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FILOSOFIAS NO
HELENISMO
Por Bruno Carrasco,
psicoterapeuta existencial e professor
Período helenístico O período helenístico se inicia com a
chegada dos macedônios na Grécia,
em 322 a.C., e a expansão militar do
império iniciada por Alexandre Magno.
Neste período houve um processo de
interação entre a cultura grega
clássica e a cultura dos povos
orientais conquistados. As escolas
platônica (Academia) e aristotélica
(Liceu) continuaram em plena
atividade, por discípulos de Platão e de
Aristóteles, porém mesclando-se com
distintas tradições culturais.
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Filosofias
helenísticas
A liberdade política do cidadão grego
foi limitada, gerando um declínio da
participação do cidadão nos destinos
da pólis. As preocupações coletivas
cederam lugar à questões pessoais, a
vida privada passou a tomar o centro
das questões filosóficas.
As principais correntes filosóficas
desse período passam a tratar sobre a
intimidade e a vida pessoal. São
propostos diversos modelos de ética
pessoal, no sentido de “filosofias de
vida” ou "artes do bem viver".
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Epicurismo O epicurismo foi fundado por Epicuro
(341-271 a.C.), que defendia que o
prazer era o princípio e o fim de uma
vida feliz. Este filósofo, distinguia dois
grupos de prazeres:
● Prazeres duradouros: que
encantam o espírito, como a boa
conversa, a contemplação das
artes, a audição da música etc.
● Prazeres imediatos: muitos dos
quais são movidos pela explosão
das paixões e que, ao final, podem
resultar em dor e sofrimento.
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Epicurismo Segundo esta filosofia, para que
possamos desfrutar os grandes
prazeres do intelecto, precisamos
aprender a dominar os prazeres
exagerados da paixão, como os
medos, os apegos, a cobiça, a inveja.
Deste modo, os epicuristas buscavam
a ataraxia, que consistia num estado
de ausência da dor, quietude,
serenidade e imperturbabilidade da
alma diante das distintas situações
adversas.
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Estoicismo O estoicismo foi a corrente filosófica
mais influente durante o helenismo,
entendia que não existe nenhum outro
lugar para ir ou fugir, além do próprio
mundo em que vivemos.
Segundo o estoicismo, não temos
como alterar a ordem universal do
mundo, mas podemos compreendê-la
e viver de acordo com ela. Feliz era
aquele que vivia segundo sua própria
natureza, a qual, por sua vez, se integra
com a natureza do universo.
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Estoicismo Os estoicos defendiam a coragem
diante do perigo e a indiferença para
com as riquezas materiais. Buscava-se
um estado ideal de serenidade para
lidar com as alternâncias da existência,
embasado na aceitação e
compreensão dos "princípios
universais" que regem toda a vida.
Tudo o que existe e acontece tem um
objetivo e uma razão de ser, e é
inclusive necessário, não poderia ser
diferente do modo como acontecia.
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Estoicismo Entendiam que algumas coisas que
acontecem dependem de nós e outras
que não dependem de nós.
Segundo eles, é impossível ser feliz se
acreditamos que felicidade é ter tudo
o que desejamos, pois se não
conseguíssemos alcançar um desejo
já nos tornaríamos infelizes.
Para os estoicos, cada pessoa pode
construir sua felicidade, desejando
apenas aquilo que pode ter, e que nos
faz verdadeiramente feliz.
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“Das coisas existentes, algumas são
encargos nossos; outras não. São
encargos nossos o juízo, o impulso, o
desejo, a repulsa - em suma: tudo
quanto seja ação nossa. Não são
encargos nossos o corpo, as posses, a
reputação, os cargos públicos – em
suma: tudo quanto não seja ação
nossa. Por natureza, as coisas que são
encargos nossos são livres,
desobstruídas, sem entraves. As que
não são encargos nossos são débeis,
escravas, obstruídas, de outrem.”
(Epicteto)
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Ceticismo Fundado pelas ideias de Pirro (365-275
a.C.), o ceticismo é uma filosofia que
duvida de todos os conhecimentos e
contesta os argumentos.
Seus seguidores propunham que as
pessoas adotassem a suspensão do
juízo (epoché), a abstenção de fazer
qualquer julgamento, já que a busca de
uma verdade plena é inútil. Aceitando
que as coisas se podem conhecer
apenas suas aparências e desfrutando
o imediato captado pelos sentidos, as
pessoas viveriam felizes e em paz.
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O ceticismo defende a
impossibilidade do
conhecimento e da
obtenção da verdade
absoluta.
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Cinismo Representado por Diógenes de Sínope
(413-327 a.C.), acreditava-se que o ser
humano deve buscar conhecer a si
mesmo e desprezar todos os bens
materiais.
Ele questionava os valores e as
convenções sociais de maneira radical
e procurava levar uma vida
estritamente conforme os princípios
que considerava corretos para si.
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Cinismo Há muitas histórias sobre Diógenes,
uma delas conta que certa vez,
Alexandre Magno foi visitá-lo. De pé,
Alexandre perguntou-lhe se havia algo
que ele, como imperador, poderia fazer
em seu benefício. Diógenes respondeu
prontamente: "Sim, podes sair da
frente do meu sol". Diz a lenda que
Alexandre, impressionado com o
desprezo do filósofo pelos bens
materiais, teria comentado: "Se eu não
fosse Alexandre, queria ser Diógenes".
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Pintura de Jean-Léon Gérôme de 1860.
ex-isto www.ex-isto.com
Referências
Bibliográficas
BOTELHO, José F. A Odisséia da Filosofia: uma
breve história do pensamento ocidental. São
Paulo: Abril, 2016.
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna.
Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva,
2013.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da
Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 12
ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na Época
Trágica dos Gregos. São Paulo: Escala, 2008.
REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. Rio de
Janeiro: Zahar, 2016.
Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor.
Graduado em Psicologia, licenciado em
Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em
Ensino de Filosofia e Psicologia
Existencial Humanista e
Fenomenológica, possui especialização
em Psicoterapia Fenomenológico
Existencial, formação em Arteterapia,
Educação Popular e Educação
Participativa.
www.brunopsiexistencial.tk
www.fb.com/brunopsiexistencial
www.instagram.com/brunopsiexistencial
ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo
e pesquisa sobre o existencialismo e
suas relações com a psicologia, filosofia,
psicoterapia, fenomenologia, literatura e
artes, iniciado no final de 2016.
Tem como intuito oferecer conteúdos
que facilitem a compreensão sobre os
temas pesquisados, por meio de textos,
vídeos, cursos ou livros, optando por
utilizar uma linguagem acessível, de
modo a promover reflexões sobre a
subjetividade, a condição humana e suas
possibilidades.
ex-isto
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Filosofias no Helenismo

  • 1. FILOSOFIAS NO HELENISMO Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor
  • 2. Período helenístico O período helenístico se inicia com a chegada dos macedônios na Grécia, em 322 a.C., e a expansão militar do império iniciada por Alexandre Magno. Neste período houve um processo de interação entre a cultura grega clássica e a cultura dos povos orientais conquistados. As escolas platônica (Academia) e aristotélica (Liceu) continuaram em plena atividade, por discípulos de Platão e de Aristóteles, porém mesclando-se com distintas tradições culturais. ex-isto www.ex-isto.com
  • 3. Filosofias helenísticas A liberdade política do cidadão grego foi limitada, gerando um declínio da participação do cidadão nos destinos da pólis. As preocupações coletivas cederam lugar à questões pessoais, a vida privada passou a tomar o centro das questões filosóficas. As principais correntes filosóficas desse período passam a tratar sobre a intimidade e a vida pessoal. São propostos diversos modelos de ética pessoal, no sentido de “filosofias de vida” ou "artes do bem viver". ex-isto www.ex-isto.com
  • 4. Epicurismo O epicurismo foi fundado por Epicuro (341-271 a.C.), que defendia que o prazer era o princípio e o fim de uma vida feliz. Este filósofo, distinguia dois grupos de prazeres: ● Prazeres duradouros: que encantam o espírito, como a boa conversa, a contemplação das artes, a audição da música etc. ● Prazeres imediatos: muitos dos quais são movidos pela explosão das paixões e que, ao final, podem resultar em dor e sofrimento. ex-isto www.ex-isto.com
  • 5. Epicurismo Segundo esta filosofia, para que possamos desfrutar os grandes prazeres do intelecto, precisamos aprender a dominar os prazeres exagerados da paixão, como os medos, os apegos, a cobiça, a inveja. Deste modo, os epicuristas buscavam a ataraxia, que consistia num estado de ausência da dor, quietude, serenidade e imperturbabilidade da alma diante das distintas situações adversas. ex-isto www.ex-isto.com
  • 6. Estoicismo O estoicismo foi a corrente filosófica mais influente durante o helenismo, entendia que não existe nenhum outro lugar para ir ou fugir, além do próprio mundo em que vivemos. Segundo o estoicismo, não temos como alterar a ordem universal do mundo, mas podemos compreendê-la e viver de acordo com ela. Feliz era aquele que vivia segundo sua própria natureza, a qual, por sua vez, se integra com a natureza do universo. ex-isto www.ex-isto.com
  • 7. Estoicismo Os estoicos defendiam a coragem diante do perigo e a indiferença para com as riquezas materiais. Buscava-se um estado ideal de serenidade para lidar com as alternâncias da existência, embasado na aceitação e compreensão dos "princípios universais" que regem toda a vida. Tudo o que existe e acontece tem um objetivo e uma razão de ser, e é inclusive necessário, não poderia ser diferente do modo como acontecia. ex-isto www.ex-isto.com
  • 8. Estoicismo Entendiam que algumas coisas que acontecem dependem de nós e outras que não dependem de nós. Segundo eles, é impossível ser feliz se acreditamos que felicidade é ter tudo o que desejamos, pois se não conseguíssemos alcançar um desejo já nos tornaríamos infelizes. Para os estoicos, cada pessoa pode construir sua felicidade, desejando apenas aquilo que pode ter, e que nos faz verdadeiramente feliz. ex-isto www.ex-isto.com
  • 9. “Das coisas existentes, algumas são encargos nossos; outras não. São encargos nossos o juízo, o impulso, o desejo, a repulsa - em suma: tudo quanto seja ação nossa. Não são encargos nossos o corpo, as posses, a reputação, os cargos públicos – em suma: tudo quanto não seja ação nossa. Por natureza, as coisas que são encargos nossos são livres, desobstruídas, sem entraves. As que não são encargos nossos são débeis, escravas, obstruídas, de outrem.” (Epicteto) ex-isto www.ex-isto.com
  • 10. Ceticismo Fundado pelas ideias de Pirro (365-275 a.C.), o ceticismo é uma filosofia que duvida de todos os conhecimentos e contesta os argumentos. Seus seguidores propunham que as pessoas adotassem a suspensão do juízo (epoché), a abstenção de fazer qualquer julgamento, já que a busca de uma verdade plena é inútil. Aceitando que as coisas se podem conhecer apenas suas aparências e desfrutando o imediato captado pelos sentidos, as pessoas viveriam felizes e em paz. ex-isto www.ex-isto.com
  • 11. O ceticismo defende a impossibilidade do conhecimento e da obtenção da verdade absoluta. ex-isto www.ex-isto.com
  • 12. Cinismo Representado por Diógenes de Sínope (413-327 a.C.), acreditava-se que o ser humano deve buscar conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais. Ele questionava os valores e as convenções sociais de maneira radical e procurava levar uma vida estritamente conforme os princípios que considerava corretos para si. ex-isto www.ex-isto.com
  • 13. Cinismo Há muitas histórias sobre Diógenes, uma delas conta que certa vez, Alexandre Magno foi visitá-lo. De pé, Alexandre perguntou-lhe se havia algo que ele, como imperador, poderia fazer em seu benefício. Diógenes respondeu prontamente: "Sim, podes sair da frente do meu sol". Diz a lenda que Alexandre, impressionado com o desprezo do filósofo pelos bens materiais, teria comentado: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes". ex-isto www.ex-isto.com
  • 14. Pintura de Jean-Léon Gérôme de 1860. ex-isto www.ex-isto.com
  • 15. Referências Bibliográficas BOTELHO, José F. A Odisséia da Filosofia: uma breve história do pensamento ocidental. São Paulo: Abril, 2016. COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2013. MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 12 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na Época Trágica dos Gregos. São Paulo: Escala, 2008. REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
  • 16. Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor. Graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em Ensino de Filosofia e Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, possui especialização em Psicoterapia Fenomenológico Existencial, formação em Arteterapia, Educação Popular e Educação Participativa. www.brunopsiexistencial.tk www.fb.com/brunopsiexistencial www.instagram.com/brunopsiexistencial
  • 17. ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo e pesquisa sobre o existencialismo e suas relações com a psicologia, filosofia, psicoterapia, fenomenologia, literatura e artes, iniciado no final de 2016. Tem como intuito oferecer conteúdos que facilitem a compreensão sobre os temas pesquisados, por meio de textos, vídeos, cursos ou livros, optando por utilizar uma linguagem acessível, de modo a promover reflexões sobre a subjetividade, a condição humana e suas possibilidades.