- O relatório avalia softwares livres para gestão de bibliotecas, concluindo que o Koha seria o mais adequado para a Biblioteca UNL, seguido pelo PMB e Evergreen, devido às suas funcionalidades e viabilidade do projeto.
- Foram avaliados quatro sistemas (Evergreen, Gnuteca, Koha e PMB) considerando requisitos funcionais, características operacionais e viabilidade dos projetos. O Koha obteve a melhor pontuação global.
- As conclusões recomendam o acompanhamento do desenvolvimento do
Considerações OpenAIRE na mesa-redonda da 2ª Jornada LusOpenEdition
Avaliação de software em open source para a gestão da Biblioteca UNL no Campus de Caparica
1. FCSH/UNL - Ciências da Informação e da Documentação
Apresentação do Relatório de Estágio na Biblioteca FCT/UNL
Avaliação de software em open
source para a gestão da Biblioteca
UNL no Campus de Caparica
Bruno Filipe Aguiar Ribeiro de Almeida
17 de Maio de 2010
4. 4
O que é um SIGB?
● SIGB: Sistema Integrado de Gestão de Bibliotecas
– Tornam possível a automatização dos processos de
trabalho realizados nas bibliotecas
– Organizam-se em módulos funcionais (Aquisições,
Catalogação, Empréstimos, OPAC, etc.)
– Funcionam em torno de bases de dados e opções
de configuração/parametrização
– Permitem a interoperabilidade com sistemas
externos através de normas e protocolos
específicos
5. 5
O que significa “open source”?
● Open Source: “Software Aberto” ou “Software de Código
Aberto” (APDSI)
– Abordagem à concepção, desenvolvimento e
distribuição de software baseada no livre acesso ao
código fonte
– Está em oposição ao conceito de software proprietário,
onde o acesso ao código fonte limita-se aos
detentores dos direitos
– Não é uma questão de preço
6. 6
Exemplos na Biblioteca e na FCT
● Firefox (Navegador Web)
● DSpace (Gestão de conteúdos)
● Moodle (Gestão de aprendizagem)
● Debian Linux (Sistema operativo)
● PHP (Linguagem de programação)
● MySQL (Base de Dados)
● Apache (Servidor Web)
7. 7
Objectivos do relatório
● Desenvolver uma avaliação dos principais SIGB
open source, determinando a solução mais
adequada às necessidades e requisitos da
Biblioteca UNL
8. 8
Metodologia
● Estudo de caso da Biblioteca UNL
● Revisão da literatura como base para a selecção
dos SIGB considerados no trabalho e a
elaboração do modelo de avaliação utilizado
● Actividades realizadas durante o estágio:
– Recolha de informação sobre o serviço
– Levantamento dos requisitos funcionais da
Biblioteca UNL, através da realização de seis
inquéritos por questionário a membros da
sua equipa técnica
9. 9
Modelo de avaliação dos SIGB
● Três etapas: elaboração de critérios,
avaliação/ponderação, cálculo das pontuações finais
● Critérios:
– Funcionalidades: tendo em conta os requisitos da
Biblioteca UNL
– Características operacionais: relativas à
implementação, uso e interoperabilidade do
sistema
– Viabilidade dos projectos: relativa à organização e
dinâmica dos projectos, e à adopção de boas
práticas
11. 11
Vantagens potenciais
● APDSI (2004) – «Open source software: que
oportunidades em Portugal?»
– Maturidade: o open source pode aproximar-se mais
dos requisitos da comunidade de utilizadores
– Flexibilidade: facilita o desenvolvimento de novas
funcionalidades
– Liberdade: para gerir dados e sistemas, evitando o
“vendor lock-in”
– Estabilidade e segurança: sobretudo no caso do
software open source mais utilizado
12. 12
Inconvenientes potenciais
● Suporte/Apoio técnico: pode ser necessário
contratar pessoal especializado ou recorrer a
serviços comerciais
● Custo Total (TCO): o facto do licenciamento do
open source ser muitas vezes gratuito não
implica que não existam custos ao longo da vida
útil do software
13. 13
SIGB open source
● Nos últimos anos houve um aumento das instalações
a nível internacional, limitando-se sobretudo a
serviços de pequena ou média dimensão
● As grandes bibliotecas universitárias dos EUA e Reino
Unido não têm aderido aos SIGB open source
● Desenvolvimento actual do Open Library
Environment, um SIGB de nova geração para
bibliotecas universitárias (oleproject.org)
● Em Portugal: Biblioteca Dr. Mário Alberto Fernandes
Costa, Biblioteca do LNEC (Koha)
14. 14
SIGB open source avaliados
● Evergreen (www.open-ils.org)
● Gnuteca (www.gnuteca.org.br)
● Koha (koha-community.org)
● PMB (www.pmbservices.fr)
15. 15
Evergreen
● 2006: Consórcio GPLS (bibliotecas públicas do
estado da Georgia, EUA)
● Rede PINES: 285 bibliotecas, 10 milhões de
documentos
● O seu desenvolvimento levou à criação da
Equinox Software
● Robertson Library (Canadá): 372 mil livros, 21 mil
periódicos
16. 16
Gnuteca
● 2002: Centro Universitário UNIVATES, Rio Grande do
Sul, Brasil
● Criação da Solis – cooperativa de soluções livres
● Desenvolvido para ser compatível com o CDS/ISIS da
UNESCO
● Inexistência de instalações divulgadas fora do Brasil
● Biblioteca UNIVATES: 48 mil títulos de monografias
(102 mil exemplares), 1000 periódicos
17. 17
Koha
● 1999: Horowhenua Library Trust, Nova Zelândia
● Sistema concebido desde o início para a Web
● A sua adopção por bibliotecas nos EUA conduziu
a um rápido desenvolvimento e à criação de
empresas especializadas: LibLime (EUA) e
BibLibre (França)
● Biblioteca da Near East University (Norte do
Chipre): colecção com 2 milhões de itens
18. 18
PMB
● 2002: François Lemarchand, Biblioteca Municipal
de Agneaux
● Criação da PMB Services
● Grande popularidade em países francófonos
● Catálogo Colectivo GENES (França): 50 mil livros,
900 títulos de periódicos
20. 20
Resultados gerais
● O Koha (80%) é o sistema mais bem posicionado
para a gestão da Biblioteca UNL
● Seguem-se PMB (69%), Evergreen (61%) e
Gnuteca (55%)
● Requisitos funcionais e operacionais: destaque
para Koha e PMB
● Viabilidade dos projectos: destaque para Koha e
Evergreen
21. 21
Evergreen
● Pontos fortes:
– Catalogação e Empréstimos
– Extensibilidade do sistema
– Elevada actividade do projecto, documentação de
qualidade
● Pontos fracos:
– Inexistência de módulos de Aquisições e Periódicos
– Requer a instalação de um programa cliente
– Interoperabilidade abaixo da média
22. 22
Gnuteca
● Pontos fortes:
– Catalogação e Empréstimos
● Pontos fracos:
– Funcionalidades incipientes ao nível das
Aquisições e Periódicos
– Extensibilidade e interoperabilidade reduzidas
– Reduzida actividade do projecto
23. 23
Koha
● Pontos fortes:
– Desempenho elevado em todas as áreas funcionais
– Extensibilidade e Interoperabilidade elevadas
– Projecto activo, documentação de qualidade
– Adopção a nível internacional, existência de
serviços comerciais
● Pontos fracos:
– Reduzidas capacidades na gestão de recursos
electrónicos
24. 24
PMB
● Pontos fortes:
– Aquisições, bom desempenho do OPAC e do
Módulo de Administração
– Elevada interoperabilidade
● Pontos fracos:
– Extensibilidade reduzida
– Actividade abaixo da média
25. 25
Avaliação média dos SIGB
● Melhor desempenho na Catalogação, nos
Empréstimos e no OPAC
● Lacunas ao nível da gestão dos Periódicos e das
Aquisições
● Os SIGB não possuem módulos adequados à
gestão de recursos electrónicos
● Existem sistemas ERM para este fim, também em
open source (ex: CUFTS, ERMes, freERMS,
SemperTool)
26. 26
Avaliação média dos SIGB
● Lacunas ao nível da interoperabilidade e
extensibilidade
● A documentação e a maturidade dos sistemas
são os aspectos mais positivos ao nível da
viabilidade dos projectos
● Inexistência ou pouca visibilidade de processos
de Controlo de Qualidade
28. 28
Conclusões
● O desenvolvimento de SIGB open source deve ser
encarado como uma oportunidade para a Biblioteca UNL
● A flexibilidade do open source permite que o serviço se
aproprie dos seus dados e sistemas, adaptando-os às suas
necessidades e evitando o “vendor lock-in”
● A Biblioteca UNL deverá acompanhar com interesse o
desenvolvimento do Open Library Environment
● Koha e PMB são actualmente os SIGB open source mais
adequados às necessidades do serviço, embora o
Evergreen possa vir a ser uma alternativa viável no futuro