SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  187
Télécharger pour lire hors ligne
INFLAMAÇÃO 
Introdução- Histórico 
Dr. Cláudio Galleano Zettler
Inflamação: histórico 
CELSUS ( 30 AC - 50 DC) 
Sinais cardeais da inflamação: -Tumor -Rubor -Calor -Dor -Impotência funcional-Galeno 131-200 DC
SINAIS CLÁSSICOS DE INFLAMAÇÃO
Inflamação: histórico 
COHNHEIM, JULIUS (1839-1884) Observando ao microscópico fez as primeiras descrições das ALTERAÇÕES VASCULARES inflamatórias na língua de rãs e no mesentério. 
METCHNIKOFF, ELIE ( 1882) Descreveu o processo de FAGOCITOSE
Inflamação: histórico 
LEWIS, THOMAS , Sir - introduziu o conceito dos MEDIADORES QUÍMICOS através da observação da ação local da HISTAMINA nas reações inflamatórias.
INFLAMAÇÃO: CONCEITO 
Inflamação é a resposta protetora dos tecidos vascularizados contra um irritante com o objetivo de destruir, diluir ou bloquear este agente agressor.
Células envolvidas na resposta inflamatória 
CELULAS INTRAVASCULARES 
MATRIZ DO TECIDO CONJUNTIVO
Vaso
INFLAMAÇÃO 
Principais causas
Inflamação: causas 
AGENTES BIOLÓGICOS 
bactérias,fungos, protozoários, vírus,etc 
AGENTES QUÍMICOS 
drogas (aspirina)
Inflamação: causas 
REAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
Hepatite auto-imune 
Lupus eritematoso 
AGENTES FÍSICOS 
queimadura solar 
traumatismos/ fraturas 
cálculos
Inflamação: causas 
NECROSES 
infarto do miocárdio 
necroses em geral de etiologias variadas: hepatites virais, etc
Pneumonia por Pneumocistis carini
Pneumocistis carini
ASCARIS
TOXOPLASMOSE
TUBERCULOSE PULMONAR
Vesícula biliar: cálculo
Necrose: infarto do miocárdio
INFLAMAÇÃO 
A reação inflamatória visa também cicatrizar e reconstituir o tecido lesado 
Esta reparação começa durante as fases iniciais da inflamação, mas se conclui depois que a causa nociva foi neutralizada
INFLAMAÇÃO 
Durante a reparação o tecido lesado é substituído por: 
regeneração de células parenquimatosas 
e/ou por preenchimento do defeito com tecido fibroso(cicatrização)
Eventual efeito da inflamação 
A inflamação e a reparação podem sem potencialmente lesivas 
Ex: Ateroesclerose Glomerulonefrites Artrite reumatóide
ATEROESCLEROSE
trombose 
coronária
infarto 
infarto
miocárdio 
Ateroesclerose>trombose>infarto>inflamação>reparação>fibrose 
Reação inflamatória
Glomérulo
Rim: glomérulos hialinizados
INFLAMAÇÃO: DIVISÃO 
AGUDA 
CRÔNICA 
SUB/AGUDA - SUB/CRÔNICA
INFLAMAÇÃO: divisão 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
é uma resposta inicial e imediata a um agente agressor. 
tem duração curta: minutos, horas ou alguns dias. 
característica: EXSUDAÇÃO de líquidos e proteínas plasmáticas e emigração de leucócitos ( neutrófilos).
NEUTROFILIA
APENDICITE AGUDA
BRONCOPNEMONIA
INFLAMAÇÃO: Generalidades 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
inflamação de duração prolongada (semanas ou meses) 
normalmente se segue à uma inflamação aguda mas pode iniciar de modo insidioso e assintomático. 
a característica e a presença de linfócitos, macrófagos e PROLIFERAÇÃO celular.
INFLAMAÇÃO AGUDA 
FASES DA INFLAMAÇÃO AGUDA 
1. Alterações vasculares 
2. Alterações da permeabilidade vascular. 
3. Emigração de leucócitos
ALTERAÇÕES VASCULARES 
São alterações do calibre vascular que acarretam um aumento do fluxo sanguíneo no local da inflamação (rubor e calor)
ALTERAÇÕES VASCULARES 
l. VASOCONSTRICÇÃO ARTERIOLAR dura alguns segundos e é seguida da 
2. VASODILATAÇÃO: origina a abertura de novos leitos capilares na área inflamada levando a um aumento do fluxo sanguíneo A vasodilatação (hiperemia ativa) é responsável pelo rubor e calor do foco inflamatório.
Aumento do fluxo sanguíneo
VASO NORMAL
VASODILATAÇÃO 
Vaso
PERMEABILIDADE VASCULAR 
Alterações estruturais da microvasculatura que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação
ALTERAÇÕES DA PERMEABILIDADE 
A vasodilatação leva a uma maior lentidão da corrente circulatória originando um AUMENTO DA PERMEABILIDADE DA MICROCIRCULAÇÃO permitindo a saida de água, eletrólitos, proteínas de baixo e alto peso molecular,fibrina e fibrinogênio para o interstício formando o EXSUDATO.
Permeabilidade 
Aumento do fluxo sanguíneo
EXSUDATO 
O exsudato é a marca da inflamação aguda
EXSUDATO: FIBRINA
ALTERAÇÕES DA PERMEABILIDADE 
O aumento da permeabilidade vascular forma o exsudato, resultando, em conseqüência numa maior concentração de hemácias dentro dos vasos levando a um AUMENTO DA VISCOSIDADE sanguínea ( Hiperemia passiva).
O endotélio permeável 
A troca líquida normal e a permeabilidade microvascular dependem criticamente de um endotélio intacto. 
Como o endotélio torna-se permeável na inflamação ?
Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 
1.Formação de lacunas endoteliais nas vênulas 
2. Reorganização do citoesqueleto 
3. Transcitose aumentada 
4. Lesão endotelial direta 
5. Extravasamento prolongado tardio 
6. Lesão endotelial mediada por leucócitos 
7. Extravasamento de novos vasos
Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 
1.FORMAÇÃO DE LACUNAS ENDOTELIAIS NAS VÊNULAS 
é o mecanismo mais comum 
por ação de mediadores químicos (histamina,bradicinina,leucotrienos) 
ocorre rápidamente e é reversível (<30m) 
“resposta transitória imediata”
Formação de lacunas 
As lacunas intercelulares são atribuidas à contração das células endoteliais, causando separação das junções intercelulares 
Ou, poderiam ser formadas por canais transcitoplasmáticos intracelulares
Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 
2.REORGANIZAÇÃO DO CITOESQUELETO (RETRAÇÃO ENDOTELIAL) 
Por ação de mediadores químicos as células endoteliais se retraem uma das outras (mecanismo ainda discutível)
Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 
3. TRANSCIT0SE AUMENTADA 
através do citoplasma endotelial por canais formados por vesículas e vacúolos interconectados, muitos localizados junto às junções intercelulares 
por ação de mediadores qúimicos
Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 
4. LESÃO ENDOTELIAL DIRETA, resultando em necrose e desprendimento das células endoteliais 
encontrado em lesões necrosantes devido a uma lesão direta do endotélio pelo agente nocivo (Ex: queimaduras ou infecções bacterianas líticas)
Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 
5. EXTRAVASAMENTO PROLONGADO TARDIO 
inicia após um retardo de 2 a 12 h, dura várias horas ou mesmo dias (Ex:queimadura solar) 
Possivel lesão celular retardada- apoptose
Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 
6. LESÃO ENDOTELIAL MEDIADA POR LEUCÓCITOS 
Os leucócitos aderem ao endotélio liberando espécies tóxicas de oxigênio e enzimas proteolíticas que causam lesão e desprendimento endotelial, resultando aumento da permeabilidade
Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 
7. EXTRAVASAMENTO DE NOVOS VASOS SANGUÍNEOS 
durante a reparação as células endoteliais proliferam e formam novos vasos sanguíneos, (angiogênese) 
os brotos vasculares permanecem permeáveis até que as células endoteliais se diferenciem e formem junções intercelulares
EMIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS 
Consiste na emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco de lesão
Funções dos leucócitos 
Ingerir agentes ofensivos 
destruição de bactérias 
degradação do tecido necrótico 
degradação de corpos estranhos 
podem prolongar a inflamação 
podem induzir lesão tecidual por liberação de enzimas,mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio
Fluxo sanguíneo
Etapas da emigração de leucócitos 
Na luz do vaso: marginação, rolagem e aderência 
Transmigração através do endotélio (também chamada de diapedese) 
Migração nos tecidos intersticiais em direção a um estímulo quimiotático
Emigração
EMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA 
A medida que a estase se desenvolve observa-se uma orientação periférica dos leucócitos (principalmente neutrófilos) ao longo do endotélio vascular - MARGINAÇÃO LEUCOCITÁRIA- 
Os leucócitos ADEREM ao endotélio e pouco depois MIGRAM através da parede vascular para o interstício.
EMIGRAÇÃO
DIAPEDESE
EMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA 
Após migrarem para fora dos vasos os leucócitos são atraídos para o campo inflamatório por um mecanismo de QUIMIOTAXIA. No campo inflamatório os leucócitos neutrófilos iniciam o processo de FAGOCITOSE, auxiliados pelos macrófagos dos tecidos.
FAGOCITOSE
MEDIADORES QUÍMICOS 
Os processos vasculares, aumento da permeabilidade, migração leucocitária, quimiotaxia e fagocitose se fazem por ação de substâncias químicas produzidas pelo organismo localmente ou provenientes da circulação chamadas MEDIADORES QUÍMICOS.
EXSUDATO : Conceito 
Exsudato é o fluído inflamatório extravascular com alta concentração de proteínas, além de detritos celulares, com densidade acima de 1020. 
Depende de alteração da permeabilidade vascular.
EXSUDATO
TRANSUDATO : Conceito 
Transudato é o fluído de baixo conteúdo proteico com densidade menor de 1012. 
Resulta de alteração da pressão hidrostática. 
A permeabilidade vascular é normal.
ETAPAS DA INFLAMAÇÃO 
Agressão (lesão inicial). 
Reação vascular (vasoconstricção e vasodilatação). 
Transtornos da permeabilidade vascular (exsudação). 
Reação dos leucócitos ( exsudação leucocitária+ quimiotaxia + fagocitose).
ETAPAS DA INFLAMAÇÃO 
Proliferação de tecido conjuntivo vascular local. 
Reparação/Cicatrização.
AS CÉLULAS DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA 
Leucócitos polimorfonucleares 
Monócitos 
Linfócitos 
Plasmócitos 
Células mesenquimais: fibroblastos, endotélios capilares, células do sistema retículo-histiocitário.
LEUCÓCITOS: AGREGAÇÃO 
Os leucócitos se acumulam no foco inflamatório seguindo uma seqüência cronológica característica: 
a: os neutrófilos 
b: os monócitos 
c: os linfócitos e plasmócitos.
LEUCÓCITOS: FUNÇÃO 
NEUTRÓFILOS: 
surgem no estado inicial de quase todas as reações inflamatórias agudas, especialmente nas infecções bacterianas que produzem pús. 
desaparecem rápidamente 
fazem a fagocitose (micrófagos).
BRONCOPNEUMONIA
LEUCÓCITOS: FUNÇÃO 
MONÓCITOS 
são mais resistentes e podem sobreviver várias semanas.Provenientes do sangue 
podem multiplicar-se nos tecidos e transformar-se em macrófagos mononucleares, bem como em células epitelióides e fibroblastos. 
fazem a fagocitose.
MONÓCITOS
LEUCÓCITOS: FUNÇÃO 
LINFÓCITOS 
surgem tardiamente e podem persistir por meses. 
produzem anticorpos 
PLASMÓCITOS: 
produzem anticorpos 
são mais comuns na periferia do foco inflamatório.
LINFÓCITO 
NEUTRÓFILO
PLASMÓCITOS
LEUCÓCITOS : FUNÇÃO 
EOSINÓFILOS: 
mais comuns nas infecções parasitárias e hiperérgicas. 
colaboram na reação Ag/Ac 
significam o início da regressão da inflamação.
EOSINÓFILO
FAGOCITOSE: Conceito 
É a incorporação de partículas microscópicas do próprio corpo ou estranhas, no citoplasma de células (fagócitos) fazendo sua degradação ou transformando-as em substâncias inócuas, mediante enzimas celulares e produtos metabólicos.
TIPOS DE MACRÓFAGOS 
Monócitos do sangue 
Histiócitos do tecido conjuntivo 
Células reticulares do baço, linfonodos e medula óssea 
Células de Kupfer do fígado 
Células da micróglia do SNC 
Osteoclastos
MACRÓFAGOS
FAGOCITOSE
MACROFAGOS (Células gigantes)
FASES DA FAGOCITOSE 
Reconhecimento e adesão 
Ingestão 
Destruição e/ou degradação
FAGOCITOSE
FAGOCITOSE: Reconhecimento 
os microrganismos são RECONHECIDOS por: 
a- neutrófilos ( micrófagos) 
b- macrófagos (Quando são revestidos por um fator natural do sôro: as opsoninas-IgG e C3b
FAGOCITOSE : Adesão 
As partículas opsononizadas aderem aos receptores específicos na superfície de mecrófagos e macrófagos para IgG e C3b
FAGOCITOSE: Ingestão 
Pseudópodos : pela membrana citoplasmática da célula 
a membrana limitante do vacúolo fagocítico se fusiona com a membrana limitante dos grânulos lisossomais dos leucócitos 
descarga do conteúdo dos grânulos com saída de enzimas hidrolíticas
FAGOCITOSE: Destruição 
POR MECANISMOS BACTERICIDAS DEPENDENTES DE OXIGÊNIO: sistema H202 
POR MECANISMOS BACTERICIDAS INDEPENDENTES DE OXIGÊNIO: íon hidrogênio; enzima lisosima; proteínas catiônicas ricas em arginina; lactoferrina
Classificação das inflamações quanto ao tipo de exsudato 
SEROSA: o exsudato contém muito mais proteína que o líquido comum do edema. Por sua composição se equivale ao plasma sanguíneo. 
Exemplos: no tecido conjuntivo (picada de insetos); nas mucosas (coriza nasal); nas cavidades corpóreas (derrame pleural,etc).
Inflamação fibrinosa 
se caracteriza pela saída dos vasos de grande quantidade de fibrinogênio, o qual coagula nos tecidos e forma a fibrina. 
Exemplos: nas mucosas (difteria); no pulmão ( pneumonia lobar); nas serosas (pleura,pericárdio).
Inflamação fibrinosa 
pericárdio
Pericardite fibrinosa
Inflamação purulenta 
se caracteriza pelo exsudato estar constituído exclusivamente por leucócitos, sendo muito menor a proporção de líquido e muito escassa a fibrina. Deste modo se constitue uma massa celular chamada PÚS.
Inflamação purulenta 
os leucócitos que constituem o pús vão se destruindo progressivamente até sofrer degeneração graxa. 
os leucócitos em vias de detruição recebem o nome de PIÓCITOS.
Inflamação purulenta: abscesso 
ABSCESSO é o acúmulo de pús num espaço criado pela destruição de tecidos. 
Os leucócitos polimorfonucleares em vias de destruição liberam enzimas proteolíticas que digerem o tecido lesionado.
Abscesso renal
Abscessos pulmonares
abscesso
Inflamação purulenta: flegmão 
É a extensão da supuração acompanhada de necrose do tecido celular resultando uma infiltração progressiva. A inflamação flegmonosa se caracteriza porque não se detém em nenhuma parte podendo progredir com grande rapidez e não é encapsulada.
Inflamação purulenta: empiema 
EMPIEMA é a coleção de pús em cavidades já formadas como a pleura, vesícula biliar, etc. 
as inflamações purulentas são produzidas quase que exclusivamente por bactérias, especialmente os estáfilo e estreptococos (cocos piógenos).
Empiema pericárdico
Inflamação hemorrágica 
Se caracteriza pela presença de hemácias nos exsudatos serosos, fibrinosos ou purulentos causada por uma grave lesão vascular 
Exemplos: bacilo do carbúnculo
MEDIADORES QUÍMICOS: Características 
(1) Originam-se no plasma e nas células; 
(2) Desenvolvem sua atividade biológica através da ligação a receptores específicos celulares; 
(3) são capazes de estimular a liberação de mediadores por parte das próprias células-alvo;
MEDIADORES QUÍMICOS: características 
(4) atuam sobre um ou alguns tipos de células-alvo, apresentam alvos variados ou podem apresentar efeitos diferentes segundo os tipos de células e tecidos em contato; 
(5) uma vez ativados e liberados a maioria dos mediadores tem uma curta duração.
MEDIADORES QUÍMICOS 
(1) CELULARES: a) Pré-formatados Histamina, serotonina,enzimas lisossomais. b) Recém-formatados: Prostaglandinas, leucotrienos, fator ativador plaquetário, citocinas, óxido nítrico.
MEDIADORES QUÍMICOS 
(2) PLASMÁTICOS: A) Por ativação do complemento C3a, C5a, C5b-9 
 B) Por ativação do fator de Hageman Sistema cinina (bradicinina) Sistema da coagulação-fibrinólise.
TIPOS DE MEDIADORES 
AMINAS VASOATIVAS 
PROTEASES PLASMÁTICAS 
METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 
FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA 
CITOCINAS
TIPOS DE MEDIADORES (2) 
ÓXIDO NÍTRICO 
COMPONENTES LISOSSÔMICOS DOS LEUCÓCITOS 
RADICAIS LIVRES DERIVADOS DO OXIGÊNI0 
OUTROS MEDIADORES
AMINAS VASOATIVAS 
(1) HISTAMINA 
Origem: mastócitos e basófilos 
Ativação: agentes físicos (trauma,frio,calor), reações imunes, anafilatoxinas, proteínas liberadoras de histamina derivadas dos leucócitos,neuropeptídios, citocinas
AMINAS VASOATIVAS 
(1) HISTAMINA 
Ação: vasodilatação arteriolar aumento da permeabilidade vascular 
(2) SEROTONINA 
origem: plaquetas 
ativação:contato com colágeno, trombina,ADP e complexos Ag/Ac
PROTEASES PLASMÁTICAS 
(1) SISTEMA DO COMPLEMENTO 
sistema de 20 proteínas plasmáticas que atua na imunidade para a defesa contra agentes microbianos e culmina com a lise de micróbios. Os componentes do complemento presentes no plasma sob a forma inativa são numerados de C1 a C9.
PROTEASES PLASMÁTICAS 
(1) SISTEMA DO COMPLEMENTO 
Modo de ação: C3a, C5a, C4a: permeabilidade vascular e vasodilatação através da liberação de histamina dos mastócitos. - C3b: fagocitose C5a: adesão, quimitaxia para neutrófilos,monócitos, eosinófilos
PROTEASES PLASMÁTICAS 
(2) SISTEMA CININA 
Ativação: fator Hageman 
Modo de ação: libera Bradicinina que aumenta a permeabilidade vascular. 
A bradicinina é rápidamente inativada pela quinase, tendo curta duração.
PROTEASES PLASMÁTICAS 
(3) O SISTEMA DA COAGULAÇÃO 
Ativação: fator Hageman 
Modo de ação: converte fibrinogênio em fibrina através da ativação da trombina. Nesta conversão são formados Fibrinopeptídios que agem 
na permeabilidade vascular e 
quimitoaxia para neutrófilos.
METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 
(1) PROSTAGLANDINAS 
Modo de formação: a partir do ácido araquidônico pela via da ciclooxigenase. (Bloqueio p/ aspirina ) 
Tipos de prostaglandinas formadas: PGE, PGD, PGF,PGLI 2 
Modo de ação: vasodilatação e potencializa formação do edema
METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 
(2) LEUCOTRIENOS 
Modo de formação: a partir do ácido araquidônico pela via da lipooxigenase (enzima presente nos neutrófilos) 
Principal produto: 5-HETE 
Modo de ação:quimiotaxia
FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA 
Origem: fosfolipídios da membrana por ativação das fosfolipases 
Modo de ação: vasoconstricção aumento da permeabilidade vascular (100 a 10.000 x mais potente que a histamina); aumento da adesão leucocitária ao endotélio; quimiotaxia
CITOCINAS 
Tipos: Interleucina 1 (IL 1) e Fator de necrose tumoral (TNF). 
Ativação: de macrófagos por ação de produtosbacterianos,complexos imunes, toxinas,lesões físicas,outras citocinas.
CITOCINAS 
MODO DE AÇÃO 
Reações da fase aguda: febre,+sono, - apetite 
Efeitos endoteliais: + aderência leucocitária, + síntese de PGl, atividade pró-coagulante 
Efeitos fibroblásticos: + proliferação e colágeno,+colagenase e protease
ÓXIDO NÍTRICO 
ORIGEM: gás solúvel de radical livre produzido por células endoteliais, macrófagos e neurônios centrais específicos, sintetizado a partir da L- arginina, do oxigênio molecular e NADPH 
TEMPO DE ACÃO: alguns segundos 
AÇÃO: citotóxico para micróbios
RADICAIS LIVRES 
ORIGEM: liberados por leucócitos 
ATIVAÇÃO: agentes quimiotáticos,imunocomplexos 
MODO DE AÇÃO: 
aumento da permeabilidade vascular 
inativação de antiproteases.
DESENLACE DA INFLAMAÇÃO AGUDA 
(1) RESOLUÇÃO COMPLETA 
(2) CURA POR SUBSTITUIÇÃO POR TECIDO CONJUNTIVO (FIBROSE) 
(3) FORMAÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO 
(4) PROGRESSÃO PARA A INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Inflamação crônica 
Inflamação de duração prolongada na qual a inflamação ativa, destruição tecidual e tentativas de reparação estão ocorrendo simultaneamente
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
A progressão para a inflamação crônica ocorre quando: 
não é possível resolver a resposta inflamatória aguda por: 
(a) persistência do agente agressor 
(b) interferência no processo normal de cura
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
A inflamação crônica segue-se sempre após a fase exsudativa (que pode ser fugaz e não identificada) 
A inflamação aguda é basicamente uma 
reação vascular e a inflamação crônica é uma reação celular proliferativa
Inflamação crônica: origens 
Infecções persistentes por certos microrganismos (bacilo da tuberculose, fungos) 
Exposição prolongada a agentes pontencialmente tóxicos (sílica, ateroesclerose) 
Autoimunidade
Inflamação crônica: CÉLULAS 
Na inflamação crônica proliferam básicamente células mesenquimais: 
FIBROBLASTOS 
CÉLULAS ENDOTELIAIS 
MACRÓFAGOS
INFLAMAÇÃO CRÔNICA:TIPOS 
FIBROSE REPARATIVA (fibroblastos) 
TECIDO DE GRANULAÇÃO (células vasculares- pericitos) 
GRANULOMAS (macrófagos)
REPARAÇÃO POR FIBROSE 
Ocorre quando há destruição tecidual persistente por lesão de células parenquimatosas e do estroma. 
Ocorre substituição das células parenquimatosas não regeneradas(tecidos permanentes) por tecido conjuntivo que leva a formação de FIBROSE e CICATRIZ.
FIBROSE CICATRICIAL 
Proliferação de FIBRÓCITOS 
Transformação em FIBROBLASTOS 
Produção de COLÁGENO 
FIBROSE CICATRICIAL
CORAÇÃO NORMAL
CORAÇÃO: INFARTO 
NECROSE
Ruptura
CORAÇÃO: EVOLUÇÃO DA NECROSE 
1-2 dias 
3-4 dias
1-2 semanas 
Reação inflamatória
Fibrose
Fibrose
Infarto antigo 
Fibrose
FIBROSE 
QUELÓIDE : CICATRIZ HIPERTRÓFICA
FIBROSE: RIM TERMINAL 
GLOMÉRULOS
O TECIDO DE GRANULAÇÃO 
Logo no início da inflamação a proliferação de fibroblastos e células endoteliais vasculares formando pequenos vasos sanguíneos constituem o TECIDO DE GRANULAÇÃO. Os vasos se formam por brotamentos de vasos pré-existentes (angiogênese).
GRANULOMA PIOGÊNICO
TECIDO DE GRANULAÇÃO
GRANULOMAS 
É uma forma especial de inflamação crônica na qual predomina a proliferação de um tipo especial de macrófago ativado com aspecto de célula epitelial modificada ( epitelióide).
ORIGEM DOS MACRÓFAGOS
RECRUTAMENTO
ATIVAÇÃO
GRANULOMAS 
Granuloma é um acúmulo microscópico de macrófagos que se transformam em células semelhantes à epiteliais, cercadas por um colar de leucócitos mononucleares, principalmente linfócitos. As células epitelióides podem se fundir e formar células gigantes
GRANULOMAS
FORMAÇÃO
GRANULOMAS
GRANULOMAS
CÉLULAS GIGANTES
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS 
BACTERIANAS 
Tuberculose , Lepra, Sífilis 
Doença de arranhadura do gato 
PARASITÁRIA 
Esquistossomose 
CORPOS ESTRANHOS
Granulomas 
TUBERCULOSE 
o granuloma é denominado de Tubérculo e caracteriza-se clássicamente pela - presença de necrose caseosa central. - acúmulo de macrófagos - células gigantes de Langhans - coroa linfocitária
Tuberculose pulmonar: granuloma
Granulomas
GRANULOMA 
NECROSE CASEOSA 
MACRÓFAGOS
Ziehl-Neelsen
LEPRA
Macrófagos
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS 
FÚNGICA 
Criptococose 
Paracoccidioidomicose 
METAIS E POEIRAS INORGÂNICAS 
Silicose, berilose 
DESCONHECIDA 
Sarcoidose
GRANULOMAS 
POR FUNGOS
CRIPTOCOCO
CRIPTOCOCO: coloração pela prata
GRANULOMA POR FUNGO: Paracoccidiodomicose
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
GRANULOMAS 
TIPO CORPO ESTRANHO
GRANULOMA TIPO CORPO ESTRANHO
GRANULOMA POR FIO CIRÚRGICO
GRANULOMAS 
SARCOIDOSE
SARCOIDOSE
SARCOIDOSE
SARCOIDOSE 
GRANULOMAS
GRANULOMA SARCÓIDE
Condição para formar o GRANULOMA 
A presença de irritantes pouco digeríveis ou de imunidade mediada por células T contra o irritante, ou de ambos, é aparentemente necessária á formação de granulomas.
INFLAMAÇÃO 
RESOLUÇÃO
Histórico e conceitos da inflamação

Contenu connexe

Tendances

Aula 2 causas das lesões
Aula 2   causas das lesõesAula 2   causas das lesões
Aula 2 causas das lesõesDaniela Lima
 
Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5Cleanto Santos Vieira
 
ICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - HipersensibilidadesICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - HipersensibilidadesRicardo Portela
 
Lesões celulares
Lesões celulares Lesões celulares
Lesões celulares Karen Costa
 
Hipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo ILABIMUNO UFBA
 
Processos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônicoProcessos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônicoMarília Gomes
 
Aula 1 adaptações celulares (1)
Aula 1  adaptações celulares (1)Aula 1  adaptações celulares (1)
Aula 1 adaptações celulares (1)MarianaSerra19
 
Slide 2 Aula 2 LeucóCitos
Slide 2   Aula 2 LeucóCitosSlide 2   Aula 2 LeucóCitos
Slide 2 Aula 2 LeucóCitossamir12
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
Imunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e AdaptativaImunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e AdaptativaLABIMUNO UFBA
 

Tendances (20)

Aula de Inflamacao
Aula de InflamacaoAula de Inflamacao
Aula de Inflamacao
 
Auto imunidade
Auto imunidadeAuto imunidade
Auto imunidade
 
Autoimunidade
AutoimunidadeAutoimunidade
Autoimunidade
 
Aula 2 causas das lesões
Aula 2   causas das lesõesAula 2   causas das lesões
Aula 2 causas das lesões
 
Lesão celular
Lesão celularLesão celular
Lesão celular
 
Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5
 
ICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - HipersensibilidadesICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - Hipersensibilidades
 
Morte celular
Morte celularMorte celular
Morte celular
 
07a inflamacao e_reparo
07a inflamacao e_reparo07a inflamacao e_reparo
07a inflamacao e_reparo
 
Lesões celulares
Lesões celulares Lesões celulares
Lesões celulares
 
Laboratório
LaboratórioLaboratório
Laboratório
 
Hipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo I
 
Processos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônicoProcessos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônico
 
Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
Morte celular bio l
Morte celular bio lMorte celular bio l
Morte celular bio l
 
Aula 1 adaptações celulares (1)
Aula 1  adaptações celulares (1)Aula 1  adaptações celulares (1)
Aula 1 adaptações celulares (1)
 
Lesão Celular - Dr. José Alexandre P. de Almeida
Lesão Celular - Dr. José Alexandre P. de AlmeidaLesão Celular - Dr. José Alexandre P. de Almeida
Lesão Celular - Dr. José Alexandre P. de Almeida
 
Slide 2 Aula 2 LeucóCitos
Slide 2   Aula 2 LeucóCitosSlide 2   Aula 2 LeucóCitos
Slide 2 Aula 2 LeucóCitos
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
Imunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e AdaptativaImunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e Adaptativa
 

En vedette

En vedette (20)

4 morte celular v2
4 morte celular v24 morte celular v2
4 morte celular v2
 
Apostilas completas.doc patologia (1)
Apostilas completas.doc patologia (1)Apostilas completas.doc patologia (1)
Apostilas completas.doc patologia (1)
 
Zoo introdução
Zoo introduçãoZoo introdução
Zoo introdução
 
Cópia de apresentação1
Cópia de apresentação1Cópia de apresentação1
Cópia de apresentação1
 
Inflamações Agudas
Inflamações AgudasInflamações Agudas
Inflamações Agudas
 
Endo1
Endo1Endo1
Endo1
 
Inflamação e Reparação
Inflamação e ReparaçãoInflamação e Reparação
Inflamação e Reparação
 
Inflamação crônica (reparo)
Inflamação crônica (reparo)Inflamação crônica (reparo)
Inflamação crônica (reparo)
 
Cicatrização
CicatrizaçãoCicatrização
Cicatrização
 
03 inflamacao aguda_daniel
03 inflamacao aguda_daniel03 inflamacao aguda_daniel
03 inflamacao aguda_daniel
 
Necrose
NecroseNecrose
Necrose
 
Doenças causadas por Virus , bactérias e fungos
Doenças causadas por Virus , bactérias e fungosDoenças causadas por Virus , bactérias e fungos
Doenças causadas por Virus , bactérias e fungos
 
Fisiologia - Sistema Respiratório 3
Fisiologia - Sistema Respiratório 3Fisiologia - Sistema Respiratório 3
Fisiologia - Sistema Respiratório 3
 
Leucemias ucb
Leucemias ucbLeucemias ucb
Leucemias ucb
 
Pdf livro do curso
Pdf   livro do cursoPdf   livro do curso
Pdf livro do curso
 
Anatomia - Introdução
Anatomia - IntroduçãoAnatomia - Introdução
Anatomia - Introdução
 
Continuação imunidade inata e adaptativa
Continuação imunidade inata e adaptativaContinuação imunidade inata e adaptativa
Continuação imunidade inata e adaptativa
 
Interpretation of cbc 2
Interpretation of cbc 2Interpretation of cbc 2
Interpretation of cbc 2
 
Resposta imune celular
Resposta imune celularResposta imune celular
Resposta imune celular
 
Estudo dirigido
Estudo dirigidoEstudo dirigido
Estudo dirigido
 

Similaire à Histórico e conceitos da inflamação

Db301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_agudaDb301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_agudabiomedicassia
 
Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo nettoPatologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo nettoJucie Vasconcelos
 
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfFERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfnayaraGomes40
 
Alterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdf
Alterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdfAlterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdf
Alterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdfGAMA FILHO
 
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptxAula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptxMizaelCalcio1
 
Inflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismo
Inflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismoInflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismo
Inflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismoadrianomedico
 
Reação inflamatória
Reação inflamatóriaReação inflamatória
Reação inflamatóriaGyl Souza
 
Doenças respiratórias. modificação 05.06
Doenças respiratórias. modificação 05.06Doenças respiratórias. modificação 05.06
Doenças respiratórias. modificação 05.06Lincolm Aguiar
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãORodrigo Biondi
 
Desfecho da inflamação aguda
Desfecho da inflamação agudaDesfecho da inflamação aguda
Desfecho da inflamação agudaNathalia Fuga
 
Ulcera Venosa e IPTB
Ulcera Venosa e IPTBUlcera Venosa e IPTB
Ulcera Venosa e IPTBUnivas
 

Similaire à Histórico e conceitos da inflamação (20)

Db301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_agudaDb301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_aguda
 
Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo nettoPatologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
 
Inflama o aguda
Inflama  o  agudaInflama  o  aguda
Inflama o aguda
 
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfFERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
 
Alterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdf
Alterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdfAlterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdf
Alterações Pulpares e Peripicais - Inflamação e Reparação.pdf
 
2. intr. inflamação
2. intr. inflamação2. intr. inflamação
2. intr. inflamação
 
Aula 3- Patologia.pptx
Aula 3- Patologia.pptxAula 3- Patologia.pptx
Aula 3- Patologia.pptx
 
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptxAula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
 
Apresentação 3.pptx
Apresentação 3.pptxApresentação 3.pptx
Apresentação 3.pptx
 
1º bimestre halita
1º bimestre   halita1º bimestre   halita
1º bimestre halita
 
Inflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismo
Inflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismoInflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismo
Inflamação serosa do miocárdio no hipertiroidismo
 
Reação inflamatória
Reação inflamatóriaReação inflamatória
Reação inflamatória
 
Doenças respiratórias. modificação 05.06
Doenças respiratórias. modificação 05.06Doenças respiratórias. modificação 05.06
Doenças respiratórias. modificação 05.06
 
AULA 6 - Inflamação II.pdf
AULA 6 - Inflamação II.pdfAULA 6 - Inflamação II.pdf
AULA 6 - Inflamação II.pdf
 
10 inflamação
10 inflamação10 inflamação
10 inflamação
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
 
Reparo dos tecidos
Reparo dos tecidosReparo dos tecidos
Reparo dos tecidos
 
Desfecho da inflamação aguda
Desfecho da inflamação agudaDesfecho da inflamação aguda
Desfecho da inflamação aguda
 
Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
Ulcera Venosa e IPTB
Ulcera Venosa e IPTBUlcera Venosa e IPTB
Ulcera Venosa e IPTB
 

Histórico e conceitos da inflamação

  • 1. INFLAMAÇÃO Introdução- Histórico Dr. Cláudio Galleano Zettler
  • 2. Inflamação: histórico CELSUS ( 30 AC - 50 DC) Sinais cardeais da inflamação: -Tumor -Rubor -Calor -Dor -Impotência funcional-Galeno 131-200 DC
  • 3. SINAIS CLÁSSICOS DE INFLAMAÇÃO
  • 4. Inflamação: histórico COHNHEIM, JULIUS (1839-1884) Observando ao microscópico fez as primeiras descrições das ALTERAÇÕES VASCULARES inflamatórias na língua de rãs e no mesentério. METCHNIKOFF, ELIE ( 1882) Descreveu o processo de FAGOCITOSE
  • 5. Inflamação: histórico LEWIS, THOMAS , Sir - introduziu o conceito dos MEDIADORES QUÍMICOS através da observação da ação local da HISTAMINA nas reações inflamatórias.
  • 6. INFLAMAÇÃO: CONCEITO Inflamação é a resposta protetora dos tecidos vascularizados contra um irritante com o objetivo de destruir, diluir ou bloquear este agente agressor.
  • 7. Células envolvidas na resposta inflamatória CELULAS INTRAVASCULARES MATRIZ DO TECIDO CONJUNTIVO
  • 10. Inflamação: causas AGENTES BIOLÓGICOS bactérias,fungos, protozoários, vírus,etc AGENTES QUÍMICOS drogas (aspirina)
  • 11. Inflamação: causas REAÇÕES IMUNOLÓGICAS Hepatite auto-imune Lupus eritematoso AGENTES FÍSICOS queimadura solar traumatismos/ fraturas cálculos
  • 12. Inflamação: causas NECROSES infarto do miocárdio necroses em geral de etiologias variadas: hepatites virais, etc
  • 19. Necrose: infarto do miocárdio
  • 20. INFLAMAÇÃO A reação inflamatória visa também cicatrizar e reconstituir o tecido lesado Esta reparação começa durante as fases iniciais da inflamação, mas se conclui depois que a causa nociva foi neutralizada
  • 21. INFLAMAÇÃO Durante a reparação o tecido lesado é substituído por: regeneração de células parenquimatosas e/ou por preenchimento do defeito com tecido fibroso(cicatrização)
  • 22. Eventual efeito da inflamação A inflamação e a reparação podem sem potencialmente lesivas Ex: Ateroesclerose Glomerulonefrites Artrite reumatóide
  • 29. INFLAMAÇÃO: DIVISÃO AGUDA CRÔNICA SUB/AGUDA - SUB/CRÔNICA
  • 30. INFLAMAÇÃO: divisão INFLAMAÇÃO AGUDA é uma resposta inicial e imediata a um agente agressor. tem duração curta: minutos, horas ou alguns dias. característica: EXSUDAÇÃO de líquidos e proteínas plasmáticas e emigração de leucócitos ( neutrófilos).
  • 34. INFLAMAÇÃO: Generalidades INFLAMAÇÃO CRÔNICA inflamação de duração prolongada (semanas ou meses) normalmente se segue à uma inflamação aguda mas pode iniciar de modo insidioso e assintomático. a característica e a presença de linfócitos, macrófagos e PROLIFERAÇÃO celular.
  • 35. INFLAMAÇÃO AGUDA FASES DA INFLAMAÇÃO AGUDA 1. Alterações vasculares 2. Alterações da permeabilidade vascular. 3. Emigração de leucócitos
  • 36. ALTERAÇÕES VASCULARES São alterações do calibre vascular que acarretam um aumento do fluxo sanguíneo no local da inflamação (rubor e calor)
  • 37. ALTERAÇÕES VASCULARES l. VASOCONSTRICÇÃO ARTERIOLAR dura alguns segundos e é seguida da 2. VASODILATAÇÃO: origina a abertura de novos leitos capilares na área inflamada levando a um aumento do fluxo sanguíneo A vasodilatação (hiperemia ativa) é responsável pelo rubor e calor do foco inflamatório.
  • 38. Aumento do fluxo sanguíneo
  • 41. PERMEABILIDADE VASCULAR Alterações estruturais da microvasculatura que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação
  • 42. ALTERAÇÕES DA PERMEABILIDADE A vasodilatação leva a uma maior lentidão da corrente circulatória originando um AUMENTO DA PERMEABILIDADE DA MICROCIRCULAÇÃO permitindo a saida de água, eletrólitos, proteínas de baixo e alto peso molecular,fibrina e fibrinogênio para o interstício formando o EXSUDATO.
  • 43. Permeabilidade Aumento do fluxo sanguíneo
  • 44. EXSUDATO O exsudato é a marca da inflamação aguda
  • 46. ALTERAÇÕES DA PERMEABILIDADE O aumento da permeabilidade vascular forma o exsudato, resultando, em conseqüência numa maior concentração de hemácias dentro dos vasos levando a um AUMENTO DA VISCOSIDADE sanguínea ( Hiperemia passiva).
  • 47. O endotélio permeável A troca líquida normal e a permeabilidade microvascular dependem criticamente de um endotélio intacto. Como o endotélio torna-se permeável na inflamação ?
  • 48. Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 1.Formação de lacunas endoteliais nas vênulas 2. Reorganização do citoesqueleto 3. Transcitose aumentada 4. Lesão endotelial direta 5. Extravasamento prolongado tardio 6. Lesão endotelial mediada por leucócitos 7. Extravasamento de novos vasos
  • 49. Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 1.FORMAÇÃO DE LACUNAS ENDOTELIAIS NAS VÊNULAS é o mecanismo mais comum por ação de mediadores químicos (histamina,bradicinina,leucotrienos) ocorre rápidamente e é reversível (<30m) “resposta transitória imediata”
  • 50. Formação de lacunas As lacunas intercelulares são atribuidas à contração das células endoteliais, causando separação das junções intercelulares Ou, poderiam ser formadas por canais transcitoplasmáticos intracelulares
  • 51. Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 2.REORGANIZAÇÃO DO CITOESQUELETO (RETRAÇÃO ENDOTELIAL) Por ação de mediadores químicos as células endoteliais se retraem uma das outras (mecanismo ainda discutível)
  • 52. Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 3. TRANSCIT0SE AUMENTADA através do citoplasma endotelial por canais formados por vesículas e vacúolos interconectados, muitos localizados junto às junções intercelulares por ação de mediadores qúimicos
  • 53. Mecanismos propostos do aumento da permeabilidade 4. LESÃO ENDOTELIAL DIRETA, resultando em necrose e desprendimento das células endoteliais encontrado em lesões necrosantes devido a uma lesão direta do endotélio pelo agente nocivo (Ex: queimaduras ou infecções bacterianas líticas)
  • 54. Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 5. EXTRAVASAMENTO PROLONGADO TARDIO inicia após um retardo de 2 a 12 h, dura várias horas ou mesmo dias (Ex:queimadura solar) Possivel lesão celular retardada- apoptose
  • 55. Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 6. LESÃO ENDOTELIAL MEDIADA POR LEUCÓCITOS Os leucócitos aderem ao endotélio liberando espécies tóxicas de oxigênio e enzimas proteolíticas que causam lesão e desprendimento endotelial, resultando aumento da permeabilidade
  • 56. Mecanismos propostos de aumento da permeabilidade 7. EXTRAVASAMENTO DE NOVOS VASOS SANGUÍNEOS durante a reparação as células endoteliais proliferam e formam novos vasos sanguíneos, (angiogênese) os brotos vasculares permanecem permeáveis até que as células endoteliais se diferenciem e formem junções intercelulares
  • 57. EMIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS Consiste na emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco de lesão
  • 58. Funções dos leucócitos Ingerir agentes ofensivos destruição de bactérias degradação do tecido necrótico degradação de corpos estranhos podem prolongar a inflamação podem induzir lesão tecidual por liberação de enzimas,mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio
  • 60. Etapas da emigração de leucócitos Na luz do vaso: marginação, rolagem e aderência Transmigração através do endotélio (também chamada de diapedese) Migração nos tecidos intersticiais em direção a um estímulo quimiotático
  • 62. EMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA A medida que a estase se desenvolve observa-se uma orientação periférica dos leucócitos (principalmente neutrófilos) ao longo do endotélio vascular - MARGINAÇÃO LEUCOCITÁRIA- Os leucócitos ADEREM ao endotélio e pouco depois MIGRAM através da parede vascular para o interstício.
  • 65. EMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA Após migrarem para fora dos vasos os leucócitos são atraídos para o campo inflamatório por um mecanismo de QUIMIOTAXIA. No campo inflamatório os leucócitos neutrófilos iniciam o processo de FAGOCITOSE, auxiliados pelos macrófagos dos tecidos.
  • 67. MEDIADORES QUÍMICOS Os processos vasculares, aumento da permeabilidade, migração leucocitária, quimiotaxia e fagocitose se fazem por ação de substâncias químicas produzidas pelo organismo localmente ou provenientes da circulação chamadas MEDIADORES QUÍMICOS.
  • 68. EXSUDATO : Conceito Exsudato é o fluído inflamatório extravascular com alta concentração de proteínas, além de detritos celulares, com densidade acima de 1020. Depende de alteração da permeabilidade vascular.
  • 70. TRANSUDATO : Conceito Transudato é o fluído de baixo conteúdo proteico com densidade menor de 1012. Resulta de alteração da pressão hidrostática. A permeabilidade vascular é normal.
  • 71. ETAPAS DA INFLAMAÇÃO Agressão (lesão inicial). Reação vascular (vasoconstricção e vasodilatação). Transtornos da permeabilidade vascular (exsudação). Reação dos leucócitos ( exsudação leucocitária+ quimiotaxia + fagocitose).
  • 72. ETAPAS DA INFLAMAÇÃO Proliferação de tecido conjuntivo vascular local. Reparação/Cicatrização.
  • 73. AS CÉLULAS DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA Leucócitos polimorfonucleares Monócitos Linfócitos Plasmócitos Células mesenquimais: fibroblastos, endotélios capilares, células do sistema retículo-histiocitário.
  • 74. LEUCÓCITOS: AGREGAÇÃO Os leucócitos se acumulam no foco inflamatório seguindo uma seqüência cronológica característica: a: os neutrófilos b: os monócitos c: os linfócitos e plasmócitos.
  • 75. LEUCÓCITOS: FUNÇÃO NEUTRÓFILOS: surgem no estado inicial de quase todas as reações inflamatórias agudas, especialmente nas infecções bacterianas que produzem pús. desaparecem rápidamente fazem a fagocitose (micrófagos).
  • 77. LEUCÓCITOS: FUNÇÃO MONÓCITOS são mais resistentes e podem sobreviver várias semanas.Provenientes do sangue podem multiplicar-se nos tecidos e transformar-se em macrófagos mononucleares, bem como em células epitelióides e fibroblastos. fazem a fagocitose.
  • 79. LEUCÓCITOS: FUNÇÃO LINFÓCITOS surgem tardiamente e podem persistir por meses. produzem anticorpos PLASMÓCITOS: produzem anticorpos são mais comuns na periferia do foco inflamatório.
  • 82. LEUCÓCITOS : FUNÇÃO EOSINÓFILOS: mais comuns nas infecções parasitárias e hiperérgicas. colaboram na reação Ag/Ac significam o início da regressão da inflamação.
  • 84. FAGOCITOSE: Conceito É a incorporação de partículas microscópicas do próprio corpo ou estranhas, no citoplasma de células (fagócitos) fazendo sua degradação ou transformando-as em substâncias inócuas, mediante enzimas celulares e produtos metabólicos.
  • 85. TIPOS DE MACRÓFAGOS Monócitos do sangue Histiócitos do tecido conjuntivo Células reticulares do baço, linfonodos e medula óssea Células de Kupfer do fígado Células da micróglia do SNC Osteoclastos
  • 89. FASES DA FAGOCITOSE Reconhecimento e adesão Ingestão Destruição e/ou degradação
  • 91. FAGOCITOSE: Reconhecimento os microrganismos são RECONHECIDOS por: a- neutrófilos ( micrófagos) b- macrófagos (Quando são revestidos por um fator natural do sôro: as opsoninas-IgG e C3b
  • 92. FAGOCITOSE : Adesão As partículas opsononizadas aderem aos receptores específicos na superfície de mecrófagos e macrófagos para IgG e C3b
  • 93. FAGOCITOSE: Ingestão Pseudópodos : pela membrana citoplasmática da célula a membrana limitante do vacúolo fagocítico se fusiona com a membrana limitante dos grânulos lisossomais dos leucócitos descarga do conteúdo dos grânulos com saída de enzimas hidrolíticas
  • 94. FAGOCITOSE: Destruição POR MECANISMOS BACTERICIDAS DEPENDENTES DE OXIGÊNIO: sistema H202 POR MECANISMOS BACTERICIDAS INDEPENDENTES DE OXIGÊNIO: íon hidrogênio; enzima lisosima; proteínas catiônicas ricas em arginina; lactoferrina
  • 95. Classificação das inflamações quanto ao tipo de exsudato SEROSA: o exsudato contém muito mais proteína que o líquido comum do edema. Por sua composição se equivale ao plasma sanguíneo. Exemplos: no tecido conjuntivo (picada de insetos); nas mucosas (coriza nasal); nas cavidades corpóreas (derrame pleural,etc).
  • 96. Inflamação fibrinosa se caracteriza pela saída dos vasos de grande quantidade de fibrinogênio, o qual coagula nos tecidos e forma a fibrina. Exemplos: nas mucosas (difteria); no pulmão ( pneumonia lobar); nas serosas (pleura,pericárdio).
  • 99. Inflamação purulenta se caracteriza pelo exsudato estar constituído exclusivamente por leucócitos, sendo muito menor a proporção de líquido e muito escassa a fibrina. Deste modo se constitue uma massa celular chamada PÚS.
  • 100. Inflamação purulenta os leucócitos que constituem o pús vão se destruindo progressivamente até sofrer degeneração graxa. os leucócitos em vias de detruição recebem o nome de PIÓCITOS.
  • 101. Inflamação purulenta: abscesso ABSCESSO é o acúmulo de pús num espaço criado pela destruição de tecidos. Os leucócitos polimorfonucleares em vias de destruição liberam enzimas proteolíticas que digerem o tecido lesionado.
  • 105. Inflamação purulenta: flegmão É a extensão da supuração acompanhada de necrose do tecido celular resultando uma infiltração progressiva. A inflamação flegmonosa se caracteriza porque não se detém em nenhuma parte podendo progredir com grande rapidez e não é encapsulada.
  • 106. Inflamação purulenta: empiema EMPIEMA é a coleção de pús em cavidades já formadas como a pleura, vesícula biliar, etc. as inflamações purulentas são produzidas quase que exclusivamente por bactérias, especialmente os estáfilo e estreptococos (cocos piógenos).
  • 108. Inflamação hemorrágica Se caracteriza pela presença de hemácias nos exsudatos serosos, fibrinosos ou purulentos causada por uma grave lesão vascular Exemplos: bacilo do carbúnculo
  • 109. MEDIADORES QUÍMICOS: Características (1) Originam-se no plasma e nas células; (2) Desenvolvem sua atividade biológica através da ligação a receptores específicos celulares; (3) são capazes de estimular a liberação de mediadores por parte das próprias células-alvo;
  • 110. MEDIADORES QUÍMICOS: características (4) atuam sobre um ou alguns tipos de células-alvo, apresentam alvos variados ou podem apresentar efeitos diferentes segundo os tipos de células e tecidos em contato; (5) uma vez ativados e liberados a maioria dos mediadores tem uma curta duração.
  • 111. MEDIADORES QUÍMICOS (1) CELULARES: a) Pré-formatados Histamina, serotonina,enzimas lisossomais. b) Recém-formatados: Prostaglandinas, leucotrienos, fator ativador plaquetário, citocinas, óxido nítrico.
  • 112. MEDIADORES QUÍMICOS (2) PLASMÁTICOS: A) Por ativação do complemento C3a, C5a, C5b-9  B) Por ativação do fator de Hageman Sistema cinina (bradicinina) Sistema da coagulação-fibrinólise.
  • 113. TIPOS DE MEDIADORES AMINAS VASOATIVAS PROTEASES PLASMÁTICAS METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA CITOCINAS
  • 114. TIPOS DE MEDIADORES (2) ÓXIDO NÍTRICO COMPONENTES LISOSSÔMICOS DOS LEUCÓCITOS RADICAIS LIVRES DERIVADOS DO OXIGÊNI0 OUTROS MEDIADORES
  • 115. AMINAS VASOATIVAS (1) HISTAMINA Origem: mastócitos e basófilos Ativação: agentes físicos (trauma,frio,calor), reações imunes, anafilatoxinas, proteínas liberadoras de histamina derivadas dos leucócitos,neuropeptídios, citocinas
  • 116. AMINAS VASOATIVAS (1) HISTAMINA Ação: vasodilatação arteriolar aumento da permeabilidade vascular (2) SEROTONINA origem: plaquetas ativação:contato com colágeno, trombina,ADP e complexos Ag/Ac
  • 117. PROTEASES PLASMÁTICAS (1) SISTEMA DO COMPLEMENTO sistema de 20 proteínas plasmáticas que atua na imunidade para a defesa contra agentes microbianos e culmina com a lise de micróbios. Os componentes do complemento presentes no plasma sob a forma inativa são numerados de C1 a C9.
  • 118. PROTEASES PLASMÁTICAS (1) SISTEMA DO COMPLEMENTO Modo de ação: C3a, C5a, C4a: permeabilidade vascular e vasodilatação através da liberação de histamina dos mastócitos. - C3b: fagocitose C5a: adesão, quimitaxia para neutrófilos,monócitos, eosinófilos
  • 119. PROTEASES PLASMÁTICAS (2) SISTEMA CININA Ativação: fator Hageman Modo de ação: libera Bradicinina que aumenta a permeabilidade vascular. A bradicinina é rápidamente inativada pela quinase, tendo curta duração.
  • 120. PROTEASES PLASMÁTICAS (3) O SISTEMA DA COAGULAÇÃO Ativação: fator Hageman Modo de ação: converte fibrinogênio em fibrina através da ativação da trombina. Nesta conversão são formados Fibrinopeptídios que agem na permeabilidade vascular e quimitoaxia para neutrófilos.
  • 121. METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO (1) PROSTAGLANDINAS Modo de formação: a partir do ácido araquidônico pela via da ciclooxigenase. (Bloqueio p/ aspirina ) Tipos de prostaglandinas formadas: PGE, PGD, PGF,PGLI 2 Modo de ação: vasodilatação e potencializa formação do edema
  • 122. METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO (2) LEUCOTRIENOS Modo de formação: a partir do ácido araquidônico pela via da lipooxigenase (enzima presente nos neutrófilos) Principal produto: 5-HETE Modo de ação:quimiotaxia
  • 123. FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA Origem: fosfolipídios da membrana por ativação das fosfolipases Modo de ação: vasoconstricção aumento da permeabilidade vascular (100 a 10.000 x mais potente que a histamina); aumento da adesão leucocitária ao endotélio; quimiotaxia
  • 124. CITOCINAS Tipos: Interleucina 1 (IL 1) e Fator de necrose tumoral (TNF). Ativação: de macrófagos por ação de produtosbacterianos,complexos imunes, toxinas,lesões físicas,outras citocinas.
  • 125. CITOCINAS MODO DE AÇÃO Reações da fase aguda: febre,+sono, - apetite Efeitos endoteliais: + aderência leucocitária, + síntese de PGl, atividade pró-coagulante Efeitos fibroblásticos: + proliferação e colágeno,+colagenase e protease
  • 126. ÓXIDO NÍTRICO ORIGEM: gás solúvel de radical livre produzido por células endoteliais, macrófagos e neurônios centrais específicos, sintetizado a partir da L- arginina, do oxigênio molecular e NADPH TEMPO DE ACÃO: alguns segundos AÇÃO: citotóxico para micróbios
  • 127. RADICAIS LIVRES ORIGEM: liberados por leucócitos ATIVAÇÃO: agentes quimiotáticos,imunocomplexos MODO DE AÇÃO: aumento da permeabilidade vascular inativação de antiproteases.
  • 128. DESENLACE DA INFLAMAÇÃO AGUDA (1) RESOLUÇÃO COMPLETA (2) CURA POR SUBSTITUIÇÃO POR TECIDO CONJUNTIVO (FIBROSE) (3) FORMAÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO (4) PROGRESSÃO PARA A INFLAMAÇÃO CRÔNICA
  • 129. Inflamação crônica Inflamação de duração prolongada na qual a inflamação ativa, destruição tecidual e tentativas de reparação estão ocorrendo simultaneamente
  • 130. INFLAMAÇÃO CRÔNICA A progressão para a inflamação crônica ocorre quando: não é possível resolver a resposta inflamatória aguda por: (a) persistência do agente agressor (b) interferência no processo normal de cura
  • 131. INFLAMAÇÃO CRÔNICA A inflamação crônica segue-se sempre após a fase exsudativa (que pode ser fugaz e não identificada) A inflamação aguda é basicamente uma reação vascular e a inflamação crônica é uma reação celular proliferativa
  • 132. Inflamação crônica: origens Infecções persistentes por certos microrganismos (bacilo da tuberculose, fungos) Exposição prolongada a agentes pontencialmente tóxicos (sílica, ateroesclerose) Autoimunidade
  • 133. Inflamação crônica: CÉLULAS Na inflamação crônica proliferam básicamente células mesenquimais: FIBROBLASTOS CÉLULAS ENDOTELIAIS MACRÓFAGOS
  • 134.
  • 135. INFLAMAÇÃO CRÔNICA:TIPOS FIBROSE REPARATIVA (fibroblastos) TECIDO DE GRANULAÇÃO (células vasculares- pericitos) GRANULOMAS (macrófagos)
  • 136. REPARAÇÃO POR FIBROSE Ocorre quando há destruição tecidual persistente por lesão de células parenquimatosas e do estroma. Ocorre substituição das células parenquimatosas não regeneradas(tecidos permanentes) por tecido conjuntivo que leva a formação de FIBROSE e CICATRIZ.
  • 137. FIBROSE CICATRICIAL Proliferação de FIBRÓCITOS Transformação em FIBROBLASTOS Produção de COLÁGENO FIBROSE CICATRICIAL
  • 141. CORAÇÃO: EVOLUÇÃO DA NECROSE 1-2 dias 3-4 dias
  • 142. 1-2 semanas Reação inflamatória
  • 146. FIBROSE QUELÓIDE : CICATRIZ HIPERTRÓFICA
  • 147. FIBROSE: RIM TERMINAL GLOMÉRULOS
  • 148. O TECIDO DE GRANULAÇÃO Logo no início da inflamação a proliferação de fibroblastos e células endoteliais vasculares formando pequenos vasos sanguíneos constituem o TECIDO DE GRANULAÇÃO. Os vasos se formam por brotamentos de vasos pré-existentes (angiogênese).
  • 151. GRANULOMAS É uma forma especial de inflamação crônica na qual predomina a proliferação de um tipo especial de macrófago ativado com aspecto de célula epitelial modificada ( epitelióide).
  • 155. GRANULOMAS Granuloma é um acúmulo microscópico de macrófagos que se transformam em células semelhantes à epiteliais, cercadas por um colar de leucócitos mononucleares, principalmente linfócitos. As células epitelióides podem se fundir e formar células gigantes
  • 161. INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS BACTERIANAS Tuberculose , Lepra, Sífilis Doença de arranhadura do gato PARASITÁRIA Esquistossomose CORPOS ESTRANHOS
  • 162. Granulomas TUBERCULOSE o granuloma é denominado de Tubérculo e caracteriza-se clássicamente pela - presença de necrose caseosa central. - acúmulo de macrófagos - células gigantes de Langhans - coroa linfocitária
  • 165.
  • 168. LEPRA
  • 170.
  • 171. INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS FÚNGICA Criptococose Paracoccidioidomicose METAIS E POEIRAS INORGÂNICAS Silicose, berilose DESCONHECIDA Sarcoidose
  • 175. GRANULOMA POR FUNGO: Paracoccidiodomicose
  • 178. GRANULOMA TIPO CORPO ESTRANHO
  • 179. GRANULOMA POR FIO CIRÚRGICO
  • 185. Condição para formar o GRANULOMA A presença de irritantes pouco digeríveis ou de imunidade mediada por células T contra o irritante, ou de ambos, é aparentemente necessária á formação de granulomas.