4. Representação esquemática das gemas axilares do cafeeiro e dos
órgãos que elas tem origem
Rena & Maestri, 1984 adaptado de Wormer & Gituanja, 1970
5. CRESCIMENTO VEGETATIVO DO CAFEEIRO
. arbusto de crescimento contínuo
. apresenta dimorfismo de ramos
a) ramos ortotrópicos
• vertical (gemas seriadas)
b) ramos plagiotrópicos ou de produção
• laterais ou primários (gemas cabeça de série)
6. PARTIÇÃO DOS ASSIMILADOS
Variações sazonais no crescimento vegetativo são
influenciados pelos principais drenos do
cafeeiro
1. Flores e frutos
2. Engrossamento de ramos
3. Desenvolvimento de novos brotos
4. Desenvolvimento de raízes
5. Metabolismo de manutenção
10. CONSEQÜÊNCIAS
O crescimento do cafeeiro não ocorre de forma
indefinida
Os ramos plagiotrópicos representados pelo diâmetro
da copa têm crescimento limitado
Há necessidade de revigorar esses ramos para evitar
queda de produção: poda
Para diferentes regiões cafeeiras ocorrerão alterações
nos dados apresentados
11. CONDICIONANTES PARA TOMADA DE
DECISÃO DA PODA
Baixo stand de pés/ha
Lavoura muito velha
Solo com problemas físicos
Presença de nematoides e pragas
no sistema radicular
Cultivar/variedade não adaptada a
região
Região com adversidade climática
frequente
Estrutura produtiva inadequada
ERRADICAÇÃO
Stand adequado: maior 4000 pés/ha
Lavoura não muito velha
Solos sem problemas físicos graves
Sem nematoides e sem pragas no
sistema radicular
Cultivar / variedade com bom
potencial de resposta
Região climaticamente apta à cultura
Plantas com boa estrutura produtiva
REVIGORAMENT
O
29. 2 - Critérios consolidados sobre poda
(Podem ocorre pequenas alterações a nível regional, dependendo do
manejo da lavoura)
Poda não aumenta a produtividade. Recupera o potencial produtivo do
cafeeiro.
Época da poda: agosto é o ideal. Normalmente ganha-se em
produção na 1ª
safra, na 2ª
produz menos que a poda mais tardia e após
4 safras as produções praticamente se igualam.
Um dos segredos para retardar a poda: manter o cafeeiro
sempre desbrotado conduzido com haste única (tronco) desde o plantio.
Quanto mais tarde se puder realizar a poda, melhor.
Quanto mais drástica (ex: recepa), tira-se de uma a duas safras, difícil
de recuperar na média da lavoura.
30. Momento da poda: quando há perda de produtividade, sendo que todos
os demais fundamentos de condução (nutrição, tratamento fitossanitário,
etc.) foram realizados. Normalmente: porte alto - poda-se mais cedo;
porte baixo – poda-se mais tarde.
Podas são economicamente mais vantajosas que erradicação do cafezal
e novo plantio (vide condicionantes para tomada de decisão)
Esqueletamento com corte mais longo (30-50 cm) tendo maior
brotação e multiplicação de novos ramos mais produtivo em relação a
cortes mais curtos.
Decote: quanto maior a altura do corte, maior a produtividade em relação
a cortes mais baixos (ex: 2,0 - 2,20 m comparado com 1,70 - 1,80 m).
Recepa: altura do corte mais alta (+ 50 cm) melhor recuperação e
produção inicial que cortes mais baixos. Sempre que possível deixar ramos
pulmões.
31. Desbrota:
0,5 - 075 m: 1 broto
• Recepa: primordial 0,75 - 1,0 m: 2 brotos
> 1,0 m: 2 a 3 brotos
• D ou D+E: sem desbrota de ponteiro sempre maior produção em
especial na 1ª
safra, comparado com desbrota e condução.
Safra zero (D+E): processo consolidado. Decisão é apenas
quanto aos intervalos das podas. Sistema interessante principalmente
em ano de preços baixos.
Calagem em lavouras podadas: oportunidade de se incorporar
o calcário, sem prejuízos ao sistema radicular, pois numa primeira
etapa ocorre morte de raízes devido eliminação da parte aérea.
Subsolagem: também oportunidade para realizar essa operação,
principalmente em solos argilosos e com mecanização intensa.
32.
33. Adubação:
• Recepa: dependendo do histórico da lavoura e desenvolvimento da
brotação, pode até ser suprimida no 1° ano. Se adubar, sempre a 1ª
desbrota. A partir do 2° ano aumenta-se a dose de N e aplica-se P e K;
do 3° ano em diante é adubação de lavoura normal.
Decote: adubação normal de lavoura em produção (avaliar safra)
Esqueletamento: desde que os níveis no solo dos demais
macronutrientes estejam adequados, trabalhar apenas com N (+ 300
kg/ ha) no 1° ano. Do segundo ano em diante é adubação de cafezal
em produção.
Exemplo: Trabalho sobre adubação em lavouras podadas (D+E).
Publicado em revista especializada em 2010.
34. Resumo
• Não observadas diferenças estatísticas para nível de 5% de
probabilidade entre as médias de produção, com a T produzindo 73,23
sacas beneficiadas/ hectare.
• Tratamento 7: 400 kg N/ha = 900 kg Ureia = 83,88 sc/ha.
• T 7(83,88) - T.T. (72,23) = 11,65 sacas beneficiadas/hectare.
• Valor da saca: R$ 300,00 (janeiro de 2014)
• Valor de 11,65 sacas: R$ 3.495,00
• Valor da tonelada de Ureia: R$ 1.100,00 (janeiro de 2014)
• Valor de N aplicado: R$ 990,00 (400 kg N = 900 kg Ureia)
• Valor correspondente em sacas de café: 3,3 sacas de 60 kg
• Diferença: R$ 3.495,00 (11,65 sc) – R$ 990,00(3,3 sc) = R$
2.505,00 = 8,35 sc de 60 kg.
• Para o produto o resultado é altamente significativo.
35. Material vegetal podado serve como adubo para lavoura podada,
reduzindo exigência de nutrientes no pós-poda. Recepa baixa o
retorno é de 338 kg N, 29 kg de P2 O5 e 300 kg K2O/ha.
Micronutrientes: oportunidade para atender melhor a demanda,
visto a intensa brotação nova.
Fitossanitário: monitoramento constante, em especial quanto a
incidência da ferrugem no final do ano agrícola e de Phoma no inicio
de novas brotações.
Inovação: Podadora/Colhedora, fazendo numa só operação a poda
(esqueletamento) dos ramos com frutos e separação dos mesmos.
Vantagens:
• Poda-se mais cedo
• Maior tempo para recuperação do cafeeiro
• Diminuição de custo
36. CAUSAS DE INSUCESSO DAS PODASCAUSAS DE INSUCESSO DAS PODAS
• Desconhecimento da fisiologia do cafeeiro
• Desconhecimento dos tipos de podas
• Poda realizada em ano e época errada
• Condução errada após a poda
• Estado nutricional da planta deficiente
• Pragas infestando as raízes
“O produtor quando adota a poda se arrepende
duas vezes: não ter feito antes e não ter feito em
área maior”
37.
38. OBRIGADO
Eng. Agrônomo Roberto Antonio ThomazielloEng. Agrônomo Roberto Antonio Thomaziello
Centro de Café “Alcides Carvalho”Centro de Café “Alcides Carvalho”
rthom@iac.sp.gov.brrthom@iac.sp.gov.br
Araguari, 19 de março de 2014
FENICAFÉ