito vezes mais brilhantes que uma sombra aberta, mas essa proporção pode ser maior se o ar estiver limpo, ou menor se houver algum tipo de névoa. A iluminação do céu é bela e favorece a tonalidade das cores. Fotografia com luz artificial A imagem é composta dos efeitos de luzes refletidas, independente do tipo de iluminação utilizada para captá-la. Na luz artificial, somos livres para usá-las da maneira que preferimos e criar o efeito que quisermos. Existem diversos tipos de lâmpadas. Na fotografia em preto e branco, a luz de fonte como as de lâmpadas comuns e fluorescentes e até mesmo as de velas, pode ser medida e usada sem que precisemos nos preocupar com variações de sua cor. A exposição na luz artificial requer uso do fotômetro, pois seus objetos são muito pequenos para serem medidos. O do tipo Spot oferece mais precisão nos controles de luz e contraste nos objetos. Para obter uma iluminação indireta sob o objeto a ser fotografado, utilizamos uma parede, teto branco e liso que causam esse efeito; o resultado final é um padrão de luz circular ou oval que se torna a fonte de luz. Na tentativa de eliminar clarões e reflexões no ambiente, utiliza-se o polarizados sobre a lente. Na fotografia com luz artificial em estúdios, geralmente recorre-se ao uso do flash, para melhorar a iluminação ambiente e obter melhores resultados, aproximados com aqueles das imagens feitas ao ar livre. Os procedimentos no laboratório Inicia-se quando a luz atinge a emulsão sensível à luz e altera a carga elétrica dos cristais de haleto de prata, fazendo-os reagir ao revelador. Após a
  • 6. exposição, o negativo passa a carregar uma imagem latente invisível composta destes alterados, que serão reduzidos a prata metálica pelo revelador. Essa reação ocorre em todo o negativo, de acordo com a proporção de luz que incide em cada local. A temperatura do revelador também é extremamente importante, a melhor temperatura para se trabalhar é 20ºC, evitando as oscilações. Depois da revelação, o filme é transferido para um banho interruptor, que neutraliza o revelador que sobrou uma emulsão, e depois vai para um banho de fixador ácido. A principal função do fixador é a remoção dos haletos de prata não reduzidos que permaneceram na emulsão. Quando o fixador cumpre sua tarefa essencial, todos os resíduos devem ser eliminados por um processo de lavagem em água filtrada e corrente. O revelador contém vários ingredientes além do agente revelador. Revelador: tem a capacidade de reduzir os haletos de prata expostos a prata metálica, o metol, a fenidona, a hidroquina, o amidol, o pirogalol e a glicina são os mais comuns, a maioria dos reveladores para finalidades gerais possui uma combinação de metol e hidroquinona, o metol proporciona bons detalhes ao negativo, e a hidroquinona aumenta o contraste e produz densidade maior nas altas-luzes. Compensador: são os que revelam todos os detalhes das sombras e dos meios-tons e limitam o grau de revelação das altas-luzes. Conservantes: é usado para prolongar a vida útil e pra prevenir o aparecimento de manchas no negativo e nas cópias. Acelerador: proporciona o ambiente alcalino necessário à maioria dos agentes reveladores, o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio costumam ser usados como aceleradores. Retardador: aumenta o contraste inibindo a redução de prata em áreas pouco expostas, por isso, produz densidades mais baixas nas áreas de sombra o negativo. A maior parte dos reveladores se mantém bem conservada sob boas condições de armazenamento o que depende da pureza da água usada nas soluções, mas todos perdem a força com a medida em que o tempo vai passando. Depende também do recipiente onde são armazenados, pois como a luz acelera a oxidação, os reveladores devem ser guardados em recipientes de aço inoxidável ou vidro marrom-escuro, alguns plásticos permitem a passagem
  • 7. de moléculas de oxigênio que interfere na solução. Também é importante não permitir que o revelador seja contaminado por outros químicos durante o processamento do negativo. Após a revelação o negativo é transferido para o banho interruptor que neutraliza os resíduos alcalinos do revelador que ficaram na emulsão. Seguindo, passa para o fixador que remove os restos de haleto de prata não reduzidos na revelação. Uma vez fixados, os negativos são enxaguados e colocados em uma solução hipoclareadora para maior permanência. O laboratório O laboratório deve ser planejado de forma que as áreas “secas e molhadas” fiquem separadas. A área seca deve ter um amplo espaço: recomenda-se que o ampliador fique do lado oposto da pia, um lugar para se guardar as objetivas, lentes de aumento e outras ferramentas e acessórios para a ampliação. A pia deve ser de materiais resistentes a água e aos químicos. O fundo deve ter uma estrutura forte, ser plano e grande com uma inclinação para drenas os líquidos. A ventilação é uma necessidade para remover gases e proporcionar ar fresco durante a sessão de trabalho. Os tanques podem ser de plásticos ou de aço inoxidável. É necessário padronizar tanto o tempo como a temperatura do laboratório para resultados de revelação mais uniformes. No processamento da revelação cada filme é mergulhado na água de pré-lavagem e então cada um é transferido para o revelador. Segurando cada filme pelas bordas, coloca-se na solução deslizando-os pelas bordas. A revelação na bandeja requer agitação constante e cronometragem. A lavagem requer um fluxo delicado, continuo de água em volta e no meio de cada espiral é necessário também controlar a temperatura da água de lavagem para evitar choques térmicos nos negativos. A qualidade da água também deve ser cuidada, pois deve ser filtrada para remover areia, partículas metálicas e matéria orgânica. A secagem começa colocando o negativo em um agente umidificante, que faz com que a água escorra livremente evitando manchas. Os negativos de preferência devem ser secos armazenados em envelopes de papel.
  • 8. Controle de tons na revelação Segundo Ansel, este controle exige modificações no processamento para assim, chegar a um negativo equilibrado, com bons detalhes de objetos que tenham mais ou menos contraste do que o normal. Um negativo com contraste e textura adequados aumenta muito nossa capacidade de obter uma cópia excelente.