4. �
3Jnbíce
Introdução ao Curso de Religião 212
Introdução
�eção 7
A Igreja se Expande à Medida que se Propaga o Testemunho .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
29 "Vós Sois as Minhas Testemunhas, Diz o Senhor" . . . . 257
30 "Deus Não Faz Acepção de Pessoas" . . . . . :. . . . . . . . . 267
3 1 "Este é Para Mim Um Vaso Escolhido" . . . . . . . . . . . . . 275
32 "Eu te Pus Para Luz dos Gentios" . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
�eção 8
O Testemunho de Paulo Como Missionário
33 A Vinda do Senhor Jesus Cristo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
34 "Para Que a Vossa Fé Não se Apoiasse na Sabedoria dos
Homens'' . . . . . . · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305
35 "Fazei Isto em Memória de Mim" . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1 1
3 6 "Procurai Com Zelo os Melhores Dons" . . . . . . . . . . . . . 321
37 " A Momentânea Tribulação Produz para nós um Peso
Eterno ,de Glória mui excelente" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
38 "Porque Tudo o que o Homem Semear, isso também Co-
lherá" . . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
39 "O Homem é Justificado pela Fé" . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345
40 "Herdeiros de Deus e Co-Herdeiros com Cristo" . . . . . 355
41 "Escolhidos antes da Fundação do Mundo" . . . . . . . . . 363
�eção 9
Paulo Testifica da Prisão
42 "Como de Mim Testificaste em Jerusalém, assim Importa
que Testifiques também em Roma" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
43 "Sois. . . concidadãos dos santos" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383
44 ''Sê o Exemplo dos Fiéis'' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 395
�eção 10
O Testemunho de Paulo aos Líderes do Sacerdócio
45 "Combati o Bom Combate, acabei a Carreira, guardei a fé"
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 409
46 "Prossigamos até a Perfeição" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 419
47 "Pelo Sangue Sereis Santificados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429
48 "Fé: A Prova das Coisas que se não vêem . . . . . . . . . . . . 435
�eção 1 1
Os Apóstolos Antigos Testificaram ao Mundo
49 ' 'A Religião Pura e Sem Macula'' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 449
50 "Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mor-
tos" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 459
5 1 "Participantes da Natureza divina" . . . . . . . . . . . . . . . . . 467
52 "Andaremos na luz, como ele na luz está" . . . . . . . . . . . 475
53 "Porque se Infiltraram alguns homens ímpios" . . . . . . . 481
�eção 12
João Testifica do Triunfo da Igreja
54 ''A Revelação de Jesus Cristo a seu servo João . . . . . . . . 499
55 ' 'Os Reinos do Mundo Vieram a ser de Nosso Senhor' ' . 509
56 "Eis que Deoressa Venho; e o meu Galardão está Comigo"
. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 19
Apêndice A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 527
Apêndice B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 533
Apêndice C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 536
Apêndice D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 540
5. 3Jntrobução
QUAL DEVE SER NOSSA META OU
PROPÓSITO AO FAZERMOS ESTES CURSOS?
O objetivo destes cursos é proporciOnar-lhe a oportunidade
de conhecer o Salvador de modo íntimo, pessoal e eficaz. Ao
completar estes dois cursos, você deverá estar apto a procla
mar, como Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo."
(Mateus 1 6: 16.) Os discípulos de Jesus sabiam como conseguir
um testemunho tão fervoroso. Foi João, o Amado, que testifi
cou das profundezas de sua alma: "E sabemos que já o Filho de
Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que
é verdadeiro. . .(! João 5 :20.) Você também poderá conhecer
aquele que é verdadeiro.
Como Posso Alcançar Esse Objetivo
de Maneira Mais Eficaz?
O Salvador disse: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a
mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede. "
(João 6:35 . ) Cada lição foi programada para trazê-lo mais per
to do Salvador, a fim de que possa partilhar do pão da vida e
saciar-se espiritualmente. Cada lição tem uma designação de
leitura do Novo Testamento, que será a parte fundamental de
seu estudo. Você deverá ler cuidadosamente as Esc:-ituras de
signadas, j untamente com o material da lição. Se cumprir este
requisito, terá lido todo o Novo Testamento ao chegar ao tér
mino destes cursos. (Observação: Para os alunos que partici
pam das aulas regulares no Instituto ou faculdades da Igreja, o
estudo do Novo Testamento foi dividido em dois semestres ou
três trimestres; mas os alunos das áreas onde são realizados
cursos individuais, o estudo do Novo Testamento ocupa o pe
ríodo de um ano.)
O estudo das Escrituras, em conjunto com a oração sincera
pode constituir uma fonte de revelação pessoal e um meio para
aumentar o poder espiritual em sua vida diária.
Por Que É Necessário Ter Um Manual do Alune?
Alguns trechos dos Evangelhos e dos escritos e cartas dos
apóstolos antigos não são facilmente compreendidos pelos alu
nos da época atual. O que Pedro disse a respeito de algumas
epístolas de Paulo - que há "pontos difíceis de entender" (TI
Pedro 3 : 16), - também se aplica a outros escritos do Novo
Testamento. Os textos deturpados, a linguagem arcaica e a
nossa falta de conhecimento do ambiente doutrinário, históri
co e geográfico são algumas das razões pelas quais encontra
mos certa dificuldade na leitura e compreensão do Novo Tes
tamento. Por esse motivo, foi organizado este manual do alu
no. Ele será de grande ajuda, proporcionando-lhe os seguintes
benefícios:
1. Material básico para ajudá-lo a compreender o mundo
grego, romano e judaico, no qual Jesus pregou e de onde
emergiu a igreja primitiva.
2. Informação básica a respeito de personagens importantes
do Novo Testamento e governantes romanos e judeus da
quela época.
3 . Informações históricas referentes a cada livro d o Novo
Testamento.
4. Comentários interpretativos a respeito das passagens mais
importantes e também sobre algumas Escritu�as de dificil
entendimento.
6. 5. Uma seção de mapas que ajudam a localizar locais impor
tantes e mostram as jornadas de Jesus e do Apóstolo Pau
lo.
6. Uma tabela cronológica que apresenta as datas aproxima
das ou específicas dos eventos estudados.
Como o Manual Foi Organizado.
As cinqüenta e seis lições deste manual estão divididas de
modo que se correlacionem com a provável ordem cronológica
do Novo Testamento, conforme se encontram indicadas nos
"blocos de leitura." Cada lição foi agrupada em uma seção.
Há doze seções neste manual, cada uma delas cobrindo um pe
ríodo específico da vida do Salvador e dos apóstolos. O pano
rama da lição fornecerá informações específicas que o ajuda
rão nas lições subseqüentes. As seções de 1 a 6tratam da vida e
dos ensinamentos de Jesus (Curso de Religião n? 21 1), e as se
ções de 7 a 12 abordam o ministério dos apóstolos (Curso de
Religião n? 212.)
A finalidade deste manual não é substituir a leitura do Novo
Testamento; pelo contrário, é somente um guia para ajudá-lo
a organizar-se e obter o máximo possível do estudo das passa
gens escriturísticas. O esboço abaixo do formato usado em ca
da lição indica esse propósito:
1 . Um tema extraído de cada bloco de leitura.
2. Uma breve seção introdutória que estabelece o cenário pa
ra as Escrituras que serão estudadas.
3. Designação de um bloco de leitura, que inclui um mapa e
uma tabela cronológica.
4. Uma seção de comentários interpretativos, contendo es
clarecimentos (principalmente de líderes da Igreja) que o
ajudarão a resolver determinadas dificuldades e também
passagens de difícil entendimento.
5. Uma seção intitulada "Pontos a Ponderar", que chamará
sua atenção para alguns dos principais temas doutriná
rios daquela parte do Novo Testamento e lhe proporcio
nará oportunidade de meditar profundamente sobre co
mo aplicá-los em sua vida diária.
Encontrará também materiais úteis para o seu estudo na se
ção de mapas (que se encontra no meio do manual) e também
na seção de materiais suplementares (no fim do manual.)
Como Utilizar o Manual do Aluno.
O texto básico do curso é o Novo Testamento. O propósito
2
do manual do aluno não é substituir a leitura das Escrituras,
nem pode substituir a orientação inspirada do Espírito Santo
que você procura humildemente através da oração. Eis algu
mas sugestões a respeito de como o manual do aluno pode ser
usado de maneira mais eficaz:
1 . Em todo capítulo, você receberá uma designação de leitu
ra. O número de capítulos que terá de ler para cada perío
do de aula varia de acordo com a orientação de seu instru
tor, ou conforme esteja estudando em regime de semestre,
trimestre ou individual. Seja qual for o sistema, se cum
prir conscientemente suas designações de leitura, estará
em condição de ler todo o Novo Testamento, obedecendo
à ordem cronológica em que as mensagens e epístolas do
Evangelho são apresentadas.
2. Estude as informações básicas a respeito dos personagens
importantes e do livro que está sendo estudado, antes de
ler o texto do Novo Testamento. Através desse método,
poderá entender melhor as Escrituras, à medida que as
ler.
3. Leia os comentários a respeito das passagens escriturísti
cas de difícil interpretação.
4. Consulte a seção de mapas e localize os diversos lugares
mencionados no Evangelho ou nas epístolas. Compare es
ses locais bíblicos com sua localização atual.
QUE VERSÃO DA BÍBLIA
DEVO USAR?
Existem atualmente inúmeras traduções da Bíblia. Os líde
res da Igreja esclareceram muitas vezes qual a versão que os
SUD devem usar. Eis alguns exemplos de tais conselhos:
"...Nenhuma dessas (outras) versõesdaBíblia em inglês ultra
passa a do Rei Tiago, em beleza de linguagem, conotação espi
ritual e provavelmente também na fiel observância do texto
disponível aos tradutores da época. Esta é a versão usadapela
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em todos
os seuspronunciamentos oficiais, tanto no país como no exte
rior. A literaturadaIgreja cita invariavelmente a versão do Rei
Tiago. A Igreja usa outras versões somente para ajudar a es
clarecer passagens que são obscuras na versão autorizada.
,
,
(Widtsoe, Evidences and Reconciliations, p. 1 20.)
"A Versão do Rei Tiago, ou Versão Autorizada, 'na medida
em que for correta a sua tradução', é a versão adotada pela
Igreja desde a época de sua organização. •• (J. Reuben Clark,
Jr. em CR, abril de 1954, p. 38)
7. "A Bíblia oficial de nossa Igreja é a Versão do Rei Tiago."
(Editorial, Church News, 14 de novembro de 1970, p. 1 6.)
Isso não quer dizer que a Versão do Rei Tiago seja uma tra
dução perfeita. O Élder James E. Talmage esclareceu esse pon
to com o seguinte parecer:
"Não há e nãopode haver uma tradução absolutamentefide
digna desta e de outras escrituras, a menos que se tenhafeito
por intermédio do dom da tradução, como umadasdádivas do
Espírito Santo. O tradutor deve ter o espírito doprofeta, se de
seja expressar em outro idioma aspalavras doprofeta; e a sa
bedoria humana, por si só, não conduz a estapossessão. (Tal
mage, Regras de Fé, p. 221 .)
O Profeta Joseph Smith iniciou tal empreendimento de tra
duzir as escrituras bíblicas por intermédio do Espírito Santo,
sob a direção e mandamento do Senhor. (Ver D&C 45:60,61;
93:53.) A seguinte informação nos instrui a respeito da condi
ção da Versão Inspirada na Igreja atual:
"A Versão Inspirada (como é chamada por seus editores)
não supera a Versão do Rei Tiago como versão oficial da Bí
blia utilizadapela Igreja, mas as explicações a alteraçõesfeitas
pelo Profeta Joseph Smith nosfornecem melhor esclarecimen
to e um comentário proveitoso de muitas passagens bíblicas.
"Parte desses esclarecimentos e alterações feitos peloProje
taforamfinalmente aprovados antes de sua morte; e algumas
delas têm sido citadas em materiais instrutivos da Igreja aluai
mente, ou poderão sê-lo no futuro.
Da mesmaforma, esses trechos da Versão Inspiradapodem
ser usados por autores e professores da Igreja, juntamente
com o Livro de Mórmon, Doutrina & Convênios e Pérola de
Grande Valor, além de interpretações bíblicas, aplicando sem
pre a injunção divina de que "quemfor iluminado pelo Espíri
to, se beneficiará pela sua leitura. "(D&C 91:5.)
Sempre que o Livro de Mórmon, Doutrina & Convênios e a
Pérola de Grande Valor oferecem informações relativas à in
terpretação bíblica, deve-se darpreferência a eles ao escrever e
ensinar. Porém, quando estas fontes de revelação moderna
não fornecerem a mesma informação significativa disponível
na Versão Inspirada, então esta deve ser usada.(Church News,
Editorial 7 de dezembro de 1974, p. 16.)
Neste manual, foram usadas referências da Versão Inspira
da com o propósito de esclarecer passagens escriturísticas par-
3
3Jntrobução
ticularmente vagas ou falhas na Versão do Rei Tiago, ou ver
são autorizada.
Como Tirar o Maior Proveito deste curso?
Leia estas passagens das escrituras e medite sobre o que elas
significam para o seu estudo pessoal.
JOÃO 7:16,17.
Esta passagem "é a chave que destrava a porta do conheci
mento de nossa existência eterna. Se os homens seguirem essa
instrução, conhecerão a verdade e reconhecerão que Jesus
Cristo é de fato o Filho de Deus e o Redentor do mundo; que
ele ressurgiu dentre os mortos no terceiro dia e, após sua res
surreição, apareceu aos seus discípulos." (Smith, Doutrinas de
Salvação, Vol. 1 , p. 3 1 6.)
I JOÃO 2:3-5.
' ' . . .estas passagens das escrituras, afirmo, formam a chave
pela qual se desvendam os mistérios da vida eterna. . . Todos
nós podemos conhecer a verdade; não estamos desamparados.
O Senhor tornou possível a cada homem conhecer a verdade
pela observância destas leis e através da orientação do Espírito
Santo. . ."(Smith, Doutrinas de Salvação, Vol. 1 , p. 317.)
ll TIMÓTEO 2:15.
Nessa passagem, há duas razões que o motivarão a estudar:
( 1) para sentir-se aprovado por Deus (não apenas para ganhar
pontos), e (2) tornar-se um estudante das Escrituras realmente
capaz de entender e usar a palavra da verdade.
Tendo sempre essas escrituras em mente, seu estudo será
muito proveitoso.
1 . Faça das escrituras o seu estudo principal neste curso, uti
lizando o manual apenas como suplemento.
2. Combine seu estudo com oração sincera e freqUente.
3. Esforce-se por guardar os mandamentos de Deus.
Que você possa desfrutar das bênçãos pessoais que sem
pre acompanham o estudo devotado e a obediência aos
mandamentos do Senhor.
8.
9. 1
"�u �ou o QCamínbo"
TEMA:
" 'Como podemos saber o caminho?', perguntou Tomé,
quando se achava sentado á mesa com os apóstolos e seu
Senhor, após a ceia, naquela memorável noite da traição; e
a resposta divinade Cristofoi: 'Eu sou o caminho, e a ver
dade e a vida. . .(Jodo 14:5-6)E realmente o é! Jesus é afon
te de nosso alívio, a inspiração de nossa vida e o autor de
nossa salvação. Se quisermos saber como deve ser o nosso
relacionamento com Deus, comparemo-lo com o que teve
Jesus Cristo. Se desejarmos conhecer a verdade da imortali
dade da alma, temo-la exemplificada na ressurreição do
Salvador.
Se quisermos aprender qual é a maneira correta de viver-
mos entre nossos semelhantes, podemos encontrar o exem
plo perfeito na vida de Jesus. Sejam quaisforem os nossos
mais nobres desejos, nossas mais elevadas aspirações e
ideais em qualquerfase de nossa vida, poderemos olharpa
ra Cristo e encontrar a perfeição. Portanto, sempre que
procurarmos encontrar o padrão para o vigor moral, preci
sanws apenas ir ao Homem de Nazaré e nele encontramos
todas as virtudes necessáriaspara tornar-se um homemper
feito. (David O. Mckay, em CR, abril de 1968, pp. 6:7.)
INTRODUÇÃO
Este curso o ajudará a se achegar mais ao Salvador do mun
do, o Senhor Jesus Cristo. Espera-se que você adquira maior
testemunho e certeza de que ele é um Redentor vivo e pessoal,
e que se sinta mais determinado do que nunca a servi-lo e par
ticipar de sua grande e infinita expiação. Embora seja uma ele
vada meta, ela sem dúvida e'itá a seu alcance. Você pode en
contrar uma experiência rica e espiritual, se fizer deste curso
um empreendimento tanto acadêmico como espiritual.
5
Qual o Meio Mais Eficaz de Alcançar essa Meta?
Primeiramente, lembre-se de que os quatro evangelhos são o
texto básico deste curso. Portanto, será de importância vital
que leia as Escrituras juntamente com este manual. Cada lição
tem uma designação de leitura extraída de Mateus, Marcos,
Lucas e João, que constitui a parte principal do curso.
Se cumprir a designação de leitura requerida em cada lição,
você terá lido os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e
João) ao terminar este curso. As passagens escriturísticas de
signadas estão programadas em ordem cronológica (até onde é
conhecida), e nem sempre seguem a seqUência em que se en
contram no Novo Testamento. O desenrolar do drama da vida
mortal do Mestre será mais compreensível, quando lido na se
qUência cronológica.
Em segundo lugar, além de ler as escrituras e estudar o ma
nual, lembre-se do quanto é importante a oração pessoal e o
viver de modo que possa merecer a inspiração do Senhor en
quanto estuda.
O Élder Ezra Taft Benson declarou:
''Aprender a respeito de Cristo exige estudo das escrituras e
dos testemunhos daqueles que o conhecem. Chegamos a
conhecê-lo através da oração, inspiração e revelação que Deus
prometeu aos que guardam os seus mandamentos." (CR, ou
tubro de 1972, p.53.)
Os Quatro Evangelhos
Durante este curso, você estudará os evangelhos, ou, como
são chamados na Versão Inspirada (compare com D&C
88: 141), os "testemunhos" de Mateus, Marcos, Lucas e João.
Em vez de ler todos eles, um de cada vez, você descobrirá que
10. as designações de leitura contidas na lição combinam os qua
tro evangelhos num arranjo cronológico (chamado de "har
monia do Evangelho") que sintetiza todos os quatro registros
escriturísticos.
Cada um desses autores inspirados presta seu próprio e sin
gular testemunho concernente ao Evangelho de Jesus Cristo e
também testifica a respeito do Mestre, tudo isto com um único
objetivo final. Observe, por exemplo, as palavras de João:
"Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em
seu nome., (João 20:31 . Itálicos nossos.) Embora todos os
quatro evangelhos tenham muita coisa em comum, cada autor
inclui material informativo que não se encontra nos demais e
testifica a respeito do Salvador de maneira ligeiramente diver
sa. Mateus, Marcos e Lucas abordam os assuntos de um modo
bastante similar, embora individualmente pareçam ter escrito
para um determinado grupo de pessoas. Por esse motivo, os
seus escritos são chamados de evangelhos "sinóticos." (A pa
lavra "sinótico" é de origem grega e significa "do mesmo pon
to de vista.") As informações e o ponto de vista de João dife
rem notavelmente, mas apesar disso, contêm muitas informa
ções históricas que também constam nos outros três.
O Evangelho de Mateus
O Evangelho de Mateus é caracterizado por uma grande ên
fase em como a vida de Jesus cumpriu as profecias do Velho
Testamento e inclui muitos discursos importantes do Mestre,
como o Sermão da Montanha (Mateus 5-7), um discurso sobre
as parábolas do reino (Mateus 1 3), e um extenso discurso críti
co sobre os escribas e fariseus (Mateus 23). Mateus retrata im
pressivamente a Jesus como o rei e juiz de Israel, uma pessoa
que ensina com grande poder e autoridade. Seu evangelho
criaria um impacto principalmente nos leitores judeus.
O Evangelho de Marcos
O Evangelho de Marcos é o mais curto e apresenta uma ima
gem comovente de Jesus, cheia de ação, e salienta o poder mi
lagroso do Mestre. Devido a esse retrato dinâmico, muitos eru
ditos julgam que Marcos escreveu tendo em mente os leitores
romanos. Marcos parece ter convivido intimamente com Pe
dro depois da morte do Salvador, pois muitos notam as in
fluências das narrativas deste nos escritos de Marcos.
O Evangelho de Lucas
Devido ao idioma grego altamente refinado e modo compas
sivo de retratar o Salvador, muitos pensaram que Lucas o es
creveu para os gregos do mundo antigo. Seu evangelho é ca
racterizado por uma grande ênfase no perdão e amor, indican-
6
do nas parábolas só encontradas em seus escritos (tais como a
do Filho Pródigo) que o pecador pode encontrar descanso e
paz em Jesus. Lucas também nos dá uma importante visão do
papel das mulheres durante o ministério e vida de Jesus. So
mente ele relata a visita do anjo a Zacarias e Isabel, mãe de
João Batista; somente ele fala da viagem de José e Maria a Be
lém e descreve o nascimento de Jesus.
O Evangelho de João
Embora o Evangelho de João nos dê um quadro mais íntimo
do Mestre, acentuando o seu relacionamento com o Pai, sua
associação com os Doze, e assim por diante, o propósito de
João parece ter sido antes testificar a respeito de Jesus como o
Cristo do que detalhar os locais e acontecimentos de seu minis
tério. Através de seus escritos, podemos obter um poderoso
testemunho de Jesus como o Filho de Deus, de Jesus como o
Messias, de Jesus como o Bom Pastor, de Jesus como o Cami
nho, a Verdade e a Vida, e de Jesus como a Ressurreição e a
Vida.
Prefácio Histórico de seu Estudo do Novo Testamento
Se desejar fazer um estudo mais amplo do cenário histórico
da Palestina na época de Jesus, você poderá encontrar ótimos
comentários e histórias na biblioteca pública de sua cidade ou
escola.
Para cumprir o nosso objetivo, daremos aqui um breve pa
norama histórico que abrange aproximadamente quatrocentos
anos entre a época de Malaquias e o ministério do Mestre. A
Palestina, também chamada de Terra Santa, foi primitivamen
te dada a Abraão pelo Senhor como herança para ele e a sua
posteridade através de !saque e Jacó, sob a condição de servi
rem fielmente ao Senhor como um povo peculiar e do convê
nio.
Entretanto, discórdia e apostasia fizeram com que ocorresse
uma dispersão da casa de Israel, e dez tribos foram levadas em
cativeiro para os países do norte (cerca de 722 A.C). Também
os judeus foram levados para a Babilônia no ano 587 A.C., de
onde alguns retornaram aproximadamente no ano de 530 A.C.
Por ocasião dos escritos de Malaquias (cerca de 400 A.C.),
apenas alguns remanescentes da casa de Israel ainda viviam na
terra de Canaã principalmente da tribo de Judá, cercados por
tribos gentias e un·s poucos hebreus apóstatas dispersos. Este
ponto da história encontra o povo da promessa vivendo sob o
jugo do quase tolerante governador do império medo-persa.
Alguns séculos depois,entrou em cena um novo poder: Ale
xandre, filho e sucessor de Felipe, rei da Macedônia, que con
tinuou o processo de fusão das cidades-estado gregas iniciado
11. por seu pai. Com seus exércitos, subjugou com êxito os persas,
sírios, egípcios, babilônios e outros povos, criando um novo
império naquela parte do mundo, onde ocorreram a maioria
dos eventos históricos do Novo Testamento. Os judeus
encontravam-se agora sob o jugo de um novo senhor, e os
mais fiéis de modo geral se indignavam com a mudança que os
usurpadores gentios haviam provocado em seu estilo de vida.
Com a morte de Alexandre, que não deixou herdeiros, o im
pério foi dividido entre seus generais, ficando Ptolomeu gover
nando o Egito e sul da Síria, e Antígono reclamando a maior
parte do norte da Síria e oeste da Babilônia. Seleuco I derrotou
Antígono e iniciou uma batalha para controlar a Palestina, es
trategicamente situada, colocando os judeus na posição delica
da de estarem sujeitos primeiro a um dos poderes, e depois ao
outro.
Os judeus não somente sofriam sob esse penoso tumulto po
lítico, como tal circunstância gerou considerável desunião en
tre os mesmos; alguns tentavam aliviar sua posição h1suportá
vel participando integralmente da cultura popular grega, en
quanto outros procuravam com o mesmo zelo manter sua pe
culiaridade e isolamento, a todo custo. O resultado disso foi
um povo judeu dividido.
Um século após a morte de Alexandre (cerca de 200 A.C.), a
Síria controlava firmemente a Palestina. Antíoco IV (Epifa
nes), talvez aborrecido por sua incapacidade de derrotar o Egi
to, retornou a Jerusalém com a firme determinação de subme
ter os judeus às práticas religiosas de seu reino. O judaísmo foi
completamente proscrito. Possuir ou ler a Torá era crime pu
nido com a morte; foram proibidas a observância do Sábado e
da circuncisão; as muralhas de Jerusalém foram destruídas, e
milhares de seus habitantes mortos, e outros milhares vendido�
como escravos. O templo foi convertido num santuário dedi
cado aos deuses do Olimpo, e colocada uma imagem de Zeus
sobre o altar e sacrificado um porco em honra do falso deus.
Tais atrocidades, juntamente com outras práticas ultrajantes,
eram cometidas com o propósito premeditado de embaraçar os
judeus, profanar sua religião e desencorajar a observância da
lei judaica.
Contudo, o Senhor não havia esquecido o seu povo do con
vênio. De uma forma milagrosa, os judeus e sua religião conse
guiram sobreviver. As circunstâncias odiosas criadas pelos
opressores foram grandemente responsáveis pela revolta dos
Macabeus, uma família judaica que liderou o povo e teve êxito
em expulsar os sírios. A partir dessa época, os judeus começa-
7
�apítulo 1
ram a d.esfrutar de uma pseudo-independência que durou
aproximadamente cem anos (de 166 A.C. a 63 A.C.) A pressão
helenizadora dos sírios parecia haver consolidado os judeus
num grupo resistente, capaz de preservar a sua identidade en
tre as nações em que foram dispersos.
Quando a liderança macabéia se transformou numa entida
de política corrupta, a Palestina, através de intriga política, fi
cou novamente sujeita a um império estrangeiro - Roma - que
logo fez o povo judeu sentir sua tirania através da designação
de homens ambiciosos e cruéis. Herodes, o Grande, sucessor
de seu pai, Antipater, era idumeu, de linhagem gentia, e exer
ceu uma forte liderança.
Herodes manteve sua posição muitas vezes à custa da vida
de outras pessoas, inclusive da esposa e de alguns de seus fi
lhos. Foi ele quem ordenou o massacre das crianças judaicas
em Belém, logo após o nascimento do Salvador.
Após a morte de Herodes, o Grande, seu domínio palestino
foi dividido em três partes. Por ocasião do ministério de Jesus,
essas áreas eram governadas por:
1 . Herodes Filipe (lturéia e parte nordeste da Galiléia). Era
filho de Herodes, o Grande. Foi um governador relativa
mente tolerante.
2. Pôncio Pilatos, procurador romano (Judéia, Samaria, e
lduméia.) Lemos a seu respeito em conexão com o julga
mento de Jesus.
3. Herodes Antipas (Galiléia e Peréia.) Também era filho de
Herodes, o Grande. É mencionado no Novo Testamento
em conexão com o julgamento de Jesus. Antes desse
acontecimento, fora.responsável pela prisão e morte de
João Batista.
Os eventos desse período muito contribuíram para explicar a
necessidade sentida pelos judeus de que viesse o Messias, há
tanto tempo predito. E não viam nenhuma esperança de digni
dade nacional, a não ser através de uma salvação política espe
tácular pelas mãos de um poderoso Salvador.
Como veremos durante este curso, Jesus veio oferecendo
lhes algo muito mais glorioso do que a salvação nacional. Uma
indescritível felicidade e paz poderia ter entrado no coração de
cada judeu, além de participarem com grande alegria do esta
belecimento do reino de Deus na terra!
13. �eção 1
® �ranbe 3/tobá 1!lesce à t!terra
LIÇÕES:
2. O Messias Prometido.
3. O Filho do Pai Eterno.
4. "Eis o Cordeiro de Deus. "
U M TESTEMUNHO D E JESUS!
Antes de ler as lições contidas nesta
seção, recomendamos que leia este pro
nunciamento clássico do Presidente J.
Reuben Clark Jr., que lhe dará uma vi
são geral e perspectiva para seu estudo
da vida do Senhor.
A MAJESTADE DE CRISTO
Quem é Este Jesus a Quem Adoramos?
Quem é o Salvador, este homem a
quem adoramos? Muitas vezes, pensa
mos ser os únicos que ouviram falar dele
e que de certo modo nos pertence, que é
o nosso Salvador e talvez não muito co
nhecido mundialmente.
Ao inicar meu discurso, gostaria de ler
algumas palavras do livro de Moisés,
primeiro capítulo, principiando pelo
versículo 32. Aqui quem fala declara ser
o "Senhor Deus Todo-poderoso, e Infi-
nito é o meu nome. . . E as criei pela pala-
vra do meu poder. . .''
Ele estava mostrando a Moisés, en
quanto conversavam "face a face," a
criação que o Pai havia feito.
''E eu as criei pela palavra do meu po
der, que é meu Unigênito, cheio de graça
e verdade.
''E criei mundos sem número e tam
bém os criei para o meu próprio intento;
e por meio do Filho, que é o meu Unigê
nito, eu os criei. . .
" . . . Porque eis que h á muitos mundos
que pela palavra do meu poder (o qual é
seu Filho Unigênito) deixaram de existir.
E há muitos que hoje existem e são in
contáveis para o homem; mas, para
mim, todas as coisas são contadas, por
que são minhas e eu as conheço. . .
"E Deus, o Senhor, falou a Moisés e
disse: os céus são muitos e são incontá
veis para o homem; mas para mim são
contados, porque eles são meus.
E assim como deixará de existir uma
terra com seus céus, assim também apa
recerão outras; e não têm·fint as minhas
9
obras, nem tampouco as minhas pala
vras (Moisés 1 :3, 32-33, 35, 37-38.)
A Criação Não Foi Obra de Um
�maüor.
Não foi um novato, um amador, al
guém realizando sua primeira experiên
cia que desceu no princípio, depois do
grande conselho, com outros Deuses;
eles procuraram e encontraram o lugar
onde havia "espaço" (assim nos conta o
registro de Abraão) e, tomando dos ma
teriais que encontraram nesse "espaço",
fizeram este mundo.
Gostaria de sugerir-lhes duas ou três
coisas. Espero não confundi-los em de
masia, mas, nesta galáxia - e os céus que
vemos são a galáxia à qual pertencemos -
ou seja, do ponto onde permanecemos
ou flutuamos, podemos ver um bilhão
de anos-luz à nossa volta. Um ano luz é
a distância que a luz, viajando à veloci
dade de 300 000 Km por segundo, per
corre em um ano. Os astrônomos nos di
zem que presentemente podemos, per
manecendo no centro, pesquisar um bi
lhão de anos-luz no espaço.
Para onde nos locomovemos, como
nos locomovemos e com que rapidez,
não sabemos. Ao olharmos para os céus,
14. não os vemos como hoje se constituem.
Vemo-los como eram há certo número
de anos-luz, quando a luz principiou a
vir deles· para nós. Se estão a cem mi
lhões de anos-luz de distância, foi há
cem milhões de anos atrás.
O Tamanho e Formato da Nossa
Galáxia
Diz-se que existem cem milhões de
galáxias* dentro desse raio, iguais à nos
sa. Dizem que esta galáxia na qual vive
mos e existimos, tem cem mil anos-luz
de diâmetro.
Os astrônomos agora confessam o que
não confessavam antigamente - que po
de haver, e provavelmente há, muitos
mundos iguais ao nosso. Alguns dizem
que provavelmente existiram nesta galá
xia, desde o seu início, um milhão de
mundos semelhantes ao nosso.
E criei mundos sem número,'' por
meio do "meu Unigênito," (Moisés
1 :33). Repito, nosso Senhor não é um
novato, um amador; ele seguiu esse pro
cesso inúmeras vezes.
E, se raciocinarmos que nesta nossa
galáxia talvez existiram, desde o seu
princípio, até hoje, um milhão de mun
dos, e multiplicarmos esse número pelos
milhões de galáxias, ou seja, cem mi
lhões de galáxias que nos cercam, então
poderemos fazer idéia de quem é este
Homem a quem adoramos.
*(Observação: Desde a época em que o
Presidente Clark escreveu este artigo, a
astronomia expandiu grandemente seu
conhecimento. O universo que agora co
nhecemos é de aproximadamente dois e
meio bilhões de anos-luz de diâmetro, e
os astrônomos afirmam que existem pelo
menos dez bilhões de galáxias. Ver, por
exemplo, o artigo de Kenneth F. Wea
ver, "Tre Incredible Universe," Natio
nal Geographic, maio de 1974, pp. 589-
625)
O Propósito da Nossa Criação
Jesus Cristo é um membro da Trinda
de, constituída pelo Pai, pelo Filho e pe
lo Espírito Santo. Ele participou do
grande conselho dos céus, que decidiu a
construção de um mundo - um mundo
ao qual poderíamos vir como seres mor
tais, a fim de trabalharmos por nossa
salvação.
Não posso deixar de pensar que esse
mesmo propósito esteve presente incon
táveis números de vezes, enquanto nosso
Salvador realizava seu trabalho de cria
ção de mundos, conforme fez por nós.
"E criei mundos" por meio do "meu Fi
lho Unigênito," (Moisés 1 :33.)
Do Trono à Manjedoura
Vivia na Palestina, em Nazaré, um ca
sal, José e Maria. Tinham viajado de
Nazaré a Belém, a fim de pagar determi
nado imposto decretado pelo imperador
romano. Este era o propósito aparente.
Ela, grávida, viajou a distância toda
montada, provavelmente, numa mula,
com os cuidados e a proteção que deve
riam ser dispensados a alguém que daria
à luz um semi-Deus. Homem algum na
história deste mundo jamais teve tal des
cendência - Deus o pai, por um lado, e a
Virgem Maria pelo outro.
Quando chegaram a Belém, não con
seguiram lugar na hospedaria. Todos os
quartos estavam tomados; portanto,
10
viram-se forçados a se abrigarem numa
estrebaria, onde o infante recém
nascido, acabado de vir do trono de
Deus, teve que ser depositado numa
manjedoura, e "desceu abaixo de todas
as coisas para que pudesse elevar-se so
bre todas as coisas.'' Sinto grande sim
patia por José. Era o esposo de Maria,
mas não o pai do Filho que ela estava,
para dar à luz. Muitos anos depois, os
judeus o ridicularizaram, devido a esse
fato.
As Condições Existentes na Palestina
Cristo encontrou o mundo numa con
dição caótica. A Palestina não era um
lugar de paz, amor e fraternidade. Era,
isso sim, habitação de algumas das mais
terríveis paixões à solta naqueles tem
pos; paixões que foram companheiras
constantes daqueles que rodeavam o Sal
vador.
Vocês certamente recordam sua via
gem quando, aos doze anos de idade,
ocasião em que aparentemente indicou
pela primeira vez, pelo menos para a
compreensão de Maria, quem era; foi
então que, após três dias de procura, o
encontraram finalmente, conversando
com os eruditos do país. Maria
reprovou-o, dizendo: "Teu pai e eu. . ."
(fazendo referência a José, o que indica
ter sido ele fl.el ao seu relacionamento
para com seus pais terrenos). . . Disse-lhe
" . . .teu pai e eu ansiOSIJS te procuráva
mos" e ele replicou com aquela grande
15. revelação. "...Não sabeis que me con
vém tratar dos negócios de meu Pai?"
(Lucas 2:48-49)
Jesus, porém, voltou para Nazaré e
habitou com eles, como carpinteiro, fi
lho de carpinteiro, até o início de sua
missão. E então, ao encontrarem-no fa
zendo maravilhas e distribuindo infor
mações maravilhosas e grande conheci
mento, diziam: "Não é este o filho do
carpinteiro?" (Ver Mateus 13:55.) Jesus
viveu num lar pobre, ele, o único ho
mem nascido nesta terra com natureza
semi-divina e semi-mortal. Habitou en
tre os mais pobres, pregou entre eles e
entre eles fez seus milagres.
Passou a vida toda acompanhado dia
após dia dos inimigos que oteriam exter
minado, não fosse a grande missão que
tinha a cumprir.
A Confusão Judaica
Posso compreender, pelo menos até
certo ponto, a dificuldade encontrada
pelos judeus. Reconheciam em seus mi
lagres o mesmo tipo de maravilhas que
haviam sido feitas pelos profetas no de
correr de sua história. Ele v�olou as leis
da gravidade, andando sobre a água;
Elias fez um machado flutuar na água.
Ressuscitou os mortos. Alimentou seus
seguidores com pães e peixes; o Pro
feta Elias alimentou uma centena de
pessoas com pouca coisa e assegu
rou o suprimento de óleo da viúva. Eles
haviam visto a manifestação de todos
esses grandes princípios, conheciam
nos, e foi-lhes muito difícil reconhecer
que havia algo mais, muito superior em
Jesus.
Tenho pensado em alguns desses mila
gres no sentido de terem sido feitos por
um Criador, demonstrando o seu poder
criativo, particularmente alguns que eu
reputo como milagres criativos: quão
simples deve ter sido para um membro
da Deidade que criou universos transfor
mar água em vinho. Alimentar as cinco
mil pessoas foi ainda mais simples.
Espero que nenhum de vocês se sinta
perturbado pela estreiteza de pensamen
to, chegando a racionalizar ou sugerir
que a multidão foi alimentada com lan•
ches que haviam trazido consigo. Esse
Criador do universo fez de cinco pães e
dois peixes, comidél suficiente para
alimentá-los a todos. Talvez para silen
ciar eventuais críticas ou a explicação, de
que ele apenas hipnotizou a multidão, o
registro mencioná que, "levantaram do
que sobejou, sete ces:tos cheios de peda
ços." (Mateus 15:37.) De igual impor
tância e proporção foi a circunstância
posterior em que ele alimentou quatro
mil pessoas.
Outros milagres provam que ele podia
controlar os elementos: refiro-me à noite
em que dormia na proa de um barco e se
levantou uma grande tempestade. Os
apóstolos estavam apavorados e o acor
daram. Jesus acalmou a tempestade.
Após esse evento, ele alimentou os cinco
mil, ocasião em que atravessou a água
caminhando sobre ela. Lembro-me de
como os apóstolos estavam atemoriza
dos no barco, julgando que ele fosse um
espírito.
Vocês quase podem ouvi-lo dizer:
"Sou eu, não temais." Pedro solicitou:
"Manda-me ir ter contigo por cima das
águas." Jesus respondeu: "Vem." Pe
dro desceu do barco e, pisando sobre as
águas, começou a andar, mas seu cora
ção e sua fé falharam à vista das ondas
ameaçadoras, e começou a afundar. Je
sus estendeu a mão e o salvou,
reprovando-o com as seguintes palavras:
"Homem de pouca fé, por que duvidas
te?" (Mateus 14:27-31)
Controle Sobre o Reino Animal
Jesus tinha controle sobre o reino ani
mal. Vocês se lembram da pesca mila
grosa, quando chamou Pedro, Tiago e
II
João pela primeira vez? Eles estiveram
pescando durante toda a noite, sem nada
apanhar em suas redes. Jesus pediu para
entrar no barco, a fim de falar à multi
dão, e saiu da margem, pois que esta se
comprimia junto dele.
Quando terminou de falar, Jesus dis
se: "Faze-te ao mar alto, e lançai as vos
sas redes para pescar." (Lucas 5:4.) Eles
responderam que haviam estado pescan
do durante a noite inteira e nada haviam
apanhado. Apesar disso, obedecendo à
ordem do Senhor, lançaram as redes e
elas foram recolhidas cheias de peixes,
em tal abundância, que a rede se rompeu
e tiveram que pedir a Tiago e João que
viessem ajudá-los em outro barco. Pe
dro, o grande Pedro, prostrou-se aos pés
do Salvador, dizendo: "Ausenta-te de
mim, que sou um homem pecador."
(Lucas 5:8.)
Posteriormente houve uma experiên
cia similar às margens do Mar da Gali
léia, após a ressurreição, quando Pedro
e os demais apóstolos estavam pescan
do, não compreendendo que havia mui
to trabalho do Senhor a realizar. Ha
viam pescado durante toda a noite, sem
nada conseguir. Aos primeiros albores
da aurora, viram um homem parado à
margem, ao lado de uma pequena fo
gueira. Da praia, ouviram chegar uma
voz: "Lançai a rede para a banda direita
do barco e achareis." Eles assim fize
ram, e a rede voltou repleta de peixes. O
Apóstolo João, talvez relembrando a ex
periência anterior, declarou: "É o Se
nhor.'' Pedro cingiu-se com a túnica,
pois estava nu (e não queria aparecer
despido diante do Senhor), lançou-se ao
mar e dirigiu-se até a margeM. Chegan
do lá, os apóstolos comeram e aparente
mente o Salvador também os acompa
nhou. Foi nessa ocasião que Pedro rece
beu o seu mandamento: "Apascenta as
minhas ovelhas." (João 2 1 :6-17.)
O humilde Jesus, portanto, tinha con
trole sobre a vida animal.
16. �eção 1
O Reino Vegetal
Finalmente, o reino vegetal estava
também sob o seu domínio, pois amaldi
çoou a figueira estéril quando por ela
passou. Alguns eruditos encontraram
muita dificuldade para compreender es
se milagre. Através dele, compreendo o
princípio de que aquele que não faz as
coisas para as quais o Criador o capaci
tou, está em perigo de ser repreendido.
Não podemos ser estéreis tendo a inteli
gência, os talentos que Deus nos conce
deu.
Quão grandes são estes e outros mila
gres de Jesus para os mortais, mas quão
incomparavelmente simples para o Cria
dor e Destruidor de universos. Conti
nuaremos ainda a duvidar do poder que
Jesus tinha de operar os fenômenos que
realizou na terra?
Jesus Declara a Sua Identidade
Ele principiou muito cedo em sua mis
são a indicar quem era. Ao dirigir-se pa
ra o norte, depois da primeira Páscoa,
viu Nicodemos, ao qual disse ser o Cris
to; Nicodemos não o compreendeu.
Continuou viajando para o norte, até
chegar a Samaria; parou no Poço de Ja
có, onde, vendo a mulher samaritana,
contou-lhe quem era. Os samaritanos
eram odiados pelos judeus, e os judeus
odiados pelos samaritanos; e foi esta,
penso eu, a primeira vez que ele indicou,
em sua missão, ter vindo para todos os
homens e não apenas para as tribos de
Israel. Posteriormente, de tempos em
tempos ele afirmava ser o Messias.
Certa ocasião, quando assistia à Festa
dos Tabernáculos no templo em Jerusa
lém, foi ridicularizado a respeito de seus
ancestrais. Os judeus falavam de seus
ancestrais e diziam que eram filhos de
Abraão! Chegaram a um ponto da dis
cussão em que exclamaram, depois de
Jesus haver dito que conhecia a Abraão:
''Ainda não tens cinqüenta anos e viste
Abraão?" E foi esta a sua resposta:
'' . . .Antes que Abraão existisse, eu sou.''
(João 8:57-58.) Foi assim que Jesus de
clarou sua função de Messias.
Assim, durante todo o curso de sua vi
da, dia após dia, continuou a proclamar
suas verdades!
A Grande Missão de Jesus
Nosso Senhor tinha uma grande mis
são a cumprir. Tinha que cumprir como
nos disse, a lei de Moisés. Se quiserem
ter uma idéia do quanto teve que se dis
tanciar das leis que haviam sido dadas à
Israel antiga, leiam o Sermão da Monta
nha, o da Planície e o da segunda Pás
coa, e vejam o quanto ele teve que se dis
tanciar da lei antiga para apresentar a
nova.
Vejamos, como ilustração, o que o
Salvador disse certa vez:
"Ouvistes o que foi dito aos antigos:
Não cometerás adultério.
"Eu porém, vos digo que qualquer
que atentar numa mulher para a cobiçar,
já em seu coração cometeu adultério
com ela. (Mateus 5:27-28.)
Esta era a nova lei.
O mesmo aconteceu com milhares de
outras coisas. Os documentos aos quais
fiz referência, e alguns outros, são os
mais revolucionários em toda a história
do mundo. Marcam o cumprimento da
lei de Moisés e a introdução e execução
da lei do Evangelho por ele restaurado.
Da Cruz ao Trono
Finalmente, no seu último julgamen
to, depois de haver estado perante Anás,
foi levado a Caifás, seu genro. Caifás
era o sumo sacerdote empossado pelo
governo romano; Anás era quem, de
acordo com a lei de Moisés, deveria ter
sido o sumo sacerdote. No julgamento
12
diante do sinédrio e de Caifás, disse este:
''Conjuro-te pelo Deus vivo que nos di
gas se tu és o Cristo, o Filho de Deus."
(Mateus 26:63) Marcos registra que ele
disse "Eu o sou." (Marcos 14:62)
Eles, porém levaram-no e julgaram
no no dia seguinte diante de Pilatos. Po
bre Pilatos, que, atormentado por crer
na inocência desse homem, procurou
livrá-lo, sem o conseguir. Insistiram na
morte do Cristo que foi, finalmente,
condenado e entregue nas mão de seus
algozes.
Em seguida, foi levado para o Calvá
rio, onde, como Deus, um dos membros
da Santíssima Trindade, crucificaram
no sob a falsa acusação de traição, como
um criminoso qualquer, entre dois la
drões comuns, um dos membros da Pa
ternidade, da Divindade vem à terra nu
ma manjedoura, diretamente do trono
de Deus, e é crucificado entre dois la
drões, qual criminoso comum! Ressusci
tado na manhã do terceiro dia, visto por
muitos, permaneceu na terra durante
quarenta dias, como se não quisesse dei
xar aqueles entre os quais havia traba
lhado durante tanto tempo. Nessa oca
sião, e mesmo antes dela, voltou à San
tíssima Trindade, tomando seu assento
ao lado do Pai, e reassumindo sua posi
ção como membro da Divindade.
17. O Homem Que Adoramos
É este Homem que adoramos. É este o
Homem que nos deu a lei que há de per
mitir o cumprimento de nosso destino,
declarado desde o princípio. Este é o
Homem que se sacrificou a si mesmo.
"Eis o Cordeiro de Deus," foi declarado
na antigüidade, "sacrificado desde a
fundação do mundo. " Ele morreu para
expiar os pecados de Adão.
Nenhum de nós foi mais pobre; ne
nhum de nós morreu mais ignominiosa
mente do que ele; no entanto, ele fez isso
por todos nós, para que, depois de ter
minada nossa carreira terren�. depóis de
termos passado pela morte e pago toda
penalidade a ser paga, possamos, tam
bém, ressuscitar e voltar à presença da
quele que nos enviou a todos, bons e
maus semelhantemente.
É esse o Homem que adoramos - não
um homem de alta posição aos olhos do
mundo; não um homem de poderes ter
renos; e, no entanto, foi ele quem disse
certa ocasião: "Ou pensas tu que eu não
poderia agora orar a meu Pai, e que ele
não me daria mais de doze legiões de an
jos?" (Mateus 26:53,), nunca invocando
seus poderes divinos egoisticamente, só
para o seu próprio bem, mas sempre
se sacrificando, s_empre. tentando obede-
1 3
cer à vontade do Pai, dizendo-nos, vez
após vez, que nada fazia que não tivesse
visto o Pai fazer, que não ensinava nada
que não tivesse ouvido seu Pai ensinar.
O mistério disso tudo ultrapassa mi
nha compreensão. Posso tão somente
citar os registres como se apresentam, e
tais registras me dizem que, se eu obede
cer a seus mandamentos, se viver como
ele gostaria que eu vivesse, conseguirei
cumprir e alcançar o destino prescrito
para mim� um destino de progresso eter
no, um destino de vida em sua presença
(dependendo de minhas obras), um des
tino que não conhece nenhum limite
quanto ao poder que posso receber, se
viver apropriadamente.
Possa o Senhor ajudar-nos a chegar à
determinação de servi-lo e de guardar
seus mandamentos. Possa o Senhor Je
sus Cristo dar-nos uma visão um pouco
melhor de nosso Senhor e Mestre, de
quem foi ele, de sua grande sabedoria,
experiência e conhecimento. Ele disse:
"Eu sou o caminho, a vida, a luz e a ver
dade. " (João 12:46.) Disse isso muitas e
muitas vezes. Não acreditaram nele en
tão; o mundo em geral hoje não acredita
nele tampouco; mas nós temos o direito,
o dever, a prerrogativa de conhecer estas
verdades e torná-las parte de nossa vida.
(Clark, Behold the Lamb of God, pp.
15-25.)
18.
19. TEMA:
Jesus foi escolhido desde antes da fundação do mundo para
ser o Cristo, o Ungido, e sua vinda foi proclamada por todos
os profetas desde o princípio.
INTRODUÇÃQ
Jesusfoi o primogénito do Pai,desde b prin'c{pio. Num
pronunciamento de 191�. aPrimeiraPresidência e o Conse
lho dos Doze·declararam: .,Entre os filhos espirituais de
Eloim, o primogénitofoie é... JeszisCristo, sendo todos os
· .outros inferiores a ele. .. (Clark, Messages oftheFirstPresi:-.;·"
dency·· [Jo��ph .F. Smith, Anthon H. Lund,. Charles. W:
Penrose] VÔJ. 5, p. 33) Ele.eraofilho que tinha o direito de
primogenitura e (j reteve, devidõ à súa estrita'obediência ao
Pai. ,.'j· ·'·
Através das incontáveis · eras da pré-mortalidade
.
ele
avançou e progrediu até·çhegar ao ponto em que, como
Abraão-- descreveu, se iornou usemelhante a De'us".
(Àbrailo 3:24) ��Nosso $alvador era um Deus a�tes d� nas
cer tteste mundo'�; 'diz-'ô Pres. Joseph fielding Smith, ��e
quando veiopara cá, tro�e �onsigo essa ccmdição divina.
Ao nascer neste mundo, continuou sendo>o mesmo Deus
·•tf/ue era antes. , (Doutrinas de Salvação,. Vol. 1� p. 3�.) N�-*-•
que/e estadopré-mgrtal, Jesusfoi o CriadoreRedentordos
mundos do Pai, sob as ordens deste.
·
·
<�wWk· :,·�� ,
,,
· '*'
Esta lição ]oi.:preparada para ajudá-lo a adquirir maior
entendimentó (Já ln�ilô universal do Salvador.
Antes de prosseguir, leia todas as escrituras do quadro.
2
1 5
Prefácio do
Evangelho
de Lucas.
O Testemunho
de João.
Mateus Marcos Lucas João
1 : 1 -4
1 : 1 - 1 8
1 7 : 1 -5
�omentários 3Jnterpretatíbos
(2-l) João 1 : 1 De que Modo Jesus é o Verbo de Deus?
"O Pai participou da obra da criação através do Filho, que
assim se tornou o executivo pelo qual foi efetuada a vontade,
mandamento ou palavra do Pai. É absolutamente apropriado,
portanto, que o Filho, Jesus Cristo, seja designado pelo Após
tolo João como o Verbo; ou como declarado pelo Pai, a pala
vra de meu poder. (Moisés 1 :32)" (Talmage, Jesus o Cristo)
p. ·33.)
(2-2) João 1 :9- 1 1 De Que Maneira o Mundo Recebeu o Salva
dor?
"Após afirmar que a missão de João Batista era testificar da
Luz, João continua seu testemunho a respeito deJesus: Ali es
tava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao
mundo.
" 'Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo
não o conheceu.
" 'Veio para o .que era seu, e os seus não o receberam' .
(João 1 :9-1 1 .)
"Por que ocortieu isso naquela época, e por que muitas pes
soas não o recebem atualmente? Sem dúvida, os judeus espera
vam que acontecesse algo inteiramente diferente. Aguardavam
a vinda de um líder que fizesse uma reforma política e social, e
pouco se interessavam pelas coisas espirituais. 'O mundo foi
20. &eção 1
feito por ele, e o mundo não o conheceu.' Existem hoje em dia
muitas pessoas que passam perto dele e não o reconhecem."
(Howard W. Hunter, em CR, outubro de 1968, p. 141 .)
-'ontos a -'onberar
O QUE FEZ JESUS NO MUNDO PRÉ-MORTAL?
(2-3) Jesus Foi o Primogênito no Espírito
e o Unigênito na Carne.
"O Pai de Jesus (no espírito) é também o nosso Pai. Foi Je
sus quem ensinou essa verdade, quando instruiu seus apóstolos
a respeito de como deviam orar: 'Pai nosso que estás nos céus'
etc. Jesus, entretanto, é o primogênito de todos os filhos de
Deus - o primogénito no espírito e o unigênito na carne. Ele é
nosso irmão mais velho, e tanto nós como ele, fomos criados à
imagem de Deus. Todos os homens e mulheres foram criados à
imagem e semelhança do Pai e Mãe universais e são literalmen
te filhos e filhas da Deidade. " (Primeira Presidência [Joseph
F. Smith, John E. Winder, Anthon H. Lund.] Messages ofthe
First Presidency, Vol. 4, p.203.)
-
(2-4) Jesus: o Criador Desta Terra.
"Sob a direção de seu Pai, Jesus Cristo criou esta terra. Sem
dúvida, teve a ajuda de outros, mas foi Jesus Cristo, nosso Re
dentor, quem, sob a orientação do Pai, desceu e organizou a
matéria e fez este planeta, a fim de que pudesse ser habitado
pelos filhos de Deus." (Joseph Fielding Smith, Doutrinas de
Salvação, Vol. I , p. 8 1 .)
Examine 0$ �eguintes Escrituras.e relacione-as com o pa
pel que Cristo-desempenhou antes de vir à terra:
· Moi_sés 1:31-33. Quanta-experiência tinhaJesus como um
criador?
·
- .
3 Néfl /5:?":9. Quemfaloú aos}profetas antigos? Quem é
o Deus d. an�iga Israel? (Ver também 3 Néfi 1 1:13,)4.)
·
JESUS FOI ESCOLHIDO PARA SER O
SALVADOR.
(2-5) O Salvador Foi Designado Antes de Serem
Estabelecidos os Fundamentos da Terra.
" . . . Cremos que Jesus Cristo é nosso irmão mais velho, que
ele é realmente o Filho de nosso Pai Celestial, e que é o Salva
dor do mundo, e que foi designado para sê-lo antes de serem
16
estabelecidos os fundamentos desta terra. " (Brigham Young,
em JD, Vol. 13. p.235-36. Itálicos adicionados.)
(2-6) Presenciamos e Aprovamos a Escolha
de Jesus Cristo.
"Ao realizar-se a primeira organização nos céus, todos nós
estivemospresentes, presenciamos a escolha e a designação do
Salvador, os fundamentos do plano de salvação, e o aprova
mos. " (Smith, Ensinamentos, p. 1 76. Itálicos adicionados.)
Eu estava lá! CJP,rpfeta declarou que eu estava lá naquele '
grande e glorioso ''dia-em que o Pai reuni�:� todos os seusfi
lhos em um grande éonselho. Que enorme multidão deve
.
tersido! A lembrança d_aque1e diajá sefoi, obscurecidape-:_
lo véu. Mas, certamente, deve tersido umaocasião degran- ··
dejúbilo, de emoçãp extraordinária• . Tento ittuigÚíar·o.;qlie
senti, aopresenciar Lúcifer, ofilho da manhã, âar. wrrJ)as
so àfrente e dizer:_. "Eis�me aqu!. manda-me e serei teu fi-
·lho e }"(fJ/inJirei a humanidade toda. " Todas aspessoas? Se
ria po�ível tal empreendiment.o? .,!Venhuma s/) alma se
perderá, " vangloriou-se ele; e então, acrescentou si!i(is·cótr- .
diÇõespara realizar talfaçanha: ·:sem dú_vida ofafei,· por�
tanto, dá-me a tua honra. " (Ver ft:loisés 4:1.)
·
Não posso imaginar como re�gi a essa terrível audácia, ·
nem os pensamen.tos.que enç_het;am meu çor�çao: quando
nosso Irmao·Maiâ VelhoseadiantoÚem m·arcante
-
·éontraste
• de atitude e procedimentO', ..Pai, faça-se a tu� vontaiki·.. 1
disse ele, _.,e seja -tua a glória pàra. sef1lpre. •• {Vef MQisés
4:2.) Eu lá estava'e tudo presen.ciei; e, .de aco;do c�m· a
_
Profeta, aprovei aquele�ato• . ançion-ei a 'esçolha.e designa":
ção deJeo:vá com9 o'
�-os�o Salvador..Quf!ndo ocorreu a re
be/iao instigadapÓr L�çife;, será quefui valente ao defen-
cder a minha posiçdo? A,poiéi o Sálvador com todo· o meu
COrQÇÕO, da.�esmafÓrma que havia feito com·as minhas
palavras? O' Apóstolo·João diz que a batalhafoi vencidO
pelf! sangue do .Cordeiro, (ou seja, o plano do evangelho
que eiigia o sacrifício do Filho de Deus) e apalavra de seu
(dos seguidores de Cristal teste;;,unho; (Ver ApÔcalipst'
12:11.) O meu próprio testemunho terá sido uina ar1naper
derosa? .
· · ·O quanto gostaria depoder témbrar, de r�mper · véu e
de me ver naqueles dias pré-m�rtais. Mqs, esperem;[ J.[ivo
{ ' 'l - �. .'
' . ::,,
- 'ff
agora no presente, e·o queposso dizerdos dias·atíiais�
_Aceito o Sàlvador nest� vida?jA guerra aindtÍ niiÔ termi-
.
nou, apenas se,transferiu pa�a os cámpos de batalho mor
tais. Q�;�e J?Ps/'() dizer da_arma'Jo iestemún�o na vida pre-
. sente? UsiJ..a com todas as m!nhasforças em defesa_da·c(JJJ.;·
sa de Cristo? pe que ine vale tersido valente na vif)apré-,.
mortal; sedeixardesê-lo aqui?Eíeé Deus, o FilhódeDk�}J
Aprovei a sua designação na vida ante,rior. Quê estou Já-
zendo agora?
. .
21. Es.tude as escrituras abaixo e ralaoione·as com ó aconte-
ciment� que acaooÚ de estudar:
.
.
�
Abraão 3:24,27. Por que razão Jesus]oi escolhido pelo
Pai? -j "· '-
·
"··
(2-8) Que Significam os Títulos "Cristo,"
"Messlas" e "Jeováy'?
"Jesus é nome individual do Salvador, e, assim pronuncia
do, é derivado do grego. O equivalente hebreu era Yehoshua
ou Yeshua ou, traduzido para o português, Josué. No original,
o nome .era bem compreendido, significando "Ajuda de Jeo
vá" ou "Salvador" ou " Jeová é Sàlvação." O nome foi dado
a conhecer a José pelo anjo que lhe apareceu. (Ver Mateus
1 :21 .)
"Cristo é um título sagrado e não um nome ou designação
comum; é de origem grega; tem significado idêntico a seu equi
valente hebreu Messiah ou Messias, isto é, o Ungido. Outros
títulos, cada um possuindo um significado definido, como
Emanuel, Salvador, Redentor, Filho Unigênito, Senhor, Filho
de Deus, Filho do Homem e muitos outros,_ aparecem nas es
critu�as; o fato de maior importânCia para nós agora, é que es
ses vários títulos expressam a origem divina do Senhor e sua
posição como Deus. Como vimos, os nomes ou títulos essen
ciais de Jesus, o Cristo, foram dados a conhecer antes de seu
nascimento e revelados aos profetas que o precederam no esta
do mortal. (Talmage, Jesus, o Cristo, P: 35;)
O nome Jeová significa o "Ser Auto-Existente"ou o ''Eter
no." Estas designações estão escritas com letras maiúsculas nó
Velho Testamento com o nome de Senhor. De acordo com o
antigo costume judaico, o nome Jeová ou Eu Sou (o Ser Auto
Existente) não podia ser pronunciado, sob pena de incorrer na
ira divina.
"Jesus, quando foi interrogado e criticado por certos ju
deus, que consideravam sua descendência de Abraão como ga
rantia de preferência divina, respondeu-lhes com esta declara
ção: 'Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse eu sou.' O verdadeiro significado desta a firmação se
ria mais claramente expresso desta maneira: 'Em verdade, em
verdade vos digo que, antes de Abraão, existia Eu Sou'; o que
significa o mesmo que, antes de Abraão, existia Eu, Jeová. Os
capciosos judeus ofenderam-se tanto ao ouvirem-no usar um
nome que, por interpretação errónea de uma antiga escritura,
não devia ser pronunciado, sob pena de morte, que, imediata
mente, apanharam pedras com a intenção de matá-lo." (Tal
mage, Jesus, o Cristo, pp. 36-37.)
1 7
�apítulo 2
Quem. acompanhou a antiga Israel no deserto? (I Çorln-
. tios 10;·4.)
O que·aprendemos·em �C 110:1-4?
(2-9) QUAL ERA O FUNDAMENTO DA ESPERAN
ÇA MESSIÂNICA?
Jesus.é sem paralelo, segundo demonstram diversos relatos.
Por exemplo, detalhes explícitos de sua vida foram dados ao
mundo em documentos públicos muitos séculos antes de seu
nascimento. Seria de pensar que qualquer pessoa familiarizada
com as· escrituras o teria reconhecido pelo que realment� era:
O Messias prometido.
Cada um dos evangelistas, mas principalmente Mateus,
apreciava salientar como Jesus cumpriu literalmente as profe
cias concernentes a si próprio, encontradas no Velho Testa
mento. O mesmo aconteceu com os profetas do Livro de Mór
mon.
(2-10) Todas as Coisas São a Representação de Cristo
"Tudo o que foi dado no evangelho e tudo o que tinha qual
quer relação com ele, foi designado com o propósito expresso
de testificar de Cristo e atestar a sua missão divina. . .
". . .De fato, como declarou Jacó: "
". . .todas as coisas que foram dadas por Deus aos homens,
desde o começo do mundo, são símbolos dele." (2 Néfi
I I :4.)
"Todos os profetas que existiram no mundo, testificaram
que ele é o Filho de Deus, porque, em sua própria natureza, es
se é o chamado principal de um profeta. O testemunho de Je
sus é sinónimo do espírito de profecia.'' (Bruce R. McConkie,
em CR, outubro de 1948, p. 24.)
22. -
Abaixo, encontram-se duas colunas onde se acham·re/q..
cionadas algumas referências de escrituras. A coluna à es
querda contém profecias do Velho Testamento e Q da_direl
ta, aspassagens quefalam do cumprimento das mesmas no
Novo Testamento. Foram alistados também algumas ·das
profecias mais importantes do LivrQ de Mórmon concer-
nentes à vida do Salvador.
Profecias do Velho
Testamento Referentes ao·
Messias.
1. Zacarias 9:9
2. Zacarias 11:12� 13 .
�; . Miquéias 5:1; !safas 50:6
-4. /safas .53:9, 12
.5. /safas 26:19
Cumprime_nto no Novo
Testamento.
1. MateuS 21:1-.5
··
2. Mateus 26:1.5; -27:7
3. Mateus 27:30
, •' l
18
4. Mateus 27:38, . 57-60.
·.s. MateUs �7:52, 53.
Profecias do LIVro de Mórmon
1. 1 Né/i 11:31-34.
2. 1 Néfi 19:7-10
.J. · Mosia 3:5-10
4. Alma 7:9-)2
Leia cado coluna e compare asproiecias i/Uf! nelas se en-
Que diferençafazsaberque Jeov�, o
'
ll. .
tamento e do _Livro de Mólgt!m, é Jesus,· o IJfusdo·.· ovo
TestaliÚmto? Fez alguma diferença na.maneitfl em·quefoi
recebido pelos judeus? Embora soubessem em seus cora
çiJes que ele viria conformejorà prol1'l�tid6; ppr que se en.
gtQiaram? Nós, da�m�maforma, temos es�rança em nos
sos coraç/Jes de que ele voltará nQvamente. Faz alguma di
ferença considerá-lo mais do que apenas nosso SalvQd()r
·vi!lo como o nosso Criador e nosso Deus? Medite sobre o
prinéfpio tp�e se encontra em Jo(Jo 17:J.
23.
24.
25. 3
"® jfíiiJo
bo ,Jlaí <!etttno"
TEMA:
É muito importante que saibamos que Jesus Cristo é o Filho
literal do Pai Eterno e que tinha de vencer as provações e vicis
situdes da vida mortal.
INTRODUÇÃO .
Jesus é Jeová. Elefoi o Deus do Velho· Testamento. Nas
ceu como um filho espiritu�l na preexistência, o primeiro
qúe assim nasceu; Cresceuem graÇa epodernaquele_ estágio
·até se tornar "semelhante q Deus. ,·(Abraão 3:24,JApoiou
a vontade..do Paie d�fendeu seuplano. Era, � é·o Verbo, o
Mensagt:iro·aa Salvação, que.estava com Deus qnt�s dese
rem lançados osfundamentos deste r:nundo (João 1:1, 14;
D&C 93:7-9}, e quefoi preordenado naquela ocasitio para .
ser.
.
o Cordeiro, o grande e último sacrifício, o Rede/itor e .
Salvador dos homens.
Jeoyá, 'Jesus, o Cordeiro designado para obrar· a expia-
. ção·desde antes:da.fúnda�ão do �undo, nasceu na cc:rn�.
Desceu de Sf!U tronopara viverentre oshomens. E asua .vi
da entre estes começou num estábulo,·numá obscura vilada
Palestina, cerca de dois mil anos atrás.
7 .
·· A história do naseime1tto de Cristo edesuajuventude in
clui·· re.ferências de muitos ·acontecimentos. As passagens
quese encont�am na designação deleitura aseguire no �a
teria/ da lição lhe .possibilitarão apro.fundar-se na filiação
divina de Cristo e em seus primeiros anos de viqa.
Antes de prosseguir, leia todas as escrituras do ·quadro.
2 1
�omentáríos Jtnterpretatíbos
(3-1) Lucas 2:1-20. Um Decreto de César Augusto
Roma dominava a maior parte do mundo mediterrâneo por
ocasião do nascimento de Cristo. Augusto era um imperador
enérgico e capaz, e em seu reinado (3 1 A.C. a 14 A.D.), procu
rou estabelecer uma certa tradição de ordem e honestidade na
burocracia romana, reorganizando os governos provinciais e
executando uma reforma financeira. Seu reinado foi marcado
por um alto grau de legalidade.
Augusto ordenou uma taxação geral no Império Romano no
ano I A.C. Essa "taxação" foi realmente um recenseamento
de pessoas, como explica o Élder James E. Talmage:
"A cobrança à qual nos referimos aqui, pode ser compreen
dida adequadamente como um alistamento ou registro, que
garantiria um recenseamento dos súditos romanos, e serviria
de base para que fossem determinados os impostos a serem pa
gos pelos diferentes povos. Este recenseamento é o segundo
dos três alistamentos gerais registrados pelos historiadores,�os
quais foram efetuados a intervalos de, aproximadamente, vin
te anos. Se o recenseamento tivesse sido feito segundo o méto
do romano, cada pessoa teria sido alistada na cidade de sua re
sidência;. porém, o costume judtu, que era respeitado pela lei
romana, exigia que o registro fosse feito nas cidades considera
das pelas .respectivas famílias como berço de seus antepassa
dos." (Talmage, Jesus, o Cristo, pp: 89-90.)
(3-2) .Mateus 1-17; Lucas 3:23-28. Jesus Era de Estirpe Real·
Existem duas genealogias nos quatro Evangelhos. O registro
26. &eção 1
de Mateus alista os sucessores legais ao trono de Davi. Não é
necessáriamente uma lista ger.ealógica noOjtsentido estrito de pai
para filho, pois, como acontece em muitas histórias de pessoas
nobres, o mais velho herdeiro sobrevivente pode ser um neto,
bisneto ou até mesmo um sobrinho ou qualquer outro parente
do monarca reinante. O registro de Lucas, entretanto, é uma
lista de pai para filho, ligando José ao Rei Davi. Naturalmente
Jesus não era fifllo de José, mas a genealogia de José é essen
cialmente a mesma de Maria, pois ambos eram primos; Jesus
herdou de sua mãe, Maria, o sangue de Davi e; portanto, o di
reito ao seu trono. Jesus nasceu de linhagem real e, como ex
plicou o Élder James E. Talmage: " Fosse Judá uma nação li
vre e independente, governada pelo soberano legal, José, o
carpinteiro, teria sido coroado rei; e o sucessor legal ao trono
seria então Jesus de Nazaré, rei dos judeus. (Talmage, Jesus, o
Cristo, p. 83, ver também pp. 80-82 e 84-87.)
(3-3) Mateus 1:18-25. Maria Era a Esposa
Prometida de José.
Maria havia assumido um compromisso de matrimônio com
José. Eles ainda não eram casados, mas estavam comprometi
dos sob os mais estritos termos. Maria era virtualmente consi
derada esposa de José, e a infidelidade de sua parte durante o
período dos esponsais era punida com a morte. (Deuteronô
mio 22:23, 24.) Durante o período dos esponsais, a esposa
eleita vivia com sua família ou com amigos, e toda comunica
ção entre ela e seu esposo prometido era feita através de um
amigo. Quando José teve conhecimento da gravidez de Maria,
e sabia não ser o pai, tinha duas alternativas a seguir: (1) pode
ria exigir que ela se submetesse a julgamento público, que até
mesmo naquele avançado período da história judaica poderia
ter resultado na morte de Maria; ou (2) romper o contrato ma
trimonial secretamente diante de testemunhas. José, obvia
mente, escolheu a mais misericordiosa das duas alternativas.
Ele poderia ter reagido de modo egoísta e amargurado, quan
do soube que Maria estava grávida, e é um profundo testemu
nho do caráter de José ele ter escolhido anular o casamento se
cretamente: O Élder James E. Talmage escreveu a esse respei
to:
"José era uma homem justo, rigoroso observador da lei,
embora não extremista severo; ademais, amava Maria e evita
ria que ela sofresse qualquer humilhação desnecessária, por
maior que fosse sua própria mágoa e sofrimento. Pelo bem da
noiva, temia a idéia de publicidade; e, portanto, decidiu anular
o esponsal tão secretamente quanto o permitia a lei. (Talmage,
Jesus, o Cristo, pp. 80-81.)
Pode ser que o Senhor tenha destinado tal experiência para
provar José, e se assim foi, ele demonstrou sua fidelidade.
22
Após José haver-se decidido, então o anjo o visitou,
instruindo-o a que deveria desposar Maria. A posição honrosa
de Maria era conhecida muito antes de ela haver nascido (Mo
sias 3:8; Alma 7:10; Isaías 7: 14) e sem dúvida, José foi preor
denado à posição privilegiada que ocupava, pois o Profeta Jo
seph Smith ensinou que "todo homem que recebe o chamado
para exercer seu ministério afavor dos habitantes do mundo,
foi ordenadoprecisamenteparaessepropósito, nogrande con
selho dos céus, antes que este mundo existisse." (Ensinamen
tos, p. 357. Itálicos adicionados.) Certamente José era uma al
ma nobre na preexistência para ser abençoado com a suprema
honra de vir à terra e ser o tutor legal do Filho do Pai Eterno
na carne.
(3-4) Lucas 2:1-20. Jesus Nasceu em Belém,
No Dia 6 de Abril do Ano 1 A.C.
José e Maria não moravam em Belém por ocasião do nasci
mento de Cristo, e sim em Nazaré (ver o mapa). Porém, para
que se cumprisse o que fora profetizado, circunstâncias espe
ciais os conduziram a Belém, para que Cristo lá nascesse. (Ver
Miquéias 5:2.)
Após condensar as opiniões de diversos eruditos a respeito
do nascimento de Cristo, o Élder James E. Talmage compara
suas conclusões com a revelação moderna e afirma: ''Cremos
que Jesus Cristo nasceu em Belém da Judéia, a 6 de abril do
ano 1 A.C." (Jesus, o Cristo, p. 104.) O Presidente Harold B.
Lee declarou a esse respeito:
"Esta é a conferência anual da Igreja. A data de 6 de abril
de 1973 é particularmente significativa, porque nela comemo
ramos não apenas o aniversário da organização da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias nesta dispensação,
mas também o aniversário do nascimento do Salvador, nosso
Senhor e Mestre, Jesus Cristo (Citou D&C 20:1.) (Liahona,
outubro de 1973.)
O gráfico a seguir, baseado em nosso calendário atual, será
útil para nos ajudar a compreender a data do nascimento de
Jesus.
6 de abril do ano I A.C.
Data do nascimento do Senhor.
+
I A.C.
(3-5) Mateus 2:13-23. Jesus e João Batista
Escapam da Ira de Herodes.
Os magos, familiarizados com as profecias que prediziam o
27. nascimento de Cristo, reconhecendo os-sinais que haviam sido
indicados, vieram a Jerusalém, dizendo: "Onde está aquele
que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no
oriente, e viemos a adorá-lo. " (Mateus 2: 1 , 2.)
Herodes, julgando que o Messias prometido seria uma
ameaça ao seu reino, enviou soldados para que matassem toda
criança até dois anos, nascidas em Belém. Mas, prevenido por
um anjo, José levou Maria e o menino Jesus para o Egito.
Os magos chegaram a Jerusalém, quando Jesus era criança
nova. Foram instruídos por Herodes a se dirigirem a Belém.
"E entrando na casa (Jesus já não estava num estábulo), acha
ram o menino (já não era um bebê) com Maria sua mãe, e
prostrando-se, o adoraram." (Mateus 2: 1 1 .) Então os magos,
seguindo as instruções de um anjo que os havia prevenido a
que não voltassem a Herodes, partiram para seu próprio país,
seguindo outro caminho. Quando Herodes viu que eles não
voltavam, mandou que seus soldados matassem todas as crian
ças "de dois anos de idade para baixo." (Mateus 2: 1, 16.)
João Batista era ainda criança, apenas seis meses mais velho
que Jesus, e também vivia com seus pais nos arredores de Be
lém, quando Herodes ordenou a matança das crianças. João
escapou de ser assassinado devido à coragem altruísta de seu
pai, Zacarias. O Profeta Joseph Smith ensinou:
"Quando se publicou o édito de Herodes de matar todas as
crianças, João era uns seis meses mais velho que Jesus e tam
bém estava sujeito áquele infernal decreto. Zacarias fez com
que a mãe o levasse às montanhas, onde se criou, alimentando
se de gafanhotos e mel silvestre. Quando o pai de João não
quis revelar seu esconderijo - como ele era o sumo sacerdote
a quem correspondia oficiar no templo durante aquele ano -
foi morto por mandado de Herodes, entre o pátio e o altar, co
mo disse Jesus." (Smith, Ensinamentos, p. 254. Comparar
com Mateus 23:35.)
Zacarias morreu, portanto, para salvar o filho; morreu co
mo um mártir, talvez o primeiro da era cristã.
�onto� a �onbtrar
gora quejá considerou as circuns(ânc� que envolve-·.m
um'o nascíme1.1'tq de Jesw, reflita profunaamente .]J()r àl-!
guns instantes nestas fierguntas que :Jesusfez aosfariseus:. • . . • .
i
uQue pensais âe Cristo,� ile quem ·ele é filho?, (Mateus
. 22:42.) E11qfl_anto refletesobreest ões;lembre-se do
que Jesus açonselhou àqueles quê um uma resposta X
. para essasperguntas.: ''E a vidaetem� é esta: .que te eon�e-
•
.
§.
23
�apítulo 3
çam a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste. " (João 17:3.) E como ·declarou o Projeta
Joseph Smith: "Se algum homem não conhece Deus, e in
.daga que espéciedeserele é - casoprocure diligentemente
em seupróprio coração se a afirmativadeJesus e dos após
tolos é verdaâeirà, compreenderá que não tem vida eterna;
pois não pode haver vida eterna baseada em nenhum outro
· princípio. " (Ensinamentos, p. 335.)
JESUS É O FILHO LITERAL
DO PAI ETERNO
(3-6) Porque Deus Era seu Pai, Jesus
Tinha Poder Sobre a Vida e a Morte
Quando o anjo Gabriel visitou Maria anunciando que seria
a mãe do Senhor, ela ficou perturbada, pois não havia consu
mado seu casamento com José. Tinha certeza de sua condição
de virgem, e sua pergunta a Gabriel foi como se dissesse: "Co
mo posso ser mãe de um filho, se ainda não casei?" A explica
ção que o anjo deu a Maria é a mais clara evidência da paterni
dade de Deus e da filiação divina de Cristo que podemos en
contrar nas Escrituras Sagradas. Ele declarou: " Descerá sobre
ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a
sua sombra: pelo que também o Santo que de ti há de nascer,
será chamado Filho de Deus.'' (Lucas 1 :35.) Esta declaração,
clara como é, não diz que Jesus era filho do Espírito Santo,
mas sim que era Filho de Deus, o Pai. Como o Élder McCon
kie explicou, Jesus era 'Filho do Altíssimo' (Lucas 1 :32), e 'o
Altíssimo' é o primeiro membro . da Deidade, não o terceiro.
(McConkie, DNTC, Vol. 1 . p. 83.)
Por ser filho de Pai imortal e mãe mortal, Cristo tinha a ca
pacidade de viver eternamente, se assim o desejasse mas pos
suía também a faculdade de morrer. O Élder James E. Talma
ge diz:
''Aquela criança que nasceria de Maria, era gerada por
Eloim, o Pai Eterno, não em violação da lei natural, mas de
acordo com uma superior manifestação dela; e o filho dessa
associação de santidade suprema - Paternidade celestial e
maternidade pura, embora mortal - chamar-se-ia, por direi
to, 'Filho do Altíssimo'. Em sua natureza, iriam combinar-se
os poderes da Divindade com a aptidão e possibilidades do es
tado mortal; e isto através da operação comum da lei funda
mental de hereditariedade, declarada por Deus, demonstrada
pela ciência, e admitida pela filosofia - pela qual todos os se
res se propagam segundo sua própria espécie. O menino Jesus
deveria herdar os traços físicos, mentais e espirituais, tendên
cias e poderes que caracterizavam seus pais, um deles imortal e
28. �eção 1
glorificado - De_us, e o outro humano - mulher." (Jesus, o
Cristo, p. 78)
Jesus. portanto, possuía os poderes da vida e a faculdade de
morrer. Tinha maior poder que qualquer outro homem. Para
entender melhor o significado de sua filiação divina, faça este
exercício:
Quem Era o Pai de Jesus?
Yocê j ve ter,_ouvido a.S':pessoas tentarem justificar
;sudS próprifl${r�quezas, ·diz�ndo: 1'NãÓ admira que Jesus
, tenha {evado
.'
uma vidaperfeita, pois erafilho de De_us. Ve.,
1jam.a vanta_g�m que el� tinha, e que eu não tenho. "Aspe�
�sqas que assim racionalizam, parecem esquecér-s(J de:que�
�'sempre·que há uma grande bênção, ela é acompanhada de
:uma grande provdção. o maior espírito do mundo pré
. ·mortal �omente ia ser testado submetendo-o a uma
f . o
!grande ptoYtlçã
�� •/ 'i< ·�
(3-7) Jesus Teve Que Vencer o Véu do Esquecimento
Quando Jesus nasceu, foi lançado sobre ele "o véu do es
quecimento comum a todos os que nascem na terra, pelo qual
é apagada a lembrança de uma existência anterior.'' (Talmage,
Jesus, o Cristo, p. 107.) No mundo pré-mortal, Jesus era "se
melhante a Deus," (Abraão 3:24), "o mais inteligente de to
dos," (Abraão 3:19), e nesse termo se acham incluídos todos
os outros espíritos que foram criados. Mas, embora sua capa
cidade fosse superior à de qualquer outro, e tivesse sido desig
nado a se tornar o Filho Unigênito, ainda assim era manso e
humilde; e consentiu que fosse lançado um véu sobre ele e ter o
conhecimento de sua glória e poder pré-mortal apagado de sua
mente ao nascer.
O Presidente Joseph Fielding Smith ensinou:
"- Jesus, indubitavelmente, veio ao mundo sujeito á mes
ma condição requerida de cada um de nós - esquecera tudo e
tinha que crescer de graça em graça. Seu esquecimento ou reti
rada do conhecimentopassada,foi um requisitoparaele como
o é para cada um de nós, a fim de poder cumprir a presente
existência temporal." (Doutrinas de Salvação, Vol. 1 , p. 36.
Itálicos adicionados.)
24
Pode ver que, embora Jesusfosse o maior esplrito a yir
paraeste mundo, também teve quepassarpor maioresp;o
vaçlJes que qualquer outra pessoa da terra?
'·wv
É incorreto'§upor que Jesus não recebeu testes e prova
.ç(!es à a/t,ura ié suagrande capacidade. Ofato de haversi;
do imaculado e ter résistido a todas as tentaçlJes não invali- '
da ofato de q!Je era sujeito a tentaçlJes. Ele s_abe o quanto
são 'diflceis, poispassoupelas provaçiJes mais amargas, po..
rém a todàs. resistiu. Leia; (l que o Rei Benjamim ensina em
Mosias 3:7.
'
/;, ;:
Jesus sojreu·tentaçiJes maiores do que as qtie os homens
. poderiem suportar,· enfrentou os poderes do mql e os .vim
. ceu. Mcis, por haver resistido às tentações" ele énteflde o es
forço que os homens têm quejazerpara vencê-/as. E, como
disse Paulo: uPorque naquilo que ele mesmo sendo tenta
do, padeceu, pode socorrer aos.que são tentados'' (He-
breus 2:18, 4:15..)
··
_ ./ 'p
Jesus .foi ·um .exemplo perfeito de obediência,"por··isso
urecebeu todo poder, tanto nos céus como na terran:
(D&C 93:17.) Mas Jesus ·não recebeu esse. grande poder e
glória de uma só vez. Recebeu-osparceladamente, passo a
passo, degrau por âegrau, ·' Wnha sobre linha, preceito so-.
)'. . ·.. '
brepreceito':, (D&C128:21) até receber a,p/enitudedagló-:
ria do Pai. (Ver D�C 93:11-17.)
(3-8) Na Sua Infância, Jesus Procurou
Na Versão Inspirada, o Profeta acrescentou os versículos
abaixo ao registro histórico da infância do Salvador:
"E aconteceu que Jesus cresceu junto de seus irmãos e se
fortaleceu, aguardando que o Senhor declarasse chegado o
tempo de seu ministério.
"E serviu sob as ordens do pai e não falava como os outros
homens, nem poderia falar; pois não necessitava de que ho
mem algum o ensinasse.
Os anos se passaram e a hora de seu ministério se aproxi
mava." (Mateus 3:24-26, Versão Inspirada.)
Embora a palavra pai desta passagem talvez se refira a José,
ainda assim o seu contexto certamente demonstra que Jesus re
c.ebeu ensinamentos de seu pai verdadeiro, Deus, o Pai.
Entretanto, é possível que Jesus tenha assistido às reuniões
das sinagogas e tenha sido ensinado pelos rabinos, segundo a
29. sabedoria dos judeus. Se assim for, muitos princípios que Je
sus ouviu eram uma corrupção da verdade, pois o judaísmo se
encontrava num estado de apostasia. Sua educação mais signi
ficativa, entretanto, ele a obteve através do Espírito de seu Pai
Celestial.
Jesus testificou de si mesmo, dizendo: "nada faço por mim
mesmo, mas falo como o Pai me ensinou."(João 8:28.) E ain
da: "O Pai que me enviou, ele me deu mandamento sobre o
que hei de dizer e sobre o que hei de falar." (João 12:49.)
Quem ensinou a Jesus o que ele sabia? Seu Pai, Deus, o Pai, o
ensinou. Que ele foi instruído por alguém mais sábio que os
homens mortais é evidente; também é ·bastante claro que
aprendeu bem as lições, pois o Profeta Joseph Smith declarou
a respeito de Jesus:
"Quando ainda um menino, já possuía toda a inteligência
necessária que lhe permitia reinar e governar o reino dos ju
deus, e discutir com os mais sábios e eruditos doutores da lei e
da teologia; e comparadas com a sua sabedoria, as teorias e
práticas daqueles homens instruídos pareciam tolices. Todavia
era uma criança, e faltava-lhe força física para defender sua
própria pessoa; e estava sujeito ao frio, à fome e à morte.
(Smith, Ensinamentos, p. 384.)
ISSO FAZ DIFERENÇA?
25
cteapítulo 3
gores eternos- e assentar-vos
.
em··glória, :como aqueles que ·
· estão entroniz�dosempoderinfinito: �, (Sipith� Ensinamen
tos, pp. 337-338_.)
Paraobterdeterminado-g;a� ou nfvelde glória o� graça,
o homem. deve obédecer às leis sobre as quaisaquele nfvel,
ae·glória est6fundafJo, e sefor mais diligente e obediluite.
'
.. do que. qualqu_er outro, ele �er6 ainda mais vantagem no
mundo:/'!(U�(). (YerD&C 130.:18-21.) O Pre�idente Harol� .
� s:···Lee eXpl(c[?Ú�·',
. .
_ . impo�tante de:rodos os�an'damentos.deDeus·é
aqueie.qy�est6sendo _o mais diffcildeguardaragora. Seé o
. Q.úise refere;â desonestidade, ou o dafaltadecastidade.1·ou
ci de l�vántarfal;� teste;,unho, ou o de não dizer a verda
deJ hoje é diade v.oc� esforçár-se atépo_der venceressafrq
queza. Depois deve começar com o seguinte·mais diflcil ae ·
guará�r. (Harold B. L�e,.· citaqo ém Church News, 5 · de
fn;aio de 1973, p. 3.) ·· ·
· .
Portanto, o homem prê�isa
.
tirâr/Jr,evei!o d�suas tentâ-
.ç/Jes e-vencê._las. Foi istô·o que Jesu$:(éiJr:JJaiso.apasso, de ·
· umgrau maior, ·graÇa�ob�egraça� eé'is$c). b·que·cris.to quer ·
·que v�cêfaça. _ . . .
'
: , Que diférenÇa·i$tt)'fai-paf.a você? POde�ia, $e/OS$e.c�t,a- ·
mai;/o C} presença de' Jésús nest� momento, testificar como,
fez o Apóstolo Ped�o·nQp�adá? '!Tu és o Cristo, o Filho ..
�:tte.!?eus vivo. " (Md(eua 16:16.) Você também pode S.t!�' �
". �. ele"é o Filhtl�e"Deus� sefizer a sua von"tade�· (Ver Jo/Jo ·�
1.:1-1: , o d/Sséies�:: '*AS:minhas ov.elhas ouvem.a mi-.:
�,.ro�{.l.l:ç��" e·.elas me �guern: E�d�-���$.�;�
. " Jo®· 'J0:2'7.,_ �B:J
• ' ·"'"· • .t •
30. SAMARIA
Deserto da
Judéia
JUDÉIA
Tetrarquia
de Filipe
PERÉIA
. Betabara
Ano 29 A.D. a 30 A.D. Mateus
Judéia
3: 1-12
João. o Precursor.
PRIMEIRO ANO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS
Betabara, J udéia.
Batismo de Jesus
Arredores de Jericó,
Judéia. 4: 1-1 1
Tentações.
Betabara, J udéia.
João Testifica.
Betsaida, Galiléia.
André, Simão.
Felipe e Natanael.
Caná, Galiléia.
Bodas de Caná
(Primeiro Milagre.)
Jesus Parte Para
Capernaum .
Marcos Lucas João
1 : 1-8 3 : 1 - 1 8
3:21-23
1 : 1 2, 1 3 4: 1 - 1 3
1 : 14-34
1 :35-5 1
2: 1-1 1
2: 12
31. 4
"�í5 o
<teorbeíro be 1!eus''
TEMA:
João Batista possuía as chaves de Elias como o precursor de
Jesus, e foi testemunha de sua fidelidade ao Pai em todas as
coisas.
>INTRODUÇÃO .
h> Quando chegou a ocasião de Jesus vir à terra receber um
corpo mortal, também foi a época ém que nasceu um dos
maioresprofetas que existiram - João Batista. Quempoqe
determinar a importância e signifiéado.eterno .de sua mis
são, quefoipreparar o caminhoparh o Fílho d._eDeus? Sua
tarefa nãofoifácil, pois o povo do conv�nio do Senhor se
�, encontrava em estado de apostasfa. Não é de admirat que.
fossechamado de '1'uma �oz que clama no deserto. ., (L'!cas·
·3:4.) Por�m, João cumpriu sua missão de tal maneira, que
Jesus disse a respeito dele: ('E,n�re os nascidosde mulheres,
não há màiorprofeta do que·Jedp Batisia... " (Lucas 7:28.)
f?ealménte João é para nós um exemplo de como;,/!eve ser
uma testemunha de Cristo.
. . , ·
Je.sus, o Filho de Deus, foi a João, o pre_cursor_� para ser
balizado. Nessa ocaSião, Jesus declarou: ''Porque assim
nos convém cumprir todaajustiça. " (Mateus3:15.) Esta li
. ção estudará
7
esse importanJe eyento e também .as tentações
subseqüentes que Sàtanás usou,tentarzdofr,us,trar a missão
do Salvador.
Antes de prosseguir, leia todas as escrituras do quadro.
Qtomentáriog 3lnterpretatíbog
(4-1) Màteus 3:1. Quão Importante Era a Missão de João Ba
tista?
"Poucos profetas podem comparar-se a João Batista . Entre
27
outros pormenores, seu ministério foi predito por Leí ( 1 Néfi
1 0:7-10), Néfi ( 1 Néfi 1 1 :27; 2 Néfi 3 1 :4- 1 8.) e Isaías (I.�aías
40:3.) Gabriel desceu das cortes celestiais para anunciar o futu
ro nascimento de João (Lucas 1 :5-44,) ; ele foi o último admi
nistrador legal que possuiu chaves e autoridade sob a dispensa
ção de Moisés. (D&C 84:26-28); sua missão era preparar o ca
minho de Cristo, batizar e proclamar a filiação divina de Jesus
(João 1); e nos tempos modernos, no dia 1 5 de maio de 1 829,
ele voltou à terra como um ser ressuscitado, para conferir o
Sacerdócio Aarônico a Joseph Smith e Oliver Cowdery. (Jo
seph Smith 2:66-75 ; D&C 13.)" (McConkie, Mormon Doctri
ne, p. 393.
(4-2) Mateus 3:1-3. De Que Modo João Foi um Elias?
"Quando o anjo apareceu a Zacarias no templo e predisse o
nascimento de João, prometeu que ele prepararia o caminhe
para o Senhor". . . no espírito e virtude de Elias. . . " * (Lucas
1 : 17.)
Embora João realmente não se chamasse Elias, sua missão
foi realizada através do "espírito e virtude de Elias ..." . Joseph
Smith explicou esse fato desta maneira:
... Porque o espírito de Elias era um comissionamento que
permite a quem o recebe preparar o caminho para algo ou al
guém maior, como aconteceu com João Batista. Ele veio cla
mando no deserto:� "Preparai o caminho do Senhor, endireitai
as suas veredas," E o povo foi avisado - se quisesse recebê-lo
- que era o espírito de Elias. E João, com muito cuidado,
explicou-lhes não ser ele a luz prometida, mas que havia sido
enviado para dar testemunho da Luz.
32. "Disse ao povo que sua missão era pregar o arrependimento
e batizar com água; mas que aquele que viria depois dele, bati
zaria com fogo e com o Espírito Santo.
Se João tivesse sido um impostor, teria ido além de seus li
mites e tratado de efetuar ordenanças que não corresponde
riam a esse ofício e vocação, sob o espírito de Elias
"O espírito de Elias prepara o caminho para uma revelação
maior de Deus, que é o Sacerdócio de Elias, ou o Sacerdócio
ao qual Aarão foi ordenado. E quando Deus envia um homem
ao mundo para fazer a preparação para um trabalho maior,
possuindo as chaves do poder de Elias, isto tem sido denomi
nado doutrina de Elias, desde o começo do mundo.
A missão de João limitou-se à pregação e ao batismo, mas
o que ele fez tinha força legal. E quando Jesus Cristo se apro
ximava dos discípulos de João, ele os batizava com fogo e com
o Espírito Santo. " (Ensinamentos. p. 327 .)
Embora a missão de João tenha sido curta e sua mensagem
de um teor bem simples, a maneira altruísta e destemida com
que desempenhou seu trabalho como um Elias fez com
que Jesus proferisse a solene expressão, dizendo que "não há
maior profeta do que João Batista. " (Lucas 7:28. Itálicos adi
cionados.)
4-3 Mateus 3:9. A que se Referia João, ao Dizer que Jesus Po
deria Suscitar Filhos a Abraão Até Mesmo das Pedras?
"O judaísmo asseverava que a posteridade de Abraão pos
suía lugar garantido no reino do esperado Messias e que ne
nhum prosélito dentre os gentios teria possibilidade de al
cançar o posto e a honra que eram assegurados aos " filhos".
Sua asserção vigorosa de que Deus, das próprias pedras da
margem do rio, poderia suscitar filhos a Abraão, significou
para os que o ouviram, que m�smo o mais humilde dentre a fa
mília humana poderia ser preferido a eles, a menos que se arre
pendessem e se regenerassem." (Talmage, Jesus, o Cristo. p.p.
1 18- 1 19.)
(4-4) Mateus 3:16. Qual é o Significado do Espírito Santo Des
cer ''Como Pomba"?
"Todos os quatro evangelistas registram que o Espírito des
ceu 'como pomba' ; Lucas acrescenta que ele veio também em
28
' forma corpórea'; e os registras do Livro de Mórmon dizem
que o Espírito desceu 'em forma de uma pomba' . ( 1 Néfi
1 1 :27; 2 Néfi 31 :8.) Joseph Smith disse que João 'conduziu o
filho de Deus às águas do batismo, contemplando o Espírito
Santo descer sobre ele, pelo sinal de uma pomba, testificando
daquela administração.'
" O Profeta nos dá ainda a seguinte explicação: 'O sinal da
pomba foi instituído desde antes da criação do mundo, como
testemunho do Espírito Santo, e o diabo não pode apresentar
se dessa forma. O Espírito Santo é um personagem, e tem a
forma de umapessoa. Não se limita à forma da pomba, mas se
manifesta no sinal da pomba. O Espírito Santo não pode
transformar-se em pomba; a João este sinal foi dado para sim
bolizar a verdade do ato, pois é o emblema ou a representação
da verdade e da inocência. (Smith, Ensinamentos. p. 269.)
Parece, portanto, que João testemunhou o sinal da pomba,
que ele viu o Espírito Santo descer em " forma corpórea" do
personagem que ele é, e que era "como pomba.' '' (McCon
kie, DNTC, Vol. 1 , pp. 123-1 24.)
(4-5) Mateus 4:1. Jesus Foi ao Deserto Para Ser Tentado?
Compare as passagens da Versão Inspirada com os mesmos
versículos da versão autorizada.
"Então Jesus foi conduzido pelo espírito ao deserto, para
estar com Deus.
"E após haver jejuado por quarenta dias e quarenta noites,
e ter-se comunicado com Deus, teve fome e foi deixado para
ser tentado pelo demônio." (Mateus 4:1-2, Versão Inspirada.
Itálicos adicionados.)
" Jesus não foi ao deserto para ser tentado pelo diabo; os
homens justos não buscam as tentações. Ele foi para lá para
'estar com Deus.' Provavelmente, recebeu a visita do Pai; e
sem dúvida, recebeu manifestações espirituais sublimes. As
tentações vieram depois de haver-se comunicado com Deus',
'depois de quarenta dias'. O mesmo aconteceu no caso de
Moisés. Ele se comunicou com Deus, teve as visões da eterni
dade, e depois foi deixado para ser tentado pelo demônio.
Após haver resistido à tentação, novamente secomunicou com
a Deidade, obtendo, assim, mais luz c revelação." (Bruce R.
McConkie, DNTC, Vol. 1, p. 128. Ver também Mosias 3:7.)
(4-6) Mateus 4:5, 8. O Demônio Realmente Transportou Jesus
ao Pináculo do Templo e Posteriormente lhe Mostrou os Rei
nos do Mundo?
O Profeta Joseph Smith esclarece:
33. "Então Jesus foi levado para a cidade santa, e o Espírito o
colocou no pináculo do templo.
..Então veio o diabo e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus,
lança-te de aqui abaixo, porque está escrito: Que aos seus an
jos dará ordens a teu respeito; e tomar-te-ão nas mãos, para
que nunca tropeces em alguma pedra.
"E novamente Jesus estava no Espírito e ele o levou a um
monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e
a glória deles.
"Enovamente veio o diabo e disse-lhe: Tudo isto te darei se,
prostrado, me adorares." (Mateus 4:5, 6, 7, 9, Versão Inspira
da. Itálicos adicionados.
(4·7) João 1:18. O Que Significa a Declaração de João: "Deus
Nunca Foi Visto Por Alguém"?
Obviamente, houve profetas que viram a Deidade. Joseph
Smith ensinou, entretanto, que o Pai se manifesta somente pa
ra.testificar de Jesus:
''Deus nunca foi visto por alguém, a não ser para testificar
do Filho; pois a não ser por ele, ninguém pode salvar-se. (João
l : 19. Versão Inspirada.)
Observe também como João esclarece a sua orópria declara
ção em João 6:46.
(4·8) João 1:42. Por Que Foi' um Fato Significativo Simão ha·
ver Recebido Outro Nome?
Cristo disse a Simão que ele passaria a se chamar Cefas, ou
Pedro, que significa "pedra" .
"Destinado a ser o Presidente da Igreja de Jesus Cristo e a
exercer as chaves do reino em sua plenitude, Pedro deveria ser
um profeta, vidente e revelador. (D&C 8 1 :2.) Prevendo esse
chamado posterior, Jesus conferiu nessa ocasião um novo no
me a seu discípulo principa.l, chamando-o de Cefas, ·que signi
fica um vidente ou uma pedra.
"Essa designação terá maior significado, quando, posterior
mente, ao prometer-lhe as chaves do reino, nosso Senhor diz a
Pedro que as portas do inferno não prevalecerão contra a ro
cha da revelação, ou, em outras palavras, contra a vidência.
(Mateus 16: 18.)" (McConkie, DNTC, Vol. 1 , pp. 132-33.)
(�9) João 1:47·49. O que Aconteceu a Natanael, Quando se
Encontrava "Debaixo da Figueira"?
"Nessa ocasião, Jesus exerceu o seu poder de vidência. Pe-
29
�apítulo 4
los registros fragmentários preservados nas escrituras, é apa
rente que Natanael passara por alguma experiência espiritual
extraordinária, enquanto se achava orando, meditando ou
adorando debaixo de uma figueira. O Senhor e doador de to
das as coisas espirituais, embora fisicamente ausente! estava
junto de Natanael em espírito; e o israelita sem dolo, ao ver es
sa manifestação de Vidência, foi levado a aceitar Jesus como o
Messias." (McConkie, DNTC, Vol. 1 , p. 134.)
(4·10) João 2:4. Jesus Atendeu de Boa Vontade ao
Pedido de Sua Mãe Para Ajudar nas
Bodas de Caná?
"Disse-lhe Jesus: Mulher, o que desejas quetejaça, issofa
rei; pois ainda não é chegada a minha hora."(João 2:4, Versão
Inspirada, Itálicos adicionados.)
(4·11) João 2:4. Por Que Jesus se Dirigiu a
Sua Mãe Chamando·& de "Mulher"?
"O termo ' mulher', quando dirigido por um filho à sua
mãe, pode soar a nossos ouvidos um pouco áspero, senão des
respeitoso; mas seu emprego era, na realidade, uma expressão
de significado oposto. Para todo filho, a mãe deve ser proemi
nentemente a mulher das mulheres; ela é a única mulher no
mundo, a quem o filho deve sua eXistência terrena; e, con
quanto o título ' mãe' se aplique a toda mulher que tenha con
quistado as honras da maternidade, para nenhum filho existe
mais que uma mulher, a quem por direito natural ele possa
dirigir-se com aquele título de reconhecimento respeitoso.
Quando nas últimas cenas tenebrosas de sua experiência terre
na, Cristo pendia da cruz em agonia mortal, olhou para sua
mãe, Maria, que chorava, recomendando-a aos cuidados do
amado Apóstolo João, com as palavras: 'Mulher, eis aí o teu
filho.' Poder-se-ia supor que nesse momento supremo, o cui
dado de nosso Senhor pela mãe, de quem estava para separar
se pela morte, estivesse associado a outro sentimento que não
o de honra, carinho e amor?" (Talmage, Jesus, o Cristo. pp.
140-41 .)
(�12) João 2:6. Quanto Constituía um "Almude"?
Um almude equivale aproximadamente a 36 litros. Assim,
cada uma das seis talhas continha de 72 a 108 litros de água.
Portanto, Jesus criou de 400 a 600 litros de vinho - um milagre
que demonstra que era numeroso o grupo de pessoas que parti
cipavam das bodas.